Não admitirei interferência externa na Alepe, diz Eriberto

O progressista vai presidir a Assembleia Legislativa de Pernambuco até o dia 31 de janeiro de 2019

qui, 02/08/2018 - 11:38
Breno Laprovitera/Alepe O parlamentar recebeu 40 votos e sucederá o deputado Guilherme Uchoa Breno Laprovitera/Alepe

O deputado Eriberto Medeiros (PP) vai presidir a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) até o dia 31 de janeiro de 2019. O progressista foi eleito para o mandato tampão nessa quarta-feira (1º).  O parlamentar recebeu 40 votos e sucederá o deputado Guilherme Uchoa, falecido em julho, no comando do Legislativo pernambucano. Na mesma sessão preparatória, o deputado Álvaro Porto (PTB) foi escolhido quarto-secretário da Mesa Diretora, também com 40 votos.

Os dois foram empossados logo após a eleição. A disputa pela Presidência e pela Quarta Secretaria ainda contabilizou dois e três votos em branco, respectivamente, além de seis votos nulos para os dois cargos.

No primeiro pronunciamento como presidente da Assembleia, Medeiros, que exerce o terceiro mandato de deputado estadual, ressaltou a responsabilidade que é assumir o comando da Casa após a gestão de Guilherme Uchoa.

“Todos sabemos da importância que ele teve como chefe do Legislativo, do carinho, do zelo e do seu comprometimento com este Poder”, salientou. O parlamentar agradeceu, ainda, ao primeiro vice-presidente, deputado Pastor Cleiton Collins (PP), pela “grandeza” em se retirar da disputa em prol de sua candidatura.

Eriberto Medeiros também afirmou seu respeito pelo Poderes Executivo e Judiciário, assinalando, porém, que “não se admitirão, em hipótese alguma, interferências externas de pessoas ou instituições no Legislativo”.

“Esta não é uma Casa de unanimidades, é uma Casa de maioria. E isso foi provado no resultado desta eleição. Irei fazer o possível e o impossível para não decepcionar deputados, funcionários e a população. Como bom pernambucano, não me curvo às dificuldades da vida, mas me curvo a esta Casa como forma de agradecimento por ter me elevado a este posto”, concluiu.

Álvaro Porto, por sua vez, pronunciou-se afirmando que qualquer deputado da Alepe estaria preparado para exercer qualquer cargo dentro da instituição, e agradeceu por ter sido escolhido. “Saberei honrar todos vocês por essa confiança”, expressou.

Conforme estabelece o Regimento Interno, a eleição para os cargos da Mesa Diretora foi feita por voto secreto. O deputado Edilson Silva (PSOL) também disputou a Presidência, tendo recebido um voto. Em pronunciamento na Tribuna, antes do pleito, o psolista criticou “intervenções do Poder Executivo” e defendeu um Poder Legislativo “com mais autonomia”. Silva citou o alto número de projetos governistas em regime de urgência, a baixa execução de emendas parlamentares e dificuldades para realização, na Casa, de discussões com a sociedade.

*Da Alepe

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