Dani quer interiorização do Centro de Combate à Homofobia

Candidata do PSOL ao Governo de Pernambuco, a advogada disse que, se eleita, pretende fazer um governo que “inclua todos os corpos com as diversidades que a gente tem”

por Giselly Santos sab, 15/09/2018 - 10:55
Equipe PSOL/Divulgação Dani ainda falou sobre a dificuldade de inserção no mercado do trabalho deste público Equipe PSOL/Divulgação

Candidata ao governo de Pernambuco, Dani Portela (PSOL) defendeu, na noite dessa sexta-feira (14), a ampliação do atendimento do  Centro Estadual de Combate à Homofobia para as cidades do interior do Estado. Ao participar de um debate realizado pelo ONG Leões do Norte sobre políticas públicas LGBTQI+, na Boate Metrópole, Dani também disse que, se eleita, pretende fazer um governo que “inclua todos os corpos com as diversidades que a gente tem”. 

“Nós vamos ampliar o atendimento do Centro Estadual de Combate à Homofobia para os municípios do interior. Isso garante a essas pessoas o seu direito à cidade retomado, dando mais segurança e atendimento acolhedor”, argumentou, destacando a necessidade de descentralização das políticas públicas de suporte e acolhimento à população LGBTQI+. 

Além disso, Dani ainda falou sobre a dificuldade de inserção no mercado do trabalho deste público e lembrou dos desafios para a permanência dos jovens LGBTI na escola. “O índice de desemprego é ainda maior para a população LGBTI. Temos uma grande parcela dessa população que é expulsa da escolas, por não serem incluídas, e isso diminui a possibilidade de capacitação e dificulta a entrada desses jovens no mercado de trabalho. É preciso ter políticas públicas específicas para essa população, respeitando suas especificidades, não sendo apenas um número dentro de uma secretaria”, pontuou.  

Em uma entrevista, mais cedo, à Rádio Universitária FM Dani também falou sobre o desafio de governar, em sendo eleita, com uma assembleia legislativa eminentemente conservadora. 

“É um grande desafio estar candidata sendo mulher e com a perspectiva de ter que dialogar com deputados alheios à pauta dos direitos humanos. Temos denunciado essa prática de candidaturas laranja de mulheres, que são abandonadas pelos partidos depois de serem usadas como massa de manobra. Muitas delas se tornando inelegíveis por não terem sequer as contas prestadas pelos partidos”, explicou.

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