Armando: 'Não assumo Bolsonaro, mas recebi o apoio dele'

O PSL integra a base de partidos que endossam a candidatura de Armando Monteiro (PTB) a governador. No debate desta terça-feira (18), ele foi questionado se estava escondendo o presidenciável da sua coligação

por Giselly Santos ter, 18/09/2018 - 12:25
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Armando justificou aliança com PSL para unir forças por Pernambuco Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

A formação das coligações na disputa pelo Governo de Pernambuco foi questionada durante o debate entre os candidatos, nesta terça-feira (18). Com um palanque composto por Pros, Avante e PDT, o postulante Maurício Rands (Pros) indagou Armando Monteiro (PTB) sobre o fato de poucos saberem que o PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, integra a base dos 13 partidos que endossam a candidatura dele. 

“A repetição dessas práticas convencionais aumenta a descrença na política. Sua coligação vai desde o partido de Bolsonaro, o PSL, que vem sendo mantido escondido, até a sua estrela, que você colocou no começo da campanha para tentar surfar na popularidade de Lula… Você está escondendo Bolsonaro?”, questionou Maurício Rands, no debate promovido pela Rádio Liberdade, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. 

Por sua vez, Armando negou estar escondendo Bolsonaro da sua base. “Não estou escondendo ninguém, fui convocado por um conjunto de forças porque temos um compromisso de construir uma grande frente para oferecer a Pernambuco um novo caminho… Eu não assumo Bolsonaro, mas recebi sim o apoio dele. O presidente do partido dele é Luciano Bivar, um empresário, uma figura respeitável”, disse o petebista.

“Temos um eixo fundamental [na coligação] que tem compromisso com a mudança de Pernambuco. Pernambuco precisa mudar, é um Estado que andou para trás, perdeu a liderança. Temos que deixar as idiossincrasias e preconceitos de lado e temos que construir o interesse de Pernambuco”, completou, rebatendo Rands. 

Para o candidato do Pros, Armando não é coerente na coligação dos partidos e no discurso. “Não se trata de preconceitos, mas de clareza política. É preciso ser muito mais claro para a sociedade. Primeiro você passou a ideia de que Lula era o presidente e agora você diz que está focado em fazer uma ampla aliança. Mistura o uso da estrelinha do PT com uma candidatura de Bolsonaro soa estranho para a sociedade”, alfinetou Maurício Rands.

Em réplica, Armando acusou o conjunto político de Rands de ter duas posturas em relação às eleições. “A estrela não é do PT, é da bandeira brasileira. Essa questão de coerência tem gente dizendo o seguinte: Maurício está na coligação com o PDT que é linha auxiliar do Governo do Estado. Tem gente, nesse seu conjunto, que não tem o mesmo compromisso com você. Está se apresentando de uma forma para fazer um faz de conta”, rebateu. 

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