Universitários sofrem lavagem cerebral, diz Cristovam

“De fato, grande parte de nossos alunos universitários sofrem lavagem cerebral, acreditam em fantasmas históricos que seus partidos lhes ensinam”, falou o senador

por Taciana Carvalho qua, 21/11/2018 - 18:16
Jefferson Rudy/Agência Senado Jefferson Rudy/Agência Senado

Em meio ao debate sobre o projeto Escola sem Partido, o senador e ex-ministro da Educação no governo Lula, Cristovam Buarque (PPS), protagonizou nesta semana mais uma polêmica ao afirmar que grande parte dos universitários “sofrem lavagem cerebral”. A declaração aconteceu por meio de artigo escrito ao Correio Braziliense. 

“De fato, grande parte de nossos alunos universitários sofrem lavagem cerebral, acreditam em fantasmas históricos que seus partidos lhes ensinam, são intolerantes com ideias diferentes das que receberam como doutrina”, opinou. 

Apesar da polêmica afirmação, o pernambucano disse que o caminho não é proibir o debate e tampouco denunciar o professor que manifesta uma opinião. Ele avalia que uma escola sem partido levará alunos e professores a um “campeonato de denúncia contra ideias dentro da sala de aula. “Onde será implantado o terror: a ‘sem partido’ será escola aterrorizada”, alertou Buarque. 

Cristovam não parou por aí. “A solução não virá mais para os atuais universitários, já são geração perdida. A saída é investir na educação de base, com total liberdade para o debate de todas as ideias, todos os partidos — uma “escola sem censura” que defenda a necessidade de professores bem remunerados, bem preparados e bem dedicados", complementou o ex-aliado de Lula. 

O senador que buscou ser reeleito na disputal eleitoral deste ano, mas que foi derrotado, foi além ao afirmar que, no Brasil, houve a escola sem partido durante a ditadura.

“Muito mais do que escola sem partidos, o Brasil precisa de partidos e políticos que tenham passado pela escola, que conheçam história e saibam que houve tempo de 'escola sem partido' na Rússia Soviética, na Alemanha nazista, no Portugal salazarista, na Itália fascista, na Espanha franquista e no Brasil da ditadura. Não sabem e não percebem os danos decorridos na formação da juventude durante aqueles períodos; ou sabem e desejam aqueles tempos de volta”, ressaltou.

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