Presidente da Urbana-PE: 'Serviço de ônibus não é ruim'
Em meio ao debate sobre o aumento da passagem do transporte público, Luiz Fernando Bandeira elogiou o serviço e disse que andava regularmente para avaliar os coletivos
No início do ano, uma declaração do secretário de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), Antônio de Pádua, durante entrevista exclusiva ao LeiaJá, gerou muita polêmica. O aliado do governador Paulo Câmara (PSB), na ocasião, disse que andar de ônibus estava mais seguro. Desta vez, nesta sexta-feira (25), uma afirmativa do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), Luiz Fernando Bandeira, deu o que falar. Segundo ele, o “serviço de ônibus não é ruim”.
“Com certeza o serviço de ônibus não é ruim. Ando regularmente [nos coletivos] para verificar como está o nosso serviço", declarou Bandeira em entrevista à imprensa, após a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). Ele também ressaltou que prevê melhorias para este ano em relação à qualidade dos coletivos.
Ainda em defesa dos transportes, o líder do sindicato falou que não conhecia “nenhuma cidade do mundo em que os ônibus ou metrôs não sejam cheios no horário de pico”. Ele avisou ainda que a Urbana-PE manterá a proposta de reajuste de 16,18%.
Nesta semana, o governador Paulo Câmara (PSB) contou que o objetivo era trabalhar para melhorar a qualidade do transporte público em Pernambuco. O pessebista disse que há uma proposta de reunir todas as tarifas das passagens de ônibus nos anéis A e B, hoje em R$ 3,20 e R$ 4,40, respectivamente. “Então, só vai ficar os anéis A e B funcionando, todos os outros vão migrar para o anel A”. A tarifa única das passagens no anel A foi promessa de campanha de Paulo, em 2014.
Participando da mobilização contra a proposta de reajustes das passagens, nessa quinta-feira (24), a deputada federal Marília Arraes (PT) criticou o percentual de reajuste tanto dos empresários quanto do governo. “Ambos os percentuais estão acima da inflação anual e representam uma grave ameaça a capacidade de pagamento dos trabalhadores. Além de toda essa questão financeira, é importante ainda destacar a baixa qualidade do sistema de transporte e o alto grau de insegurança”, disse.