Ex-assessor Queiroz indicou sete pessoas para a Alerj

De acordo com o jornal O Globo, Fabrício mostrava poder na escolha dos cargos para o gabinete de Flávio Bolsonaro

por Taciana Carvalho seg, 28/01/2019 - 17:18
Reprodução/YouTube/SBT Ex-assessor nega qualquer tipo de irregularidade Reprodução/YouTube/SBT

O ex-assessor parlamentar do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) parece ter uma influência maior do que a então imaginada. Fabrício Queiroz, de acordo com o jornal O Globo, teria indicado ao menos sete funcionários para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A primeira indicação teria sido de Márcio da Silva Gerbatim, em maio de 2007, que é ex-marido da atual mulher de Fabrício, Marcia Aguiar, também escolhida para um cargo na assembleia. Em setembro de 2007, mais dois nomes foram indicados pelo ex-segurança e motorista de Flávio: Danielle Mendonça da Costa, mulher do ex-capitão do Bofe Adriano Magalhães, e Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano.  

Adriano, também conhecido como Gordinho, foi um dos alvos de operação deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil do Rio, na semana passada, para prender milicianos suspeitos se grilagem de terras. Por sua vez, a defesa de Queiroz garante que Fabrício não sabia de suposto envolvimento de Adriano com “eventuais atividades milicianas”. 

Além deles, Nathália Melo de Queiroz, filha do ex-assessor, também assumiu cargo a partir de setembro de 2007 até deixar o órgão em dezembro de 2016, quando passou a participar da equipe do então deputado Jair Bolsonaro (PSL), na Câmara dos Deputados. 

Para ocupar a vaga de Nathália, Queiroz indicou sua outra filha, Evelyn Melo de Queiroz. Ainda sobrou espaço para a sua enteada, Evelyn Mayara de Aguiar, que assumiu em agosto de 2017 e continua no cargo mesmo diante de todas as polêmicas.   

Flávio Bolsonaro já garantiu, por meio das redes sociais, que é vítima de uma campanha difamatória com o objetivo de atingir o governo do seu pai. “Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão”, se defendeu. 

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