"Cenário de guerra", diz oposição sobre hospital em PE

Nessa segunda-feira (25), a bancada disse ter se deparado com diversos problemas que atingem médicos e pacientes no Hospital Agamenon Magalhães

ter, 26/02/2019 - 10:46
Ivaldo Reges/Divulgação Os deputados aproveitaram a visita para conversar com os pacientes da unidade Ivaldo Reges/Divulgação

A bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco realizou uma vistoria ao Hospital Agamenon Magalhães (HAM), na Zona Norte do Recife, para avaliar como anda a situação de funcionamento da unidade. Essa ação faz parte de uma série de visitas realizadas por eles. Na semana passada, o grupo já havia visitado o Hospital Getúlio Vargas, também no Recife.

Nessa segunda-feira (25), no HAM, a bancada disse ter se deparado com diversos problemas que atingem médicos e pacientes. Os deputados Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), Antonio Coelho (DEM), William Brígido (PRB), Clarissa Tércio (PSC), Priscila Krause (DEM e Romero Sales Filho (PTB) participaram da visita.

De acordo com a avaliação de Marco Aurélio, que é líder da oposição, a situação do HAM é ainda pior do que a encontrada no Getúlio Vargas. “É um cenário de guerra que se repete. Vimos coisas até piores do que vimos na vez anterior. Por exemplo, na porta do banheiro feminino tinha uma senhora de 86 anos deitada no chão, e na frente dela tinha um lixeiro. Quando abriram a porta o banheiro, estava completamente cheio de fezes”, criticou.

O deputado Antonio Coelho, vice-líder da oposição, destacou a postura dos profissionais da saúde do HAM, que mesmo em condições de extrema dificuldade, mantém o compromisso com a saúde dos pacientes. “Um quadro muito triste e muito desolador, mas a lição que fica é o do heroísmo dos profissionais de saúde do Estado. Encontrei profissionais que recebem menos de um salário mínimo, funcionários terceirizados com três meses de salários atrasados, e mesmo assim enfrentam e tratam com dignidade esses pacientes”, ressaltou o parlamentar.

Por sua vez, a deputada Priscila Krause enumerou outros problemas encontrados no HAM. “Na emergência geral, clínica médica, a capacidade de 30 pacientes é ignorada, tendo 97 pacientes internados e sem as condições mínimas. Fora isso, não existem leitos de isolamento para pacientes com doenças infectocontagiosas, causando risco de transmissão de doenças para demais pacientes e até para o corpo técnico”, pontuou.

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