Defesa de Meira alega bipolaridade para justificar crimes

O ex-prefeito da cidade de Camaragibe foi preso na última semana por ser suspeito de crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa

ter, 25/06/2019 - 10:40
Reprodução/Facebook/Demóstenes Meira Meira deixou o cargo de prefeito na última semana Reprodução/Facebook/Demóstenes Meira

A defesa do ex-prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), alegou que o gestor sofre de um transtorno bipolar e, por isso, terminou cometendo os crimes pelos quais foi preso na última semana.

Meira perdeu seu cargo à frente da Prefeitura após ter sido preso por ser suspeito pelos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo o Blog da Noelia Brito, o Habeas Corpus utilizado pela defesa de Meira diz que “devido ao seu transtorno bipolar, quando em estado de euforia, o Paciente acreditava que poderia comprar bens móveis e imóveis, e logo depois, na mudança do seu estado de ânimo, verificava a impossibilidade de pagamento e devolvia os bens, sem os adimplir integral ou parcialmente. A situação, Exa., está muito mais a um transtorno psiquiátrico do que para a verificação do tipo de lavagem de ativos".

Além do ex-prefeito, outros quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos: Severino Ramos da Silva e a esposa Luciana Maria da Silva; Carlos Augusto e a esposa Joelma Soares. Todos empresários do setor de construção.

Segundo o pedido de prisão de Meira, ele teria adquirido, no decorrer do seu mandato, imóveis de luxo, carros importados e distribuído bens a seus aliados políticos. As atitudes não corresponderiam à sua renda enquanto prefeito. Porém, de acordo com a defesa, o que aconteceu foi um “surto maníaco de um bipolar”.

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