"Drama mentiroso", diz Bolsonaro sobre Miriam Leitão
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que a jornalista mente ao dizer que foi torturada durante a ditadura militar
O café da manhã do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com jornalistas nesta sexta-feira (19) rendeu uma série de informações polêmicas vindas do líder. Após dizer que no Brasil não havia problema da fome e ter atacado, sem perceber que estava sendo ouvido, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), Bolsonaro também falou sobre a jornalista Miriam Leitão.
Miriam, que faz parte do grupo Globo, é conhecida não somente por suas análises econômicas do país, mas também por seu ativismo durante a ditadura militar no Brasil. Bolsonaro, entretanto, afirmou que a jornalista mente ao dizer que foi torturada nos anos 1970.
“Ela estava indo para a guerrilha do Araguaia quando foi presa em Vitória. E depois Miriam conta um drama todo, mentiroso, que teria sido torturada, sofreu abuso, etc. Mentira. Mentira”, afirmou Bolsonaro aos jornalistas.
Miriam, entretanto, nunca teve participação na luta armada. Ela atuava na distribuição de panfletos e pichação de muros com críticas à ditadura. “Não estava indo para a guerrilha do Araguaia. Nunca fiz qualquer ação armada”, declarou a jornalista em resposta ao presidente.
Miriam Leitão foi presa em 1972, aos 19 anos. Na época ela era estudante universitária e filiada ao PCdoB. Após ser presa, mesmo estando grávida, foi submetida a várias formas de tortura por um período de três meses.