Bolsonaro reclama que PM da Bahia não fará sua segurança

Presidente estará em Vitória da Conquista, nesta terça-feira (23), para inaugurar um aeroporto

por Giselly Santos ter, 23/07/2019 - 09:44 Atualizado em: ter, 23/07/2019 - 10:07
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou o Twitter, na manhã desta terça-feira (23), para reclamar do governador da Bahia, Rui Costa (PT). Segundo o presidente, Costa não teria autorizado que a Polícia Militar do Estado integrasse a equipe que vai fazer a segurança dele em Vitória da Conquista,  a 518 quilômetros da capital baiana, Salvador.

“Estou de partida para Vitória da Conquista para inauguração de aeroporto. Lamentável a decisão do governador da Bahia que não autorizou a presença da Polícia Militar para a nossa segurança. Pior ainda, passou a responsabilidade de tal negativa ao seu Comandante Geral”, criticou.

A inauguração com a presença do presidente está prevista para iniciar às 10h. Entretanto, de acordo com Rui Costa, o equipamento é oriundo de uma obra estadual com recursos federais e, após se convidado para participar do evento, o governo Bolsonaro adotou o discurso de que o aeroporto era de origem federal e restringiu o número de convidados. Rui Costa decidiu não participar mais da inauguração.

O evento na Bahia acontece dias depois de Jair Bolsonaro chamar os governadores no Nordeste de “paraíbas” e dizer que do governo não sai “nada” para o do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). 

Também na manhã de hoje, em entrevista à uma rádio baiana, Rui Costa disse que, como a inauguração virou um evento exclusivamente federal, a segurança deveria ficar à cargo da Polícia Federal. 

“Eu não posso colocar a Polícia Militar para espancar o povo baiano que quer conhecer o novo aeroporto. Quem é popular e tem medo de ir às ruas, fica em seu gabinete. Se o evento é exclusivamente federal, as forças federais que cuidem da segurança do presidente”, afirmou.

O governador ainda alfinetou Bolsonaro e disse que quem conduz um país deve pregar a paz e não o preconceito. 

“Ele não foi votado por todo mundo, mas tem que governar para todos. São ofensas seguidas ao povo nordestino e baiano. Um verdadeiro estímulo ao racismo, preconceito e discriminação. Alguém que conduz uma nação tem que pregar paz, cooperação e amizade aos brasileiros, não pode pregar guerra, preconceito e disputa. Isso só faz afundar o nosso país, não ajuda a ninguém”, observou.

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