Lula em Tremembé seria abuso e humilhação, alega Zanin

O advogado do ex-presidente Lula (PT), Cristiano Zanin, rechaçou a possibilidade levantada, no começo do mês de agosto, de Lula ser transferido para o presídio de Tremembé

qua, 21/08/2019 - 16:51
Rafael Bandeira/LeiaJa Imagens Zanin esteve no Recife para participar de um evento na OAB Rafael Bandeira/LeiaJa Imagens

O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin, avaliou como “abuso” e “humilhação” a possibilidade de transferência do petista da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para o presídio de Tremembé, em São Paulo. 

No dia 7 de agosto, o juiz corregedor Paulo Eduardo de Almeida Sorci, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determinou a transferência do petista a pedido formulado pela juíza da 12ª Vara Federal de Curitiba, Carolina Lebbos. Porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a transferência horas depois.

“O episódio do Tremembé, ao nosso ver, foi uma tentativa de impor ao ex-presidente Lula uma humilhação até porque, além de estar preso injustamente com base numa condenação ilegítima sem prova de culpa, mesmo estando nessa prisão ele tem direito como ex-presidente da República e ex-comandante supremo das Forças Armadas a uma sala de Estado Maior”, enfatizou Zanin. 

Zanin, que também falou com a reportagem do LeiaJa.com sobre os vazamentos feitos pelo site The Intercept, acrescentou que a intenção de levar Lula para Tremembé era com o objetivo de causar uma humilhação indevida ao petista.

“Isso [os direitos de Lula enquanto ex-presidente] havia sido reconhecido até mesmo pelo ex-juiz Sergio Moro na sentença proferida e não houve sequer recurso. Essa tentativa de alterar a situação e colocar o ex-presidente em presídio comum, especialmente estando em curso um julgamento na Suprema Corte que pode restabelecer a liberdade dele, é sim um abuso e uma tentativa de impor uma humilhação indevida a ele”, pontuou.

O advogado de Lula reforçou o feito pelo STF. “Felizmente essa transferência foi impedida pela Suprema Corte por uma votação expressiva do plenário, mostrando que o nosso Supremo Tribunal Federal está atento aos limites que a Constituição e as leis estabelecem”. 

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