Ivan Valente diz que Eduardo destila morte andando armado
Psolista disse que 'isso é para gente que não quer construir um Brasil livre, nem soberano, nem democrático, nem com igualdade social'. Eduardo Bolsonaro rebateu Ivan
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) “destila morte” ao andar armado. Ao criticar a postura do filho do presidente, o psolista fez referência ao fato de Eduardo ter ido ao hospital que o pai ficou internado no início do mês de setembro portando uma arma na cintura.
Valente fazia um discurso na Câmara, na noite dessa terça-feira (1º), sobre o que chamou de “vergonhas” que o país estava passando interna e externamente.
“Eduardo Bolsonaro foi ao hospital visitar o seu pai com um revólver na cintura. Isso é coisa de gente que destila morte. Você destila morte. Isso é para gente que não quer construir um Brasil livre, nem soberano, nem democrático, nem com igualdade social”, alfinetou Ivan Valente.
Logo em seguida, Eduardo tomou a palavra e respondeu o psolista com um tom irônico. “O milionário do PSOL veio falar aqui que eu fui visitar o meu pai no hospital portando um revólver. Primeiro, que não é revólver, é pistola. Não sabe nem a diferença de uma coisa e outra, depois quer legislar para o Brasil inteiro a questão das armas. Segundo: antes pistola na cintura do que cuecão cheio de dinheiro, como o Deputado José Rodrigues. Então, não quer ser esculachado em público, é só não andar com a cueca cheia de dinheiro. É só isso”, disparou Eduardo.
Ele mencionou José Rodrigues, mas na realidade se referia ao deputado José Guimarães (PT-CE) que na última segunda-feira (30) foi hostilizado durante um voo de Fortaleza para Brasília. Inclusive ao compartilhar vídeo da sua fala nas redes sociais, Eduardo reforça a confusão dos nomes e diz que Valente defendeu o “deputado cuecão José Guimarães”.
Apesar da fala de Eduardo, na realidade quem foi flagrado pela polícia com US$ 100 mil escondidos na roupa íntima foi um ex-assessor dele, José Adalberto Vieira da Silva.
O episódio aconteceu em 2005, Guimarães chegou a ser denunciado na época pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento com o caso, mas foi inocentado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2012.