MPF denuncia Julio Lossio e mais 14 por desvio de verba

O prejuízo aos cofres públicos, em valor não atualizado, é de R$ 5,7 milhões

ter, 05/11/2019 - 12:25
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Julio Lossio (PSD) e mais 14 pessoas suspeitas de envolvimento em uma organização criminosa que, por meio de irregularidades em licitações, desviou verbas públicas destinadas ao evento São João do Vale, na cidade sertaneja, em 2012 e 2013. Os autores da ação penal são os procuradores da República Filipe Albernaz Pires, Elton Luiz Moreira e Ticiana Andrea Nogueira.

Lossio é pré-candidato do PSD ao comando da Prefeitura de Petrolina em 2020. De acordo com o MPF, a denúncia é desdobramento da Operação Midsummer, deflagrada em 2014. O prejuízo aos cofres públicos, em valor não atualizado, é de R$ 5,7 milhões. A

investigação alega que os integrantes do grupo criminoso fraudaram cinco processos licitatórios e dois processos administrativos de inexigibilidade de licitação. Com isso, desviaram para os participantes do esquema, e terceiros, parte dos recursos públicos federais e municipais relativos à execução dos respectivos contratos.



Além de Julio Lossio, que é considerado líder do esquema a partir das provas analisadas pelo MPF, também foram denunciados o então secretário de Finanças da prefeitura, Júlio Lóssio Filho; o então coordenador-geral de Licitações e Convênios do município, Mário Cavalcanti Filho; e Patrício Tadeu Valgueiro, que apesar de não ocupar cargo público à época, atuou no esquema como uma espécie de preposto do ex-prefeito.

Também são acusados os empresários da área de produção de eventos que tomaram parte na articulação da fraude: Marcelo Eduardo Vieira, Emerson Santos Souza e Gutemberg Arlindo Neto (conhecido como Berg). E outras oito pessoas.

As irregularidades praticadas envolveram superfaturamento de preços, restrição à competitividade em licitações, uso de pareceres jurídicos não aprovados ou falsificados, direcionamento de contratações, realização de pagamentos sem licitação e beneficiamento indevido de representantes de empresas intermediárias, entre outras.

*Com informações do site do MPF

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