Bolsonaro resiste sobre tabelar o preço da carne

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente afirmou que diminuiu o consumo do produto no Palácio da Alvorada

por Francine Nascimento sex, 27/12/2019 - 11:20
Flickr/ Presidência da República Flickr/ Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou, nessa quinta-feira (26), em transmissão ao vivo nas redes sociais sobre a alta da carne bovina no país e afirmou que não vai tabelar o preço do produto. Segundo ele, trata-se de uma crise que já houve com outros alimentos em anos anteriores. Bolsonaro também afirmou ter mandado reduzir o consumo da carne no Palácio da Alvorada. 

O chefe de Estado pontuou que a autorização no Palácio é de carne uma vez por semana, mas a sua esposa, Michele Bolsonaro, aumentou para duas vezes por semana. Em substituição, o presidente estaria comendo outras proteínas como peixe, galinha e ovo. 

"'Ah o presidente tem mordomia, tem carne de graça'. Tenho carne de graça, não tenho dúvida disso, sem problema nenhum. Mas determinei aqui no Alvorada, na semana passada, carne uma vez por semana.  Logicamente que a minha esposa mandou passar para duas”, explicou.

Na fala, o presidente ressaltou que se tivesse que tabelar a carne, deveria fazer o mesmo com outros produtos e setores da indústria e citou como exemplo a Venezuela. “O pessoal reclama do preço da carne. E o que alguns querem que eu faça é tabelar a carne. Maduro fez no passado isso aí. Chaves, Maduro… Hoje tem cachorro nem carro pra comer na Venezuela. Nós somos do livre mercado e ponto final”, disse. 

Na semana passada, o presidente brincou ao desejar 'Feliz Natal' aos brasileiros. "Feliz Natal para você, mesmo sem carne para algumas pessoas aí, mas continua com a liberdade e temos outras opções". 

Em meados de outubro, o preço da carne disparou por conta da exportação do produto para outros países, principalmente para a China, devido à peste suína que devastou a produção da carne de porco na Ásia. O país ainda segue se recuperando da doença.

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