Aras nega ação contra Witzel por 'tiro na cabecinha'

Para o PGR, não é possível que haja 'cerceamento prévio e genérico da palavra do governador'

ter, 04/02/2020 - 08:02
Roberto Jayme/TSE Roberto Jayme/TSE

Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira passada (31), o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que ação movida pelo PSOL contra o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), sobre falas a respeito da segurança pública não é instrumento adequado para evitar ações do Estado na área. Para ele, não é possível que haja "cerceamento prévio e genérico da palavra do governador".

A ação cita declaração dada por Witzel em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em novembro de 2018. "O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo! Para não ter erro", afirmou Witzel logo após as eleições. "As declarações de Wilson Witzel como candidato podem ter gerado divergências e críticas sociais, que são inerentes à democracia", escreveu Aras.

No pedido, o PSOL pede para que o Rio de Janeiro "se abstenha de adotar a política pública de segurança que estimule o abatimento e/ou neutralização de pessoas".

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