Ernesto nega ataques à China e é acusado de mentir
O presidente da CPI, Omar Aziz fez um alerta ao ex-ministro sobre mentir durante o depoimento ao colegiado
Ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nesta terça-feira (18), o ex-ministro de Relações Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou que tenha confrontado a China em qualquer momento da sua gestão à frente da pasta.
Araújo foi indagado pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros, se a relação do governo com a China teria prejudicado de alguma forma a chegada de vacinas e insumos para a produção dos imunizantes no Brasil.
"Jamais promovi nenhum atrito com a China, seja antes seja durante pandemia, de modo que o resultado que obtivemos na consecução de vacinas e outros aspectos decorre de uma política externa de acordo com nossos objetivos, mas não era de alinhamento aos Estados Unidos nem de enfrentamos com a China", declarou o ex-ministro.
Após Araújo afirmar que nunca se indispôs com a China, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que ele estava faltando com a verdade. O presidente da CPI lembrou de um artigo de 2020 em que o ex-chanceler deu declarações contra o país asiático, chamando o coronavírus de 'comunavírus'.
"Na minha análise pessoal, vossa excelência está faltando com a verdade. Eu peço a vossa excelência que não faça isso", disse Aziz.