Cristiano Carvalho nega vínculo empregatício com a Davati

Carvalho também afirmou que conheceu Luiz Paulo Dominguetti no dia 10 de fevereiro

qui, 15/07/2021 - 11:46
Agência Senado Cristiano, da Davati, depondo na CPI da Pandemia Agência Senado

A CPI da Pandemia ouve, nesta quinta-feira (15), Cristiano Alberto Carvalho, apontado como vendedor da empresa Davati Medical Supply no Brasil. Carvalho tem um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para silenciar sobre temas que possam incriminá-lo, mas ele disse que vai responder todas as perguntas da CPI. Ele também havia feito um pedido para não comparecer à comissão, que foi negado pelo STF.

Ao responder a primeira pergunta do relator, Cristiano Carvalho informou que não tem vínculo empregatício ou contrato com a Davati. Ele disse que na CPI foi erradamente atribuída a ele a função de CEO da companhia, o que não é verdade. Cristiano informou também que a Davati não tem atuação no Brasil e faz parte de um grupo empresarial que opera em várias áreas nos Estados Unidos. 

Eduardo Braga (MDB-AM) pediu esclarecimentos de Cristiano Carvalho sobre o vínculo empregatício com a Davati. De acordo com o depoente, ele atua como consultor e vendedor, mas sem formalização de contrato. Segundo o depoente, ele teria poderes limitados para representar a empresa no Brasil por possuir apenas uma carta de representação, sem valor legal no país, por estar em inglês. A afirmação foi contestada pelos senadores Eduardo Braga e Eliziane Gama (Cidadania-MA). Para eles, Cristiano Carvalho é sim representante oficial da Davati e não apenas um "simples vendedor".

A Renan Calheiros (MDB-AL), Cristiano Carvalho esclareceu que a Davati não possui operação no Brasil, apenas nos Estados Unidos, no estado do Texas. Ele acrescentou que a Medical Supply faz parte da Davati Group, que incorpora outros setores, como a construção civil. 

Cristiano Carvalho afirmou que não conhecia Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati Medical Supply, até receber uma mensagem dele em 10 de fevereiro. 

"Eu não tenho nada que possa desaboná-lo, mas eu não tenho confiança pessoal. Não faz parte do meu rol de amizades. Ele me foi apresentado de uma forma que tinha essa demanda através do governo federal", disse.

*Da Agência Senado

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