Camargo endossa Dia da Consciência Branca de Regina Duarte
No fim de semana foi da Dia da Consciência Negra, mas o presidente da Fundação Palmares preferiu enfraquecer a celebração em uma série de publicações
Em um fim de semana ocupado com publicações para enfraquecer o Dia da Consciência Negra, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, encerrou o domingo (21) em defesa da ex-secretária da Cultura, a atriz Regina Duarte, que propôs o Dia da Consciência Branca. Celebrado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra foi inclusa pela pauta antirracista em alusão ao nascimento de Zumbi dos Palmares.
Desde que foi nomeado pelo Governo Bolsonaro, Camargo se mostra interessado em trocar a data que exalta o povo preto para o 13 de maio, quando a princesa Isabel assinou a lei Áurea e iniciou o processo de abolição dos escravos no Brasil.
Em nova polêmica, ele aponta que as críticas contra suas posições partem do “vitimismo” da "negrada mimizenta" e ironizou ao indicar que a decisão pelo Dia da Consciência Branca não configura racismo.
O gestor também ameaça bloquear quem falar mal da princesa Isabel e politiza o debate racial culpabilizando a esquerda de se aproveitar da comemoração da Consciência Negra para segregar os brasileiros.
Qualquer um que postar comentário com palavras desrespeitosas e ofensivas à Princesa Isabel levará block imediato. Já detectei e defenestrei uns quatro imbecis da esquerda. Não gostou? Vá chorar no colo da Benedita!
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 21, 2021
A data é profundamente racista e segregadora. Deveria ser abolida!
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 20, 2021
A consciência do negro é humana e livre!
Infelizmente, alguns aceitam a coleira ideológica dos branquelos da Folha e da academia.
Acham que têm "consciência negra", mas a consciência deles é escravizada. pic.twitter.com/k9FXNcbBAH