Bolsonaro sobre cobranças por vacinação: 'deixa eu morrer'
Em live semanal dessa quinta-feira (2), presidente reafirmou seu desinteresse na imunização e disse que o 'problema' é dele
Na tradicional live da quinta-feira, transmitida através do seu canal oficial no YouTube, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a alegar que não irá se vacinar e criticou as cobranças constantes pela imunização. Na conversa com seu eleitorado, na última quinta-feira (2), alegou que lê na internet muitas publicações que pedem pela sua morte, então, sua vacinação não deveria fazer diferença para essas pessoas. "Deixa eu morrer, problema meu", disse o presidente.
“Eu acompanho as redes sociais, o pessoal mostra a mim, muita gente de esquerda, em especial, quer a minha morte. Se quer a minha morte, por que fica exigindo que eu tome vacina? Deixa eu morrer, problema meu. Agora, para todos os brasileiros, nós disponibilizamos vacina”, disse.
Bolsonaro é um dos únicos líderes das principais potências mundiais que ainda não se vacinou contra a Covid-19. No G20, o líder brasileiro se vê isolado dos demais, que não apenas defendem a vacinação, como se imunizaram assim que suas faixas etárias se viram disponíveis.
Hoje com 66 anos, Bolsonaro poderia ter se vacinado desde 3 de abril no Distrito Federal. Adepto à tese da imunidade de rebanho, o chefe do Executivo afirma que as vacinas são experimentais e que já foi infectado pelo vírus e, por isso, estaria mais imune. O presidente foi diagnosticado com Covid-19 em julho do ano passado. "Compramos vacina para todos, mas é facultado tomar ou não tomar; e tem que ser assim", continuou.
A declaração veio durante o momento do ao vivo reservado a comentários sobre a vacina da Pfizer. O presidente se mostra receoso sobre o pedido da BioNTech à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vacinar crianças de cinco a 11 anos. Segundo Bolsonaro, a empresa não se responsabilizaria por efeitos colaterais e os pais precisariam estar atentos a possíveis reações.
"Aqui, não vou entrar em detalhes se a Anvisa deve aprovar ou não, porque não tenho qualquer ação diante da Anvisa, ela é independente", alegou.