PL repensa lançamento da pré-campanha de Bolsonaro
O PL mudou o nome do evento, que agora é movimento Filia Brasil, por medo de ferir a lei eleitoral
Para evitar qualquer possível ferimento à lei eleitoral, o Partido Liberal (PL) precisou reestruturar o lançamento da pré-candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, marcado para o próximo domingo (27). Agora, o evento será um novo ato de filiação em massa ao partido e o início do movimento "Filia Brasil - É com ele que eu vou".
Ao Broadcast Político, a advogada Caroline Lacerda, sócia do escritório de Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, que atende à campanha de Bolsonaro, confirmou a reestruturação por cautela jurídica.
"A lei eleitoral não fala de pré-lançamento de campanhas, não existe nenhuma norma sobre isso. O evento do PL tinha sido pensado para ser algo desse jeito, mas, por não ter previsão legal, eles preferiram mudar o escopo do evento para atender o que já existe na lei, que é o evento de filiação partidária, que é permitido", afirmou a advogada. "Por isso fizeram a modificação. Poderia dar algum problema jurídico. É uma cautela para que fiquem totalmente amparados pela lei", acrescentou.
O evento está marcado para este domingo, 27, às 10h, no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB).
Nesta terça-feira, o PL chegou a distribuir um convite à imprensa com o título "Lançamento da pré-candidatura do presidente Bolsonaro". Hoje, o flyer enviado foi outro: "Movimento Filia Brasil - É com ele que eu vou", diz o partido sobre o evento. "Com o objetivo de ampliar as filiações, o PL convida a todos para participar desse importante momento para o Brasil!", acrescenta a legenda.
Como mostrou a reportagem, o PL tem apostado em filiações em massa de aliados de Bolsonaro para dar volume à entrada de novos quadros ao partido. No último sábado, o filho "Zero Três" do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), assinou sua ficha de filiação junto à colega de Câmara Federal Bia Kicis (DF). Na quarta-feira anterior, quem entrou no PL foi Carla Zambelli, da tropa de choque do governo no Congresso.