Feliciano pede que Milton Ribeiro se licencie do cargo
O deputado federal Marco Feliciano (PL) alertou que as suspeitas diante do ministro estão afetando o presidente Jair Bolsonaro em ano de eleição
O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP) usou o Twitter, nesta segunda-feira (28), para pedir que o ministro da Educação (MEC), Milton Ribeiro, peça licença do cargo até o fim das investigações sobre o suposto esquema de propina envolvendo os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e a destinação de verbas do MEC, beneficiando amigos dos religiosos.
Feliciano disse que os evangélicos estão ‘sangrando’ após as suspeitas virem à tona.
“Sr Ministro, quando o senhor precisou, em sua indicação, eu o defendi, quando errou empregando esquerdistas eu o repreendi. Hoje peço por favor, se licencie até o término das investigações, pois nós evangélicos estamos sangrando. Sendo provada a inocência, retorne ao cargo”, escreveu parlamentar.
Defensor do governo Bolsonaro, o deputado também observou que a saúde mental de Milton Ribeiro deve estar sofrendo e lembrou que as suspeitas estão afetando o presidente, que este ano disputará reeleição.
“Caro ministro por sua saúde emocional, por sua família que deve estar sofrendo, por nós evangélicos que estamos sendo triturados, pelo presidente @jairbolsonaro que em um ano tão importante está sendo arrastado pra essa história estranha, não retarde seu licenciamento”, frisou Feliciano.
Pressão
Feliciano não é o único a pedir que o ministro se afaste do cargo. Segundo informações publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, nesta segunda, já há uma pressão interna para que o presidente Jair Bolsonaro acate o afastamento do titular do MEC.
Na semana passada, depois que as denúncias de suposto lobby praticado por pastores dentro da pasta – com o vazamento de um áudio de Milton Ribeiro afirmando que o benefício aos amigos dos pastores vinha a partir de um pedido de Bolsonaro - foram divulgadas, o presidente disse que botava a ‘cara no fogo’ pelo ministro.