Parlamentares de PE criticam corte da operação Carro-Pipa

O governo federal cortou a verba destinada ao Exército Brasileiro para a realização da operação Carro-Pipa

qua, 23/11/2022 - 18:15
Divulgação/Exército Brasileiro Militar do Exército durante operação Carro-Pipa Divulgação/Exército Brasileiro

Os atuais e futuros representantes de Pernambuco no Congresso Federal criticaram o corte da verba do governo federal para o Exército Brasileiro, que leva água potável para as famílias do semiárido nordestino. O corte ocorreu logo após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, que teve a contribuição do Nordeste, região que Lula (PT) venceu. 

De acordo com a planilha da Força que coordena a operação, 1,6 milhão de pessoas têm direito ao abastecimento de água realizado no mês de novembro em oito estados nordestinos. A paralisação em Pernambuco, Paraíba e Bahia. A operação Carro-Pipa é financiada com recursos do Exército Brasileiro em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

O senador Humberto Costa (PT-PE) repudiou o corte da verba e evidenciou que é “mais um ataque ao povo nordestino, que não se curvou a essa corja de bandidos que está no poder”. 

A senadora eleita Teresa Leitão (PT-PE), por sua vez, agradeceu que o governo Bolsonaro “felizmente, está no fim”. A deputada federal Marília Arraes (SD-PE), alertou que em Pernambuco 529 mil pessoas de 105 cidades serão afetadas. “A alegação é que não há verba para manter a operação. É um escárnio”. 

O deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) lembrou que a operação Carro-Pipa leva água ao semiárido nordestino para combater os efeitos da seca há mais de 20 anos. “Faz isso depois de perder as eleições porque é mimado e covarde”. 

O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) abordou o tema durante sessão plenária na Câmara Federal nesta quarta-feira (23). Ele informou ter enviado um ofício ao MDR solicitando que os recursos da operação Carro-Pipa sejam restabelecidos. “As pessoas estão com sede. Estamos atravessando o pior período da seca, será que o Natal dessas pessoas vai ser sem água?”, questionou. 

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