Antônio Campos crê que Eduardo pode ter sido assassinado

Irmão do ex-governador quer reabrir inquérito no próximo mês de agosto, quando a morte de Eduardo completa nove anos

Vitoria Silvapor Vitória Silva qua, 26/07/2023 - 18:02
Reprodução/Facebook Os irmãos Antônio e Eduardo Campos Reprodução/Facebook

Antônio Campos, advogado e irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no litoral do estado de São Paulo em 2014, quer reabrir o inquérito que investiga a morte do antigo candidato à presidência. Em entrevista recente, Antônio disse que o irmão pode ter sido assassinado, e que as investigações conduzidas pela Polícia Federal foram inconsistentes.

Segundo o advogado, o pedido de reabertura do inquérito será protocolado no dia 13 de agosto, data em que o acidente aéreo completa nove anos, e terá novas provas que foram colhidas nos últimos seis meses com o perito Carlos Camacho, assistente do caso.

“O Brasil precisa saber a causa do acidente, se teve conotação política e se existe a real possibilidade de Eduardo Campos ter sido assassinado. Estou investigando o acidente desde o começo e vamos mostrar um inquérito baseado em novas provas reunidas nos últimos seis meses que são relevantes sobre o caso. Além das novas provas, vamos apresentar todas as inconsistências produzidas no inquérito inconclusivo finalizado pela Polícia Federal”, disse em entrevista à Folha de Pernambuco.

Também nesta terça-feira (25), uma nota à imprensa foi divulgada por Antônio Campos, reforçando as falhas da investigação e também do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão que apurou, tecnicamente, as causas da queda. “O intuito nuclear da ação é a realização de perícia técnica judicial no sentido de verificar a causa do acidente, ante inconsistências do laudo do Cenipa e da conclusão do inquérito da Polícia Federal”, apontou.

De acordo com ele, uma das supostas causas do acidente, uma falha no “compensador de profundor do Cessna Citation” teve “zero interesse por parte da autoridade policial e do Cenipa”. O advogado não apontou quem poderia estar envolvido no acidente que vitimou, além de Eduardo Campos, outras seis pessoas de sua comitiva.

Entre as novas documentações que serão apresentadas junto da reabertura do inquérito está um ofício da 4ª Vara Federal de Santos (SP), onde ocorreu o acidente, cobrando do Ministério da Justiça mais agilidade no cumprimento de uma “carta rogatória” para a fabricante do jato Cessna, nos Estados Unidos, apresentar a produção técnica sobre a queda da aeronave. Antônio Campos afirmou que vai encaminhar o requerimento ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e ao ministro Flávio Dino.

O LeiaJá buscou as assessorias de Pedro e João Campos (PSB), deputado e prefeito, para confirmar se a família Campos confirma o pedido de reabertura do inquérito. Até o momento desta publicação, as assessorias aguardavam um posicionamento. A assessoria de Antônio Campos não foi localizada.

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