Michelle condena quebra de sigilo fiscal: 'bastava pedir'
Ex-primeira dama, envolvida no escândalo das joias, alega estar sendo vítima de perseguição política
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) foi às redes sociais criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dela e de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A determinação judicial ocorre no âmbito da Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal (PF), que investiga uma possível organização criminosa para vender e desviar presentes recebidos por Jair, ainda na posição de chefe de Estado.
"Pra que quebrar o meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir. Quem não deve, não teme", escreveu a ex-primeira-dama. A publicação foi feita nos Stories do Instagram, nesta sexta-feira (18), após diversas publicações de passagens bíblicas e músicas citando perseguição aos "justos".
Michelle afirmou que tem sofrido perseguição, mas garantiu que não se abalará: "Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir. Não conseguirão! Estou em paz!".
O desenrolar das investigações motivou o pedido de quebra de sigilo emitido pela PF, na semana passada, mas aceito pelo STF somente nessa quinta-feira (17). Segundo a apuração, os desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início deste ano. Entre os envolvidos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o pai dele, o general de Exército, Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.