Lula defende Dino e diz que ataques foram 'plantados'

O ministro da Justiça e Segurança Pública vem sendo acusado de ligação com facções criminosas

qua, 15/11/2023 - 09:45
Ricardo Stuckert/PR O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Flávio Dino Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o X (antigo Twitter), nesta quarta-feira (15), para postar uma mensagem de solidariedade e apoio ao ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino. O político vem sendo acusado de ligação com facções criminosas.

"Minha solidariedade ao ministro @FlavioDino que vem sendo alvo de absurdos ataques artificialmente plantados. Ele já disse e reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada mentira", começou o presidente. 

Ainda segundo o presidente, o Ministério da Justiça tem coordenado ações de enorme importância para o país, o que acabaria por despertar muitos adversários. "Que não se conformam com a perda de dinheiro e dos espaços para suas atuações criminosas. Daí nascem as fake news difundidas numa clara ação coordenada", afirmou, concluindo que "não haverá recuos diante de criminosos e seus aliados, estejam onde estiverem, sejam eles quem forem".

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Acusações

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (13) que não tinha conhecimento das reuniões realizadas na Pasta entre seus secretários e uma integrante do Comando Vermelho. Em uma publicação na rede social, Dino jogou a responsabilidade para o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, que disse que a faccionada estava como "acompanhante" e "se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário".

O Estadão revelou que Luciane Barbosa Farias, conhecida como a "dama do tráfico amazonense", se reuniu com outras três autoridades no Ministério da Justiça, além de Vaz. Condenada a 10 anos de prisão por organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico, a mulher se encontrou também com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen); Paula Cristina da Silva Godoy, Ouvidora Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, que é diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen. As audiências ocorreram em março e maio deste ano. O nome de Luciane não aparece nas agendas oficiais das autoridades.

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