Humberto Costa anuncia sua participação na COP 28
O senador informou que a delegação brasileira levará propostas para a transição ecológica, incluindo a finalização da regulamentação do mercado de carbono, que está em fase final de tramitação no Congresso
Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (28), o senador Humberto Costa (PT-PE) comunicou sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que acontecerá em Dubai entre os dias 30 de novembro e 12 dezembro. O senador ressaltou a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e reforçou o compromisso do governo com a preservação ambiental e o enfrentamento do problema das mudanças climáticas.
"A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas mostrará as diferenças abissais entre o nosso governo e o governo anterior. O governo [do presidente Lula], diferentemente do anterior, tem um compromisso indissociável com a ciência, que deve pautar e estabelecer critérios usados nas decisões sobre o aquecimento global. O Brasil paga, por isso, um altíssimo preço nos dias de hoje, por eventos climáticos extremos. Estamos vivendo hoje, simultaneamente, as enchentes no Sul, rios inteiros que estão secando no Norte, o Pantanal queimando e registro dos dias mais quentes de toda a nossa história", alertou.
Humberto Costa, presidente recém-eleito da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), informou que a delegação brasileira levará propostas para a transição ecológica, incluindo a finalização da regulamentação do mercado de carbono, que está em fase final de tramitação no Congresso, após aprovação no Senado. De acordo com ele, o presidente Lula, apresentará iniciativas do governo, como o programa do BNDES para recuperar pastos degradados e reduzir a necessidade de desmatamento para a criação de gado, além de remunerar produtores rurais que preservem árvores.
"O Brasil levará à Conferência de Dubai também metas de mitigação de emissões de 48%, até 2025, e de 53%, até 2030. Países ricos precisam contribuir vivamente com recursos para combater o aquecimento global e favorecer a transição energética dos menos desenvolvidos. Não adianta querer ditar regras sem se engajar, como fazem hoje os países que mais poluem no mundo, e não ter esse engajamento com o financiamento expressivo de programas", observou.
*Da Agência Senado