Tópicos | 1917

A Amazon Prime Video anunciou a lista completa de estreias de filmes e séries no mês de dezembro. Os destaques do mês são o filme 1917, vencedor de várias categorias do Oscar 2020, 2ª temporada de Alex Rider e a série clássica de Mr.Bean. Confira a lista completa:

##RECOMENDA##

• Bloodshot (2020);

• O Mistério de Hailey Dean: Morto em Serviço (2019);

• Jumanji: Próxima Fase (2019);

• Os Órfãos (2020);

• Mr. Bean (1990);

• Where's Waldo? - 2ª temporada (2020);

• Harlem (2021);

• LOL - Se Rir Já Era (2021);

• Alex Rider (2020);

• 1917 (2019) - disponível em 5 de dezembro;

• FC Bayern: Behind The Legend - disponível em 8 de dezembro;

• Encounter (2021) - disponível em 10 de dezembro;

• Além das Montanhas (2020) - disponível em 10 de dezembro;

• The Expanse (2015) - disponível em 10 de dezembro;

• Tampa Baes (2021) - disponível em 10 de dezembro;

• Um Lindo dia na vizinhança (2019) - disponível em 15 de dezembro;

• Mortdecai: A Arte da Trapaça (2015) - disponível em 15 de dezembro;

• Causalidad - disponível em 17 de dezembro;

• Being The Ricardos (2021) - disponível em 21 de dezembro;

• Yearly Departed (2020) - disponível em 22 de dezembro;

A cerimônia do Oscar acontece no próximo domingo (9) e o filme "1917" é apontado como o favorito da premiação, que mais uma vez é criticada pela falta de diversidade entre os indicados nas principais categorias.

As grandes estrelas de Hollywood desfilarão pelo tapete vermelho do Dolby Theatre em Los Angeles para a noite mais aguardada do cinema, que também marca o fim da temporada de prêmios.

##RECOMENDA##

Nenhuma mulher foi indicada à estatueta de melhor direção, e Cynthia Erivo ("Harriet") é a única não branca indicada nas categorias de interpretação, o que gerou duras críticas por um problema que alguns acreditavam próximo de uma solução.

No ano passado, por exemplo, os prêmios nas categorias atriz e ator coadjuvante foram vencidos pelos afro-americanos Regina King e Mahershala Ali - este último é muçulmano. O melhor ator foi Rami Malek, filho de imigrantes egípcios.

"Não chamaria de #OscarSoWhite (Oscar Tão Branco), e sim de #OscarsAsUsual (Oscar como sempre)", declarou à AFP Pete Hammond, colunista do site Deadline, em referência às hashtags usadas nas redes sociais para criticar a falta de diversidade.

"Um filme britânico aparece no fim e conquista uma espécie de vitória tradicional, quatro atores brancos de novo... Parece que o Oscar poderia ter acontecido há 30 anos", completa.

"1917", do britânico Sam Mendes, ambientado na Primeira Guerra Mundial e filmado de maneira a aparentar ter sido feito em apenas uma tomada, é o favorito para o principal prêmio da cerimônia, de acordo com previsões da indústria.

"Está no padrão da Hollywood tradicional. É do que o Oscar gosta", declarou à AFP o editor de prêmios da revista Variety, Tim Gray.

"É grande, é épico, mas não é um filme de fórmula. É realmente um nocaute... é apenas cinema em seu melhor", avaliou.

Apesar do favoritismo de "1917", um novo e complexo sistema de votação introduzido no ano passado pode abrir caminho para alguma surpresa, como o aclamado filme sul-coreano "Parasita", de Bong Joon-ho, que acompanha uma família pobre que se infiltra na residência de uma família rica, em um olhar quase universal sobre o abismo de classe cada vez maior.

Com seis indicações, o longa-metragem, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, é o favorito na categoria filme internacional e também disputa o maior prêmio da noite, de melhor filme. Até hoje, nenhuma produção em língua não inglesa levou essa estatueta.

Vitórias praticamente certas

"Coringa" recebeu 11 indicações, incluindo melhor ator para Joaquin Phoenix, uma vitória praticamente assegurada, enquanto "O Irlandês", de Martin Scorsese, e "Era uma vez... em Hollywood", de Quentin Tarantino, concorrem em dez categorias, assim como "1917".

Além de Phoenix, e seguindo a tendência da temporada de prêmios, Renée Zellweger é a favorita para o Oscar de melhor atriz por seu papel como Judy Garland, em "Judy".

Brad Pitt e Laura Dern, que também dominaram a temporada de premiações, devem vencer nas categorias de ator e atriz coadjuvante. O primeiro interpreta um dublê na ode de Tarantino a Hollywood, enquanto Dern dá vida a uma advogada impiedosa em "História de um Casamento".

"Não vejo nenhum cenário em que algum deles perca", disse Hammond. "As pessoas afirmam que 'sempre acontece uma surpresa no Oscar', mas eu acredito que estes quatro vencerão", concorda Gray.

As categorias de roteiro, montagem e efeitos visuais não são consideradas definidas, o que abre a possibilidade de vitória para filmes como a sátira nazista "Jojo Rabbit", ou o drama "Adoráveis Mulheres".

Elton John, favorito ao Oscar de canção original com "(I'm Gonna) Love Me Again", de "Rocketman", vai-se apresentar no palco do Dolby, assim como a jovem Billie Eilish, a grande vencedora do Grammy 2020 e compositora da próxima canção da franquia 007.

Assim como no ano passado, o Oscar não terá um apresentador oficial.

Várias estrelas de Hollywood apresentarão os prêmios, um lista com muito mais diversidade do que a de indicados, que inclui nomes como Oscar Isaac, Sandra Oh, Chris Rock, Mahershala Ali, Salma Hayek, Regina King, Spike Lee e Lin Manuel Miranda.

Uma semana antes do Oscar, o filme "1917" e seu diretor, Sam Mendes, foram os grandes vitoriosos na cerimônia de entrega do Bafta, a principal premiação do cinema britânica, realizada neste domingo (2).

A produção ambientada na 1ª Guerra Mundial, premiada recentemente com o Globo de Ouro, venceu em sete categorias do Bafta, incluindo melhor filme e direção. A nova obra de Mendes superou dos concorrentes "O Irlandês", de Martin Scorsese, "Coringa", de Todd Philipps, "Era Uma Vez em Hollywood", de Quentin Tarantino, e "Parasita", de Bong Joon-Ho.

##RECOMENDA##

Com 11 indicações ao prêmio britânico, "Coringa" ficou com três, incluindo o de melhor ator para Joaquin Phoenix, que teve como concorrentes Leonardo DiCaprio ("Era Uma Vez em Hollywood"), Adam Driver ("Historia de um Casamento "), Taron Egerton ("Rocketman") e Jonathan Pryce ("Os dois papas").

Renée Zellweger brilhou entre as mulheres ao ficar com prêmio de melhor atriz por "Judy: Muito Além do Arco-Íris", biografia da atriz Judy Garland. "Parasita", do sul-coreano Bong Joon-Ho, ficou com o Bafta de melhor filme em língua estrangeira e melhor roteiro.

Com dez indicações, "Era Uma Vez em Hollywood" conseguiu apenas ser vitorioso na categoria ator coadjuvante, graças a Brad Pitt.

Quem saiu de mãos vazias da cerimônia foi a produção da Netflix, dirigida por Martin Scorsese, "O Irlandês", que concorreu em dez categorias. Este ano, a seleção de indicados ao Bafta foi muito criticada por sua falta de diversidade.

Pouco antes da cerimônia, a presidente do Bafta, Pippa Harris, lamentou a ausência de mulheres na categoria de melhor direção e julgou "exasperante" que nenhum ator negro estivesse nas principais categorias.

Confira abaixo a lista de premiados:

MELHOR FILME "1917"

MELHOR FILME BRITÂNICO "1917"

MELHOR ESTREIA DE UM DIRETOR, PRODUTOR OU ROTEIRISTA BRITÂNICO Mark Jenkin (Diretor/Roteirista), Kate Byers, Linn Waite (Produtor), por "Bait"

MELHOR FILME DE IDIOMA NÃO-INGLÊS "Parasita"

MELHOR DOCUMENTÁRIO "For Sama"

MELHOR ANIMAÇÃO "Klaus"

MELHOR DIRETOR Sam Mendes, por "1917"

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL "Parasita", Han Jin Won, Bong Joon-Ho

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO "Jojo Rabbit", Taika Waitit

MELHOR ATRIZ Renée Zellweger, por "Judy: Muito Além do Arco-Íris"

MELHOR ATOR Joaquin Phoenix, por "Coringa"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Laura Dern, por "História de um Casamento"

MELHOR ATOR COADJUVANTE Brad Pitt, por "Era Uma Vez em Hollywood"

MELHOR TRILHA SONORA "Coringa", Hildur Guđnadótti

MELHOR DIREÇÃO DE ELENCO "Coringa", Shayna Markowitz

MELHOR FOTOGRAFIA "1917", Roger Deakins

MELHOR EDIÇÃO "Ford Vs. Ferrari", Andrew Buckland, Michael Mccusker

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO "1917", Dennis Gassner, Lee Sandales

MELHOR FIGURINO "Adoráveis Mulheres", Jacqueline Durran 

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO "O Escândalo", Vivian Baker, Kazu Hiro, Anne Morgan

MELHOR SOM "1917", Scott Millan, Oliver Tarney, Rachael Tate, Mark Taylor, Stuart Wilson

MELHORES EFEITOS VISUAIS "1917", Greg Butler, Guillaume Rocheron, Dominic Tuohy

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO BRITÂNICO "Grandad Was A Romantic", Maryam Mohajer

MELHOR CURTA BRITÂNICO "Learning To Skateboard In A Warzone (If You’re A Girl)", Carol Dysinger, Elena Andreicheva

ESTRELA REVELAÇÃO Micheal Ward

O filme de guerra "1917" conquistou, no sábado (18), o maior prêmio anual do Sindicato do Produtores de Hollywood, evento que costuma ser considerado um bom termômetro das indicações que virão no Oscar em fevereiro.

Dirigida por Sam Mendes, a história sobre dois soldados britânicos em uma missão na Primeira Guerra Mundial já obteve o Globo de Ouro de melhor drama e dez indicações ao Oscar, incluindo a de melhor filme.

##RECOMENDA##

Ao receber o prêmio do Sindicato de Produtores dos Estados Unidos (PGA) em uma cerimônia em Los Angeles, Sam disse que fazer esse filme foi "instrutivo, alegre e, de longe, a melhor experiência da minha vida profissional".

"Desde o primeiro dia que rodamos - fizemos uma tomada de seis, ou sete, minutos -, pensei 'é excitante'", disse Mendes à AFP.

"E nunca olhamos para trás. Tivemos dias complicados, mas nunca duvidei", completou.

Dos últimos 30 ganhadores do Oscar de melhor filme, 21 levaram a estatueta do PGA nesta categoria, incluindo "Beleza americana", também de Sam Mendes, em 1999.

Brad Pitt, Al Pacino, Robert De Niro e Nicole Kidman, entre outras estrelas, participaram da cerimônia.

"Toy Story 4" venceu como melhor filme de animação, e "Apolo 11", como melhor documentário.

Já a série de televisão "Fleabag", da britânica Phoebe Waller-Bridge, foi escolhida como melhor comédia; "Succession", melhor drama; e "Chernobyl", melhor minissérie.

"Deixando Neverland", documentário sobre as denúncias de abuso sexual contra o astro Michael Jackson, conquistou o prêmio de melhor obra de não-ficção para a televisão.

"1917", o retrato inovador e profundamente pessoal de Sam Mendes da Primeira Guerra Mundial, entrou no radar do Oscar após surpreender no Globo de Ouro.

O filme é inspirado nas histórias do seu avô, que serviu no exército britânico.

##RECOMENDA##

A história acompanha dois soldados britânicos em uma missão perigosa através de uma terra de ninguém, na qual, diante de uma morte quase certa, eles devem entregar uma mensagem vital que ordena que um ataque calamitoso planejado nas linhas alemãs seja abortado.

O filme ganhou o Globo de Ouro de melhor drama no domingo, além do de melhor diretor para Mendes, vencendo os favoritos Martin Scorsese ("O Irlandês") e Quentin Tarantino ("Era uma vez... em Hollywood").

"Foi o melhor trabalho em equipe de todos os tempos", disse George MacKay à AFP, momentos depois do anúncio do primeiro prêmio.

- Memória muscular -

Em um experimento radical de cinema, Mendes e o diretor de fotografia Roger Deakins deslizam a câmera das trincheiras para os campos de batalha cheios de crateras em uma cidade francesa devastada, no que parece ser quase uma filmagem contínua que dura duas horas.

"Eles nunca fizeram um filme em uma tomada contínua. Nenhum de nós fez isso", disse Dean-Charles Chapman, outro ator principal do filme, falando à AFP em um evento em Beverly Hills organizado pelo BAFTA, a academia do cinema britânico.

Chapman e MacKay se lembraram de como ensaiaram suas cenas durante meses, repetindo movimentos e diálogos até que se tornassem "uma memória muscular".

"Estávamos andando sobre estacas que colocamos no chão para marcar as paredes, o começo, o fim do set", lembrou Chapman.

"Pouco a pouco, o cenário se tornou uma trincheira, depois ajustamos o tamanho do cenário em torno da cena. E fizemos isso com cada cena ... levamos seis meses para fazer isso".

- Heróis desconhecidos -

A abordagem ousada foi claramente recompensada, pois a vitória no Globo de Ouro, que abre a temporada de premiações de Hollywood, aumenta as chances de "1917" para o Oscar, em 9 de fevereiro.

A produção poderá disputar as categorias de melhor filme, melhor diretor e outras técnicas, embora seus protagonistas, relativamente desconhecidos, não apareçam nas previsões de premiação.

Mendes disse que escolheu deliberadamente atores que não eram grandes estrelas do cinema para que o público não simpatizasse de cara com eles e assim não conseguisse adivinhar se sobreviveriam ou não.

"Talvez sejam mortos, eu não sei. Se fosse Leonardo DiCaprio, talvez achasse que iria sobreviver", declarou Mendes à AFP em Paris no mês passado.

Chapman é mais conhecido por interpretar o jovem rei Tommen Baratheon em "Game of Thrones", enquanto MacKay teve um papel coadjuvante na comédia de 2016 "Capitão Fantástico".

"1917" tem estrelas britânicas como Colin Firth, Benedict Cumberbatch e Andrew Scott, mas seus papéis são secundários.

- Filme pessoal -

A base da trama era uma história particular que o avô de Mendes, Alfred, contou a ele sobre seu serviço como mensageiro na Frente Ocidental.

Ele complementou a trama com outras histórias reais de guerra retiradas de cartas, diários e outras pesquisas.

"Eu acho que é mais pessoal porque vem diretamente de mim, embora sinta que nunca fiz um filme que não fosse pessoal em algum nível", disse Mendes.

O filme acabou tendo também conexões pessoais com seus atores.

Chapman disse à AFP que durante sua pesquisa sobre o papel do soldado de primeira classe Blake descobriu um fragmento do diário de seu bisavô em um livro chamado "The Western Front Diaries".

Os atores também visitaram a França e a Bélgica para conhecer os lugares da guerra, embora o filme tenha sido rodado na Grã-Bretanha.

"1917" tem estreia prevista no Brasil em 23 de janeiro, embora os prêmios conquistados possam antecipar seu lançamento.

Quentin Tarantino e sua ode à Hollywood dos anos 1960 e o drama de guerra "1917" protagonizaram a 77ª edição do Globo de Ouro, realizada neste domingo (6), na qual a Netflix saiu praticamente de mãos vazias.

"Era uma Vez em... Hollywood" terminou com três estatuetas, incluindo a de melhor comédia e de melhor ator coadjuvante para Brad Pitt, enquanto o filme do britânico Sam Mendes conquistou o maior prêmio da noite - o de melhor drama - e o de melhor diretor.

##RECOMENDA##

"Posso dizer que não há outro diretor nesta sala, outro diretor no mundo que possa fazer sombra a Martin Scorsese? Tinha que dizer isso", afirmou Mendes, ao receber a estatueta.

"Coringa" levou dois prêmios, incluindo o de melhor ator para o aclamado Joaquin Phoenix.

"Rocketman", o musical inspirado na vida de Elton John, também conquistou um par de estatuetas: melhor canção original, composta pelo próprio intérprete com Bernie Taupin, e melhor ator de musical/comédia, para Taron Egerton.

"História de um Casamento", que chegou dominando as indicações (seis ao todo), levou apenas um Globo para casa, o de melhor atriz coadjuvante para Laura Dern. Já "O irlandês", filme de gângster de Martin Scorsese, não ganhou nenhuma de suas cinco indicações.

"Parasita" levou o prêmio de melhor filme em língua estrangeiro, categoria na qual competia com "Dor e glória", do espanhol Pedro Almodóvar.

Maior festa de Hollywood, o Globo de Ouro abre a temporada de premiações que este ano termina em 9 de fevereiro, com o Oscar.

Os resultados da noite deste domingo são um primeiro termômetro do que virá.

Awkwafina faz história

O comediante britânico Ricky Gervais abriu o show com seu humor afiado, abordando temas polêmicos como o #MeToo, Jeffrey Epstein, o escândalo de admissão das universidades e a guerra do streaming.

"Ninguém vai ao cinema, ninguém vê televisão. Tudo é a Netflix. Eu deveria sair deste deste palco e dizer 'levou tudo, Netflix', boa noite", lançou.

Nada mais longe da realidade. O gigante do streaming, que chegou com 17 indicações em categorias de cinema, mais do que qualquer outro estúdio, levou apenas um troféu, o de Dern.

E, na televisão, onde também tinha 17 indicações, conquistou um Globo, pela atuação de Olivia Colman, em "The Crown".

A atriz americana de ascendência chinesa e sul-coreana Awkwafina conquistou a estatueta de melhor atriz de musical/comédia pelo filme "The Farewell", tornando-se a primeira mulher de origem asiática a ganhar nesta categoria.

Renée Zellweger venceu na categoria de melhor atriz de drama por seu papel como Judy Garland, em "Judy".

Ao receber o prêmio, Brad Pitt agradeceu aos também indicados Al Pacino, Tom Hanks, Joe Pesci e Anthony Hopkins, mas, principalmente, a seu colega de filmagem, Leonardo DiCaprio.

"Não estaria aqui, se não fosse por você", afirmou.

Barreira de legendas

Ao vencer com "Parasita" - que não podia competir como melhor filme pelas regras da competição -, Bong Joon-ho disse, por meio de um tradutor: "Uma vez superada a barreira de uma polegada de altura das legendas, terão muito mais filmes incríveis".

Por "Dor e glória", Antonio Banderas competia como melhor ator de drama, categoria que teve como vencedor Joaquin Phoenix, por "Coringa", com sua aclamada interpretação do vilão de Batman.

"Link Perdido" se impôs como melhor filme animado, superando gigantescas produções como "Toy Story 4", "Frozen II" e "O Rei Leão", da Disney.

O Globo de Ouro também reconhece os melhores da televisão.

Russell Crowe, escolhido melhor ator em minissérie/filme para TV, não compareceu à festa, devido aos devastadores incêndios na Austrália.

Em uma mensagem enviada por ele e lida pela atriz Jennifer Aniston, Crowe afirmou que "a tragédia que acontece na Austrália é parte da mudança climática".

"Succession" levou a estatueta de melhor série de televisão dramática, enquanto Phoebe Waller-Bridge conquistou o Globo de melhor atriz de comédia por "Fleabag", produção que também ganhou na categoria de melhor série de comédia.

A revolução de 1917 provocou grandes mudanças nos costumes durante os primeiros anos da Rússia soviética, com a emancipação das mulheres e a propaganda a favor do amor livre, antes de uma rápida volta à ordem moral.

"As revoluções sexuais geralmente acompanham os grandes cataclismos históricos", explica o historiador Vladislav Axionov, do Instituto de História Russa.

##RECOMENDA##

Depois da revolução, as russas começaram a lutar por seus direitos políticos, pela possibilidade de eleger livremente seus pares sexuais e pela legalização do aborto.

As mulheres contavam então com o apoio decidido dos bolcheviques que clamavam "Abaixo o pudor!" e defendem que "fazer amor deve ser tão simples como beber um copo de água".

Em dezembro de 1917, em um claro sinal da evolução dos costumes, os bolcheviques adotaram um decreto para oficializar o casamento civil e o casamento religioso deixaram de ser obrigatórios.

A família tradicional foi logo considerada um vestígio do passado.

O lar e as crianças eram vistos então como obstáculos para a edificação do "futuro radiante" do comunismo. Para liberar as mulheres, foram abertas creches e lavanderias em todo o país.

Em 1917, a Rússia "se antecipou à Europa e aos Estados Unidos ao conceder às mulhers dieito ao voto", recorda Axionov. As americanas tiveram de esperar até 1920, e as francesas até 1944 para poder votar.

- Pioneiras -

Tantos avanços foram possíveis graças ao papel que desempenharam na revolução russa.

Foi o caso da esposa de Lênin, Nadejda Krupskaïa, ou de Alexandra Kolontái. Esta última, ministra dos Assuntos Sociais do primeiro governo comunista e contrária ao casamento, logo se converteu em uma das primeiras mulheres embaixadoras do mundo.

Entre essas pioneiras cabe destacar a francesa Inès Armand, cuja biografia reflete as mudanças na sociedade russa.

No início do século XX, Armand abandonou seu marido, seus quatro filhos e sua vida burguesa em Puchkino, uma cidade do norte de Moscou, para viver com seu cunhado Vladimir, nove anos mais novo que ela.

Depois da morte dele em 1909, Armand conheceu Lênin, a quem admirava. Logo se converteu em seu braço direito, e o revolucionário no exílio muitas vezes a enviou para participar em conferências internacionais, uma vez que ela falava muitos idiomas.

Em 1914, fundaram juntos o jornal "Rabotnitsa" ("A trabalhadora" em russo), dedicado à luta feminista. Sua ideia fundamental era a seguinte: as mulheres são escravas oprimidas pelo trabalho e a vida familiar, e a revolução é a única forma de ajudá-las a obter os mesmos direitos que os homens.

A reação conservadora foi rápida. Sob a liderança de Stálin, foram conservados alguns dos avanços conquistados pelas mulheres, mas o Estado se esforçou em controlar a vida privada de seus cidadãos e voltar a defender a família tradicional como modelo.

Em 1986, no início da perestroika, durante um programa de televisão em que americanas conversavam com soviéticas, uma russa disse: "Não há sexo em nossa casa, somos completamente contra!".

Uma frase que fez rir milhões de soviéticas, mas que ilustrou a sua maneira as dezenas de anos de pudicícia que viveu o país depois da queda da URSS, algo muito distante dos primeiros anos pós-revolucionários.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando