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O São Paulo estuda uma solução jurídica de manter o vínculo com o jogador Caramelo, uma das vítimas da queda do avião da Chapecoense na viagem à Colômbia para a disputa do jogo de ida da final da Copa Sul-Americana. O lateral estava emprestado ao time catarinense pela segunda vez, mas ainda tinha contrato com o clube paulista. O diretor de futebol Marco Aurélio Cunha manifestou preocupação com o amparo à família do jogador, pois, em caso de morte, o contrato de trabalho é rescindido automaticamente.

"Acionei o departamento jurídico. Quando o atleta falece, o contrato é automaticamente rescindido, você não pode pagar alguém que não existe mais. É uma questão duríssima, mas real. Vamos ver uma forma de manter isso, os clubes querem ajudar, cada um poderia pegar uma família dessa e suprir esses contratos. Isso é melhor do que homenagens midiáticas", afirmou o dirigente tricolor em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira.

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Já apresentação oficial de Rogério Ceni como novo treinador do São Paulo, que estava marcada para a última terça-feira e foi cancelada por causa da tragédia envolvendo a Chapecoense, deve ocorrer na semana que vem. "Estamos em luto. Seria impróprio qualquer apresentação. Estamos pensando em apresentar o Rogério Ceni na semana que vem, após os sete dias (de luto), ou na abertura da próxima temporada", disse Cunha.

No treino desta terça-feira, o auxiliar técnico Pintado conduziu um treino em campo reduzido para aperfeiçoar a troca de passes e a velocidade na criação de jogadores. O atacante Wellington Nem, nova contratação do clube, participou normalmente. Os jogadores, no entanto, mostraram abatimento. Após o treinamento, os jogadores foram liberados e só se reapresentam na terça-feira à tarde. Na última rodada do Brasileirão, a equipe enfrenta o Santa Cruz, no próximo dia 11 de dezembro, no Pacaembu.

"Clima não tem (para jogar após o desastre com a Chapecoense), mas é necessário cumprir porque a vida continua. O campeonato tem seus desígnios legais: rebaixamento, clubes que ascendem à Libertadores, legalmente é preciso terminar o campeonato. Fico feliz que o Palmeiras tenha conquistado o título antes. Deu pra comemorar, e os cumprimento pelo campeonato", disse Cunha.

De ponta a ponta do mundo, comoções tomam conta dos países após a tragédia com a equipe da Chapecoense. Não apenas o Brasil chora seu pior acidente aéreo no universo esportivo. Além de populares, personalidades dos mais variados segmentos expressaram seus lamentos e passaram mensagens de conforto para amigos e familiares dos integrantes da Chape. 

Entre os famosos, um dos maiores jogadores de futebol do mundo usou a internet para homenagear a equipe da Santa Catarina. O argentino Maradona descreveu os atletas da Chapecoense como homens que tinham pela frente um belo caminho no futebol.

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“Os meus pêsames aos familiares do time da Chapecoense, do Brasil, e para todas as pessoas que faleceram no trágico acidente de avião, na Colômbia. Infelizmente esses rapazes, que vinham a abrir caminho no futebol, tomaram o avião errado. A partir de hoje sou torcedor da Chapecoense”, declarou o Maradona.

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É difícil entender a dimensão da dor que amigos e familiares dos jogadores da Chapecoense estão sentindo neste trágico momento. Da euforia pelo belo momento da equipe rumo à final da Sul-Americana às lágrimas pelas mortes dos entes queridos, a notícia soa de forma inacreditável. Em Olinda, no bairro de Ouro Preto, onde residem alguns familiares do meia pernambucano Cleber Santana, de 35 anos de idade, familiares revelaram como receberam a informação do acidente, ainda extremamente abalados.

Irmão de Cleber, Cleidson Santana recebeu a triste notícia de um amigo e presenciou noticiários na televisão. “Começou o desespero para dizer aqui (casa da família). Vi minha mãe chorando, não aguentei, saí de perto. Tive que mandar um amigo falar, porque eu não estava aguentando para dar a notícia. Ele é um exemplo de tudo: pai, ser humano”, relatou o irmão do atleta, relembrando que Cleber sempre reservava tempo para visitar os familiares, em entrevista à imprensa. 

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Cunhado de Cleber Santana, Elton Victor disse que o atleta estava em um dos seus melhores momentos da carreira. “Estava muito feliz e entusiasmado. As pessoas diziam que pela idade ele deveria parar e o Cleber brincava: como vou parar? Ele continuava jogando em alto nível, era capitão da Chapecoense e estava na final da Copa Sul-Americana. Infelizmente, a trajetória dele foi interrompida”, disse Elton, em entrevista à Rede Globo.

Atualmente defendendo a camisa do Manchester United, o goleiro David De Gea descreveu sua dor pela tragédia. O arqueiro atuou com Cleber Santana pelo Atlético de Madrid, um dos maiores clubes da Espanha. “Estou muito afetado pelo acidente aéreo de Medellín. É difícil expressar como me sinto. Um forte abraço para as famílias”, declarou David De Gea, em sua página oficial do Facebook.

Natural de Abreu e Lima, cidade da Região Metropolitana do Recife, Cleber Santana foi formado nas categorias de base do Sport. Meia de toque refinado, bons passes e fortes chutes, o atleta passou por outros importantes clubes brasileiros, como Santos, São Paulo e Flamengo. Na Europa, se destacou pelo Atlético.

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O acidente que provocou a morte de mais de 70 pessoas no avião que transportava a delegação de Chapecoense rumo a Medellín, nesta terça-feira, aconteceu após o clube ser obrigado a mudar o seu plano inicial de voo.

Pela programação traçada inicialmente, a Chapecoense tinha a intenção de levar a sua delegação em um voo fretado que partiria do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e iria direto até Medellín. O avião locado pelo clube, da companhia LaMia, cuja sua matrícula foi registrada na Bolívia, porém, teve autorização para descer na cidade colombiana negada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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Por isso, a delegação da Chapecoense precisou seguir em um voo comercial rumo a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, para em seguida embarcar no avião fretado pelo clube que acabou caindo perto do aeroporto de Medellín. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, além de 21 jornalistas.

A aeronave utilizada pelo time catarinense é de fabricação da empresa britânica British Aerospace, modelo Bae 146, e estavam previstas neste voo as presenças do presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, do deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, mas eles acabaram não embarcando após a determinação da ANAC e haviam decidido seguir para a Colômbia em um voo comercial.

"Nós estávamos previstos para estar nesse voo. Inicialmente a gente iria num voo fretado, mas a ANAC não liberou e nós optamos por ir em voo regular hoje de tarde. Mas voltaríamos nesse voo (que caiu). Esse avião teve um pedido indeferido porque há um acordo internacional que diz que fretamento de equipes brasileiras só podem ser feito por aviões dos países de origem e destino", afirmou o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, em entrevista à TV Globo na manhã desta terça.

O nome do prefeito, que viajaria como convidado da Chapecoense, chegou a ser confirmado na lista de passageiros deste voo que caiu na Colômbia, mas ele acabou não embarcando neste avião que levaria o time para a disputa do jogo de ida da final da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, contra o Atlético Nacional, confronto agora cancelado pela Conmebol por motivos óbvios.

No Congresso Nacional, as pautas políticas ficaram de lado, por um momento nesta terça-feira (29), diante da tragédia aérea que vitimou a delegação da Chapecoense. Até o momento, há a confirmação de 76 mortes.

Em nota, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o país perdeu "brasileiros que sonhavam voltar vitoriosos para casa". "Rogo a Deus que console a família das vítimas e restabeleça a saúde dos sobreviventes. Peço empenho às autoridades competentes na apuração das causas do acidente".

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Nas redes sociais, o senador e ex-jogador de futebol Romário (PSB-RJ) também fez um registro. "Toda minha solidariedade aos amigos e familiares dos atletas, jornalistas, delegação técnica e tripulação que estava a bordo, assim como aos torcedores. #forçachape #chapecoense”, escreveu. O senador catarinense Dário Berger (PMDB) também se comoveu. “Iniciamos o dia com uma tragédia. Santa Catarina está de luto”, postou.

“A minha solidariedade e força aos amigos e às famílias das vítimas”, disse Aécio Neves (PSDB-MG). “Duro golpe ao futebol, a Santa Catarina e ao Brasil. Imensa tristeza. Minha solidariedade às famílias enlutadas”, escreveu José Agripino (DEM-RN). "É uma tragédia sem precedentes, que vai marcar profundamente a história do nosso futebol #ForçaChape", postou Humberto Costa (PT-PE).

O presidente Michel Temer (PMDB) manifestou solidariedade, na manhã desta terça-feira (29), as famílias das vítimas do acidente aéreo envolvendo o time da Chapecoense, de Santa Catarina, e jornalistas. O peemedebista decretou luto oficial de três dias e determinou que a aeronáutica e o Itamaraty fizessem o possível para “aliviar a dor dos amigos”. 

"Nesta hora triste que a tragédia se abate sobre dezenas de famílias brasileiras, expresso minha solidariedade. Estamos colocando todos os meios para auxiliar familiares e dar toda a assistência possível. A aeronáutica e o Itamaraty já foram acionados. O governo fará todo o possível para aliviar a dor dos amigos e familiares do esporte e do jornalismo nacional", disse o presidente. 

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A aeronave que levava jogadores da Chapecoense e jornalistas brasileiros à cidade de Medelín, na Colômbia, para a final da Sul-Americana caiu na madrugada desta terça. Morreram 75 pessoas e sete sobreviveram.

Dois jogadores pernambucanos estão entre as vítimas fatais da tragédia aérea com a delegação da Chapeocoense. Eles são Kempes, de 34 anos, atacante, natural de Carpina; e Cléber Santana, 35 anos, meio-campo, natural de Abreu e Lima.

Entre os clubes pelos quais Kempes passou estão o Vitória, Portuguesa, Ceará, Joinville e a Chapecoense. Cléber Santana já jogou pelo Sport, Vitória, Santos, São Paulo, Atlético Paranense, Flamengo, Avaí e os espanhóis Atlético de Madrid e Mallorca. 

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 Até o momento, a informação é de 75 mortos e seis sobreviventes. Foram resgatados com vida os goleiros Danilo e Follmann, o lateral Alan Ruschel, o jornalista Rafael Henzel Valmorbida, a aeromoça Ximena Suárez e o técnico da aeronave Erwin Tumiri. Existe a informação de que o zagueiro Hélio Hermito Zampier Neto sobreviveu, mas o nome dele ainda não costa na lista de sobreviventes divulgada pela aeronáutica civil do país.

O acidente aconteceu em Cerro Gordo, na Colômbia, entre os municípios de La Ceja e La Unión. 

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Os advogados das famílias do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela da Cunha, que comandavam o avião no qual morreu o então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, contestaram as conclusões do documento apresentado ontem pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e apresentaram nesta quarta-feira (20), na capital paulista, um relatório alternativo sobre o que teria causado o acidente. De acordo com o Cenipa, a falta de capacitação dos pilotos para operar a aeronave foi um dos fatores que contribuiu para a tragédia.

Contratado pelas famílias dos pilotos, o comandante Carlos Camacho, especialista em acidentes aéreos que trabalha no caso, defende que houve falha no sensor de velocidade, cuja função é posicionar o estabilizador horizontal da aeronave. Um erro no funcionamento desse sensor, que é automático, provoca o abaixamento abrupto do nariz da aeronave, o que teria ocorrido no acidente em Santos.

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Com a situação, explicou Camacho, os pilotos não tiveram tempo e altura suficientes para reposicionar o avião. Camacho destaca que o fabricante da aeronave, um modelo Cessna 560 XL, emitiu aviso de que o processo do recolhimento do flap com velocidade acima de 360 quilômetros por hora poderia provocar essa falha e gerar um acidente.

Os advogados do caso, Josmeyr Alves Oliveira e Ruben Seidl, citam duas falhas semelhantes, envolvendo o mesmo modelo de avião, mas que não resultaram em acidentes com mortes, uma vez que os pilotos voavam em alturas superiores. O avião de Eduardo Campos, por sua vez, estava a apenas 300 metros do solo.

Falha humana - Os advogados refutaram a hipótese de falta de capacitação dos pilotos. Ruben Seidl disse que eles tinham todo treinamento adequado e contavam com experiência na aviação. Os dois fizeram, juntos, 90 voos naquele mesmo avião. “Nenhum candidato à Presidência da República pegaria um novato para pilotar a aeronave, isso é bastante óbvio. Nós contestamos essa versão”, disse.

Para a defesa, os pilotos não estavam sob efeito da desorientação espacial no momento do acidente, já que tiveram a clareza para, após a arremetida, desviar do Monte Serrat, em Santos.  Josmeyr disse que os parentes dos pilotos ficaram indignados com o resultado da investigação do Cenipa. “Foi muito falado dos pilotos, em 70% do tempo falaram deles”, reclamou o advogado. Para Josmeyr, faltou uma análise aprofundada sobre as condições da aeronave.

Simulação - Os advogados criticaram ainda a falta de realização de uma simulação de voo. “Disseram que não puderam fazer porque o processo criminal corre em Santos e a empresa que poderia ter cedido o equipamento não poderia passar por cima da investigação da Polícia Federal”, disse Josmeyr. “Esse vazio nos deixou muito intrigados”, complementou.

Ruben argumenta que a Lei 12.970 de 2014, que dispõe sobre o sistema de investigação de acidentes aéreos, determina que o Cenipa tem preferência sobre qualquer outro órgão investigativo na utilização do simulador. “Ou seja, tinha prerrogativa legal, mas não quis usar, preferiu omitir-se”, declarou. De acordo com ele, a falta de evidências foi a justificativa do Cenipa para que a simulação não tenha sido feita.

Os advogados disseram que vão enviar o relatório apresentado hoje para os Estados Unidos, onde corre um processo contra o fabricante do avião, a empresa Cessna. As famílias pedem uma indenização que pode chegar a 600 milhões de dólares.

Sem falar claramente em falha humana como causadora do acidente aéreo que matou o ex-governador Eduardo Campos e mais seis pessoas, a Força Aérea Brasileira concluiu que quatro fatores contribuíram para a ocorrência do acidente. O relatório final foi apresentado na tarde desta terça-feira (19) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

No conjunto de fatores está a atitude dos pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela, que executaram um perfil de aproximação diferente do previsto, demonstrando uma "falta de aderência aos procedimentos, o que possibilitou o início da sequência de eventos que culminaram com uma aproximação perdida, tendo essa sido, possivelmente, influenciada pelo nível de confiança que o piloto possuía em sua capacidade operacional, haja vista suas experiências".

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A indisciplina de voo também contribuiu para a queda, já que sem motivo conhecido, os pilotos desviaram a aeronave para uma rota fora do plano de voo, além de reportar posições diferentes das reais no momento da aproximação da Base Aérea de Santos, ação executada “com parâmetros de velocidade diferentes dos recomendados pelo fabricante da aeronave". Isso reduziu as chances de estabilização.

As condições meteorológicas também foram determinantes, embora "tais condições, por si só, não implicavam riscos à operação, caso o perfil de procedimento fosse seguido de acordo com os parâmetros definidos nas publicações aeronáuticas e de acordo com os parâmetros de voo definidos pelo fabricante da aeronave”.

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Para o Cenipa, os pilotos também estavam espacialmente desorientados e tinham condições desfavoráveis, como redução da visibilidade em função das condições meteorológicas, estresse e aumento da carga de trabalho em função da realização da arremetida, falta de treinamento adequado e uma possível perda da consciência situacional. “O elevado ângulo de arfagem negativo, a alta velocidade, e a potência desenvolvida pelos motores no momento do impacto também são evidências compatíveis com a desorientação do tipo incapacitante”, aponta o relatório.

Outros fatores foram levantados durante a investigação, mas para o Cenipa não há como afirmar se eles foram determinantes ou não para o acidente. Nesse contexto estão a pressão de transportar um candidato à Presidência da República, a falta de integração dos pilotos devido ao pouco tempo de vivência entre eles, a fadiga, a falta de treinamento específico para pilotar a aeronave CE 560XLS+, a ausência de análise mais acurada das condições meteorológicas durante o planejamento do voo, erros no recrutamento dos pilotos, a sobrecarga de tarefas para o comandante e a  falta de transmissão das condições de teto e de visibilidade.

O acidente - Na manhã chuvosa do dia 13 de agosto de 2014, a FAB registrou a queda no jato Cessna 560-XL, em Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 9h21. Já no espaço aéreo de Santos, o piloto tentou pousar na Base Aérea, mas sem visibilidade da pista, arremeteu. Minutos depois, o avião caiu na rua Vahia de Abreu, no bairro do Boqueirão.

As primeiras informações repassadas pela imprensa eram de que se tratava de um helicóptero, mas depois houve a confirmação de que se tratava da aeronave PR-AFA, que transportava Eduardo Campos, o fotógrafo Alexandre Severo, o jornalista Carlos Augusto Percol, o cinegrafista Marcelo Lyra, o assessor da campanha Pedro Valadares Neto e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela. Todos morreram no acidente.

A Força Aérea Brasileira (FAB) apresentou, nesta terça-feira (19), o relatório final de investigação do acidente aéreo que matou o então candidato à Presidência da República e ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e outras seis pessoas, entre passageiros e tripulantes. Junto com o documento, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou vídeos de câmeras de segurança que foram usados durante a perícia.

A análise das imagens de três diferentes posicionamentos confirmou o parecer preliminar da FAB, que já indicava que o avião não estava em modo invertido (de cabeça para baixo) e não havia incêndio antes da colisão. Pessoas que testemunharam o acidente chegaram a relatar que o avião pegava fogo antes mesmo da queda. O parecer dos oficiais da Aeronáutica também descartou o choque com drone ou pássaros como causas do acidente.

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Além de Campos, morreram no acidente o fotógrafo Alexandre Severo, o jornalista Carlos Augusto Percol, o cinegrafista Marcelo Lyra, o assessor da campanha Pedro Valadares Neto e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela. Veja os vídeos:

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O atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara, se pronunciou acerca do relatório final divulgado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), nesta terça-feira (19). As possíveis causas do acidente que vitimou o ex-governador Eduardo Campos e sua equipe composta por seis assessores no dia 13 de agosto de 2014, em Santos, foram divulgadas. 

Em nota, Câmara afirmou que não participou da reunião convocada pelo CENIPA, na qual estiveram presentes os familiares das vítimas do acidente. “Apesar disso, quero afirmar que concordo com as ponderações feitas pela família de Eduardo. Vamos aguardar as investigações realizadas pela Procuradoria da República e pela Polícia Federal, que ainda não foram concluídas. Só tendo acesso a todos os detalhes da investigação é possível emitir uma opinião mais aprofundada.” O relatório divulgado afirma que também pode ter havido uma sobrecarga de trabalho do piloto em comando, em virtude da possibilidade de o mesmo ter acumulado tarefas como consequência de uma possível dificuldade do copiloto assessorá-lo.

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O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou através de nota, enviada nesta quarta-feira (11), que vai investigar o acidente com a aeronave Cessna 650. O avião caiu na cidade de Guarda-Mor, em Minas Gerais, nessa terça-feira (10). No acidente morreram dois executivos do Bradesco, Marco Antônio Rossi e Lúcio Flávio de Oliveira, além do piloto e do copiloto que estavam a bordo da aeronave.

Uma equipe composta por seis militares do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foi enviada ao local do acidente, para iniciar as investigações. Durante essa Ação Inicial, os militares vão coletar partes da aeronave, documentos, imagens e ouvir testemunhas. Já são levantados dados sobre a meteorologia da rota, o plano de voo da aeronave e a imagem radar do deslocamento.

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O CENIPA já efetuou a notificação da ocorrência à OACI (Organização da Aviação Civil Internacional) e ao NTSB (National Transportation Safety Board), órgão investigador do país fabricante do avião. A investigação do CENIPA tem como finalidade a prevenção de acidentes aeronáuticos. Não há prazo para conclusão das investigações.

Com informações da assessoria

Um avião caiu na cidade de Guarda-Mor, em Minas Gerais, na noite desta terça-feira (10). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira, que até o fechamento desta matéria não tinha mais detalhes sobre os passageiros e a aeronave.

De acordo com a Aeronáutica, o avião partiu de Brasília com destino a São Paulo. Ainda não informações sobre se existem sobreviventes. Apesar de não haver confirmação oficial sobre os passageiros, circulam em redes sociais informações de que os tripulantes seriam executivos da Bradesco Seguros.

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A reportagem do LeiaJá conversou com a assessoria de imprensa da Bradesco Seguros, que também não soube confirmar a veracidade das informações. A assessoria anda informou que também está apurando detalhes do acidente para confirmar se os passageiros são ou não executivos da instituição financeira. 

 

Um avião de carga que decolou da capital do Sudão do Sul, Juba, caiu em uma região de barragem do rio Nilo, em um acidente que matou pelo menos 25 pessoas, segundo fontes do governo e testemunhas. Partes do avião foram lançadas contra uma área onde há algumas casas, no lado leste do Nilo.

Uma testemunha no local, Bashir Yashin, disse que aparentemente o avião cairia em uma área onde há um mercado, antes de o piloto mudar a rota. Outra testemunha, Angelo Kenyi, disse que uma criança, que não parecia ter mais de 1 ano, e uma senhora idosa foram retirados da fuselagem.

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O porta-voz presidencial Ateny Wek Ateny disse que o avião seguiria para os campos de petróleo Paloch, no Estado do Alto Nilo. Rebeldes e forças do governo têm lutado pelo controle do Estado. Juba, a capital, não tem sido palco de ataques recentes.

O avião Antonov, construído na União Soviética em 1971, caiu pouco após decolar. Não estava claro se parte das vítimas estava em terra no momento do acidente.

Os aviões continuavam a chegar e partir do aeroporto em Juba. Muitas áreas do Sudão do Sul, que se tornou uma nação independente em 2011, tem sido atingidas pela violência desde dezembro de 2013, com as forças do governo do presidente Salva Kiir enfrentando rebeldes liderados por seu ex-vice, Riek Machar. Os confrontos persistem apesar de um acordo de paz fechado em agosto. Fonte: Associated Press.

Mais de um ano após o fim da investigação sobre o acidente com o voo Rio-Paris em 2009, a justiça francesa examinará nesta quarta-feira (21) as demandas da Air France e de famílias das vítimas, que questionam vários aspectos do processo.

A análise tem uma batalha entre a companhia aérea e a Airbus como pano de fundo. A Air France e a Airbus, indiciadas por homicídios culposos desde março de 2011, esperam evitar um processo pela tragédia, que aconteceu em 1º de junho de 2009 e matou 228 pessoas.

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O ponto de partida do acidente foi o congelamento durante o voo das sondas Pitot, o que provocou erros nas medições de velocidade do Airbus A330. O avião caiu no Oceano Atlântico. Em um primeiro momento foram apontadas falhas da tripulação, mas uma perícia judicial em 2012 citou problemas técnicos e o déficit de informação dos pilotos no caso de congelamento das sondas, apesar do registro de incidentes anteriores.

A pedido da Airbus, os juízes requistaram uma nova perícia, cujos resultados, apresentados em abril de 2014, ressaltaram a "reação inapropriada da tripulação" e as falhas da Air France. O trabalho, favorável à Airbus, foi duramente criticado pela Air France, que solicitou à câmara de instrução do tribunal de apelação de Paris que o declarasse nulo.

A empresa alegou que "dois voos de teste foram realizados na Airbus com tripulações da Airbus sem que a Air France fosse informada". "Os especialistas realizaram suas operações de maneira particularmente criticável", afirmaram os advogados da companhia, François Saint-Pierre e Fernand Garnault. Eles ressaltaram que o "próprio procurador-geral chegou à conclusão de que este relatório de perícia era ilegal em sua alegação", que será repetida na audiência de quarta-feira. A Airbus não aceita a anulação.

"O voo de teste que é criticado aconteceu nas mesmas condições que o da primeira perícia, cuja anulação não é solicitada pela Air France nem por outros demandantes", afirmou um dos advogados da empresa, Simon Ndiaye. A fabricante de aviões destacou que não é contrária a uma nova perícia complementar, com a previsão de voos de teste na presença das outras partes, segundo o advogado.

Prazos razoáveis

Famílias das vítimas também solicitam que o tribunal ordene um complemento da investigação para identificar de maneira mais clara aos representantes as falhas que impliquem a responsabilidade da Air France e da Airbus. O pedido tem por objetivo "dar segurança jurídica às demandas", disse à AFP Alain Jakubowicz, advogado da principal associação de vítimas, a 'Entraide et Solidarité AF447'.

Sem a investigação adicional, os demandantes temem um risco maior de arquivamento ou absolvição em caso de processo. "Os procedimentos em caso de catástrofes são complexos e, portanto, frágeis. Sempre são questionados, então há uma exigência particular de rigor que se impõe, não apenas às partes envolvidas, mas também aos magistrados", disse Stéphane Gicquel, secretário-geral da Federação Nacional de Vítimas de Atentados e de Acidentes Coletivos (Fenvac).

A Air France é contrária à demanda, sob a alegação de que o procedimento judicial deve ser encerrado em um "prazo razoável". "Já tem duração de seis anos e é hora de acabar", afirmaram os advogados. A audiência de quarta-feira acontecerá a portas fechadas.

A polícia britânica informou que o número de mortos no acidente ocorrido nesse sábado (22) durante uma apresentação aérea pode chegar a 11 pessoas. De acordo com as autoridades, é "alta" a probabilidade de o total de mortos chegar a esse resultado, após informar inicialmente que as fatalidades somavam sete pessoas.

O acidente ocorreu quando um caça caiu em uma movimentada estrada perto de Brighton, no sul da Inglaterra, atingindo vários carros. Testemunhas disseram que o jato pareceu ter despencado quando não conseguiu sair de uma manobra de loop.

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As autoridades estavam retirando corpos do local neste domingo e mais fatalidades podem ser descobertas. O piloto permanece em estado crítico no hospital e um guindaste deverá ser usado para remover os destroços do caça na segunda-feira.

Fonte: Associated Press.

A manhã era de chuva naquela quarta-feira, dia 13 de agosto de 2014, quando por volta das 10h30 a Força Aérea Brasileira (FAB) registrou a queda do jato Cessna 560-XL em Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave transportava o então presidenciável e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas para agendas de campanha na região. Nenhum deles sobreviveu à tragédia. Hoje, exatamente um ano depois, a causa do acidente ainda não foi identificada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Falhas humanas, técnicas, choques com drones e até sabotagens foram algumas das teorias levantadas por populares, familiares das vítimas e profissionais para justificar a queda do jatinho. Na última semana, ao ser procurada pelo Portal LeiaJá, a FAB divulgou uma nota informando que o processo de investigação das causas do acidente está em fase de finalização, no entanto, o órgão não estimou uma data para o anúncio do relatório final.  

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“A investigação do acidente com o jato Cessna 560-XL está na fase final de análise dos dados. De acordo com as normas internacionais, só podemos divulgar as conclusões consolidadas, uma vez que especulações podem prejudicar o andamento dos trabalhos e impedir a colaboração de fontes voluntárias”, explicou o chefe do Cenipa, Brigadeiro do Ar Dilton José Schuck. “Assim como em todos os acidentes aeronáuticos, o Cenipa não fixa um prazo para a conclusão do Relatório Final”, acrescentou. 

A equipe de investigação, composta por membros da FAB e do Cenipa, afirmou que em um ano realizou estudos de desempenho e dos sistemas da aeronave, além de ter verificado as habilitações e treinamento dos pilotos, meteorologia, regulamentos existentes na aviação brasileira e manutenção.

Em janeiro de 2015, foram divulgadas as primeiras informações sobre o caso. Na ocasião, foi apontado que o piloto Marcos Martins e copiloto Geraldo Magela “fizeram rota diferente do previsto na carta de aproximação por instrumentos para pouso na Base Aérea de Santos”, deixando assim evidente a possibilidade de que a queda teria sido provocada por falha humana, com a falta de treinamento dos profissionais. 

Segundo o relatório preliminar, tanto na descida inicial para a pista da Base Aérea de Santos quanto na arremetida (quando o avião sobe de volta no momento em que não consegue aterrissar na primeira vez), os radares captaram um percurso diferente do recomendado no mapa.

Além disso, no documento também foi descartada a hipótese de colisão com aves, drones ou aeronaves. Ficou constatado que o avião não estava voando invertido antes da queda e os motores estavam funcionando no momento do impacto com o solo. 

Na época, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou uma nota dizendo que os operadores tinham habilitação válida para operar os três modelos de aeronaves da família do Cesnna. “O piloto e o copiloto estavam com licença e habilitação C560 válidas no momento do acidente e, portanto, aptos e em situação regular para voar”, pontuou o órgão.  

Além do candidato à presidência Eduardo Campos e dos pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela, os fotógrafos Alexandre Severo e Macelo Lyra, o jornalista Carlos Percol e o assessor Pedro Valadares também morreram no acidente em Santos.

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Familiares acreditam em falha no projeto do avião 

Em paralelo as investigações do Cenipa, as famílias dos tripulantes da aeronave - que tiveram possíveis erros apontados pelo relatório preliminar – iniciaram uma averiguação técnica do projeto das aeronaves do modelo Cessna 560 Citation EXCEL (XL, XLS, XLS +), da qual o jatinho que transportava Campos pertencia. 

Com as informações levantadas pelo ex-comandante e perito Carlos Camacho, a esposa do piloto Marcos Martins, Flávia Martins, elaborou uma carta, encaminhada recentemente a Anac e ao Cenipa, alegando que os aviões de pequeno porte apresentavam uma falha nos estabilizadores horizontais, ferramentas responsáveis para dar o sentido que o nariz da aeronave deve estar durante o voo. Segundo o parecer, na hora do acidente o automatismo projetado para o estabilizador horizontal falhou, colocando o avião para a posição de Nose Down (nariz para baixo) e levando-o ao chão.

“Nessa carta foram colocadas muitas informações técnicas pedindo aos órgãos de investigação aqui no Brasil que considerasse esse novo enfoque”, detalhou o representante das famílias dos pilotos no caso, o advogado Josmeyr Oliveira, ao Portal LeiaJá. Segundo ele, inclusive, a empresa fabricante do Cesnna que fica nos Estados Unidos já foi notificada sobre o assunto e a defesa está estudando uma forma para abrir um processo na corte americana para as investigações das falhas. 

“A notificação foi feita no final de julho e está no prazo ainda de reposta. São 30 dias. Temos o final de agosto”, revelou Oliveira. “A ideia é que seja estudada uma possibilidade de um processo nos EUA, e lá, diferentemente daqui (onde os órgãos públicos investigam de maneira e sigilosa], as investigações também são conduzidas pelos órgãos privados, além dos oficiais”, acrescentou, observando que todos os aspectos são levados em consideração para um possível julgamento nos tribunais no EUA. 

Apesar dos argumentos, a tese da falha técnica, no entanto, não foi corroborada publicamente pela família Campos. O advogado que os representa no caso, José Henrique Wanderley Filho, informou que o posicionamento da viúva e dos filhos do ex-governador de Pernambuco será o de aguardar o relatório final dos órgãos investigadores. Já o irmão do então presidenciável, o advogado Antônio Campos, defendeu a tese em uma entrevista publicada no seu blog pessoal. No texto ele cita outros dois casos de aeronaves da mesma família com acidentes semelhantes. Um que ocorreu em 2 de dezembro de 2002, na Suíça (prefixo HB-VAA); e outro, em junho deste ano, em aeronave que voava de Manaus para Orlando (prefixo PP-MDB).

“Estou convencido que a causa determinante do acidente de Eduardo foi um erro de projeto do avião Cessna. O parecer do ex-comandante e perito Carlos Camacho é muito claro e inteligível”, reforçou. “Os dois aviões que tiveram problemas estavam em altitude elevada, o que fez a diferença entre viver e morrer”, pontuou Campos.

Além das investigações dos órgãos ligados a aviação brasileira, outros dois inquéritos um civil e um policial sobre o caso também aguardam a conclusão na 5ª Vara Federal de Santos.

 

A jovem María Nelly Murillo, de 18, e seu bebê, de apenas oito meses, conseguiram sobreviver à queda do pequeno avião em que estavam e depois de passarem cinco dias perdidos na densa selva colombiana. A história está sendo celebrada como "um milagre" na Colômbia. "Penso apenas na minha mãe e no meu filho", disse a jovem a Acisclo Rentería, o voluntário da Cruz Vermelha que a encontrou na quarta-feira.

Ontem era o último dia de trabalho dos socorristas previsto para a tentativa de resgate desse acidente ocorrido no último sábado, 20 de junho, em uma remota zona do departamento do Chocó, no noroeste do país.

Asisclo e outros três socorristas encontraram Murillo adormecida junto com o filho, Yudier Moreno, perto de uma fenda na densa selva do Alto Baudó. A jovem tinha queimaduras de primeiro e segundo graus e estava com o pé cortado, e o tornozelo, torcido. O bebê estava com "a roupinha queimada entre as pernas", mas parecida ileso.

"'Ajuda! Ajuda!', foi a primeira coisa que ela falou quando viu a gente", contou o voluntário, de 38 anos, com 15 de experiência na Cruz Vermelha.

"Eu disse a ela: 'mamãe, não se mexa', porque ela tentava se levantar e não conseguia. Ela me pedia água e comida", acrescentou o socorrista.

"O bebê estava com frio. Então, eu o cobri com a minha camisa. Ele chorou quando eu o peguei, mas dei soro e ele se acalmou. Ficou dormindo nos meus braços, o tempo todo", completou.

A foto de Rentería com o bebê nos braços, a bordo do helicóptero que levou os sobreviventes para Quibdó, capital do Chocó, rodou o mundo.

A notícia comoveu os colombianos.

"É um milagre. É uma área muito selvagem. O acidente foi uma catástrofe. Seu instinto de mãe deve ter lhe dado forças", disse à AFP o coronel Héctor Carrascal, comandante da Força Aérea Colombiana encarregado das tarefas de busca, iniciadas quando a aeronave foi declarada desaparecida, no sábado, às 12h56 (14h56 em Brasília).

Carrascal explicou que a fuselagem do avião foi identificada no domingo. Como a porta do aparelho estava aberta, considerou-se a possibilidade de haver sobreviventes. Uma equipe de 14 socorristas chegou ao local usando cordas.

Mãe e filho foram resgatados perto do local do acidente da aeronave, um Cessna 303 com matrícula HK-4677G, no meio do caminho entre Nuquí e Quibdó.

No acidente, "toda a carga que estava no avião, quase 230 quilos de peixe e um saco de cocos, caiu em cima do piloto. Ela e o bebê, que estavam no fundo, ficaram protegidos pelos pacotes", descreveu Rentería.

O piloto, capitão Carlos Mario Ceballos, terceiro a bordo da aeronave que oferecia o serviço de táxi aéreo na região, morreu no impacto.

Ainda segundo o socorrista, quando conseguiu sair do avião em chamas, a jovem viu um poço próximo com água.

"Ela colocou o filho lá, para esfriá-lo, porque estava muito quente. Quando o incêndio acabou, ela se aproximou de novo do avião para procurar um facão e um coco, bebeu a água dele e comeu alguma coisa que tinha", relatou.

"Ela achou o telefone dela e o do piloto, mas o que tinha bateria não tinha saldo para falar", acrescentou Rentería.

Segundo a imprensa local, foram mais de 90 tentativas de ligação, sem sucesso.

María decidiu, finalmente, ir buscar ajuda, acreditando que encontraria algum mineiro por perto. Passou cinco dias sozinha, bebendo água do rio e cuidando do filho, o qual amamentou mesmo sentindo dor.

Orgulhoso, Rentería anunciou que María o convidou para ser padrinho do bebê.

A jovem e seu filho farão exames nesta quinta em um hospital de Medellín, disseram as autoridades, que ainda investigam as causas do acidente.

Um avião monomotor caiu sobre uma casa em Belo Horizonte, na tarde de hoje (7). Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, três pessoas morreram no acidente.

Funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informaram que o jato executivo caiu na Rua São Sebastião, no bairro Minaslândia, próximo ao aeroporto da Pampulha.

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Ao cair, a aeronave atingiu o telhado e parte do muro de uma casa. A reportagem ainda não conseguiu confirmar se entre as três vítimas há moradores da casa ou se todas eram ocupantes do avião.

Três servidores da Defesa Civil municipal, bombeiros, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o superintendente da Infraero em Pampulha, Mario Jorge Fernandes de Oliveira, estão no local do acidente.

A Justiça Federal absolveu os três acusados no processo do acidente com o Airbus A-320 da TAM que matou 199 pessoas em Congonhas no dia 17 de junho de 2007. Foram absolvidos o então diretor de Segurança de Voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e Denise Maria Ayres Abreu, que, na época, ocupava o cargo de diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A sentença, do dia 30 de abril, é do juiz Márcio Assad Guardia, da 8ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo. O magistrado não acolheu denúncia da Procuradoria da República de que os três acusados teriam agido dolosamente. A Procuradoria pedia a condenação dos três réus por violação aos artigos 261 (expor a perigo embarcação ou aeronave) e 263 (lesão corporal ou morte no acidente).

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"De acordo com as premissas apresentadas pelo órgão acusatório (Ministério Público Federal), seria possível imputar a responsabilidade penal pelo sinistro ocorrido em 17 de julho de 2007 a um contingente imensurável de indivíduos, notadamente pela quantidade e pelo grau de desvirtuamento apresentados no curso do processo", destacou Márcio Assad Guardia.

Ao rejeitar a acusação, o juiz decidiu absolver os três réus "por atipicidade das condutas imputadas".

Segundo o juiz, "limitou-se o Ministério Público Federal a afirmar que não foi realizada, nem pela INFRAERO, nem pela ANAC uma ‘inspeção formal’ após o término das obras a fim de atesar suas condições operacionais". O juiz destacou que a Procuradoria "afirmou que o Plano Operacional de Obras e Serviços (POOS) referente ao contrato 041-EG/2007-0024 não "foi submetido" à aprovação da ANAC."

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