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Políticos, intelectuais e pessoas ligadas à imprensa participaram na noite desta segunda-feira (27), no restaurante Manuel Bandeira, no bairro das Graças, do lançamento do livro “As Demandas do Eleitor Recifense”. A publicação mostra os dados da pesquisa Agenda Recife realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau nas seis Regiões Político-Administrativas da cidade.

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De acordo com o controlador e fundador do Grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz, a pesquisa fez um levantamento abordando diversas áreas geográficas e detectando as necessidades da população. “O eleitor diz que todos os políticos são iguais, mas não são, tem aqueles que lutam pelo interesse coletivo e os que priorizam os interesses individuais. Eles não precisam saber de tudo, porém é essencial ter integridade, conhecer os problemas dos bairros e as demandas da população”, comentou.

No evento, ao se pronunciar, Janguiê criticou os políticos despreparados que apresentam projetos aleatórios sem ter conhecimento do orçamento público necessários para realizá-los. Eles também reforçou que o livro será entregue e protocolados a todos os candidatos a prefeito do Recife e alguns vereadores. “Há uma similitude, são os mesmos problemas em quase todos os bairros. Falta saneamento, saúde e a educação. Nós vamos cobrar essas demandas, depois, ao candidato eleito.”

O cientista político e também organizador do levantamento, Adriano Oliveira, relatou que a pesquisa é um trabalho sério e coeso, servindo ao interesse público. “A pesquisa mostra os problemas sociológicos ao consultar a opinião do eleitor. O IPMN faz ciência e divulga ciência, é o único instituto que não comercializa a pesquisa sendo financiada pelo Grupo Ser Educacional visando o interesse coletivo dos recifenses”.

Adriano citou que uma das principais demandas dos recifenses está relacionada a construção de espaços públicos de lazer como praças e parques. 56% dos entrevistados responderam não ter um posicionamento ideológico e político entre esquerda e direita e que 58%  não tem a pretensão de votar para vereador.     

Os dados foram a base para o especial Agenda Recife, publicado pelo Portal LeiaJá no início do mês de setembro. Outro responsável pelo livro, o economista Maurício Romão, declarou que o estudo mostra uma necessidade do gestor público em se comunicar com a população. Foram apresentadas aos eleitores três mil questões, onde eles opinaram sobre as principais necessidades de seus bairros.

“Aproveitamos o momento eleitoral para discutir com a população ferramentas de políticas públicas que possam ajudar ao desenvolvimento do município. Se tornou uma caixa de ressonância, uma comunicação entre o eleitor e o poder público, sendo rico em depoimentos. Esse material é um instrumento que políticos vão receber e observar o recado. Cabe ao gestor interagir e se conectar com essa perspectiva”, declarou.

Prefeito do Recife no início da década de 1980, Gustavo Krause também esteve presente no evento e comentou seu ponto de vista sobre a publicação. “Minha experiência de prefeito, me humanizou, pois o executivo municipal é o poder mais humanizado da república tendo um contato direto coma população, trabalhando com fatos, não somente com os dados.”

Segundo Krause, o prefeito se parece com a dona de casa e precisa cuidar da cidade pensando como um visionário. “Essa pesquisa é um mecanismo da democracia participativa, implantando soluções. Com rigor científico ela coloca a cidade no centro da discussão.”

O livro foi organizado pelo cientista político, Adriano Oliveira; pelos economistas, Maurício Romão e Djalma Guimarães; pelo estatístico, Carlos Gadelha; e pelo engenheiro Jânyo Diniz. Já o prefácio é assinado por Gustavo Krause.

O Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) lançará na noite desta segunda-feira (27) o livro “As demandas dos eleitores Recifenses: Agenda Recife”, que é baseado em um levantamento realizado pelo IPMN nas seis Regiões Político-Administrativas (RPAs) da cidade. O evento acontecerá no restaurante Manuel Bandeira, a partir das 19h. 

Na ocasião, será apresentada uma análise completa de todos os resultados da pesquisa, que também inspirou o especial Agenda Recife veiculado no Portal LeiaJá no início deste mês. O objetivo da obra é esclarecer as reais necessidades da população recifense e contribuir com as eleições municipais de outubro.

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O livro foi organizado pelo cientista político, Adriano Oliveira; pelos economistas, Maurício Romão e Djalma Guimarães; pelo estatístico, Carlos Gadelha; e pelo engenheiro Jânyo Diniz. Já o prefácio é assinado pelo Fundador e Acionista Majoritário do portal de notícias LeiaJá e do Grupo Ser Educacional, mantenedor da UNINASSAU e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, Janguiê Diniz.

 

Serviço:

Lançamento do livro “As demandas dos eleitores Recifenses: Agenda Recife”

Data: 27/08/2012

Horário: a partir das 19h

Local: Restaurante Manuel Bandeira – Rua Fernando Lopes, s/n – Graças, Recife/PE

O Portal LeiaJá divulgou no início deste mês o especial Agenda Recife, que tomou por base os dados apontados pelo levantamento de mesmo nome, realizado em uma parceria entre os veículo de comunicação e o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). Durante uma semana o Portal levou ao internauta matérias abordando temas relacionados às áreas de infraestrutura, trânsito, saúde, educação, saneamento básico, segurança pública, água e comércio informal. O levantamento ouviu 2879 pessoas das seis Regiões Político-Administrativas (RPAs) com 16 anos ou mais anos de idade sobre as principais demandas da cidade.

A pesquisa também resultou em um livro intitulado “As demandas dos eleitores Recifenses: Agenda Recife”, que foi organizado pelo cientista político, Adriano Oliveira; pelos economistas, Maurício Romão e Djalma Guimarães; pelo estatístico, Carlos Gadelha; e pelo engenheiro Jânyo Diniz. O lançamento acontece na próxima segunda-feira (27), no restaurante Manuel Bandeira. Na ocasião, haverá uma apresentação e análise completa de todos os resultados da pesquisa, que assim como o especial produzido pelo LeiaJá, tem por finalidade contribuir com as eleições municipais de outubro.

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A obra foi prefaciada pelo Fundador e Controlador Majoritário do portal de notícias LeiaJá e do Grupo Ser Educacional, mantenedor da UNINASSAU e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, Janguiê Diniz.

Na avaliação do cientista político, Adriano Oliveira, através do livro os candidatos a prefeito do município poderão conhecer e apresentar propostas para as áreas que os recifenses apontam como prioritárias. “Através dela é possível conhecer os principais problemas que afligem a população e assim traçar projetos e metas que visem à melhoria do desempenho político e, principalmente, o futuro de uma das principais capitais do país”, frisa Oliveira.

 

Serviço:

Lançamento do livro “As demandas dos eleitores Recifenses: Agenda Recife”

Data: 27/08/2012

Horário: a partir das 19h

Local: Restaurante Manuel Bandeira – Rua Fernando Lopes, s/n – Graças, Recife/PE

 

 

O termo accountability significa prestação de contas. Este termo é utilizado por cientistas políticos ao se referirem às prestações de contas de suas ações  pelas instituições estatais.

As instituições estatais, assim como os próprios estados federativos e o próprio estado  federal, bem como as prefeituras municipais devem, sistematicamente,  prestar contas de suas ações. É que esses órgãos  são geridos   por políticos,  gestores públicos, que são  remunerados e administram  com recursos orçamentários oriundos de impostos pagos pela população.  O objetivo primacial  desses recursos orçamentários tributários  consiste em prover bens e serviços públicos para a população. 

Segurança pública, saneamento básico,  educação  e saúde -  em qualquer edilidade pública -  seja municipal, estadual ou federal, consistem nas demandas clássicas da sociedade.  Nesse contexto, dependendo da capacidade de arrecadação tributária e principalmente  na competência administrativa com  gestão eficaz ou ineficaz, algumas edilidades atendem de modo eficiente, ou não,  essas demandas,  beneficiando,  sobremaneira,  a população.

No mundo contemporâneo,  variados estados federais,  independente do continente,  sofrem com  uma constante incompetência administrativa de seus gestores além da  incapacidade fiscal e tributária. A guisa de exemplo, citamos alguns  estados do velho continente.  A população de países como  Portugal, Espanha e França tem questionado, com frequência,  a incapacidade do estado em manter o well fare state, ou  estado do bem-estar social e  econômico. No Brasil, por outro turno, desde a década de 70,  é constante o debate acerca da capacidade do estado em remunerar adequadamente os servidores públicos e ao mesmo tempo, realizar investimentos em bens e serviços públicos.

Ademais,  o debate,  no que diz pertinência à  capacidade fiscal do estado, independente de quem seja o Presidente da República do Brasil e de que partido seja,  tem sido uma constância nos meios da municipalidade brasileira.  Com efeito, gestores municipais, com o objetivo e o discurso de atender as demandas da população municipal, sempre realizam marchas à capital federal no afã de cobrar mais verbas à União.

Nesse diapasão,  diante da escassez de recursos, os governantes municipais, estaduais e federais,  precisam definir prioridades.  E essas prioridades devem ser definidas com base nas principais demandas da população. OU seja, o que a população mais necessita e deseja para viver bem e feliz.  E para isso precisam saber quais as reais demandas. Pensando nisso, às vésperas  de uma eleição municipal acirrada no município de Recife,  o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com os veículos de  comunicação Portal de Notícias  LeiaJá.com  e Jornal do Commercio,  resolveram elaborar uma pesquisa em todas as regiões geográficas da cidade do Recife para levantar, com profundidade, as verdadeiras demandas da população da cidade de Recife.

A  pesquisa ouviu a população nas diversas regiões administrativas do Recife e identificou as suas principais  demandas.  Nesse particular, é interessante registrar que,  independente da área geográfica  e das características peculiares de cada uma, as demandas  dos eleitores que foram detectadas  são praticamente as mesmas, quais sejam: segurança pública, saneamento básico, saúde, educação, etc.   Diante desta constatação,  sem  titubear,  chega-se  à ilação de que os desafios do futuro gestor ou prefeito do Recife não serão  tão diversificados.

Uma pesquisa  tão relevante como esta não poderia ficar restrita  apenas a poucas pessoas. Pensando nisso, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), o  Portal de Notícias LeiaJa.com e o Jornal do Commercio resolveram dar ampla publicidade à mesma  através da  publicação dividida numa série de matérias publicadas no Portal de Notícias LeiaJá e no Jornal do Commercio, e também, através  da consagração do mesmo em livro intitulado: “As Demandas do Eleitor Recifense – Agenda Recife”. 

A pesquisa será apresentada à sociedade dia 27 de agosto, as 19 hs, no Restaurante Manuel Bandeira, onde haverá, também, o lançamento do livro. A obra  será vendida nas principais livrarias da cidade e também entregue a todos os  candidatos que disputarão, em outubro de 2012, a  eleição para a Prefeitura Municipal do Recife. Esperamos que com a leitura deste livro, o futuro prefeito do Recife, em identificando as principais demandas da população recifense de todas as regiões,  possa definir as principais  prioridades, e por via de consequência  atuar resolvendo-as com a brevidade que as mesmas exigem.

Parabéns ao Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) ao Portal de Notícias LeiaJa.com e ao Jornal do Commercio por esta importante obra. Parabenizo também aos seus organizadores. E boa sorte ao futuro prefeito do Recife!

O candidato Esteves Jacinto, do PRTB, começou com três minutos para falar e fazer as primeiras considerações. "Venho trazer o anseio de um povo que não tem a oportunidade de falar. Pessoas como eu, que venho do Alto do Mandu, e só são ouvidas a cada quatro anos, em época de eleição. A proposta do nosso partido apresenta uma mudança real para a população da cidade do Recife", pontuou.

O primeiro tema a ser debatido pelo candidato foi a infra-estrutura. O assunto perguntado pelo eleitor foi sobre Orçamento Participativo (OP). “O Orçamento Participativo funciona, mas não do jeito que está. Nós queremos trazer para o Recife a instalação de subprefeituras para dar a cada região um apoio, atender à necessidade do povo e para que obras e projetos sejam melhor fiscalizados”, respondeu.   

*Por Tatyane Serejo e Nathan Santos

Recife é um bom lugar para se viver. Além disso é uma cidade bonita e em desenvolvimento. Na respectiva sequência, essa é a imagem que o recifense faz da cidade que mora, de acordo com a pesquisa Agenda Recife, do Instituto Maurício de Nassau.

Ainda quando perguntado se gostaria de, nos próximos anos, mudar-se para outra cidade, 75% disseram não. Encerrando neste domingo (5) a série de reportagens com os diversos temas abordados pela pesquisa, a reportagem do Portal LeiaJà foi às ruas conferir as razões de tanto apego e, além dos depoimentos, mostra neste vídeo o cenário de uma cidade agraciada pelo seu próprio povo.

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Ainda que mudar do bairro onde mora não seja um desejo para 73% dos recifenses dos mais de 2 mil entrevistados pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, os moradores do município apontam os bairros de Boa Viagem, Casa Forte e Casa Amarela como as três primeiras opções de moradia com qualidade. A reportagem do Portal LeiaJá, percorreu esses locais para saber o que os tornam tão cobiçados como lugares para uma boa moradia. 

Há 45 anos em Casa Forte,  dona Amanda Faria A. da Silva (foto), viu o bairro crescer e se desenvolver economicamente. Em uma rua sem saída e bem agradável, com direito a um cajueiro na área, a aposentada construiu a sua casa, onde criou os quatro filhos, agora casados. “Eu adoro minha casa, não pretendo mudar nunca desse lugar”, conta.

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A residência de dois andares, tem grades brancas não tão altas, o que deixa a casa bem a vista de qualquer pessoa que passa pelo local. “Nunca fui assaltada aqui. Sempre vejo carros da polícia circulando. E já que a minha rua não tem saida, só quem chega até aqui são os próprios moradores”, afirma, acompanhada de seu mais novo inquilino, o Black, um cachorro da raça labrador de apenas 4 meses.

Contudo, ela afirma que não deixa de se prevenir contra os assaltos. “Tenho três cães em casa. Além do Black, que ainda é um filhote, tenho um Rottweiler, que também faz a nossa segurança”, afirma a aposentada.

A tranquilidade do bairro chama a atenção de qualquer um que passa por ali. Apesar de ser um local muito povoado, a vida caseira, em ruas arborizadas, convida moradores de outros locais a se encantarem por Casa Forte. “É o meu bairro. Calmo, sem muito barulho e seguro”, conta dona Amanda. 

Saindo da rua da casa de dona Amanda, entramos no bairro de Casa Amarela, que faz divisa com Casa Forte, e encontramos a senhora Inelza Nunes de Souza, de 86 anos, na calçada de casa, localizada na Estrada do Arraial, acompanhando toda a movimentação da rua. Paraíbana, Inelza se mudou há 68 anos para o bairro. “Tenho tudo aqui perto. Mercado, famárcia, minha igreja é aqui do lado, não penso nunca em sair daqui”, conta.

Atrás do um muro alto, a casa de Inelza, que abriga oito pessoas, se revela um local acolhedor, com plantas e banquinhos pelo quintal. A idosa, ainda muito ativa, diz que adora passear pelo bairro no final da tarde com sua irmã, Ceverina Nunes, de 75 anos. “Acho que nem quando eu morrer saiu daqui. Logo ali perto tem um cemitério, então nunca vou deixar Casa Amarela”, conta rindo. 

Um pouco mais distante da Zona Norte, o bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, atrai todos que tem a oportunidade de conhecê-lo. Um local cercado pelo mar, com um extenso calçadão, ciclovias, muitas lojas, colégios e um dos maiores shoppings da Capital, está no topo da lista do melhor lugar para morar em Recife, com 12,7% da preferência dos entrevistados pelo Instituto Maurício de Nassau.

A maioria dos moradores compartilham da mesma característica: tiram pelo menos uma horinha do dia para dar um volta pela orla da praia, como Rosina Sampaio, moradora do bairro há 30 anos. Ela conta que diferente do que vê nos notíciários, Boa Viagem é um local seguro de se viver. “Passeio sempre aqui, com bolsa, e nunca fui assaltada”, afirma.

A segurança também foi um dos fatores que atraiu o adestrador, Ramalho Lima (foto), recém chegado ao bairro. Ele diz que mesmo com um custo de vida mais elevado do que o seu antigo endereço, em Jaboatão dos Guararapes, a qualidade de vida encontrada no local é um aspecto que vale investir. “Aqui você tem restaurante, padaria, shopping e sso não se restringe apenas as ruas próximas a praia. As áreas mais distantes aqui em Boa Viagem também são bem atendidas pelo comércio e tem tudo que a gente precisa”, diz Ramalho.

O clima agradável da região e a praia não deixa a desejar nem a quem conhece de perto o Big Ben e os encantos da capital Londrina. A pernambucana Thereza Christina Frieeman, mora na Inglaterra com o marido inglês, mas mantem três apartamentos em Boa Viagem. “Nasci e fui criada aqui. Apesar de passar temporadas em Londres, não deixo de vir a Recife, por que sou apaixonada por Boa Viagem”, conta.

A orla e o sol da capital pernambucana são os melhores aspectos do bairro segundo a moradora que afirma que não deixa Recife para morar no exterior e ainda completa: “Me casei com Boa Viagem quando tinha nove anos e não penso nunca em deixa-la. Sou uma apaixonada pelo bairro”, afirma Thereza Christina.

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 Apesar da localização em uma área pouco propícia ao lazer, é justamente ali, área central do Recife, onde a população da Região Política Administrativa 1 (RPA1) aponta que é bem servida no quesito área pública de lazer, segundo dados do Instituto Maurício de Nassau, liderando o ranking de aprovação do espaço de lazer na cidade. A frente, inclusive da cobiçada área de Boa Viagem, Zona Sul da cidade, situada na RPA6. E o que faz a diferença numa área tida como carente, onde boa parte da população reside na comunidade do Coque é a Academia das Cidades - um equipamento público, mantido pela Prefeitura da Cidade do Recife, que oferece atividades físicas acompanhadas por instrutores profissionais, de forma gratuita.

No local, há cinco anos,  um grupo de 10 amigos se juntam e jogam partidas de futebol todos os sábados. “Aqui tava precisando disso mesmo. A gente se diverte, exercita e joga conversa fora e o melhor é que é pertinho de casa” contou Edvaldo Alves dos Santos, comerciário. A pesquisa revela que 54% da população reconhece morar numa área em que o lazer faz parte. E outros 66% acredita que, além disso, a comunidade tem um equipamento bem cuidado. “É muito bom esse encontro semanal, sempre me divirto” disse outro morador, Maurício França.

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A aprovação do espaço específico do lazer é também de quem tem crianças e na agenda atividades lúdicas devem fazer parte. “É muito bom quando trago meu filho, por que vejo que ele realmente está se divertindo. Ele e minha filha, de 2 e 4 anos, respectivamente, dão pulos de alegria quando chegam aqui. Não tenho do que reclamar, foi o melhor serviço de lazer que podiam ter nos oferecido” afirmou o vigilante Harry Kefson. 

Sonho - Entre algumas brincadeiras, os moradores contaram que, se fossem eleitos prefeitos nas eleições deste ano, um novo espaço seria construído por unanimidade: uma pista de skate. Jonathas Vítor pensou direitinho como faria “O que falta é só isso. Todos os dias se formam vários grupos com skates aqui, até professor tem. Seria ideal e era a primeira coisa que eu faria, com toda certeza”.

Nessa hora, a comparação com os moradores de áreas consideradas nobres da cidade é inevitável. O estudante José Mário, 18, diz que faria " uma rampa, feito a do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. É outro sonho dos moradores daqui do Coque” afirmou, referindo-se ao parque localizado na Zona Sul. 

Na sequencia dos números da pesquisa, a RPA6, Zona Sul da cidade, é outro área onde o lazer acontece. Quem nunca sonhou em morar em frente a praia? No Recife, mais especificamente na orla do bairro de Boa Viagem, uma das praias urbanas mais famosas do Estado? Com cerca de 7 km de extensão, a praia se divide entre turistas e moradores que aproveitam as atrações gratuitas e pagas ao longo da orla.

O paulistano Ariovaldo Correia, mora em Recife há apenas seis meses e conta que deu preferência à Boa Viagem na hora de procurar um local para fixar moradia. “Eu cheguei a pesquisar outros bairros, mas nenhum deles tem uma opção tão grande de lazer quanto aqui. Você encontra tudo o que quer tendo a praia como paisagem”, afirma o supervisor técnico de Suape. Desportista, Ariovaldo pratica tênis há dois anos e é um dos frequentadores das quatro quadras públicas localizadas no calçadão da praia.

De acordo com Robson, a prática de tênis na praia de Boa Viagem aumentou após o local sofrer algumas mudanças. “Por se tratar de um esporte de elite, as quadras eram monopolizadas e mesmo sendo públicas se tornaram pagas e isso afastou muitas pessoas. Hoje em dia, o local se tornou mais democrático, atendendo a todos”, diz o professor. Ainda segundo os praticantes, as quadras têm movimento das 6h da manhã a meia-noite e abriga projetos sociais que disponibilizam aulas gratuitas de tênis para qualquer faixa etária.

Os amantes de outros esportes como corrida e ciclismo também aproveitam o sol frequente da capital Pernambucana e os 1,14km de extensão da ciclovia localizada na avenida Boa Viagem, para a prática de exercicios físicos. Por ela, circulam cerca de 1.460 bicicletas por dia. Embalados pela vista do mar, os esportistas pedalam desde a orla de Piedade, em Jaboatão dos Guararpes até o girador no fim da Avenida Brasília Formosa, em frente ao Iate Clube.

O ambiente também recebe quem está afim só de aproveitar a vista do mar e uma boa comida. A orla, com cerca de 61 quiosques distribuídos em toda a extensão da avenida Boa Viagem, oferece variedades de lanches que atraem muitos frequentadores  como os fregueses de Renato Damião, funcionário do famoso Point do Açaí. O quiosque que funciona 24 horas é popular entre os jovens por oferecer um cardápio diferenciado.

Segundo o registro da pesquisa Agenda Recife, do Instituto Maurício de Nassau, o recifense não reconhe a sua cidade como referência de espaços públicos de lazer.

Mas, com base nas reportagens sobre o tema, o Portal LeiJá fez o registro de imagens exclusivas de alguns pontos nas Regiões Política Administrativa (RPAs), onde moradores apontaram algum percentual de satisfação significativo, nas RPAs 1 e 6, no centro do Recife e Zona Sul, respectivamente.

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Apesar dos 51% de aprovação dos recifenses ao comércio ambulante da cidade, em algumas áreas da cidade, como na Região Política Administrativa 3 (RPA3), a população diz que não se sente satisfeita com a presença deles no local.

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É o caso do bairro de Casa Amarela, onde a reportagem do LeiaJá foi ouvir os moradores. 

 

Apesar da educação, inusitadamente, não ter sido um tema citado entre as preocupações do recifense pelos entrevistados da Pesquisa Agenda Recife, do Instituto Maurício de Nassau, o LeiaJà o incluiu nessa reportagem especial, considerando que não dá para falar de saúde pública sem falar de educação, pela relevancia e ligação de ambos os temas. 

O raio "X" traçado pela nossa reportagem idenficou problemas na educação que vão além das dificuldades de infraestrutura, mas toca na saúde física, literalmente falando, dos seus protagonistas - que são os professores. E que reflete diretamente na sala de aula.

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De acordo com o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), dos 5,5 mil docentes concursados, 500 estão afastados das salas de aulas por doenças relacionadas ao trabalho como problemas nas cordas vocais, dores na coluna e depressão.

Desse total, cerca de 40% sofrem de doenças de caráter emocional. Segundo a diretora de assuntos educacionais do Simpere, Riso Germano, esse percentual alto se deve a falta de estrutura financeira e física encontrada pelos professores. “A situação das escolas é precária. Você encontra poucas unidades em boas condições. E o plano de carreira existente não é estimulante para um docente”, afirma a professora.

Com carga horária de 145 horas, o professor em início de carreira e com apenas o segundo grau completo tem salário equivalente a R$ 7,76 a hora/aula, cerca de R$ 1.125,00 mensais. O docente ainda tem a opção de acumular mais 125 horas, o que resultaria em 270 horas de trabalho.  Mas para isso, o profissional deve fazer a solicitação junto a Secretaria de Educação. Segundo informações do Simpere, o piso salarial foi aplicado na proporcionalidade para menos para um professor em início de carreira. “Recife não está tão distante da luta nacional quando o assunto é o piso rebaixado”, diz a diretora do sindicato.

Estrutura - A estrutura das escolas também é um assunto que está sempre em pauta quando falamos de ensino público. A Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seel) do Recife possui hoje uma rede com 221 escolas do ensino fundamental I e II. O investimento em obras, como a construção de três novas sedes e a reformas de nove escolas municipais do Recife, resultou em um investimento de R$ 45 milhões, segundo informações da Seel. Ainda de acordo com a secretaria, desde de 2009, até o último mês de junho de 2012, a Secretaria investiu R$1.758.938.164,05 na educação.

Mas ainda há situações difíceis como a da Escola Deputado Fernando Sampaio, no bairro de Nova Descoberta. A instituição funciona no Alto Antonio Félix, tendo uma sede e dois anexos improvisados. A unidade atende as comunidades dos arredores de Nova Descoberta, como o Alto do Cruzeiro e Alto Olho D’água. A professora Verônica Freitas, acompanha a turma de alunos de cinco anos, no anexo I, uma pequena casa que abriga até 67 alunos apenas no horário da manhã. 

Ela afirma que a escola tem o apoio dos funcionários que se adaptam a situação e tentam tornar o ambiente cada vez melhor para os pequenos do ensino infantil. “Já tivemos casos de professores que chegaram aqui e desistiram da vaga para essa unidade. Estamos em uma comunidade considerada violenta, o acesso à escola é um pouco complicado e a estrutura também assusta um pouco”, conta a mestre em ensino de ciências.

A docente diz ainda que em épocas de chuva a situação fica mais difícil. “Enfrentamos goteiras e a escadaria que fica aqui na frente da escola vira uma cachoeira”, diz. Além, disso, a “escola” ainda não possui uma área de recreação adequada, sem um atrativo para as crianças.

A grande demanda de alunos e a falta de outra unidade nas regiões mais próximas fez com que a escola absorvesse uma quantidade grande de alunos e se dividisse em três. Mesmo com todas essas dificuldades, a professora Verônica Freitas afirma que já pensou em deixar a escola, mas ainda não o fez. “Não falta oportunidade em outros lugares, mas a gente se apega a comunidade, que participa ativamente, e principalmente às crianças, que não queremos deixar nessa situação”, afirma.

Professores que enfrentam problemas como esses contam que resistem pelo amor a profissão. “Eu achei que isso não existia mais, contudo vejo aqui que existe. Além do mais, a nossa secretaria dá oportunidades para crescermos dentro da rede”, explica Verônica. O recifense tem o dever e o direito de cobrar uma maior preocupação dos órgãos responsáveis pela educação e fazer com que quadros como esses diminuam. “Recife trata a educação como uma empresa privada, isso torna as coisas mais difíceis”, avalia a docente.

Em meio às dificuldades constatadas pela reportagem do LeiaJà, escolas municipais como a Jader de Figueiredo, localizada no bairro do Engenho do Meio, tornam-se referência que o remédio, quando se quer achar, é possível de ser encontrado. A unidade, passou por uma reforma em 2011 e agora, bem estruturada, atende 180 crianças de até a alfabetização.

Com salas climatizadas, além de uma sala de informática bem equipada, a escola se tornou referência nas áreas dos Torrões e Roda de Fogo. A gestora Sandra Synara Carneiro, mostra a “nova” unidade orgulhosa. Ela explica que as crianças são auxiliadas por 18 professores, além de estagiários, psicóloga e profissionais qualificados para acompanhar alunos especiais. No entanto, ressalta que a escola ainda não é suficiente para concentrar toda a demanda da região. “Nossa escola é pequena, porém acolhedora, e damos o melhor para nossos alunos”, diz Sandra.

A situação privilegiada da Escola Jader Figueiredo incentiva os professores e gestores a continuarem lutando por uma educação melhor. “Gerir uma escola não é fácil, mas não podemos desistir”, desabafa a diretora.

Um dos direitos básico para uma boa condição de vida, a água encanada deveria chegar na casa de Dona Zoede da Silva todos os dias, mas a realidade encontrada no Alto Jose Bonifácio, Zona Norte da cidade do Recife, é bem diferente. "A água vem um dia e falta dois. A gente armazena em caixa d’água, mas as vezes não é suficiente”, afirma a dona de casa que ainda divide o pouco que consegue guardar com mais 6 pessoas, entre eles, uma criança de 1 ano.

A falta de abastecimento e a qualidade da água foi a queixa de  7% dos moradores da Região Político Administrativa 3 (RPA3) (correspondente aos bairros de Casa Amarela, Alto José do Pinho, Jaqueira, Dois Irmãos, Sítio dos Pintos, Nova Descoberta, entre outros), entrevistados na pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, no quesito “Qual é o principal problema da área em que você mora?”. Vale ressaltar que esse foi o maior percentual de reclamação registrado de todas as RPAs do município, de acordo com a pesquisa. 

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A questão que afeta os moradores do Alto José Bonifácio, obrigou Dona Ivanilda Muniz a comprar uma caixa d’água de 2 mil litros para não precisar passar sufoco. A aposentada de 68 anos, é moradora do bairro desde dos quatro anos de idade e afirma que a situação já esteve pior. “Hoje ficamos apenas três dias sem água. Antigamente já chegamos a ficar 15 dias sem abrir as torneiras”, conta. Apesar do racionamento, Dona Ivanilda, afirma que é frequente ver canos estourados nas ruas com grande quantidade de água vazando. “Nós chegamos a ligar para a Compesa, mas eles não vêem. Nem adianta ficar tentando, então os próprios moradores resolvem o problema”, diz a moradora.

O bairro do Passarinho, localizado também na RPA3, é sempre lembrado entre os moradores da área quando o assunto é falta d’água, principalmente quando se referem à Passarinho Alto.Apesar de ter como um dos pontos de referência do local uma caixa d’agua da Compesa, no alto no morro, a professora Priscila Mendes, de 26 anos, conta que tem um gasto maior por mês já que é obrigada a comprar mais garrafões de água mineral para poder cozinhar devido a falta de abastecimento. “Ficamos três dias sem água e os baldes que guardamos não é suficiente. Além disso, preferimos cozinhar com água mineral, pricipalmente pela saúde do meu sobrinho de 1 ano. Gastamos mais dinheiro, mas não temos escolha”, diz a moradora.

O funcionário da Compesa, Ivanildo, responsável há 8 anos pelo monitoramento de água do local, explica que o bairro é abastecido pelo poço localizado na parte baixa do morro e esse bombeia água para a caixa d’agua no Passarinho Alto, que demora duas horas para encher completamente. “O problema que a caixa tem que suprir toda essa área aqui, que cresceu sem controle e agora a quantidade de água não é suficiente”, conta Ivanildo. Ele conta que quando tem água, há disperdiçio e ainda afirma que apoia o uso do relógio para o controle do excesso. “Muitos moradores ligam a mangueira e ficam molhando a rua, a calçada. Há um gasto exessivo, além de bombas clandestinas na rede, o que também faz com que a caixa d’agua daqui de cima esvazie rápido de mais”, diz Ivanildo .

Ao ser abordado por Paulo Severino, morador do bairro, pedindo que ligasse a água, o funcionário da Compesa declara que não há o que fazer, só esperar. Paulo, indignado, diz que está sem água há 24h. “A água vai embora sem a gente saber. A essa hora éramos para estar com água nas torneiras. É um absurdo”, desabafa o morador.

A reportagem do Portal LeiaJá procurou a Compesa para esclarecer sobre os investimentos previstos para resolver um problema que atinge as diversas áreas da cidade do Recife, especialmente as regiões de morro. Segundo o diretor regional metropolitano da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Rômulo Aurélio, a Compesa já tem recursos da ordem de R$ 400 milhões para serem investidos nos morros especificamente. Desse total, R$ 18 milhões já estão sendo aplicados em obra na RPA6, numa parte do bairro do Ibura, onde está em curso três processos de licitações, com ordem de serviço prevista para ocorrer até o final do mês.

Mas na Zona Norte, onde segundo os dados da pesquisa, a reclamação é maior, os moradores terão que esperar um pouco mais. Rômulo Aurélio diz que os projetos técnicos estão sendo elaborados para sanar o problema e "até o final de 2014 tudo a população dessa área terá o abastecimento d'água resolvido".

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Esgoto a céu aberto e muitas reclamações, esse é o cenário da comunidade Dancing Days na Imbiribeira, Zona Sul da cidade do Recife. Área, onde, de acordo com os dados da Pesquisa do Instituto Maurício de Nassau,  entre todas as Regiões Político Administrativas (RPAs) da cidade, a população aponta o saneamento como o maior problema enfrentado por ela. 

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Em outro ponto, mas na mesma área  da Zona Sul, no bairro do Ibura, a comunidade sofre com a falta de abastecimento d'água. Em ambas, o pedido ao futuro ao prefeito do Recife é de que seja resolvido o problema dessas antigas carências.

 

 

 

 

 

 

 

Entra inverno e sai inverno e os recifenses passam pelos mesmos velhos problemas: ruas e avenidas alagadas, famílias ilhadas e sem terem como sair de casa. O Instituto Maurício de Nassau, na pesquisa que registra um  diagnóstico da cidade,mostra que 52% da população da mora justamente em áreas onde em dias de chuva normalmente costumam alagar. 

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Diante de um cenário tão repetitivo, a certeza de que no ano seguinte a situação será a mesma traz uma pergunta que parece ser difícil de responder: por que o Recife sofre tanto com alagamentos na época chuvosa?

O professor do Grupo de Recursos Hídricos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Jaime Cabral explica que a morfologia do Recife dificulta o escoamento das águas, já que a cidade está praticamente no mesmo nível do mar. Em função disso, basta que a maré atinja pontos altos para que algumas ruas recebam o refluxo dessas águas e alaguem. “O Recife é uma cidade predisposta a sofrer alagamentos, tem chuvas intensas e se configura numa planície cercada por morros. Por conta dessa configuração, a água da chuva escorre devagar, do morro para a planície, e aí acontecem os alagamentos”, comenta Jaime Cabral.

José Orlando Vieira, professor da Universidade de Pernambuco (UPE) e doutor em Engenharia Civil e Urbana, reforça que a ação dos moradores também contribui para o agravamento do problema. Por mais batido que seja, jogar lixo em galerias provoca a obstrução de canais e reduz a vazão da água que deveria escoar para as estruturas de drenagem. O professor ainda lembra que tais estruturas, hoje, não são eficazes o suficiente. “Alguns sistemas de drenagem são antigos. Além disso, com o desenvolvimento da cidade e a construção de mais vias pavimentadas, a área de infiltração da água diminuiu, o que tornou esses sistemas insuficientes para a estrutura que temos no Recife”, acrescenta.

Sem ter uma solução à vista, os recifenses podem custar a acreditar que esse seja um problema passível de ser, ao menos, minimizado. Para os dois professores, há sim alternativas que podem ser planejadas e uma delas a elaboração de um projeto urbanístico de assentamento, pavimentação e drenagem, que deve ser adotado em conjunto e pensando a cidade como um todo.

Segundo o professor da UFPE, é preciso ainda que haja uma manutenção constante e sistemática de rios, galerias e riachos, além de um forte trabalho no que diz respeito à contenção da destruição de riachos e aterramento de mangues, que também são áreas de escoamento de águas. “Nos últimos 400 anos, o Recife viveu um processo histórico de estreitamento dos seus riachos. Nos últimos 50, o avanço dessa destruição foi ainda maior com o aumento da capacidade tecnológica das máquinas para construir ruas e casas. A alternativa é tentar recuperar o antigo espaço das águas e, no mínimo, não realizar mais aterramentos”, explica.

Confira no vídeo abaixo os pontos abordados pelo professor Jaime Cabral sobre como o Recife pode minimizar os problemas com alagamentos por meio de políticas públicas.

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Em áreas onde a pavimentação não existe, os alagamentos consequentemente são propícios. Nos morros, essa realidade é comum e aumenta o perigo da moradia em áreas onde há o risco de ser vítima de um desabamento.

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Na RPA3, Zona Norte do Recife, moradores se unem, mostram o muro de arrimo que construiram sem ajuda do poder público e, ainda, falam dos riscos existentes apesar da iniciativa. De acordo com a pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, 47% dos entrevistados da área ressaltam preocupação com o tema.

Entra inverno e sai inverno e os recifenses passam pelos mesmos velhos problemas: ruas e avenidas alagadas, famílias ilhadas e sem terem como sair de casa. O Instituto Maurício de Nassau, na pesquisa que registra um  diagnóstico da cidade,mostra que 52% da população da mora justamente em áreas onde em dias de chuva normalmente costumam alagar. 

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Diante de um cenário tão repetitivo, a certeza de que no ano seguinte a situação será a mesma traz uma pergunta que parece ser difícil de responder: por que o Recife sofre tanto com alagamentos na época chuvosa?

O professor do Grupo de Recursos Hídricos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Jaime Cabral explica que a morfologia do Recife dificulta o escoamento das águas, já que a cidade está praticamente no mesmo nível do mar. Em função disso, basta que a maré atinja pontos altos para que algumas ruas recebam o refluxo dessas águas e alaguem. “O Recife é uma cidade predisposta a sofrer alagamentos, tem chuvas intensas e se configura numa planície cercada por morros. Por conta dessa configuração, a água da chuva escorre devagar, do morro para a planície, e aí acontecem os alagamentos”, comenta Jaime Cabral.

José Orlando Vieira, professor da Universidade de Pernambuco (UPE) e doutor em Engenharia Civil e Urbana, reforça que a ação dos moradores também contribui para o agravamento do problema. Por mais batido que seja, jogar lixo em galerias provoca a obstrução de canais e reduz a vazão da água que deveria escoar para as estruturas de drenagem. O professor ainda lembra que tais estruturas, hoje, não são eficazes o suficiente. “Alguns sistemas de drenagem são antigos. Além disso, com o desenvolvimento da cidade e a construção de mais vias pavimentadas, a área de infiltração da água diminuiu, o que tornou esses sistemas insuficientes para a estrutura que temos no Recife”, acrescenta.

Sem ter uma solução à vista, os recifenses podem custar a acreditar que esse seja um problema passível de ser, ao menos, minimizado. Para os dois professores, há sim alternativas que podem ser planejadas e uma delas a elaboração de um projeto urbanístico de assentamento, pavimentação e drenagem, que deve ser adotado em conjunto e pensando a cidade como um todo.

Segundo o professor da UFPE, é preciso ainda que haja uma manutenção constante e sistemática de rios, galerias e riachos, além de um forte trabalho no que diz respeito à contenção da destruição de riachos e aterramento de mangues, que também são áreas de escoamento de águas. “Nos últimos 400 anos, o Recife viveu um processo histórico de estreitamento dos seus riachos. Nos últimos 50, o avanço dessa destruição foi ainda maior com o aumento da capacidade tecnológica das máquinas para construir ruas e casas. A alternativa é tentar recuperar o antigo espaço das águas e, no mínimo, não realizar mais aterramentos”, explica.

Confira no vídeo abaixo os pontos abordados pelo professor Jaime Cabral sobre como o Recife pode minimizar os problemas com alagamentos por meio de políticas públicas.

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No bairro do Vasco da Gama,  Zona Norte do Recife, uma enorme barreira praticamente invade a casa de Cleide Maria Brandão, 40. Diariamente, a aflição do risco de desabamento é motivo de tensão e tristeza. Dona Cleide já foi à Prefeitura do Recife tantas vezes que perdeu as contas. “Impostos, contas de IPTU, tudo isso chega na minha casa. Eu vou lá e pago tudo em dia. Agora cadê o compromisso com a gente? Eles não tem! Isso é um absurdo. Convivemos com o medo diário disso aqui cair e ninguém faz nada por nós” contou Cleide.

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A história de Rodrigo Ferreira, também residente há 30 anos no Vasco da Gama reflete a mesma preocupação de Cleide Brandão.  Ele, que perdeu móveis, dinheiro em reformas, e sofre com o perigo de desabamento, diz que engenheiros da PCR foram ao local vistoriar a situação e, apesar de condenarem a área, nada foi feito até o momento. "Eles sempre vem aqui e dizem que é arriscado. Mandam o relatório para a Prefeitura e depois não vemos mais pé de gente. Chamam até essa barreira de Barreira das Celebridades, de tantas vezes que esse pessoal já veio aqui” lamentou.

De acordo com a Pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, a questão da infraestrutura básica da cidade é sempre um tema espontaneamente cobrado pela população. Àreas como a terceira Região Político Administrativa (RPA3), onde se localiza a comunidade do Vasco da Gama, o tema alagamento, que nos remete às chuvas e, consequentemente, as áreas de riscos, foi um dos mais citado pelos entrevistados.

No Alto do Mandú, em Casa Amarela, ainda na Zona Norte da cidade, algumas encostas continuam amedrontando moradores do bairro. Há 57 anos, de geração em geração a família de Mauricéia Vieira de Carvalho, habita o mesmo terreno, com diversas casas partilhadas entre irmãos, tios, filhos e sobrinhos. Depois de tantos anos morando ali, o sentimento de tristeza não muda, pois o risco é constante desde sempre “A Codecir já veio por aqui muitas vezes, sabe, mas o que eles fazem é colocar lona. E a gente sabe que lona rasga. O maior medo é esse. Se desaba isso aqui, eu e minha família inteira iremos morrer. Mas já que não temos para onde ir, não temos o que fazer” relatou.

A Prefeitura da Cidade divulga que desde de outubro do ano passado, ações de monitoramento para vistorias das áreas de risco da cidade foram feitas e, a partir disso, houve a verificação nas melhorias de todos os casos desde último período chuvoso. Com isso, a PCR fecha a programação da Operação Inverno e intensifica o trabalho realizado com ações informativas, que constituem em folders para divulgação de lugares de riscos, além de vistorias técnicas em toda a cidade.

Endereço certo para quem quer se informar sobre as opções de diversão no Recife e Região Metropolitana, o Agenda Recife foi fundado em dezembro de 2010 e já conta com nada menos que  mais de 24 mil "Likes" no Facebook. São cerca de 800 mil visualizações mensais do site, que tem o conteúdo todo construído colaborativamente, com a maioria dos eventos cadastrados pelos internautas. O Agenda Recife é o mais novo parceiro do portal LeiaJá.

O sucesso já faz com que os realizadores do Agenda Recife, André Braga, Thiago Diniz, Emiliano Abad e Mariana Cid, pensem na expansão do projeto. "Já estamos atuando em João Pessoa com um parceiro local e pretendemos estar em várias cidades até o início de 2013", avisa André Braga. Ele também lembra que, no início, o Agenda Recife era apenas um perfil no Twitter que dava dicas da programação e fazia promoções. "Em pouco tempo, a popularidade da Agenda Recife começou a crescer muito rápido e aí foi quando lançamos o site", conta.

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A iniciativa surgiu da percepção de que faltava informações fáceis sobre o que acontece no Recife. Hoje o Agenda Recife tem como objetivo ser a principal fonte de programação de entretenimento no Recife. Apesar das notas serem sugeridas colabirativamente, há uma curadoria para que não sejam publicados "Eventos mal escritos ou muito duvidosos", avisa André.

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