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O conselheiro da Petrobras representante dos empregados, Silvio Sinedino, fez um longo discurso durante a reunião do conselho de administração da empresa nesta sexta-feira, 06, para justificar o seu voto contrário à nomeação de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras. Ele propôs mudanças no método de escolha da diretoria da Petrobras.

"É preciso que a Petrobras altere sua prática em várias áreas e, no nosso entendimento, um dos principais aspectos é exatamente a forma de indicação da sua alta gerência", afirmou o conselheiro. O discurso foi publicado por ele no Facebook. No texto, diz ainda que as indicações por partidos políticos "acabam cobrando um alto preço em corrupção e malfeitos".

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A proposta é que o quadro gerência seja eleito pelos próprios empregados. E os diretores, da mesma forma como foi escolhido o diretor de Governança, João Elek, um nome de mercado, escolhido por meio de uma empresa de recursos humanos especializada em altos executivos.

"Que não se classifique a proposta como exótica, pois já é aplicada regularmente, sem quaisquer problemas, na Procuradoria Geral da República, nas universidades federais, na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e na Fiocruz", traz o texto.

Durante a reunião, Sinedino aproveitou ainda para pedir aos demais conselheiros e à diretoria para reverem a decisão de suspender obras, "que estão deixando desempregados dezenas de milhares de trabalhadores humildes". Ele citou o caso do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Os trabalhadores da construção estão com os salários atrasados desde novembro do ano passado.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini (PT), afirmou nesta sexta-feira, 6, que Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil e escolhido para substituir Graça Foster no comando da Petrobras, é um "executivo competente e preparado". Berzoini definiu como "adequada" a escolha de Bendine pela presidente Dilma Rousseff e minimizou a reação negativa do mercado à indicação.

Bendine deve ser anunciado oficialmente para o cargo nesta sexta, após a reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, ainda em andamento. Serão anunciados também cinco novos diretores.

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"O critério para escolha é da presidente (Dilma) e eu creio que ela avaliou bem e fez uma escolha adequada", afirmou Berzoini, ao chegar na reunião do diretório do Partido dos Trabalhadores que acontece hoje em Belo Horizonte.

Questionado se Bendine seria um presidente "tampão", uma vez que o governo buscava uma alternativa do mercado para recuperar a imagem da estatal, alvejada por uma série de denúncias de corrupção, Berzoini alegou que "ninguém nomeia um presidente fraco". "Ou seja, quando se nomeia um presidente não é para estabelecer um prazo curto para a sua permanência. Creio que é um presidente para gerir a Petrobras e para tomar todas as providências cabíveis para e empresa se fortalecer ainda mais", argumentou.

No hotel na capital mineira onde ocorre o encontro do diretório do PT, o ministro também minimizou a receptividade negativa de analistas do mercado que, segundo Berzoini, "às vezes faz avaliações que depois não se confirmam". "Se olhar o mercado, em várias fases da história do Brasil ele foi para um lado e a economia foi para outro. E depois o mercado tem que corrigir suas avaliações", concluiu.

Economistas do Rio de Janeiro ouvidos pela Agência Brasil avaliaram que o mercado ficou decepcionado com a escolha do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, para presidência da Petrobras, em substituição a Graça Foster.

Para o professor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), José Márcio Camargo, “independente da competência dele”, a indicação mostra que a presidenta Dilma Rousseff  “quer manter o controle sobre a empresa”.

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Segundo Camargo, Bendine é uma pessoa muito ligada ao governo federal. “Foi uma indicação política, independente da capacidade dele”.

Lembrou que, à frente do Banco do Brasil, Bendine se esteve disposto a seguir a política econômica do governo e não a atender as necessidades específicas da instituição. “Aumentou a oferta de crédito e diminuiu juros em momentos que os bancos privados estavam fazendo exatamente o contrário”.

Destacou que, por isso, o mercado reagiu tão mal à indicação, que levou as ações da Petrobras a cair perto de 10% esta tarde, na BM&FBovespa. Disse que os  agentes do mercado esperavam uma pessoa com um perfil mais independente, “capaz de promover uma arrumação na situação confusa em que se encontra a empresa”.

O economista Maurício Canêdo, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), também se manifestou contrário à indicação. “Não foi exatamente o que o mercado estava esperando”, afirmou.

Canêdo disse que a expectativa era que o novo titular da Petrobras fosse um executivo com mais experiência em empresas. “A queda da cotação das ações da Petrobras revela que o perfil da escolha é diferente do esperado”.

Acrescentou que, para o momento delicado da companhia, Aldemir Bendine não era a pessoa mais esperada pelo mercado, embora não coloque em dúvida sua capacidade gerencial.

Maurício Canêdo também ressaltou a ligação política de Bendine com o governo. Segundo ele, isto prejudica a independência que deveria ter para tomar medidas necessárias para a empresa neste momento de crise. 

O Banco do Brasil confirmou o nome de Alexandre Corrêa Abreu na presidência da instituição no lugar de Aldemir Bendine, que assumirá o comando da Petrobras. Ele era vice-presidente de Negócios de Varejo do BB e estava sendo cotado para o cargo juntamente com o do ex-secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, que também já foi do banco.

Em comunicado ao mercado, a presidente da República, Dilma Rousseff, indicou, na tarde desta sexta-feira, 6, o executivo, de 49 anos, para ocupar o cargo de presidente do BB. Ele já assumia como interino da instituição na ausência de Bendine, cuja saída era esperada desde o ano passado. Ele ocupava a vice-presidência de Varejo desde 2009 e é executivo de carreira com mais de 28 anos na instituição, onde ingressou em agosto de 1986

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Em sua gestão, o banco liderou, ao lado da Caixa Econômica Federal, a redução dos juros bancários no Brasil por meio do programa Bompratodos. Além disso, também comandou a transformação do Banco Postal em uma instituição financeira. No final do ano passado, era esperada a conclusão do plano de negócios no âmbito do novo acordo firmado com os Correios para ampliar o portfólio de produtos ofertados e a rede de atendimento.

Graduado em administração de empresas com MBA em marketing na PUC-RJ, Abreu exerceu as funções de gerente geral, gerente de divisão e gerente regional na superintendência de São Paulo. Na direção do BB, foi gerente-executivo na unidade de internet e na diretoria de Varejo. Exerceu ainda os cargos de diretor de Cartões e de diretor de Seguros, Previdência e Capitalização.

O Banco do Brasil divulga seu resultado do quarto trimestre na próxima quarta-feira, 11, e encerra a temporada de balanços dos grandes bancos. Conforme a média de cinco casas (Goldman Sachs, BofA, Safra, UBS e uma casa que não quis ser citada) consultadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a instituição deve anunciar lucro líquido ajustado, que desconsidera efeitos não recorrentes, de R$ 2,884 bilhões no último trimestre do ano passado. Caso o montante seja atingido, será 19% maior do que os R$ 2,424 bilhões registrados um ano antes.

A coletiva de imprensa que o BB realiza na manhã do dia 11 de fevereiro, por volta das 10 horas, deve marcar a primeira aparição de Abreu como presidente do banco. Tradicionalmente, a instituição realiza entrevista com os principais integrantes de sua diretoria para comentar os resultados trimestrais. No encontro dos resultados anuais, geralmente, o presidente do BB está presente.

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) pediu, na tarde desta sexta-feira, 06, abertura de inquérito policial para investigar empréstimo que considera irregular do Banco do Brasil à empresária Val Marchiori. A operação foi realizada em 2013, na gestão de Aldemir Bendine, que foi confirmado hoje como o novo presidente da Petrobras, à socialite Val Marchiori.

De acordo com representação de um grupo de funcionários do Banco do Brasil, a instituição disponibilizou R$ 2,79 milhões à cliente oriundos de uma linha de financiamento BNDES Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), mesmo com o cadastro dela contendo restrições impeditivas de crédito, o que na prática inviabilizaria a liberação de tais recursos.

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Nesta semana, a Justiça Federal determinou ao Banco do Brasil o fornecimento de documentos referentes aos empréstimos concedidos à empresária, desde 2009. Em outubro do ano passado, o MPF já havia feito o pedido, mas o banco alegou ser necessária uma ordem judicial de quebra de sigilo bancário dos envolvidos para atender à solicitação. O MFP acionou, então a Justiça e afastou essa condição por se tratar de recursos públicos e deu prazo de cinco dias para que o Banco do Brasil disponibilize a documentação.

O MPF aguarda o envio desse material do Banco do Brasil e, com a instauração do inquérito, os procuradores requerem que a Polícia Federal aprofunde as investigações.

A Petrobras informa que a reunião do conselho de administração nesta sexta-feira, 06, aprovou, por maioria, a eleição de Aldemir Bendine para o cargo de presidente em substituição a Graça Foster. Ela também se desliga do conselho de administração, para o qual Bendine foi eleito novo membro. A eleição é válida até a próxima Assembleia Geral de Acionistas.

Nesta tarde, o Banco do Brasil enviou comunicado ao mercado sobre a renúncia de Bendine do cargo de presidente, assim como a de Ivan de Souza Monteiro, que era vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do banco, eleito agora diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras em substituição a Almir Guilherme Barbassa. As nomeações de Bendine e Monteiro haviam sido antecipadas com fontes pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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A estatal informa ainda que os novos diretores foram eleitos também por maioria e para exercerem interinamente suas funções. São eles:

Solange da Silva Guedes em Exploração e Produção. Ela é atualmente gerente executiva de Exploração e Produção Corporativa e substitui José Miranda Formigli Filho.

Em Abastecimento assume Jorge Celestino Ramos, antes gerente executivo de Logística da área, no lugar de José Carlos Cosenza.

A diretoria de Gás e Energia ficará com o atual gerente executivo da área Hugo Repsold Júnior, em substituição a José Alcides Santoro Martins.

Para substituir José Antônio de Figueiredo como diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais entra o atual gerente executivo de Engenharia para Empreendimentos Submarinos, Roberto Moro.

"A Petrobras agradece à Presidente e Conselheira Graça Foster e aos Diretores Almir Barbassa, José Formigli, José Cosenza, José Alcides Santoro e José Antônio de Figueiredo pela competência técnica, o profissionalismo e a dedicação no exercício desses cargos", encerra o fato relevante.

A possível indicação do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, para comandar a Petrobras tem dividido opiniões de parlamentares do governo e da oposição. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa, Bendine é um “quadro preparado” para reorganizar a gestão da estatal. Já para o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, a escolha foi “improvisada”.

“Não participei das articulações da presidenta Dilma para a escolha, por isso não sei se ela tomou uma decisão que é definitiva ou ainda temporária. Mas Bendine é um técnico qualificado e preparado, acho que com ele estão dadas as condições de reestabelecer a força da Petrobras”, avaliou Humberto Costa.  

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Em contrapartida, Mendonça Filho afirmou acreditar que a petista levou em consideração a “conveniência política” e vai manter o nível de aparelhamento da estatal. "Essa escolha de Aldemir Bendine foi uma decisão improvisada. Bendine tem uma gestão contestada no Banco do Brasil com denúncias de irregularidades durante sua direção no banco", observou o líder. 

Uma dessas denúncias, segundo o parlamentar, diz respeito ao suposto favorecimento de um empréstimo de quase R$ 3 milhões a socialite Val Marchiori. Para o democrata, a Petrobras “precisa de um grande nome do mercado externo para sanear e resgatar a credibilidade da empresa", não de alguém “imerso em denúncias”. 

Rebatendo o oposicionista, Humberto Costa negou qualquer falta de idoneidade de Bendine. “Isso não é fato, ele é uma pessoa que a presidenta sempre contou para os seus planos no governo”, rebateu. “Ele era um dos nomes cotados para uma eventual mudança no BNDES. Ele é um bom gestor, um quadro com atuações de sucesso”, revelou o líder do PT. 

A confirmação oficial de Aldemir Bendine para comandar a Petrobras deve sair no início da noite, logo após o fechamento da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). 

A informação de que o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, substituirá Graça Foster na presidência da Petrobras foi mal recebida pelo mercado na manhã desta sexta-feira, 06, e fez as ações da estatal caírem ainda mais. Perto das 13h, os papéis recuavam 4,66% (ON) e 5,41% (PN). A empresa, cujo conselho está reunido em São Paulo, ainda não confirmou oficialmente a indicação.

"A reação do mercado após essa informação já diz tudo. A Dilma Rousseff escolheu um executivo que já é envolvido em problemas de gestão para controlar uma empresa cheia de escândalos originados de problema de gestão. Essa decisão é vista pelo mercado como a continuidade da interferência do governo na Petrobras", resumiu um operador de renda variável.

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Para ele, a decisão de tirar Bendine, que é funcionário de carreira do Banco do Brasil, da presidência da instituição financeira, para colocá-lo na Petrobras pode mostrar que nenhum dos outros profissionais cotados para o comando da estatal aceitaram o difícil desafio de reconstruir a companhia.

Para outro profissional, o trabalho feito por Bendine à frente do Banco do Brasil foi bom "mesmo com toda a interferência do governo", mas ele destaca alguns episódios que o desgastaram e que até hoje não foram esclarecidos. Ele lembra do depoimento do ex-motorista do executivo, que afirmou ao Ministério Público Federal em agosto do ano passado que fez diversos pagamentos em dinheiro vivo a mando do então presidente do Banco do Brasil. O motorista afirmou que viu o próprio Bendine carregando sacolas de dinheiro para encontro com empresários. Na época, o MPF chegou a instaurar um procedimento investigatório.

Outro episódio lembrado por operadores foi quando Bendine foi alvo de denúncias após conceder um financiamento em condições favorecidas à socialite Val Marchiori, em novembro do ano passado. Com o desgaste, a saída de Bendine do Banco do Brasil chegou a ser cogitada na época.

Antes de Bendine, os nomes cotados para a vaga de Graça Foster até esta manhã incluíram o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o presidentes da resseguradora IRB Brasil Re, Leonardo Paixão; e o do presidente da Vale, Murilo Ferreira. Outros nomes já citados são o do ex-presidente da Ford Antonio Maciel Neto, o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim e do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

O vice-presidente de negócios de varejo do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu, vai assumir a presidência da instituição no lugar de Aldemir Bendine, que foi escolhido para comandar a Petrobras, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. O nome de Abreu estava sendo cogitado para o cargo juntamente com o do ex-secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, que também já foi do BB.

Para o cargo de Ivan Monteiro, atual vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores, ainda não foi escolhido um substituto, segundo fonte. Ele deve assumir a diretoria financeira da Petrobras, conforme apurou o Broadcast.

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O Banco do Brasil divulga seu resultado do quarto trimestre no dia 11 de fevereiro e encerra a temporada de balanços dos grandes bancos. Conforme a média de cinco casas consultadas pelo Broadcast (Goldman Sachs, BofA, Safra, UBS e uma casa que não quis ser citada), a instituição deve anunciar lucro líquido ajustado, que desconsidera efeitos não-recorrentes, de R$ 2,884 bilhões no último trimestre do ano passado. Caso o montante seja atingido, será 19% maior ante R$ 2,424 bilhões registrados um ano antes. Procurado pela reportagem, o Banco do Brasil não quis comentar o resultado.

O atual presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, vai assumir o comando da Petrobras, no lugar de Graça Foster, que renunciou ao cargo em meio ao desgaste provocado pelas denúncias de corrupção investigada pela Operação Lava Jato. Segundo fontes do governo, esta foi a solução encontrada para tentar estancar a crise da empresa.

Após surgirem especulações sobre a indicação de Bendine, as ações da Petrobras voltaram a registra um novo dia de queda na manhã desta sexta-feira (6).O Conselho de Administração da empresa está reunido nesta manhã em São Paulo para definir a composição da nova diretoria da estatal. A expectativa é que a Petrobras anuncie oficialmente os nomes apenas no fim da tarde.

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Bendine é presidente do BB desde abril de 2009, antes mesmo do início do governo Dilma e é nome de confiança do ex-presidente Lula. No fim de outubro, reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que o Banco do Brasil aprovou concessão de crédito no empréstimo de R$ 2,7 milhões feito para a apresentadora de TV e socialite Val Marchiori. De acordo com a publicação, a empresária é amiga de Aldemir Bendine. Por meio de nota, o banco informou não haver ilegalidade na operação.

O Planalto teve menos de 48 horas para escolher o novo presidente da estatal, depois de Graça Foster e outros cinco diretores formalizarem o pedido de renúncia dos cargos, na quarta-feira, 4. A presidente Dilma Rousseff já havia sinalizado a troca atual diretoria, mas a troca só ocorreria após a aprovação do valor perdido em razão dos desvios na estatal. A companhia divulgou o último balanço financeiro sem essa informação.

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