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O dia 7 de abril é considerado o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, uma data instituída pelo Congresso Nacional e sancionada posteriormente pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. O objetivo do dia é fomentar o debate e dar relevância pública a um tema que fere uma parcela da sociedade específica: jovens e adolescentes.

A Lei nº 13.277/2016 estabeleceu novas diretrizes para a conscientização, reconhecimento e enfrentamento ao bullying. Sancionada em 7 de abril, esta é a mesma data em que aconteceu, no ano de 2011, o massacre na escola em Realengo, onde um ex-aluno armado, vítima de agressões na escola, matou 12 estudantes e feriu outros 13.

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O Bullying definitivamente não é uma prática nova, porém, o termo só tomou força e entrou no consciente do Brasil a partir do ano de 2010. O paísl só veio a adotar uma legislação para combater a intimidação sistemática em 2015,quando foi sancionado o programa que prevê a capacitação de equipes pedagógicas, campanhas educativas, além de assistência jurídica e psicológica para vítimas e agressores.

No início de 2022, alguns casos de violência em escolas já chamaram a atenção do público, tanto escolas públicas quanto escolas privadas. Estes casos chamam novamente a atenção das diretorias, secretarias de educação e dos pais. Desde o início do ano letivo, sete menores de idade foram apreendidos no ambiente escolar por conta de crimes cometidos.

Mas afinal, o que caracteriza o bullying? Segundo especialistas, bullying é um comportamento recorrente que visa humilhar, ferir, violentar ou constranger o outro. Nas escolas, o contexto que gera este tipo de situação violenta pode ser muito variado, tanto em sua origem (comportamento de grupo, as “panelinhas”), quanto em sua finalidade.

 O bullying no retorno ao presencial

Em decorrência da pandemia, todos os jovens em período escolar tiveram de ser privados do convívio social, uma ação com um impacto direto no comportamento de crianças e adolescentes. Pedagogos e psicólogos defendem que as interações dentro do ambiente escolar são de extrema importância para o desenvolvimento de diversas habilidades socioemocionais.

Com a privação do convívio, os alunos que estão voltando ao modelo presencial precisam de atenção redobrada, pois podem apresentar comportamentos agressivos, introspectivos e de não-pertencimento, gerados pelo isolamento. Todos estes perigos são agravados por um problema maior de instabilidade social (quarentena, pandemia) e, muitos alunos já se encontram em situação de vulnerabilidade dentro de suas próprias casas.

 O olhar pedagógico sobre o problema do Bullying

“O Bullying continua sendo um tema muito importante para a sociedade, por ainda estar presente nas redes sociais, entre grupos de jovens, adolescentes e nas escolas. As consequências podem ser fatais, pois causam sérios riscos à saúde e ao desenvolvimento, além de danos físicos e/ou psicológicos. Considerando que precisamos que as escolas sejam de fato um ambiente seguro e saudável, propiciando que as  crianças e adolescentes desenvolvam os seus potenciais intelectuais e sociais. Por isso,  não é possível continuar admitindo este tipo de violência. É imprescindível que os profissionais da educação assumam um papel relevante na prevenção e na identificação de atos que podem ser levados ao bullying", diz Vanessa Angélica Patrício, pedagoga, mestre em educação e atualmente professora e coordenadora do curso de pedagogia da UNG nas unidades de Bonsucesso e Centro de Guarulhos.

Segundo ela, é  fundamental promover mais diálogos entre os alunos, professores, funcionários e comunidade, realização de atividades conjuntas e interativas, que incentivem a cooperação, o respeito e a empatia dentro e fora dos muros da escola. Proporcionar uma reflexão sobre o quanto isso é grave em causar angústias e sofrimento, para todos os envolvidos.

"Enquanto professores, nosso papel é essencial para trabalhar as questões éticas, respeito mútuo, diálogo, justiça e solidariedade, pois no ambiente de sala, onde se adquirem competências, podemos contribuir muito para a redução do bullying”, relembra Patrício. 

 Exemplos positivos de combate ao bullying

É fundamental promover o diálogo entre alunos e professores mas, além disso, escolas continuam buscando formas inovadoras de combater este problema em sala. Desde a criação de projetos Político-Pedagógicos desenvolvidos internamento, estratégias de comunicação e até mesmo meditação para resolução de conflito. 

Na EEFM Matias Beck (Fortaleza-CE) a prática da meditação foi aplicada e envolve professores e alunos em conjunto na prática, além dos líderes e participantes do grêmio estudantil. A escola relata que após a implementação do programa, conseguiram melhorar a relação entre o corpo docente e os alunos.

Já na escola EU Elon Machado Moita (PI) foi lançado o projeto “Pauta do Dia”, que busca ampliar o diálogo entre professores e alunos através de rodas de conversa que debatem questões socioemocionais e outras preocupações dos alunos. Como resultado, a escola relata um maior sentimento de pertencimento e um maior nível de participação dos alunos.

Por Matheus de Maio

 

Vivemos uma nova era. Tecnológica, digital e altamente disruptiva, ela demanda de profissionais e empresas o empenho em buscar alternativas para se firmar em um mercado cada vez mais competitivo. Nesse cenário, principalmente após a pandemia, só sobreviverá quem fizer mais e melhor, com criatividade e inovação. Há quem confunda estes dois conceitos, que, embora estejam vinculados, são diferentes.

Neste novo mundo, que já se mostrava uma tendência, mas foi quase que “imposto à força” pela crise sanitária mundial, o ambiente digital se tornou uma realidade ainda mais forte. Mudanças e evoluções que eram estimadas para acontecer em anos se tornaram realidade em poucos meses. E esse movimento não tem volta. Neste novo mundo, os competidores das pessoas físicas e jurídicas não têm mais apenas domicílio na cidade, no estado, ou no país onde habitam, mas em todos os lugares do planeta. A competição acontece em escala mundial.

As pessoas físicas só sobreviverão por meio da qualificação e do aperfeiçoamento profissional continuado, bem como por meio da criatividade e da inovação. É preciso recusar-se a ficar na média, a ser mediano ou medíocre. Trabalhar e dedicar-se acima da média leva a uma vida também acima da média. Já a sobrevivência das pessoas jurídicas, ou seja, os empreendimentos, depende de uma reinvenção completa, a qual também passa pela criatividade e pela inovação, a fim de que o negócio tenha sustentabilidade, perenidade e lucratividade.

Não se deve, no entanto, confundir criatividade com inovação. A criatividade é o “passo anterior à inovação”: tem início em uma ideia, que, quando posta em prática, é o ponto de começo do processo de inovação. Inovar, portanto, é agir de forma criativa, colocar a criatividade na ação.

Para a criação desse futuro de sucesso, com inovação robusta, é preciso agir no presente, mudar no presente, evoluir no presente. O inventor norte-americano Charles Franklin Kettering, que patenteou mais de 140 inovações, disse certa vez: “Meu interesse é no futuro, porque é lá que passarei o resto de minha vida”. Logo, façamos como Steve Jobs: “Vamos inventar o amanhã em vez de ficar nos preocupando com o que aconteceu ontem”. Com criatividade, inovação e muito trabalho, é possível construir um futuro de sucesso e garantir diferenciais competitivos.

Os primeiros meses de 2021 foram marcados pelos reajustes nos preços dos combustíveis no Brasil. Desde janeiro, os preços da gasolina e do diesel acumulam aumento de 43,47% e 36,63%, respectivamente. Junto com a alta dos combustíveis, a Cúpula do Clima, ocorrida entre os dias 22 e 23 de abril, por meio virtual, chamou a atenção para a necessidade de buscar formas alternativas de energia para diminuir a dependência dos combustíveis fósseis.

Para o economista Edson Moreira, consultor empresarial e financeiro, o investimento em fontes alternativas de energia é importante tanto para o meio ambiente quanto para a economia. “Novas formas alternativas de energia, além de gerarem benefícios diretos ao meio ambiente, diminuem significativamente os impactos dos aumentos tarifários (gastos fixos, conta de energia), que tanto afetam o planejamento de empresas e pessoas físicas”, afirmou.

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Edson também explica que o uso de combustíveis fósseis no Brasil, como petróleo e carvão mineral, ainda é alto. Segundo o economista, 36% da matriz energética brasileira, o conjunto de fontes de energia do país, é constituída por esses combustíveis e, a longo prazo, pode trazer riscos para a economia. “Quanto mais reduzida a disponibilidade desses combustíveis, devido ao intenso uso dos reservatórios, mais elevados ficam os preços no mercado, podendo refletir nos reajustes de preços em outros setores, como a alimentação e indústria em geral”, estimou.

Conforme explica Edson, as maiores dificuldades para que energias alternativas, como solar e eólica, recebam mais investimentos no Brasil são: os custos ainda altos para um retorno financeiro que, afirma Edson, geralmente é de longo prazo; a falta de políticas públicas eficientes que consolidem essas fontes de energia; a falta de conscientização ambiental e de uma educação de consumo de energia sustentável.

O economista afirma que o caminho para estimular o uso de energias alternativas são políticas que valorizem a pesquisa e o trabalho com essas fontes energéticas. “Investir mais em pesquisas acadêmicas. Incentivar as cooperativas que desenvolvem ou desejam desenvolver atividades voltadas para as principais fontes alternativas de energias utilizadas no Brasil, como a hidráulica, solar, eólica e biomassa”, disse.

Energia solar como alternativa

A energia solar é considerada uma fonte universal e inesgotável. O engenheiro de controle de automação Helder Vilhena, diretor-executivo de uma franquia em Belém de uma empresa de energia solar, aponta que, dentre os benefícios das fontes de energias renováveis, a utilização do sol destaca-se pelo baixo custo de investimento e retorno positivo em, no máximo, quatro anos. Além de ser uma alternativa para agredir menos o meio ambiente.

Mas, ao contrário do que se imagina, o uso desse tipo de energia corresponde a menos de 1,7% de toda a matriz energética usada no país, segundo o engenheiro. Helder explica que o índice baixo pode ser entendido pela falta de investimentos em políticas públicas que incentivem empresas e pessoas físicas a consolidarem de forma intensa a participação em uma mudança na matriz energética utilizada. “É preciso desmistificar que só quem tem poder aquisitivo pode ter uma fonte de energia renovável. Pelo contrário, a energia solar pode ser adquirida por qualquer pessoa, de diversas áreas e porte econômico”, afirma.

Para o engenheiro, uma maneira de incentivar o uso de energias que poluem menos o meio ambiente é investindo em campanhas que incentivam esse tipo de alternativa. “A política pública direcionada a uma campanha [que demonstre] o desperdício de energia e como é custoso pode estimular as pessoas a mudarem de ideia”, declarou.

Por Felipe Pinheiro e Amanda Martins.

 

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A pandemia do novo coronavírus comprometeu a vida e o trabalho de milhares de pessoas no mundo inteiro. Com os produtores de vídeos e filmes não foi diferente. Alguns precisaram buscar alternativas para dar continuidade às produções e, pensando nisso, o Circuito Cineclube – projeto idealizado pela produtora Mazô Lab – reuniu diversos cineclubes do Pará para promover debates, dar visibilidade aos trabalhos, além de exibir as produções audiovisuais paraenses.

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James Silva, produtor executivo do Circuito Cineclube, afirma que a pandemia afetou muito o trabalho audiovisual, principalmente pela necessidade de as produções acontecerem de modo presencial. “Equipes técnicas, equipamentos, que precisam estar reunidos num mesmo local em busca da melhor qualidade, não puderam mais acontecer da mesma forma”, explica.

Apesar das circunstâncias, James cita que a união dos produtores em meio às dificuldades causadas pela covid-19 foi positiva e muitas pautas vieram à tona, contribuindo para o uso da criatividade como uma maneira de superação. O tema inclusive chegou a ser inspiração em produções educativas e artísticas.

“Em 2020, nós da produtora Mazô Lab produzimos uma série de videoaulas ensinando as pessoas a produzir dentro de casa, incentivando o isolamento social, mas também demonstrando alternativas para produções de todos os tipos, sejam de ficção, documentais, videoarte ou videoclipes”, complementa.

Quanto à exibição de trabalhos audiovisuais na internet, James explica que vários projetos têm realizado suas programações por meio de lives nas plataformas digitais. “No Circuito Cineclube, por exemplo, tivemos uma programação durante cinco dias. Fizemos a exibição de várias produções regionais independentes, além de debates diários com realizadores paraenses”, destaca.

O produtor comenta sobre a necessidade de os provedores de internet proporcionarem cada vez mais capacidade e qualidade de serviço para que a transmissão das produções seja possível. “Ainda mais importante, para que o público tenha acesso facilitado em qualquer lugar, principalmente nas periferias e áreas rurais”, salienta.

James afirma que a produção local é o reflexo da cultura de um povo e que ela serve para espalhar a cultura local nas demais regiões. Além disso, possibilita que paraenses de todos os cantos do Estado se vejam nas produções. “Nossa produção não pode ser resumida apenas em folclore paraense e amazônico, nossos produtores precisam ter cada vez mais espaço para realizar suas ideias”, ressalta.

Durante a pandemia, vários coletivos estiveram envolvidos em ações sociais e produções colaborativas. O produtor afirma ainda que “o Telas em Movimento é um exemplo de ação que reúne vários coletivos em torno de produções, oficinas, ações sociais e eventos on-line”.

James conta que produtores audiovisuais estão sendo beneficiados principalmente através dos editais da Secult – Secretaria de Estado de Cultura. “Além disso, houve muito apoio de plataformas como o site Benfeitoria, que ajuda os realizadores a captarem recursos através do financiamento coletivo”, disse.

Marco Antônio Moreira, mestre em Artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e presidente da Associação dos Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), conta que a pandemia teve impacto em todos os segmentos e que por essa razão o meio audiovisual teve diminuição das atividades. Ele também afirma que muitos filmes migraram para canais de exibição na internet. “O YouTube tem sido usado com frequência até antes da pandemia, mas alguns títulos paraenses podem ser encontrados em alguns canais streaming”, comenta.

Segundo Marco Antônio, os cineclubes estão sem atividades desde o início da pandemia e devem continuar assim até o momento mais seguro para realizarem as sessões presenciais. Quanto aos filmes que estão sendo produzidos atualmente em Belém, ele diz que existem poucos, mas cita a continuidade da produção de clipes musicais. “Acredito que todas as produções aguardam momento mais seguro de se voltar às atividades”, analisa o crítico de cinema.

O jornalista e documentarista Nassif Jordy assegura que as circunstâncias da pandemia foram responsáveis pela adaptação do meio audiovisual, assim como todos os outros. Entretanto, ele menciona o desemprego de muitas pessoas e acredita que as produções estagnaram nesse período, mesmo com o auxílio da Lei Aldir Blanc, que foi importante para movimentar alguns trabalhos.

Nassif faz parte de um coletivo de jornalistas independentes, chamado “Coletivo Gó”, que produz documentários, filmes e vídeos contando histórias das sociedades indígenas, quilombolas, das periferias urbanas e dos demais povos tradicionais. O documentarista conta ainda que foram realizados trabalhos como podcasts e entrevistas, porém a produção de documentários e outros tipos de vídeos ficou parada.

Por Isabella Cordeiro e Valdenei Souza.

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Os reajustes anuais e por mudança de faixa etária de planos de saúde foram suspensos entre setembro e dezembro do ano passado, por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e devem ser cobrados em 12 parcelas a partir deste mês. Com o adiamento dos reajustes que seriam realizados para compensar os gastos das operadoras no período anterior, as empresas poderão fazer a cobrança de dois reajustes anuais, dependendo da data-base da aplicação a ser considerada.

Com a pandemia do novo coronavirus, o plano de saúde pode pesar no bolso dos consumidores diante do desemprego crescente no país, que reduziu os ganhos e o consumo. O problema levou a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) a orientar as empresas do setor a criarem alternativas para os consumidores. De acordo com a entidade, pelo menos 20 novos produtos foram criados até o momento para atender os consumidores que desejam manter o benefício e migrar de plano, com preços mais acessíveis após o reajuste que está sendo aplicado.

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A Anab representa as empresas gestoras e comercializadoras de planos de saúde coletivos, em que o benefício é vinculado a alguma empresa ou entidade de classe a que o consumidor esteja ligado. Segundo a ANS, existem cadastradas no Brasil 168 administradoras de benefícios. Cerca de 6,2 milhões de clientes têm planos da modalidade coletivo por adesão, dos quais em torno de 3 milhões contam com a atuação de uma administradora.

Opções

O presidente da Anab, Alessandro Acayaba de Toledo, disse que as empresas associadas estão atuando para “orientar os consumidores a fazerem seus cálculos e a optar por alternativas muito próximas ao produto que já dispunham e, assim, manter o plano de saúde, que é tão importante, sobretudo em meio a uma pandemia". A redução dos valores ocorre, normalmente, pela oferta de redes credenciadas de alcance regional, com foco em necessidades locais; e também por parcerias com operadoras verticalizadas, isto é, que têm seus próprios locais de atendimento ao paciente.

Dados da Anab mostram que, nos últimos oito anos, a diferença entre o valor pedido pelas operadoras para o reajuste anual e o efetivamente cobrado dos clientes das administradoras de benefícios alcançou R$ 6 bilhões, com queda de 54%, o que gerou economia mensal por beneficiário de R$ 131. Toledo informou que o reajuste médio aplicado pelas administradoras nos contratos que venceram em 2020 e está sendo aplicado em 2021 ficou em 15,3%, depois das negociações com as operadoras. O valor médio pago pelos beneficiários é de R$ 837.

Planos

No Brasil, 47,1 milhões de pessoas têm plano de saúde privado, o que corresponde a pouco menos de 25% da população. São três os planos praticados no país: individual ou familiar, coletivo empresarial e coletivo por adesão. Os consumidores se dividem entre pessoas físicas, que contratam o plano por conta própria, e pessoas jurídicas, em que o plano é um benefício oferecido pela empresa em que as pessoas trabalham ou pela entidade de classe a que pertençam.

A Anab sustentou que todos os planos de saúde têm regras estabelecidas pela ANS. Os planos individuais têm o percentual de reajuste definido pela agência reguladora, enquanto os planos coletivos obedecem à livre negociação entre a operadora e as empresas, associações de classe ou sindicatos, devendo comunicar o percentual de reajuste à ANS.

A Anab chamou a atenção para o fato de que, além dos reajustes anuais, pode haver também reajuste por mudança de faixa etária para alguns beneficiários. Nos contratos celebrados até janeiro de 1999, prevalece o que foi estabelecido na época. Planos a partir de janeiro de 1999 até 1º de janeiro de 2004 têm sete faixas, sendo a primeira entre 0 e 17 anos e a última faixa com 70 anos ou mais. Contratos firmados após 1º de janeiro de 2004 contêm dez faixas, sendo a primeira entre 0 e 18 anos e a última com 69 anos ou mais. Pela Resolução Normativa ANS nº 63/2003, o valor fixado para a última faixa etária não pode ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa (0 a 18).

Procon

O órgão de defesa do consumidor do município do Rio de Janeiro esclareceu que apesar da permanência do estado de calamidade pública em função da covid-19, a medida que suspendeu o reajuste não foi estendida, o que permite que as operadoras cobrem o aumento a partir deste ano.

O Procon alertou, entretanto, que o consumidor precisa saber de algumas regras para recorrer de alguma cobrança indevida. A primeira delas é que, de acordo com a ANS, o reajuste deve ser parcelado em pelo menos 12 vezes sem juros. Outra observação a ser feita é sobre a data de aniversário do contrato e quando foi feita a suspensão da cobrança, porque os reajustes serão relativos apenas aos meses que não tiveram o valor aplicado.

O órgão de defesa do consumidor do município lembra que o valor máximo do reajuste para planos individuais é de 8,14%. Para os planos coletivos, não há essa limitação e o cálculo é feito de acordo com a sinistralidade da carteira de clientes.

A coordenadora do Procon, Renata Ruback, afirmou que os consumidores que tiverem qualquer problema com a cobrança devem registrar reclamação no órgão. “Caso seja verificada abusividade, a operadora pode ser multada e o consumidor ter o valor cobrado indevidamente restituído", disse Renata. Ela lembrou que a determinação da ANS não impede que o consumidor que esteja em dificuldades financeiras negocie com a empresa uma proposta com melhores condições de pagamento. “Vimos casos em que a operadora isentou a cobrança da parcela de janeiro, por exemplo".

O consumidor pode entrar em contato com o Procon do Rio de Janeiro pelo telefone gratuito 1746. 

Apesar de ter anunciado a intenção de expulsar quem votou a favor da reforma da Previdência, líderes do PDT já discutem penas alternativas contra a deputada Tabata Amaral (SP) e os outros sete deputados que apoiaram as mudanças nas regras da aposentadoria.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, admitiu o recuo a aliados em conversas informais feitas após a votação e na manhã desta quinta-feira, 11. Os dirigentes do PDT avaliam, contudo, que é necessário a abertura de um processo disciplinar "para dar exemplo", mas que a expulsão da sigla não seria de interesse da legenda.

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Um grupo ligado a Lupi quer uma advertência pública aos parlamentares infieis. Na Câmara, os deputados que votaram contra a reforma pedem que os infieis percam "espaço político" na Casa e na legenda. O principal alvo da bancada é a deputada Tabata Amaral. Os parlamentares querem ela fora da vice-liderança da legenda e das comissões, como Educação.

O presidente do PDT afirmou nesta quinta-feira que o partido também vai reavaliar a possibilidade de lançar Tabata à prefeitura de São Paulo no ano que vem. Quarta mais votada nas últimas eleições, a deputada era uma das principais apostas do partido no ano que vem. "Claro que o partido em São Paulo vai reavaliar tudo isso", afirmou Lupi na manhã desta quinta no Rio.

Para dirigentes pedetistas ouvidos pela reportagem, a posição pública de Tabata antes da votação - que chegou a fazer vídeo nas redes sociais explicando seu voto - incentivou outros dissidentes. Lupi e o líder do partido na Câmara, André Figueiredo (CE), avaliaram a aliados que a posição da parlamentar foi usada para justificar debandada na hora da votação. O partido tentava, ao menos, convencer os favoráveis à proposta a se absterem na hora da votação.

"A expulsão seria um prêmio", afirmou um dirigente à reportagem. Além de Tabata, outros sete pedetistas votaram a favor do texto-base da reforma: Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG).

Os dirigentes avaliam que a expulsão não garantiria o mandato ao partido, impactando na representação da legenda na Câmara e sua participação no fundo partidário. A avaliação é que há entendimento no Tribunal Superior Eleitoral garantindo ao parlamentar o mandato em caso de expulsão da agremiação.

Durante a primeira assembleia de 2019 da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), que aconteceu nesta terça-feira (5), o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que está empenhado em concluir as obras em andamento no Estado, que contam com o apoio do governo, por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios (FEM).

 “Temos que focar muito nas obras que estão em andamento para concluí-las e, ao mesmo tempo, buscar alternativas que possam melhorar os serviços oferecidos à população, seja na área de educação, na área da saúde, na geração de emprego, no olhar que precisamos ter com as cidades”, afirmou durante o encontro com os prefeitos. 

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O governador também disse que a missão é trabalhar com o olhar nas políticas públicas. “Tem que pensar naquele que está na Zona Rural, nos distritos e nas cidades, e precisam que o braço do Estado chegue”, complementou. 

De acordo com o governador, este ano serão liberados R$ 5,6 milhões para os municípios por meio do FEM. Parte desse valor será pago ainda neste mês de fevereiro para a conclusão de obras do FEM 2014 e a outra parte, em março, para ações do FEM 2015.

Paulo ainda contou que haverá um calendário específico para discutir a área da saúde. “As questões que estão pendentes e, principalmente, o que precisa ser feito nos próximos anos. E não só na saúde. Vamos discutir também todas as áreas fundamentais em parceria com os municípios”, prometeu. 

O presidente Michel Temer assinou, nesta segunda-feira (12), a Medida Provisória que libera R$190 milhões para ações de emergência em Roraima, devido à situação dos migrantes venezuelanos. O valor deste crédito extraordinário será repassado ao Ministério da Defesa, no intuito de concretizar medidas de assistência emergencial e acolhimento humanitário.

No início de março, o ministro de Direitos Humanos, Gustavo Rocha, esteve em Roraima acompanhado de comitiva composta pelo Conselho Nacional de Justiça e entidades do Ministério Público. A avaliação coletiva das autoridades foi da necessidade de abordar a crise coletivamente, em busca de soluções concretas que tragam benefício tanto aos recém-chegados quanto à população do estado.

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A Polícia Federal estima que 800 pessoas cruzam diariamente a fronteira entre o Brasil e a Venezuela em busca de melhores condições de vida.

O debate eleitoral em Pernambuco tem se acentuado a cada dia e, mesmo que pregue a protelação do debate apenas para meados de maio, o governador Paulo Câmara (PSB) vem sendo cobrado diante de posturas dos partidos que integram a Frente Popular. A última delas e que causou desconforto entre os aliados foi a decisão tomada pelas direções do Solidariedade, PP, PDT, PCdoB e PSL de formarem uma “chapinha” para a disputa pelos cargos de deputado estadual e federal, reduzindo assim as chances de caciques da frente conquistarem a reeleição. 

Questionado nesta sexta-feira (23) sobre que medida adotará diante do desconforto gerado, Câmara pregou o diálogo e a unidade. “Vamos conversar com todos os partidos da base de aliança, queremos cada vez mais ter a participação dos partidos e sentar à mesa”, salientou, pontuando que quer “uma base unida e que acredita no projeto de um Pernambuco melhor”. 

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O governador garantiu que buscará alternativas que satisfaçam a todos os partidos. “Estou realmente querendo contribuir com esse processo, para que seja de diálogo, participação e todos se sintam contemplados. A partir do momento que surge a insatisfação temos que ter capacidade de ouvir e buscar alternativas, temos que trabalhar com unidade que é fundamental”, declarou.

Entre os insatisfeitos está o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchôa, que anunciou sua desfiliação do PDT após ter perdido espaço, com a formação da chapinha, para lançar o filho, Uchôa Júnior, como candidato a deputado federal pela legenda pedetista. Uchôa reclamou do assunto a Paulo durante uma reunião que aconteceu nessa quinta e, nos bastidores, chegou a ameaçar o desembarque da Frente Popular também. 

O governador, por sua vez, disse que “Uchoa sabe da nossa solidariedade com ele e da intenção de estar muito junto com ele”.  “Ele ajudou muito Eduardo [Campos] e está nos ajudando como presidente da Assembleia. Quero cada vez mais o presidente da Assembleia com ânimo e vontade de ajudar Pernambuco”, salientou.

Feita a inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes podem desde já aprofundar ainda mais os estudos. Duas plataformas online disponibilizam simulados gratuitamente este mês. As inscrições do Enem terminaram na sexta-feira (19) e até a última atualização do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 6,5 milhões haviam se inscrito.

O Geekie Games abriu nesse final de semana acesso a um simulado gratuito com dois cadernos de provas. As áreas de conhecimento estão organizadas da mesma forma que o Enem: haverá questões de linguagens, códigos e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias no primeiro dia de avaliação; matemática e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias estarão no segundo dia de prova. Os estudantes têm até as 20h do dia 28 de maio, no horário de Brasília.

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Após iniciado o teste, os estudantes terão até duas horas seguidas para concluir cada caderno de prova. Ao entregá-las, os participantes receberão imediatamente um relatório gratuito com os assuntos mais errados, além do gabarito das questões. Também poderão comparar se conseguiriam ou não ser aprovados no curso que desejam, com base nas notas do ano passado. Para fazer os simulados de 2017 basta que o estudante crie uma conta gratuita no site do Geekie Games ou baixe o aplicativo para Android.

Outro simulado é o da plataforma Descomplica, que será aplicado nos dias 28 de maio e 4 de junho. As inscrições estão abertas. O simulado também segue o formato do Enem e será aplicado em dois domingos. Os estudantes terão acesso a correção e às notas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do ano passado, para que possam estimar se conseguiriam ou não ser aprovados no curso que desejam.

Aprendizado online

Segundo o professor de física e CEO da plataforma Descomplica, Marco Fisbhen, os estudos online permitem que o estudante organize o próprio tempo e que tenha acesso a um plano de estudos personalizado, voltado para as próprias demandas.

"O primeiro desafio para prender o estudante online é parar de tentar prender. Quem prende é a escola, que coloca estudantes dentro de um muro e tem que impedir que saiam. Na internet, o estudante vai trocar de aba se ele quiser. O que queremos é que ele volte", diz Fisbhen. "O nosso propósito é criar uma instituição digital que entregue algo que seja divertido para todos aprenderem. Divertido não é fácil ou engraçado. Fazer um gol, por exemplo, não é sempre fácil, mas as pessoas se divertem jogando futebol".

"As ferramentas de aprendizado online e os aplicativos são soluções cada vez mais adotadas. Podem ser usadas tanto para complementar os estudos por estudantes de escolas públicas e privadas, quanto como ferramentas suficientes [de estudos]", diz o diretor da plataforma Geekie Games, Wolney Melo. Segundo ele, 60% dos usuários da plataforma a tem como solução principal. "Lá temos o conteúdo suficiente para preparar o aluno para o Enem." 

Até o ano passado, o Geekie Games, por um acordo com o governo federal, oferecia planos de estudo gratuitos para estudantes de escolas públicas. O acordo não foi renovado este ano, mas o Geekie tem como filosofia a oferta de preços abaixo do mercado. A plataforma Descomplica também oferece preços acessíveis e descontos para os estudantes.

Nota 1000

A estudante de medicina Sophia Martinelli Rodrigues, 19 anos, foi uma das 77 pessoas que tiraram a nota máxima, 1000, na redação do Enem do ano passado. Sophia faz as provas do Enem desde 2012, quando ainda era estudante do primeiro ano do ensino médio, para treinar os conhecimentos. Esta foi a primeira vez que obteve a nota 1000.

Sophia recorreu aos estudos online, na plataforma Descomplica. "Redação é basicamente prática. Quem pratica dificilmente vai mal. Duas ou três vezes por semana eu escrevia redações tanto online quanto presencialmente". Ela acredita que o diferencial que a levou à nota 1000 foi usar referências de contextos históricos e autores relacionados ao tema no texto. A prova que fez tinha como tema Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.

Em relação aos estudos pela internet, Sophia diz que sempre gostou da independência que proporcionam. "Nem sempre o professor está no mesmo ritmo que você.  Às vezes você já viu e professor continua naquilo. É a melhor coisa escolher o que vai estudar na hora que quer e do seu jeito", diz. Mas, confessa que não abandonou as aulas presenciais: "elas proporcionam informações e convívio que não tenho somente em casa."

Enem

As provas serão aplicadas em dois domingos consecutivos, nos dias 5 e 12 de novembro. O resultado das provas poderá ser usado em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sistema de Seleção Unificada para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil.

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Mesmo sem a confirmação de casos, começaram a surgir mobilizações para conter a disseminação do Baleia-Azul. Uma das estratégias adotadas é criar "contrajogos" que utilizem a mesma lógica, com regras divulgadas em redes sociais, mas que proponham desafios focados na promoção do bem-estar.

Nos próximos dias, a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) deve lançar o Coelho Branco, que consiste em 15 tarefas elaboradas por estudantes do ensino médio técnico de Programação de Jogos Digitais, sob supervisão da professora Evelyn Cid.

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Segundo o diretor Marcelo Krokoscz, a ideia partiu dos próprios adolescentes durante uma discussão em sala de aula. "Também conversamos com os pais para alertá-los, foi uma campanha ampla", explica.

Com proposta parecida, dois publicitários e a psicóloga Tamara Moura Camargo, de 30 anos, lançaram o site Baleia Rosa. "Meus amigos resolveram responder ao jogo utilizando a linguagem da propaganda para promover algo benéfico e me convidaram por ter conhecimento na área", conta Tamara.

Segundo ela, o projeto cresceu mais no Facebook, no qual ultrapassou 157 mil seguidores em seis dias. Em menos de 24 horas, ela calcula ter recebido 2 mil mensagens pelo perfil na rede social, das quais ao menos 20% são de usuários com tendências suicidas.

"Alguns relatam ter pessoas próximas que passam por isso, enquanto outros dizem ter jogado o Baleia-Azul. Muitos também querem desabafar", explica ela, que costuma fazer um acolhimento e, após conversas iniciais, indicar atendimento gratuito para essas pessoas. "Não tem como exercer uma psicoterapia pelo Facebook, então o meu trabalho é quase uma triagem, de dar uma palavra de conforto", comenta.

De acordo com Tamara, a procura é tamanha que o Baleia Rosa cogita recrutar outros psicólogos para ajudarem, pois, por envolver uma situação delicada, a resposta precisa ser ágil. "Não era esse o objetivo inicial, mas tudo tomou uma proporção maior. Precisamos ajudar essas pessoas", explica.

Uma moradora de Ribeirão Preto de 17 anos foi uma das que procurou a página. Ela afirma enfrentar problemas em casa, após o término de um namoro, além de sofrer bullying na escola e, por isso, se mutilaria há um ano. Ao saber do Baleia-Azul, inicialmente procurou o jogo, mas não aceitou participar dos desafios. Ela conta que, quando relata o que sente, ouve que é "frescura". "Essas pessoas (aliciadores do jogo) também precisam de ajuda. Só querem nos ajudar a fazer a dor passar."

Fase

A psicóloga Karen Scavacini explica que a adolescência é uma fase delicada, por marcar o descolamento da família e a busca da independência, o que pode explicar o predomínio de menores de idade nesses jogos. "É uma fase de desafios, de inseguranças envolvendo escola, vestibular, carreira. Mesmo os mais fragilizados querem se sentir poderosos", afirma a fundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, de São Paulo.

Especialista em psicologia escolar, Jéssica Vilela comenta também que grupos que promovem suicídio e automutilação podem ser um "gatilho". "Esses adolescentes encontram alguém com quem falar sobre essa possibilidade e podem ser encorajados ao perceber que há mais pessoas pensando nisso", alerta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Não depender de uma única especialização e diversificar atividades para poder enfrentar com menos sofrimento o período de estiagem é a estratégia adotada pelo produtor Adão de Jesus Oliveira, de 40 anos. Ele, a esposa Fabiana, de 32 anos, e os filhos, de 12 e 8 anos, estão entre as 28 mil famílias da região do Araripe atendidas pelo projeto Caatinga, que tem parcerias com entidades internacionais e o Governo Federal em trabalhos voltados à agroecologia para pequenos produtores.

Além de criar 28 caprinos, vacas e éguas na área rural de Ouricuri (PE), Oliveira cultiva hortaliças, como coentro, e frutas - umbu e acerola, das quais faz poupa, congela e vende ao longo do ano. Planta palmas para dar aos animais e tem atividade de apicultura, embora nos últimos dois anos a falta de floradas prejudicou a produção de mel. No início do ano passado, também plantou milho e feijão e perdeu tudo.

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Em todo o Estado de Pernambuco, a produção média anual de milho de 2012 a 2015 foi de 31,2 mil toneladas, queda de 83% em relação aos quatro anos anteriores.

Para tentar evitar mais perdas, Oliveira fez um poço de 52 metros com bomba submersa, e gastou R$ 6 mil. "Foi uma poupança de muitos anos", diz. "Foi um investimento arriscado, mas nesse período de seca e crise não passamos apertados". A esposa ajuda nos gastos da casa com a confecção de sabonetes de aroeira e artesanatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a greve dos bancários por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (6), os consumidores devem procurar meios alternativos para pagar suas contas. Segundo a Proteste Associação de Consumidores, a greve não pode ser motivo para protelar pagamentos.

Quem tem conta para pagar e não dispõe de cartão para uso do caixa eletrônico, pode recorrer às agências lotéricas e até lojas de departamentos que aceitam a quitação de diversas contas. Mas o cliente que precisa sacar dinheiro na boca do caixa deve entrar em contato com o banco, por telefone, e solicitar uma alternativa, orienta a associação.

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Quem movimenta a conta pela internet ou nos caixas eletrônicos não deve ser afetado pela paralisação, pois esses serviços devem continuar a funcionar normalmente.

Para as pessoas que têm contas a pagar de tarifas públicas, como água, telefone e energia, é aconselhável ligar para as empresas e negociar uma forma de pagamento. A Proteste lembra que essas contas podem ser quitadas em qualquer banco, já que o cálculo de taxas de multas (se já tiver vencido a data de pagamento) é acordado com a própria empresa que presta o serviço.

O serviço de compensação bancária é considerado atividade essencial pela legislação brasileira e não pode sofrer qualquer paralisação. Portanto, cheques e DOCs devem ter a compensação nos prazos normais.

A Proteste lembra que o consumidor está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor para responsabilizar o estabelecimento, caso seja penalizado com cobrança de multa e juros se não tiver, de forma alguma, como fazer o pagamento em consequência da greve. Nesse caso, o cliente deve formalizar a reclamação por meio de uma carta ao banco, aos cuidados do gerente, relatando os fatos e requerendo as providências cabíveis. Além disso, acrescenta a Proteste, o consumidor poderá registrar uma queixa no Banco Central e procurar os órgãos de defesa do consumidor.

 

Reivindicações

Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) inclui reajuste de 6,5%, mais R$ 3 mil de abono. O Comando Nacional dos Bancários diz que essa proposta representa perda real de 2,8% (ao descontar a inflação de 9,57%).

Para a Fenaban, se somados o abono e o reajuste, haverá “ganho superior à inflação na remuneração do ano da grande maioria dos funcionários do sistema bancário”.

A Nobel de Literatura 2015, Svetlana Aleksievich, conhecida por seus livros sobre a catástrofe nuclear de Chernobyl, pediu neste domingo o desenvolvimento de energias alternativas e disse que pretende visitar o local do acidente nuclear de Fukushima, no Japão.

"Fukushima (...) mostra que a energia nuclear é perigosa. Precisamos desenvolver alternativas", disse ela, em entrevista coletiva em Estocolmo.

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Depois de várias viagens ao Japão, a escritora pretende voltar ao país asiático no início do ano que vem para visitar a central de Fukushima. Em 2011, um tsunami provocou um grave acidente nuclear.

Em suas obras, Aleksievich dá voz às testemunhas ignoradas das grandes tragédias soviéticas do século XX, em particular as vítimas de Chernobyl.

Svetlana Aleksievich nasceu na União Soviética e, hoje, tem nacionalidade bielo-russa. Ela é a 14ª mulher a conquistar o Nobel de Literatura desde sua criação, em 1901.

Na próxima quinta, Svetlana recebe o Prêmio Nobel das mãos do rei da Suécia.

A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco (OAB-PE) vai promover, nesta segunda-feira (11), uma audiência pública para tratar sobre o “enfrentamento à corrupção e à impunidade, por um Brasil melhor”. O encontro está agendado para às 9h e acontece na sede da OAB-PE, no bairro de Santo Antônio, no Recife. 

No evento, serão propostas a adoção de medidas institucionais voltadas à agilização de processos judiciais, procedimentos administrativos e demais procedimentos apuratórios relacionados à prática de ilícitos contra o patrimônio público.

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Além da OAB, também participam do evento a Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União, Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público e Ministério da Justiça.

Para tentar abafar a crise, assessores do ministro das Relações Exteriores, Luis Alberto Figueiredo, reuniram os jovens diplomatas para deixar claro que a porta do Itamaraty está aberta para quem quiser sair. Na ocasião, recomendou-se que não usassem o Facebook para reclamar e até que seria visto com maus olhos um incremento do número de diplomatas sindicalizados.

Os representantes da diplomacia brasileira passaram a apagar até mensagens enviadas entre eles por meio de redes sociais, evitam usar o e-mail do ministério para fazer comentários e, informalmente, passaram a criar grupos de contato para debater a crise.

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Para Sandra Malta dos Santos, presidente do Sinditamaraty, a estratégia de abafa da cúpula do Itamaraty não funcionou. "Nos últimos três meses, o número de diplomatas filiados ao sindicato dobrou", conta. "Tivemos mais filiações de diplomatas em dois meses do que nos cinco anos de existência do Sinditamaraty."

"A hierarquia existe para a formulação e execução das funções. Quando se trata de direitos do servidor e de relação de trabalho, o sindicato é o meio legítimo e constitucionalmente reconhecido para a negociação", defendeu.Nos últimos três meses, o chanceler brasileiro se reuniu com o sindicato em uma ocasião, enquanto assessores indicaram aos diplomatas mais descontentes que cada caso seria tratado individualmente.

Um dos principais problemas - o atraso nos pagamentos de aluguéis das casas de diplomatas no exterior - foi solucionado depois que o assunto chegou aos jornais.

Mas a presidente do sindicato alerta que "muitos outros temas preocupantes continuam sem resposta e sem proposta de solução". Entre eles está o fluxo das carreiras do serviço exterior, a regulamentação das 893 novas vagas de oficial de chancelaria criadas em 2012 e a maior transparência dos processos de remoção e de promoção.

"Esperamos que este ou o próximo ministro mantenha aberto o canal de diálogo com o sindicato para que possamos encontrar soluções para os diversos problemas que afetam nossas carreiras", pediu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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