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A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, publicou em seu perfil no Instagram neste domingo, 14, uma nota em que afirma que vai processar pessoas do Partido dos Trabalhadores (PT) por ter sido ameaçada e atacada, segundo ela.

"Agradeço a cada um de vocês pelas mensagens de apoio e de preocupação diante da covarde ameaça e dos ataques feitos por representantes do PT contra a mim. Informo que as ações judiciais cabíveis já foram iniciadas e que, diante do histórico violento da militância de esquerda, as medidas preventivas de segurança foram reforçadas."

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Nos últimos dias, Michelle se envolveu em diferentes embates com filiados do partido e, inclusive, com a presidente nacional e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR).

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Gleisi afirmou que a ex-primeira-dama "gosta de se fazer de santa". Em nota, ela diz que Michelle usa "os métodos covardes do bolsonarismo, ameaças, falsificações e fake news para tentar calar mulheres petistas".

Gleisi se refere a dois episódios e duas mulheres: um, envolvendo a coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, Elenira Vilela, e outro, a influenciadora Karina Santos.

No último dia 22, Elenira disse em uma live ser preciso "destruir politicamente" e "quiçá de outras formas" a ex-primeira-dama. No vídeo que viralizou na última semana, a sindicalista segue a frase citando exemplos do que seriam essas outras formas: "jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela também inelegível". Mas Michelle entendeu que poderia se tratar de uma ameaça contra sua integridade física.

O PL Mulher, presidido por Michelle, emitiu uma nota de repúdio publicada nas redes sociais no último sábado, 13, à fala feita na live. "A gravidade da ameaça proferida pela mulher filiada ao PT contra a integridade de Michelle Bolsonaro está nítida e engloba, segundo as palavras dessa militante petista, não só uma destruição política e judicial, mas uma variedade de outras possibilidades, representadas pela expressão 'quiçá de outras formas', o que, obviamente, inclui a integridade física."

A outra polêmica foi envolvendo a influenciadora petista Karina Santos. No dia 4 de janeiro, Michelle postou na conta dela no Instagram uma captura de tela mostrando o perfil de Karina, com a legenda: "Terrivelmente petista. Como uma boa comunista caviar, ama um dinheirinho".

O post foi em resposta a uma publicação de Karina, em que a recifense de 30 anos havia divulgado uma montagem com o ex-presidente Bolsonaro e Michelle atrás das grades, e a legenda "que tudo se realize no ano que vai nascer!". Karina possuía 217 mil seguidores, enquanto Michelle acumula 6,5 milhões.

A exposição feita por Michelle gerou uma enxurrada de ameaças e mensagens preconceituosas nas redes sociais de Karina, que registrou o caso na Polícia Civil de Pernambuco.

O goleiro André Luiz, um dos destaques negativos do Santa Cruz na derrota para o Altos-PI, pela pré-Copa do Nordeste, relatou que vem recebendo ameaças de morte. Em seu perfil no Instagram, André desabafou sobre as falhas que culminaram com a eliminação precoce do Mais Querido, no último domingo (7), após derrota nos pênaltis.

“Tudo o que você conquistou, nada mais importa. Todo suor derramado, todas as abdicações, todo o empenho, todo trabalho, nada mais importa. Em um segundo seu mundo vira de cabeça para baixo. Você não presta mais, você é um lixo, você recebe ameaças contra a sua vida, você recebe ameaças na rua e já não merece mais estar onde você está”, iniciou o camisa 1 coral.

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“Essa é a vida do jogador de futebol que nem todos sabem, com elogios e críticas. O pior de tudo é você olhar para as pessoas que você ama e ver a dor nos olhos por você estar nesta situação, ver que eles queriam estar no seu lugar para tomar suas dores. Essas pessoas que não têm nada a ver com a situação são xingadas, magoadas, humilhadas, e com isso você começa a ter sentimentos que nunca pensou ter”, acrescentou.

André Luiz comentou que vem encontrando dificuldades para dormir desde o ocorrido. Na ocasião, a Cobra Coral venceu por 2 x 0 até o início da segunda etapa, mas sofreu o empate e foi derrotada nos pênaltis por 11 x 10.

“Noites sem dormir, questionamentos, pensamentos...Por que eu? Por que agora? Mesmo sabendo que a falha é normal, que o erro é humano, essas perguntas vêm. Mas eu creio em um Deus maravilhoso que tem um propósito para tudo”, falou, antes de destacar seus próximos passos.

“Quando estamos bem confiamos no senhor de todo o nosso coração, quando estamos passando por algo ruim devemos confiar e descansar nele. E assim faremos. Agora é erguer a cabeça, dar o melhor todos os dias e trabalhar. Não há mais nada que possa ser feito a não ser trabalhar.”

A associação dos servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) publicou, na noite deste domingo (7), uma nota em que afirma que os profissionais da agência detectaram "ameaças ao aniversário da fatídica data do dia 8". O documento não traz mais detalhes, mas a autenticidade do mesmo foi confirmada pela entidade ao Estadão. As cenas de vandalismo do dia 8 de janeiro de 2023 serão relembradas em ato no Congresso Nacional nesta segunda-feira (8), às 15h. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes da cúpula do Judiciário e do Legislativo devem participar.

O documento é assinado pela União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin, a Intelis, com data de segunda-feira (8). Intitulado "A Inteligência de Estado e o 8 de Janeiro", a nota faz uma defesa do papel da ABIN e de seus servidores na defesa da democracia.

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A reportagem do Estadão procurou tanto a Presidência da República quanto secretários do Ministério da Justiça para comentários, mas eles decidiram não se manifestar. A Intelis confirmou a autenticidade da nota, mas disse que não poderia fornecer mais detalhes sobre a suposta ameaça ao evento do dia 8.

"Mesmo em meio a ataques de atores mal intencionados, que tentam atribuir malfeitos à Abin e aos seus servidores e transformar alegados desvios individuais em ataques políticos para a desestabilização de toda a instituição, seguimos trabalhando incansavelmente, imparciais e discretos, inclusive hoje, detectando ameaças ao aniversário da fatídica data do dia 08", diz um trecho da nota.

"Desde sua criação, em 1999, os profissionais de inteligência de Estado da ABIN têm atuado para proteger as instituições democráticas e o processo eleitoral. A atividade de inteligência é, por natureza, silenciosa. Somos uma linha invisível de defesa do Estado, e o não reconhecimento público das nossas contribuições é um fardo que escolhemos carregar", diz o texto.

A nota também destaca o trabalho de "monitoramento de grupos extremistas" realizado pela agência, inclusive durante o ano eleitoral de 2022. Ao longo do processo eleitoral, o órgão enviou relatórios de inteligência a diversos destinatários engajados nas eleições. Foi elaborado, ainda, o "Protocolo de Prevenção de Ameaças do Extremismo Violento Ideologicamente Motivado", e produzidas e difundidas informações que culminaram em operações policiais com a identificação e a prisão de indivíduos radicalizados".

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou público o relato de que havia três planos contra ele dentro da organização dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2022, em Brasília. Nesses planos, golpistas revelaram a intenção de prender e enforcar Moraes, e até mesmo de abandonar o corpo do ministro no estado vizinho, Goiás.  

As informações foram divulgadas em uma nova entrevista concedida ao jornal O Globo, nesta quinta-feira (4). Moraes também abordou as críticas às prisões dos participantes na invasão aos Três Poderes, as ameaças à própria família, e a regulamentação das redes sociais. 

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"Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição", revelou o magistrado. 

Moraes disse que há um inquérito para investigar o planejamento dessas atividades, com possibilidade de envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

“Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão”, afirmou. 

Ameaças à família e redes sociais 

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, até o momento, não foi preciso aumentar sua segurança particular em virtude das ameaças que surgiram após o 8 de Janeiro. Ele disse ser alvo da "criminalidade organizada" desde 2014, quando assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. No entanto, a segurança da família do jurista precisou ser reforçada. 

"Esses golpistas são extremamente corajosos virtualmente e muito covardes pessoalmente. Então, chegam muitas ameaças, principalmente contra minhas filhas, porque até nisso eles são misóginos. Preferem ameaçar as meninas e sempre com mensagens de cunho sexual. É um povo doente", declarou. 

E acrescentou, reforçando que a regulamentação das redes sociais estará em foco no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que preside, em 2024. "[As redes] falharam e foram instrumentalizadas no 8 de Janeiro. Proliferaram o discurso de ódio, antidemocrático, permitindo que as pessoas se organizassem para a 'Festa da Selma', que era o nome utilizado (para o 8 de Janeiro)". 

Prisões 

Na entrevista, o ministro foi questionado sobre as prisões feitas no dia 8 de janeiro serem consideradas injustas por parte da população. Sobre isso, Moraes declarou que "nunca viu" alguém preso "achar que sua prisão é justa". "Nenhum desses golpistas defende que alguém que furtou um notebook não possa ser preso. E eles, que atentaram contra a democracia, não podem? Os presos são de classe média, principalmente do interior, e acham que a prisão é só para os pobres. A Justiça tem que ser igual para todos". 

 

Ao menos 27 escolas permanecem fechadas nesta segunda-feira (27) na Bélgica após todas receberem ameaças de bomba por e-mail no último fim de semana, segundo noticiado pelo jornal belga "Le Soir".

Segundo a Wallonia-Brussels Education (WBE), rede que administra as instituições de ensino na região francófona belga, cerca de 10 mil estudantes foram afetados pela suspensão das aulas, por causa do "estrito cumprimento do princípio da precaução".

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A paralisação das aulas atinge escolas, faculdades e colégios em Bruxelas e na província de Brabante Valão, no sul da capital.

"Ontem à noite, fomos informados por vários diretores de escola sobre o recebimento de um e-mail 'ameaçador'", disse Julien Nicaise, administrador geral da WBE, ao canal belga RTBF, especificando que o texto mencionava a possível utilização de "explosivos, caso não houvesse o pagamento de resgate".

Segundo a WBE, "a organização está em contato com as autoridades competentes e vários locais já foram verificados ou estão em processo de verificação e a situação será reavaliada hoje".

No início de novembro, no regresso das férias, duas escolas belgas já tinham sido evacuadas em Charleroi e Dinant, na Valónia, na sequência de falsas ameaças de bomba recebidas por e-mail.

A WBE deplora "a multiplicação deste tipo de alarme nas últimas semanas e as dificuldades que provocam". O número de alertas se multiplicou nos últimos dias entre a França e a Bélgica após o ataque jihadista que custou a vida de um professor no dia 13 de outubro em Arras, no norte do território francês, e do atentado de 16 de outubro em Bruxelas, no qual duas pessoas de nacionalidade sueca perderam a vida.

As deputadas estaduais Lohanna França (PV), Bella Gonçalves (PSOL) e Beatriz Cerqueira (PT) voltaram a ser alvos de ameaças de estupro e de morte após o deputado Cristiano Caporezzo (PL), colega das parlamentares na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), divulgar um vídeo, nesta quarta-feira (25), em que questiona a necessidade de uso de escolta policial pelas deputadas e expõe imagens de Bella em um compromisso pessoal. As parlamentares têm sido alvo de intimidação pelas redes sociais e e-mails funcionais há pelo menos dois meses.

Para conter a ação criminosa, o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e as policiais Civil e Militar chegaram a cumprir mandados de busca e apreensão contra suspeitos de ameaçar as deputadas em uma operação no fim de setembro.

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Batizada de Operação Di@na, a investigação teve início após as parlamentares receberem as primeiras ameaças nos e-mails da ALMG, mas não foram suficientes para cessar os casos de intimidação. Em uma das mensagens enviadas para Lohanna por e-mail, o autor afirma que a parlamentar "promove a degeneração e a irresponsabilidade feminina" e passa a apontar o que faria com a parlamentar. Ele diz que tem o endereço dela e de seus parentes e que iria estuprá-la e depois matá-la.

No vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta, Caporezzo questiona a escolta da Polícia Militar que acompanha Bella Gonçalves durante 24 horas por dia após o recebimento das ameaças de morte e estupro. Um dos trechos do vídeo divulgado no X (antigo Twitter) mostra a deputada Bella Gonçalves em um compromisso pessoal.

"Atacam o serviço da Polícia Militar. Ela trata assim a população. Pra ela, ela quer escolta armada da Polícia Militar. Está aqui no Código Penal Brasileiro: ameaçar alguém, artigo 147, pena de detenção de 1 a 6 meses ou multa. Ou seja, a pessoa sequer vai presa. Então, porque a psolista tem direito a uma escolta? Já fui ameaçado de morte diversas vezes e eu não tenho escolta armada. Sou contra isso daí. Pra encher a cara em buteco, está errado", afirma o deputado em um dos trechos do vídeo divulgado nas redes sociais.

Após a publicação do vídeo, as deputadas receberam novas ameaças de morte. Bella Gonçalves diz ainda que Caporezzo foi até a Comissão de Direitos Humanos da Casa durante a tarde, após a suspensão da sessão, para "intimidá-las".

"O vídeo do Caporezzo é violência política contra a mulher. Tanto que foi repudiado por todos os líderes da Assembleia Legislativa. Não só é violência política contra a mulher, como recebemos uma outra ameaça de morte agora de tarde. Ele veio aqui, (para) invadir e tumultuar a Comissão de Direitos Humanos em que a gente estava repudiando a ação que ele teve enquanto parlamentar, colocou o telefone na minha cara e na da deputada Beatriz Cerqueira, provocando tumulto na Casa. Não vamos tolerar esse tipo de violência política", contou a deputada ao Estadão.

Deputados da ALMG saíram em defesa das parlamentares durante sessão na manhã desta quarta-feira. Antes do início da votação de projetos que estavam na pauta, a sessão foi suspensa a pedido do líder do Bloco Democracia e Luta, deputado Ulysses Gomes (PT), para a discussão de medidas de proteção às vítimas.

"Elas têm sofrido ameaças permanentes. E-mails, ameaças que têm inviabilizado o dia-a-dia na vida particular e pessoal de cada uma delas e, obviamente, a atividade política. A gente não tem visto o resultado concreto. Essas ameaças têm aumentado. Ontem, várias depuradas receberam mais ameaças. Hoje pela manhã, mais e-mails com ameaças de estupro coletivo, de perseguição à família. Ameaças que inviabilizam não só a vida delas, mas preocupam a todos. Tem acontecido aqui na Casa exploração desses casos no aspecto político. Alguns deputados pegam fatos e exploram isso politicamente. Não podemos aceitar isso", afirmou Gomes ao pedir a suspensão da sessão.

O presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), suspendeu a reunião e se comprometeu com as deputadas a denunciar Caporezzo na Comissão de Ética para que sejam tomadas medidas cabíveis.

Líder do governo Romeu Zema (Novo) na Assembleia, o deputado João Magalhães (MDB) também lamentou as ameaças e se solidarizou com a deputada.

"O governo está empenhado, através da Secretaria de Segurança Pública, para ajudar a desvendar quem são esses (que ameaçam)", disse.

Operação do MPMG e das policias

O MPMG e as policiais Civil e Militar do Estado passaram a monitorar em setembro grupos em redes sociais e aplicativos de mensagem para localizar os suspeitos de ameaças contra as deputadas. As autoridades identificaram a exposição indevida de dados sigilosos de diversas autoridades, incitação à violência, à pedofilia e à necrofilia, postagens de imagens de estupros, assassinatos e mutilações e muito conteúdo de abuso e a exploração sexual infantil.

O deputado Caporezzo foi procurado pelo Estadão, mas ainda não se pronunciou sobre o caso até a publicação deste texto. O espaço está aberto a manifestações.

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), passará a ser escoltada por três policiais legislativos após receber ameaças de morte nas redes sociais. A autorização para que os agentes passem a acompanhá-la foi dada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A informação foi compartilhada inicialmente pela coluna Painel e confirmada pelo Estadão.

A senadora denunciou as ameaças na última quarta-feira, 18, durante a votação do relatório da CPMI. Ela disse que os ataques também foram destinados aos seus familiares. Ainda de acordo com a parlamentar, os criminosos teriam dito que poderiam surpreendê-la em aeroportos.

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"Diante de tudo que eu recebi nesse celular e de ameaças, não há dúvida nenhuma que como alguém que tem uma família que precisa de mim, eu preciso de um apoio, de uma defesa", disse a senadora. "Não podemos subestimar. São pessoas que pelo o que colocam não têm nenhum senso de humanidade", completou.

As ameaças foram reunidas pela equipe da senadora em um documento que será enviado à Polícia Federal (PF) e à Advocacia-Geral do Senado para embasar eventuais investigações. A autorização concedida por Pacheco para que Eliziane passe a ser escoltada permite que os policiais a acompanhem em Brasília, no seu Estado (Maranhão) e durante voos.

Eliziane ainda atrelou as ameaças sofridas com os embates tidos com parlamentares bolsonaristas no plenário da CPMI. De acordo com a senadora, os ataques aumentavam na medida em que ela se envolvia em confrontos com os oposicionistas. As perseguições a ela também aumentaram na reta final do colegiado, por causa do relatório em que propôs o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 60 pessoas.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), publicou, nesta quarta-feira (18), uma nota de apoio e solidariedade à sua noiva, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que recebeu ameaças de estupro e morte por e-mail , no início do mês de outubro. 

O gestor municipal afirmou que atitudes como essa “não podem ficar impunes”, e repudiou o ocorrido como um ato covarde e perverso. 

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O prefeito disse ainda que os crimes de ameaça deverão ser investigados para punir rigorosamente os autores. 

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Civil e a Polícia Militar do Estado cumpriram nesta quinta-feira, 28, ordens de busca e apreensão e de quebra de sigilo de dados na cidade de Pirapora, município a 340 quilômetros de Belo Horizonte, contra suspeitos de ameaçar de morte e estupro as deputadas estaduais Lohanna França (PV), Bella Gonçalves (PSOL) e Beatriz Cerqueira (PT). Nos imóveis, foram apreendidos celulares, computadores, HDs, pen drives e anotações, além de munições e equipamentos para fabricação de armas caseiras. Um suspeito foi conduzido à delegacia.

Batizada de Operação Di@na, a investigação teve início após as parlamentares receberem ameaças nos e-mails funcionais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Em uma das mensagens enviadas para Lohanna, o autor afirma que a parlamentar "promove a degeneração e a irresponsabilidade feminina" e passa a apontar o que faria com a parlamentar. Ele diz que tem o endereço dela e de seus parentes e que iria estuprá-la e depois matá-la.

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"A operação é muito importante, mas ocorre 36 dias depois da nossa denúncia se tornar pública. Estamos vivendo sob escolta policial e nossa família sendo monitorada. Sei que é uma questão de privilégio ter acesso a este tipo de proteção, mas se tornou necessário. Precisamos que os responsáveis sejam pegos porque há um organismo de ódio da extrema direita articulado", diz a deputada Lohanna França.

Após o relato das ameaças, o MP de Minas e os policiais passaram a monitorar grupos em redes sociais e aplicativos de mensagem para localizar os suspeitos. As autoridades identificaram a exposição indevida de dados sigilosos de diversas autoridades, incitação à violência, à pedofilia e à necrofilia, postagens de imagens de estupros, assassinatos e mutilações e muito conteúdo de abuso e a exploração sexual infantil.

"No bojo dos trabalhos da força-tarefa instituída pela Portaria Conjunta ALMG MPMG PCMG PMMG n.º 1, de 14 de setembro de 2023, foram monitorados diversos fóruns e grupos na internet, de onde se originaram as ameaças. Nos imóveis, foram apreendidos celulares, computadores, HDs, pen drives e anotações, além de munições e equipamentos para fabricação de armas caseiras. O investigado foi conduzido à delegacia e prestou depoimento durante cinco horas. O processo se encontra sob sigilo judicial e terá continuidade com a análise dos dados obtidos para identificação dos demais envolvidos nos crimes", diz o MPMG.

A deputada Bella Gonçalves, que também recebeu ameaças em seu e-mail funcional, diz que espera que os grupos de ódio associados a crimes sejam desmontados e que os autores sejam identificados.

"Nós esperamos que essa apreensão possa indicar quem são de fato os autores das ameaças e que seja um recado claro de que a violência política não será tolerada. Quando nós, parlamentares que ocupamos espaços de visibilidade e poder, somos ameaçadas e não temos respostas, todas as mulheres são colocadas em situação de vulnerabilidade. Esperamos que o recado de que a violência política de gênero não será tolerada chegue para todos, que os grupos de ódio associados a crimes sejam desmontados e que os autores sejam identificados para que possamos voltar a exercer nossos mandatos com tranquilidade", diz a deputada.

O nome da operação, Di@na, deflagrada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), faz referência à deusa Diana da mitologia, que é a Deusa da caça e protetora das mulheres e crianças. O @ faz referência aos crimes cibernéticos investigados.

O bilhete que o padre Julio Lancellotti recebeu com ameaças no domingo (27) expressa o ódio às pessoas em situação de rua, segmento historicamente defendido pelo religioso de 72 anos. A interpretação foi feita pelo próprio padre nesta terça-feira ao Estadão.

"É um sintoma de um ódio contra a população de rua, como diz o próprio bilhete. Eles olham para mim e veem isso. Não é o ódio por ser um padre. É o ódio por ser um padre comprometido com a população de rua. Eles sempre citam isso, falam dos direitos humanos, para me ofender", disse. "O que me causa impacto é alguém fazer deliberadamente maldade para o outro e tentar ferir o outro".

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A mensagem, deixada na porta da Paróquia São Miguel Arcanjo, na zona leste, no domingo de manhã, dizia "seu dia de reinado vai acabar, pode esperar". O texto diz ainda que o padre é um "defensor dos direitos dos bandidos" e que ele "usa o povo" para se "favorecer", além de chamá-lo de "petista vagabundo".

De acordo com a polícia, um idoso de 72 anos confessou ser o autor do bilhete e foi encaminhado ao 8º Distrito Policial, no Brás. Durante depoimento, ele alegou que conhecia o padre e que "não pretendia fazer, efetivamente, mal a ele". O caso foi registrado na delegacia como injúria e ameaça.

O religioso conta que apenas se entristeceu ao ler o bilhete. "Eu li, dobrei e não falei nada para ninguém. Meu primeiro sentimento foi de tristeza de ver alguém que senta, pega um papel, uma caneta, escreve, dobra, caminha até a igreja e deixa lá. Não é uma coisa impulsiva. É algo do qual você se arrepender e voltar para trás. Você pode escrever e rasgar. Pode desistir".

Depois da mensagem, o domingo foi difícil. Mas o padre conseguiu rezar todas as missas. Foi apenas nas cerimônias de batismo das 16h que ele se emocionou.

"Às quatro da tarde, eu tinha de batizar algumas crianças. E a polícia já estava lá. Eu estava muito emocionado. Tive dificuldades. Foi o carinho das pessoas que me fez ir para a frente. Na última missa, eu já sabia quem era. Nós rezamos por ele para amainar a cultura de ódio".

Julio Lancellotti é conhecido há décadas por seu trabalho de assistência a pessoas em situação de rua. Nas redes sociais, ele denuncia casos de violência policial e de construções que restringem o uso do espaço público. A lei que proíbe esse tipo de estrutura hostil leva seu nome.

Esta não é a primeira vez que o padre é ameaçado. Em 2018, entidades de Direitos Humanos entraram com uma representação no Ministério Público depois que o padre recebeu ameaças de morte.

Homenagem

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu a Ordem do Mérito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no grau de Grã-Cruz, ao padre Julio Lancellotti. Essa homenagem é agraciada a pessoas que tiveram atuações de destaque que envolvem a pasta. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 29, e carrega a assinatura do presidente e do ministro da Justiça, Flávio Dino.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania prestou solidariedade ao padre Julio Lancellotti, após o religioso receber ameaças anônimas, que ele tornou públicas neste domingo (27). A pasta ainda manifestou repúdio à intimidação e informou que cobrou providências das autoridades de São Paulo.

O padre Julio Lancellotti mantém, na capital paulista, um projeto de acolhimento da população em situação de rua, fornecendo alimentos e itens básicos, incluindo cobertores e roupas. Em seu perfil do Twitter, Lancellotti publicou uma foto com o bilhete que recebeu. A postagem na rede social teve mais de 2,7 milhões de visualizações.

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A mensagem de ameaça começa e termina com xingamentos dirigidos ao padre. Na ameaça, o autor escreve que o padre é "defensor dos direitos dos bandidos" e "petista". O autor ainda o acusa de "usar o povo para se favorecer". "Seu dia de reinado aki (sic) vai acabar, pode esperar", diz trecho da mensagem.

Segundo nota do ministério, o titular da pasta, Silvio Almeida, contatou, por telefone, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, após retornar de uma viagem à África. De acordo com a pasta, o governador informou ao ministro que a polícia prontamente identificou o autor da ameaça e o encaminhou às autoridades competentes.

"Infelizmente, não é a primeira vez que o religioso é ameaçado por causa do trabalho que realiza com pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade. É inadmissível que um homem com sua trajetória e importância social continue sendo alvo de atos criminosos por parte de quem se opõe à luta pela justiça social", afirma o ministério.

"O MDHC se coloca à disposição para adoção de todas as medidas necessárias visando à proteção do Padre Júlio, que reconhecemos como grande defensor dos direitos humanos das pessoas em situação de rua", disse o ministério.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enalteceu, na noite desse domingo (27), o trabalho do padre Julio Lancellotti em São Paulo. O religioso foi alvo de ameaças e diversas ofensas no fim de semana, através de uma carta deixada na porta de igreja.

Ao falar sobre o assunto, Lula disse que o padre é uma “referência no acolhimento e no cuidado de quem mais precisa, sobretudo das pessoas em situação de rua da capital”.

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“Tenho dito que não podemos tolerar a cultura do ódio no nosso país. Precisamos virar esta triste página da nossa história. Mais amor e solidariedade. Menos ódio e egoísmo. É disso que precisamos no Brasil e no mundo”, escreveu o presidente no X, antigo Twitter.

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Na carta deixada na porta da igreja em São Paulo, sem assinatura, o religioso é chamado de 'padreco de merda' e 'petista vagabundo'. O texto escrito à mão também ameaça: “Seu dia de reinado aqui vai acabar. Pode esperar".

A líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, de 72 anos, executada a tiros, na noite desta quinta-feira, 17, em Simões Filho, na Bahia, denunciou as ameaças que ela e outros membros da sua comunidade, Pitanga dos Palmares, sofriam durante encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, em julho deste ano. A reunião aconteceu na comunidade Quingoma, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.

Em seu discurso, Mãe Bernadete, como era conhecida, falou de sua luta pelo esclarecimento da morte do filho, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, o Binho do Quilombo, assassinado em 2017 por homens armados, e contou que também estava sendo ameaçada.

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"Para a senhora ter uma ideia, até hoje não sei o resultado do assassinato do meu filho. Abalou todo mundo. Foi no mesmo período em que aconteceu a morte de Marielle (Franco, vereadora assassinada no Rio). Inclusive, eu fui em diversos encontros com a mãe de Marielle. É injusto. Recentemente perdi outro amigo e uma amiga em quilombo. É o que nós recebemos: ameaças, principalmente de fazendeiros, de pessoas da região", disse, dirigindo-se à ministra.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, a ministra Rosa Weber disse lamentar profundamente a morte. "Mãe Bernadete, que me falou pessoalmente sobre a violência a que os quilombolas estão expostos e revelou a dor de perder seu filho com 14 tiros dentro da comunidade, foi morta em circunstâncias ainda inexplicadas", disse a ministra.

As autoridades locais devem adotar providências para o urgente esclarecimento e reparação do acontecido, destacou Rosa Weber, "a fim de que sejam responsabilizados aqueles que patrocinaram o covarde enredo e imediatamente protegidos os familiares de Mãe Bernadete e outras lideranças locais".

"É absolutamente estarrecedor que os quilombolas, cujos antepassados lutaram com todas as forças e perderam as vidas para fugir da escravidão, ainda hoje vivam em situação de extrema vulnerabilidade em suas terras. Assim como é direito de todos os brasileiros, os quilombolas precisam viver em paz e ter seus direitos individuais respeitados", acrescentou.

Em nota publicada no Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou pesar. "O governo federal, por meio dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania, mandou representantes e aguardamos a investigação rigorosa do caso. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Mãe Bernadete."

Defesa da cultura quilombola

A ialorixá (mãe de santo na umbanda) foi também secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no município de Simões Filho, onde fica sua casa de cultos (terreiro), durante a gestão do prefeito Eduardo Alencar (PSD), entre 2009 e 2016. Em 2017, ela recebeu o título de cidadã de Simões Filho concedido pela Câmara de Vereadores.

Atualmente, ela estava à frente da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), uma das entidades de maior prestígio entre os quilombolas no País. Mãe Bernadete também era conhecida pela defesa da cultura popular quilombola.

De acordo com o filho Wellington Pacífico, a mãe era uma pessoa acolhedora e, no momento em que foi dominada pelos criminosos, estava acompanhada dos netos que costumavam frequentar e dormir em sua casa.

Segundo ele, a mãe "incomodava gente poderosa", envolvida na morte do Binho. "É um crime de mando, são as mesmas pessoas. Se o governo, a polícia, a Justiça quiserem resolver esse crime está fácil. A casa tem câmeras", disse, em entrevista. "Se a Justiça quiser resolver, ela resolve. Eu sei que sou o próximo alvo. Mas eu não tenho medo. Vou continuar lutando pelos meus direitos, porque quilombola é resistência", disse.

Além de ter expressão nacional no meio quilombola, Bernadete era uma liderança muito presente no quilombo Pitanga dos Palmares. Ela era a responsável por uma associação de mais de 120 agricultores que produziam frutas, como abacaxi, banana da terra e maracujá, inhame e tubérculos usados na fabricação da farinha para vatapá.

No total, 290 famílias vivem na comunidade, com área de 854 hectares. O quilombo foi certificado em 2004 pela Fundação Cultural Palmares, mas ainda não teve o processo de titulação concluído.

A líder lutava também pela regularização dos territórios quilombolas. Em agosto de 2019, ela assinou com outras lideranças do Estado da Bahia uma carta dirigida aos governos estadual e federal e ao Congresso Nacional, cobrando a garantia dos direitos territoriais de 18 comunidades remanescentes de quilombo na Bahia.

'Foi silenciada'

Denildo Rodrigues, da Conaq, disse que Bernadete se preocupava mais com a segurança da comunidade do que com sua própria segurança. "Ela sabia que quem matou o Binho estava por lá, estava perto da comunidade e nunca ficou quieta. Agora foi silenciada", disse.

Mãe Bernadete atuava em uma região com alta concentração de quilombolas. Salvador foi identificada pelo Censo Quilombola do IBGE como a capital com maior população quilombola do país.

São quase 16 mil quilombolas e apenas cinco quilombos registrados oficialmente. É também a região do País com maior concentração de terreiros de Umbanda. De acordo com o Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia (UFBA), são 1.165 terreiros cadastrados apenas na capital baiana.

A cidade de Simões Filho, onde o crime aconteceu, foi apontada como a terceira mais violenta do Brasil, segundo dados de 2022 divulgados no mês passado pelo Fórum Brasileiro de Segurança. O indicador de homicídios chegou a 87,4 por 100 mil pessoas. O Estado da Bahia tem um total de 12 cidades entre as 50 mais violentas do País.

O fazendeiro preso por ameaçar dar um tiro no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi liberado pela Justiça Federal do Pará. A liberdade provisória foi obtida durante audiência de custódia, com a presença do suspeito e de sua defesa.

Na última quinta-feira (3), a Polícia Federal (PF) prendeu Arilson Strapasson sob acusações de que ele teria proferido ameaças de morte ao líder petista. O homem, que já foi garimpeiro, disse que cometeria o crime na cidade de Santarém. Ele afirmou que daria um tiro na barriga do presidente.

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De acordo com as investigações, o suspeito ao comprar bebidas alcoólicas em um estabelecimento da região, questionou as pessoas presentes no local sobre onde Lula se hospedaria no município. Ainda segundo as informações, Strapasson confessou ter participado das manifestações antidemocráticas em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção situado na cidade de Santarém-PA durante sessenta dias ininterruptos e, inclusive, financiou o ato com R$ 60 mil.

Segundo a Justiça Federal do estado, não existe razão para que o fazendeiro continue preso, pois não houve comprovação da ameaça. O caso continua sendo investigado, porém o acusado tem o direito de aguardar o processo em liberdade.

A juíza Mônica Guimarães determinou que o suspeito fique longe da região pelos próximos 10 dias, como medida cautelar, pois o presidente está passando o fim de semana no município. Na próxima terça-feira (8), Lula participará da Cúpula da Amazônia, na cidade de Belém do Pará.

O juiz Tarcísio de Moraes Souza, da 6ª Vara Criminal de Brasília, decidiu colocar o empresário Luiz Carlos Basseto Júnior no banco dos réus por suposta ameaça e incitação ao crime contra o advogado Cristiano Zanin, que está prestes a assumir a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal.

No centro do processo está episódio ocorrido no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, no dia 11 de janeiro, quando Zanin ainda representava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Justiça.

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Basseto Júnior encontrou Zanin no banheiro do aeroporto quando este escovava os dentes. Então chamou o advogado de 'vagabundo', 'safado', 'bandido' e 'corrupto'. "Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse", afirma. Zanin não reagiu.

Em despacho assinado nesta quinta-feira, 27, o magistrado entendeu que estão presentes 'indícios de autoria e materialidade' dos crimes imputados pelo Ministério Público do DF a Basseto Júnior.

Ele tem dez dias para se manifestar sobre as imputações feitas pela Promotoria. O empresário ainda é alvo de uma queixa-crime apresentada por Zanin por supostos crimes contra a honra.

Como mostrou o Estadão, o MP do Distrito Federal entendeu que o empresário 'ameaçou a vítima Cristiano Zanin Martins de causar-lhe mal injusto e grave, uma vez que lhe disse diretamente 'Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse'.

Além disso, na avaliação da Promotoria, Basseto Júnior incitou, publicamente, a prática de crime, ao dizer que a vítima 'Tinha que tomar um pau de todo mundo que tá andando na rua''.

A criminalista Maira Pinheiro, que há quase quatro anos está à frente do caso de estupro no qual o arquiteto e ex-BBB Felipe Antoniazzi Prior foi condenado pelo crime sexual, tornou públicas algumas das mensagens de ódio e ameaças que tem recebido nas redes sociais, desde que se tornou representante da vítima. “Vagabunda” e “vadia” fazem parte dos xingamentos deixados pelos fãs do empresário, que se tornou famoso após a passagem pelo Big Brother Brasil 2020.
“Porque é isso que nós mulheres somos quando desagradamos o patriarcado. E como a gente estava indo para cima de um criminoso em série, que tem um padrão de predação de mulheres, a gente desagrada o patriarcado. Mas não é algo que nos intimide”, disse a advogada em entrevista ao G1, que recebeu a nova denúncia com exclusividade.


Mensagens diretas com xingamentos no Instagram da criminalista
Arquivo Pessoal

O teor das ameaças ficou mais violento desde que a denúncia contra Prior voltou a ter repercussão, na última semana. O empresário foi condenado pela Justiça de São Paulo a seis anos de reclusão pelo crime de estupro. A decisão de primeira instância definiu o regime inicial de cumprimento de pena como semiaberto, e ele poderá recorrer em liberdade. Ele foi condenado por um crime ocorrido em 2014. Os advogados de Prior pretendem entrar com um recurso de apelação ao TJSP.
As advogadas da vítima informaram que o condenado foi denunciado por outras três mulheres. Os delitos teriam acontecido em 2015, 2016 e 2018 — o arquiteto se tornou réu em um deles e é investigado nos outros dois. Desde então, as redes sociais da criminalista Maira Pinheiro têm sido bombardeadas por novos comentários, mensagens diretas e até ligações anônimas.
“Os fãs dele são muito virulentos. Minhas redes sociais chegaram a ter mais de 100 mensagens, todas de ataque, de ódio, me xingando com palavras machistas, me atacando no exercício da profissão. A minha imagem foi muito explorada. Mas isso faz parte do jogo né? A gente não tem medo de fanático”, continuou.
Algumas das palavras usadas para definir a advogada foram vagabunda, bandida, pilantra, rata, nojenta, segundo prints divulgados. A criminalista ainda garantiu que os profissionais homens que trabalharam com ela no caso não passaram pelos mesmos episódios.
Após a condenação, Prior publicou uma nota nas redes sociais dizendo ser inocente e que vai recorrer da decisão. Os comentários da postagem foram limitados e apenas os de apoio foram mantidos.

 

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A Justiça francesa decidiu nesta quinta-feira (6) manter em prisão preventiva o policial que matou um jovem a tiros na semana passada, o que provocou várias noites de distúrbios na França, e que nega ter ameaçado o adolescente.

O agente de 38 anos, em prisão preventiva desde 29 de junho pela acusação de homicídio doloso, permanecerá sob custódia, disse à AFP uma fonte próxima ao caso, após uma decisão do tribunal de apelações de Versalhes, ao sudoeste de Paris.

Em 27 de junho, o policial atirou em Nahel, de 17 anos, à queima-roupa durante uma operação de controle de trânsito em Nanterre, subúrbio de Paris. A morte provocou distúrbios noturnos, que diminuíram nos últimos dias.

A investigação sobre as circunstâncias da morte está em curso e analisa particularmente o vídeo que registrou o momento dos tiros.

Diante dos investigadores, o policial negou ter proferido a frase "Você vai levar um tiro na cabeça", que parece ser ouvida no vídeo feito por um morador da região, segundo o relatório da audiência consultado pelo jornal Le Parisien.

De acordo com esta fonte, o policial alegou ter gritado com o jovem que dirigia sem carteira para que desligasse o veículo, depois de parar o carro por direção perigosa.

A indignação após a morte provocou várias noites de violência, com milhares de carros incendiados, lojas saqueadas e prédios públicos, como escolas, prefeituras e delegacias, atacados, além de confrontos com as forças de segurança.

A redução da tensão foi confirmada desde o início da semana e, na noite de quarta-feira e na manhã desta quinta-feira, as autoridades anunciaram a detenção de apenas 20 pessoas.

"A primeira resposta é ordem e calma, a harmonia, e depois trabalhar nas causas profundas dos distúrbios", declarou o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta quinta-feira.

Os Estados Unidos consideraram uma "séria ameaça" o programa de mísseis do Irã, que apresentou um novo projétil nesta quinta-feira (25), com o maior alcance que já conseguiu até o momento.

"O desenvolvimento e a proliferação de mísseis balísticos do Irã representam uma séria ameaça para a segurança regional e internacional e são um sério desafio para a não proliferação" de armas, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, aos jornalistas.

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O Ministério da Defesa iraniano apresentou um novo míssil balístico de 2.000 km de alcance, capaz de transportar ogivas de mais de uma tonelada de peso.

O Kheibar, última versão do Khorramshahr, que até agora era o míssil iraniano de maior alcance, foi apresentado na televisão pública ao lado de uma réplica da mesquita de Al Aqsa, situada no setor palestino de Jerusalém.

O novo projétil é "um míssil de combustível líquido de 2.000 km de alcance, dotado de uma ogiva de 1.500 kg", segundo a agência oficial Irna.

Seu nome faz referência à antiga cidade de Khaybar, situada na Arábia Saudita dos tempos atuais, conhecida por uma batalha decisiva no século VII, durante a qual o exército do profeta Maomé venceu seus milhares de habitantes judeus.

O anúncio acontece em um contexto de tensão no conflito israelense-palestino e poucos dias depois de um cessar-fogo na Faixa de Gaza que pôs fim a cinco dias de conflito entre Israel e a Jihad Islâmica palestina, um movimento islamista radical armado pelo Irã.

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), revelou nesta segunda-feira (15) que tem sido ameaçado desde o domingo (14). Em sua conta no Twitter, o ex-governador do Maranhão afirmou que as agressões tem "clara inspiração política" e que já tomou as providências legais cabíveis.

"Desde ontem, estou recebendo dezenas de mensagens agressivas e ameaçadoras. Todas com clara inspiração política em segmentos extremistas. Claro que não me intimido com “gabinetes de ódio”. E estou adotando as providências legais cabíveis", contou Dino.

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O ministro virou alvo de extremistas após se destacar positivamente em discussões com oposicionistas em diversas comissões da Câmara e do Senado Federal. Seus embates com bolsonaristas viralizaram nas redes sociais. Além disso, Flávio Dino tem sido uma das vozes mais importantes na defesa da regulação das redes e contra as fake news. 

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O atacante do Náutico Jael revelou, nesta terça-feira (9), que foi ameaçado de morte quando membros de uma organizada invadiram o CT Wilson Campos para protestar contra o elenco alvirrubro, na última sexta-feira (05). Segundo Jael, "uma dessas pessoas, bastante exaltada por sinal, proferiu a seguinte frase: 'olha bem na minha cara que eu vou te matar e sei onde você mora'".

Em nota divulgada nas redes sociais, o atacante também revelou que, na ocasião, foi agredido e ameaçado por outro torcedor. "Um outro torcedor, igualmente exaltado, também me ameaçou, além de dar um tapa na perna. Em seguida, mais uma vez, voltou a falar que iria me matar", publicou.

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Após o acontecido, o Náutico entrou em campo no dia seguinte para enfrentar o São José-RS, nos Aflitos. O Timbu venceu por 2 a 1, com o técnico Dado Cavalcanti desabafando na coletiva de imprensa pós-jogo.

“Tem uns filhos da p* que acham que só ganhamos o jogo hoje porque os caras foram na porta do auditório. Só perdemos um dia de trabalho”, disparou Dado.

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