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A ex-chanceler alemã Angela Merkel condenou, nesta sexta-feira (25), a "guerra de agressão" da Rússia contra a Ucrânia, que marca uma "ruptura profunda na história europeia".

"Acompanho com a maior preocupação os acontecimentos após o novo ataque, que se segue ao de 2014 [contra a Crimeia], por parte da Rússia dirigida pelo presidente Putin, contra a integridade territorial e a soberania" da Ucrânia, escreveu Merkel, em um comunicado.

"Esta guerra de agressão por parte da Rússia marca uma ruptura profunda na história da Europa após o fim da Guerra Fria", afirmou Merkel, que deixou o cargo em dezembro, após 16 anos à frente da Alemanha.

"Esta flagrante violação do direito internacional não tem justificativa, e eu a condeno nos termos mais enérgicos possíveis", frisou Merkel, que teve uma relação muito próxima e difícil com Vladimir Putin quando era chanceler.

Nos últimos anos, Alemanha e Rússia tiveram inúmeras disputas. Apesar disso, a então chanceler buscou manter relações estreitas com o Kremlin durante seus quatro mandatos, apoiando, por exemplo, a construção do gasoduto teuto-russo Nord Stream 2, agora suspenso.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, advertiu nesta segunda-feira (22) que as atuais restrições no país "não são suficientes diante da situação dramática" provocada pelo surto de infecções de covid-19, de acordo com fontes de seu partido.

Com a atual evolução e os recordes diários de casos, a situação "será pior do que tudo o que vimos até agora", advertiu a chefe de Governo durante um encontro de dirigentes de seu partido, a conservadora União Democrata Cristã (CDU), segundo uma fonte que acompanhou o encontro.

A Alemanha, especialmente as regiões do sul e leste, é afetada por uma nova onda de infecções, que os especialistas e os políticos atribuem a uma das menores taxas de vacinação (68%) da Europa Ocidental.

Com o avanço do vírus, que matou mais de 99.000 pessoas no país desde o surgimento, a atual chanceler e seu provável sucessor, Olaf Scholz, decidiram na semana passada endurecer as restrições para as pessoas não vacinadas.

A chanceler alemã Angela Merkel declarou neste sábado (13) que é necessário um "esforço nacional" para acabar com a quarta onda de Covid-19 na Alemanha e pediu às pessoas relutantes que tomem a vacina.

"Estou muito preocupada com a situação. Nós enfrentamos semanas difíceis. Precisamos de um esforço nacional para acabar com a forte onda de outono e inverno (hemisfério norte, primavera e verão no Brasil) da pandemia", afirmou a chanceler em seu podcast semanal.

"Se permanecermos unidos, se pensarmos em nos protegermos e cuidar dos outros, nós podemos salvar grande parte do nosso país no inverno", acrescentou.

Merkel expressou preocupação com o forte aumento dos contágios, o elevado número de pacientes em UTIs e o grande número de mortes diárias, especialmente em regiões com taxas de vacinação reduzidas, como o leste do país.

A Alemanha enfrenta uma quarta onda de Covid-19 nas últimas semanas, com um número recorde de contágios. Áustria e República Tcheca também estão em um cenário similar.

Neste sábado, o instituto de saúde Robert Koch registrou 45.081 novos contágios e 228 mortes provocadas por Covid-19 em 24 horas.

Na quinta-feira, o país registrou 50.196 novos casos, um recorde diário desde o início da pandemia.

A chanceler alemã também pediu aos não vacinados que "reflitam" e aceitem a vacina.

De acordo com o governo, 67,4% da população está completamente vacinada, longe da meta estabelecida de 75%.

Merkel é favorável a uma dose de reforço da vacina, que ela considera uma "verdadeira oportunidade para romper a onda de contágios".

A nível político, a chanceler, que permanece no cargo até formação de um novo governo, disse que é "urgente" eu o governo federal e as regiões adotem uma "abordagem unificada" e, em particular, um "índice limite" a partir do qual devem ser adotadas medidas adicionais.

Desde a primavera (outono no Brasil), as autoridades não levam em consideração apenas o número de novas infecções por dia, mas também a saturação dos hospitais para ativar novas restrições.

Este índice limite deve ser "definido com prudência para que as medidas necessárias não sejam tomadas tarde demais", disse Merkel.

Na sexta-feira, o presidente do instituto Robert Koch, Lothar Wieler, afirmou que a Alemanha deve se preparar para um cenário difícil e pediu o aumento das restrições.

"Temos que presumir que a situação vai continuar piorando em toda Alemanha e que esta evolução não pode ser contida sem novas medidas", alertou.

"Semanas e meses difíceis nos esperam", afirmou.

Os líderes dos países integrantes da União Europeia (UE) homenagearam e aplaudiram de pé nesta sexta-feira, 22, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que participa de sua última cúpula do bloco, após 16 anos à frente da maior economia da Europa.

Vários dirigentes homenagearam Merkel, entre eles o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que destacou que a chanceler é "um monumento, a tal ponto que uma cúpula sem Angela é como Roma sem o Vaticano ou Paris sem a Torre Eiffel". O líder político do bloco também elogiou a "sobriedade e simplicidade" da política alemã como "uma poderosa arma de sedução".

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O primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, disse que a saída de Merkel deixará um grande vácuo na Europa e definiu a chefe de governo da Alemanha como "uma máquina de concessões". "Muitas vezes, quando não era possível seguir em frente, Merkel apresentava uma proposta. Ela conseguia encontrar algo que nos unisse para seguir em frente", afirmou.

Na mesma linha, o chanceler da Áustria, Alexander Schallenberg, expressou a importância da líder alemã para todo o bloco comunitário. "Alguém que está nesta posição por tanto tempo na União Europeia deixará um vazio para trás. Foi um refúgio de paz dentro da União Europeia", disse o chefe de governo austríaco.

A expectativa é de que os sociais-democratas, verdes e liberais alemães cheguem a um acordo para formar um governo antes de meados de dezembro, quando a próxima reunião de chefes de Estado e de governo está marcada para ser realizada em Bruxelas, na Bélgica.

Desde que se tornou a chanceler alemã em 2005, Merkel também redefiniu o curso da UE na crise financeira de 2008, na dos refugiados de 2015 e na causada pela pandemia da covid-19.

A chanceler passou de recomendar austeridade na crise do euro para promover, junto com os franceses, o fundo de recuperação pós-pandemia, em que a UE emitirá dívida conjunta pela primeira vez.

Para esta última cúpula, onde a Polônia estava na berlinda por suas violações do Estado de Direito, a líder alemã foi fiel à sua linha, ao pedir o diálogo com Varsóvia.

MIGRAÇÃO NA AGENDA

Nesta sexta-feira, os líderes europeus se concentraram em discutir a política de migração da UE. Os líderes, particularmente dos países do leste do bloco, acusam o governo de Belarus de usar a migração clandestina como uma arma política, permitindo a passagem de migrantes para países vizinhos.

Lituânia e UE acusam o governo do belarrusso, Alexander Lukashenko, de permitir a passagem de imigrantes clandestinos procedentes do Oriente Médio e da África como represália pelas sanções impostas pela UE. Por isso, vários países passaram a defender a imposição barreiras nas fronteiras externas da UE, uma ideida extremamente sensível no bloco.

Em uma carta à Comissão Europeia, 12 países também pediram que a construção e instalação dessas barreiras sejam financiadas com dinheiro da própria União Europeia.

Mas a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, foi taxativa e disse que não haverá financiamento para arame farpado ou muros contra migrantes.

Depois de várias horas de discussões em busca de um consenso, a declaração adotada nesta sexta-feira menciona que a "UE permanece determinada a garantir um controle eficaz de suas fronteiras externas", mas sem mencionar outros detalhes.

CONTROVÉRSIAS COM A POLÔNIA

O dia inaugural da cúpula dos líderes europeus começou sob a sombra do dramático agravamento das crises nas relações entre a Comissão Europeia e Polônia, pela rejeição deste país em admitir a supremacia plena do direito europeu sobre a legislação nacional.

Em um esforço diplomático notável, a UE decidiu diminuir o tom da controvérsia e estendeu a mão para uma negociação com a Polônia, mas se reservou a possibilidade de aplicar medidas de represália caso o país não respeita o Estado de Direito.

Os líderes europeus reafirmaram a possibilidade de "recorrer aos mecanismos existentes previstos nos tratados europeus", de acordo com uma fonte europeia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A 24 horas das eleições legislativas na Alemanha, Angela Merkel fez um vibrante apelo, durante seu último comício como chanceler, em favor do candidato conservador Armin Laschet, apontado como perdedor contra o social-democrata Olaf Scholz.

Afastada por um tempo da disputa eleitoral, a chanceler, que não preparou sua sucessão, não poupa mais esforços para tentar permitir que a união conservadora CDU-CSU obtenha uma vitória inesperada.

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Uma derrota de seu campo mancharia, de fato, o balanço daquela que igualará, com 16 anos na Chancelaria, o recorde de longevidade política de Helmut Kohl.

"É apenas a cada quatro anos que vocês têm a chance de decidir em nível federal quem deve moldar o futuro em Berlim", disse Merkel em Aachen, ao lado do candidato democrata-cristão, o impopular e desajeitado Armin Laschet.

O ex-jornalista de 60 anos "aprendeu política do zero e dirige este estado da Renânia do Norte-Vestfália como um próspero estado federal", elogiou a chefe do Governo alemão, que corre o risco de ter que lidar com os assuntos correntes nos próximos meses, durante as negociações para a formação de uma nova coalizão.

"É preciso tomar as decisões certas (...) porque trata-se do país de vocês e vocês decidem o futuro governo" que deverá garantir "prosperidade, segurança e paz", ressaltou a dirigente de 67 anos.

Desde a reviravolta que sofreu nas pesquisas, o candidato conservador partiu ao ataque, apelado ao espectro de uma guinada à esquerda com Olaf Scholz, o líder moderado do SPD e ministro das Finanças de Angela Merkel desde 2018.

Curinga 

Enquanto a centro-direita sempre obteve mais de 30% dos votos nas eleições nacionais e forneceu ao país cinco dos oito chanceleres do pós-guerra, os conservadores correm o risco, desta vez, de obter seu pior resultado eleitoral.

Nas últimas pesquisas, os sociais-democratas aparecem liderando com cerca de 25% das intenções de voto, contra 21 a 23% dos votos para a CDU/CSU.

Mas a diferença diminuiu nesta reta final e Angela Merkel apelou na sexta-feira aos eleitores indecisos.

A queda de Armin Laschet nas pesquisas levou o vice-chanceler Olaf Scholz, de 63 anos, a ser um curinga inesperado. Ele encerrará sua campanha esta tarde em Potsdam, perto de Berlim.

Sua postura, que beira o tédio segundo seus detratores, e sua experiência como grande financista tranquilizam os eleitores alemães, que parecem, de fato, buscar o melhor herdeiro para uma chanceler que ainda goza de grande popularidade.

Essa preocupação leva cada um dos candidatos a reivindicar sua proximidade com Angela Merkel e é um bom presságio para a continuação de um curso centrista e pró-europeu.

Olaf Scholz, no entanto, afirmou na sexta-feira que é a cara da "renovação da Alemanha", insistindo que o país "precisa de uma mudança".

Uma mudança reivindicada por dezenas de milhares de jovens que protestaram por toda a Alemanha na sexta-feira para exigir ações mais incisivas em favor do clima.

Apesar da importância das questões climáticas, e do trauma do país atingido por enchentes mortais em julho, a causa ambiental não avançou tanto quanto os Verdes esperavam.

A candidata dos Verdes, Annalena Baerbock, obteria 15% dos votos, ficando em terceiro lugar, à frente do liberal FDP, com 11%.

Os Verdes devem, no entanto, desempenhar um papel importante na futura coalizão, cuja formação promete ser ainda complexa: exigirá três partidos para suceder à atual "GroKo" (grande coligação) formada pela União CDU/CSU e SPD.

No leque de coalizões possíveis, uma maioria dominada pela esquerda e pelos verdes, ou associando liberais e centro-direita, influenciaria as escolhas de política orçamentária, fiscal e climática do país, e suas orientações diplomáticas.

Dois dias antes das eleições legislativas na Alemanha, milhares de ativistas do clima, mobilizados pela ativista sueca Greta Thunberg, pressionam os candidatos com manifestações em todo país nesta sexta-feira (24) para exigir ações decisivas contra o aquecimento global.

Ao meio-dia, milhares de pessoas estavam reunidas diante do Reichstag, sede do Parlamento, com cartazes que afirmam que "a Terra está com febre" e "Trata-se do nosso futuro", além de apelos para que os alemães compareçam às urnas.

As mensagens dos manifestantes são direcionadas aos candidatos a suceder Angela Merkel no cargo de chanceler, após as eleições de domingo, que resultado incerto.

"Esta é a votação do século, no que diz respeito ao futuro do planeta", declarou Luisa Neubauer, diretora na Alemanha do movimento 'Fridays for Future' ("Sextas-Feiras para o Futuro"), em uma entrevista à AFP.

Na campanha eleitoral, "os partidos políticos não deram espaço suficiente à catástrofe climática", criticou a jovem.

"A grande mudança será possível apenas se pressionarmos nas ruas (...) se desafiarmos os partidos políticos a afirmar 'não há mais desculpas'", acrescentou.

Iniciado em 2018, o Sextas-Feiras para o Futuro virou uma plataforma da jovem "geração climática". Nesta jornada, o movimento celebra sua oitava "greve" em mais de 70 países, com mobilizações em 470 cidades da Alemanha.

"Eu tinha aula hoje, mas fazer algo pelo nosso futuro é mais importante", afirmou Leonie Hauser, de 14 anos.

Grande figura do movimento, a jovem ativista sueca Greta Thunberg discursou em Berlim e acusou os partidos políticos de "não fazer o suficiente" na luta contra a mudança climática.

"Sim, devemos votar e vocês devem votar. Mas não se esqueçam que apenas o voto não será suficiente. Devemos continuar saindo às ruas para exigir que nossos governantes tomem medidas concretas a favor do clima", declarou.

- Resultado incerto -

As pesquisas apontam uma disputa acirrada entre os social-democratas, com 25% das intenções de voto, e os conservadores (CDU/CSU), que subiram para 23% na pesquisa mais recente do instituto Civey, divulgada na quinta-feira.

Com uma campanha considerada decepcionante, o Partido Verde aparece na pesquisa com 15% das intenções de voto, à frente do Partido Liberal (12%).

A candidata ecologista, Annalena Baerbock, participou nesta sexta-feira na manifestação pelo clima organizada em Colônia (oeste) e fará o último comício em Düsseldorf.

O candidato dos conservadores, Armin Laschet, estará em Munique ao lado da chanceler Angela Merkel, que deixará o poder após 16 anos à frente da maior economia europeia.

Depois de permanecer à margem da campanha, no último mês Angela Merkel não poupou esforços para expressar apoio a Laschet, um político impopular que cometeu várias gafes.

Merkel estará com ele neste sábado (25) no encerramento da campanha no reduto de Laschet na cidade de Aachen, perto da fronteira com a Bélgica.

O candidato social-democrata Olaf Scholz, ministro das Finanças e vice-chanceler do atual governo, visitará Colônia nesta sexta-feira e encerrará a campanha em Potsdam, onde disputa um mandato de deputado.

- Grande desafio -

Em seus programas eleitorais, os três candidatos destacam a questão climática como uma das grandes prioridades para os próximos quatro anos e se comprometem a lutar para limitar o aquecimento global a +1,5 C.

A mudança climática é um enorme desafio para a Alemanha, quarta maior potência econômica mundial e que tem grandes indústrias poluentes.

Em plena campanha eleitoral, em meados de julho, o país foi afetado por graves inundações que deixaram mais de 180 mortes na região oeste. Especialistas afirmaram que o fenômeno está diretamente vinculado à mudança climática.

A meta da neutralidade de carbono até 2045 é uma premissa que todos os partidos políticos alemães defendem, assim como o desenvolvimento das energias renováveis. Mas os meios para alcançar os objetivo variam entre as formações. Enquanto a esquerda aposta em uma intervenção do Estado, a direita prefere uma ação mais importante do setor privado.

A uma semana das eleições legislativas, os líderes dos três grandes partidos alemães realizam, neste domingo (19), seu último debate televisionado, na reta final da incerta disputa para suceder Angela Merkel na chancelaria.

O ministro das Finanças e vice-chanceler social-democrata Olaf Scholz se impôs, segundo as pesquisas, nos dois últimos debates, apresentando-se como um gestor tranquilo e experiente, qualidades essenciais para os alemães.

O conservador Armin Laschet, que é considerado o herdeiro natural de Angela Merkel, se mostrou combativo nesta reta final, após um início de campanha fracassado.

Laschet, pouco popular, nunca conseguiu retomar a iniciativa: seu partido, e também o de Merkel, o União Democrata Cristã (CDU) aliado ao CSU bávaro, está entre 20% e 22% das intenções de votos segundo as pesquisas, contra 25% a 26% para os sociais-democratas do SPD.

Os Verdes e sua líder Annalena Baerbock, que inicialmente causou euforia antes de cometer vários erros atribuídos à sua inexperiência, estão atualmente entre 15% e 17%, uma porcentagem que parece afastar esta jurista da chancelaria.

No entanto, não se pode descartar surpresas. Dos eleitores alemães, 40% ainda não sabem em quem vão votar, de acordo com um estudo do instituto Allensbach. A isso, somam-se as margens de erro nas pesquisas e a grande quantidade do voto por correspondência este ano, devido à pandemia.

Os ambientalistas devem, em qualquer cenário, desempenhar um papel crucial na formação de um governo de coalizão, provavelmente composto por três partidos.

O debate, divulgado às 20h15 (15h15 no horário de Brasília) nos canais privados ProSieben, Kabeleins e Sat1, fornecerá a Armin Laschet, de 60 anos, uma última oportunidade de se impor a Olaf Scholz, de 63.

E evitar assim uma humilhante virada de seu partido conservador para a oposição, conforme estimam as pesquisas.

- O fator Merkel -

Laschet, governador da região alemã mais populosa - Renânia do Norte-Vestfália - e conhecido pela sua moderação, não deixa de insistir que o espectro político do país vai girar para a esquerda em caso de aliança entre o SPD, os Verdes e a esquerda radical de Die Linke, que parece ao alcance da mãos, segundo as pesquisas.

Para alcançar uma possível aliança, Olaf Scholz e Annalena Baerbock classificaram de "linha vermelha" a oposição de Die Linke à Otan. Mas nenhum deles descartou formalmente uma coalizão com este partido que, de acordo com as pesquisas, tem 6% das intenções de voto.

Angela Merkel, que deixará o cenário político após 16 anos no poder, e que segue sendo muito popular, se manteve inicialmente à margem da campanha, antes de demonstrar apoio a Laschet. A chanceler participa com ele de vários atos de campanha.

"Isso deve beneficiá-lo", opina o cientista político Karl-Rudolf Korte da Universidade de Duisburgo, "assim como todos os que nos últimos anos foram eleitos por serem pessoas próximas a Merkel".

Seja qual for o resultado das eleições, o campo conservador se prepara para um resultado historicamente baixo, que pode ofuscar a influência de Angela Merkel.

A chanceler Angela Merkel retorna nesta sexta-feira (3) às regiões alemãs atingidas pelas inundações devastadoras de julho, com a missão de restaurar a confiança em seu partido, a poucas semanas das eleições legislativas.

A líder alemã visitará a cidade de Altenahr, na região da Renânia-Palatinado, que foi devastada pela chuva e registrou muitas vítimas.

No domingo (5), seguirá para a região vizinha da Renânia do Norte-Vestfália, a maior da Alemanha, acompanhada do líder regional e candidato de seu partido conservador para as eleições de 26 de setembro, Armin Laschet.

A chanceler já esteve nessas áreas nos dias que se seguiram à catástrofe de 14 e 15 de julho, que deixou mais de 180 mortos.

Na ocasião, Armin Laschet era favorito para substituir a chanceler, que deixará o cargo após 16 anos no poder.

Agora, o quadro é outro. Os conservadores caíram de 34% para 21% nas intenções de voto e são superados em dois pontos pelos sociais-democratas do SPD, liderados pelo ministro das Finanças, Olaf Scholz, segundo levantamento do instituto Forsa.

Embora Merkel ainda desfrute de popularidade recorde, as perspectivas para Laschet são sombrias.

E, nas cidades devastadas pelas enchentes, o choque inicial deu lugar a imensas expectativas e frustrações, diante da falta de meios do poder público.

Mantendo-se longe da campanha eleitoral até agora, Merkel decidiu se envolver na reta final, colocando sua popularidade a serviço do novo líder conservador. Laschet é criticado, inclusive, em suas próprias fileiras.

Em 21 de agosto, Merkel já havia participado de um comício eleitoral de seu correligionário em Berlim, dando-lhe um firme apoio e elogiando seus valores e sua carreira política.

Nesta semana, a chanceler atacou o candidato social-democrata, seu próprio ministro das Finanças, acusando-o de flertar com a esquerda radical.

- Irritação entre os afetados -

Sua visita no domingo com Laschet é apresentada como um novo teste para este último, que cometeu uma enorme gafe em julho.

Poucos dias após a catástrofe, ele foi pego pelas câmeras rindo, durante um discurso do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, em homenagem às vítimas das enchentes.

O conservador também foi tomado como alvo da indignação dos atingidos pelas inundações, que reclamam da lentidão do auxílio. Um deles o acusou de "mega-inútil" que vai pagar "a conta nas eleições".

Além disso, ele e Merkel enfrentam acusações de negligência e de falta de previsão e antecipação de medidas, por parte das autoridades, o que levou à abertura de uma investigação judicial em agosto.

Nos municípios afetados, a irritação é palpável.

"Esperamos que o dinheiro chegue sem burocracia. Foi o que Laschet prometeu quando veio gritar 'slogans' idiotas, mas nada disso aconteceu", criticou Christine Jahn, de 66 anos, em entrevista à AFP.

Esta moradora de Leipzig (leste) faz parte do grupo de voluntários procedentes de todo país para ajudar as regiões afetadas do oeste.

Além de centenas de milhões de euros em ajuda, o governo e as regiões afetadas elaboraram um plano de reconstrução de 30 bilhões de euros (US$ 35,6 bilhões).

As dramáticas inundações, as quais os especialistas associam às mudanças climáticas, aumentaram ainda mais a consciência ambiental entre os alemães, mas não beneficiaram o Partido Verde.

A sigla, que vinha liderando a disputa eleitoral meses atrás, está em dificuldades e aparece na segunda, ou terceira, posição, dependendo da pesquisa.

A chanceler alemã, Angela Merkel, visitará a Rússia na próxima sexta-feira (20), e a Ucrânia, no dia 22 - informou seu porta-voz, Steffen Seibert. Detalhes da viagem serão divulgados na semana que vem, acrescentou o assessor.

A visita de Merkel se dará semanas antes de deixar seu cargo, o que acontecerá após as eleições previstas para 26 de setembro no país. A última visita da chanceler a Moscou foi em janeiro de 2020, pouco antes da propagação da pandemia da Covid-19.

Desde então, as relações bilaterais foram ficando cada vez mais tensas por vários incidentes: da maior mobilização de forças russas para a fronteira com a Ucrânia a uma série de escândalos de espionagem, passando pelo envenenamento do opositor do Kremlin, Alexei Navalny, que foi tratado em Berlim.

Em maio, Merkel pediu, sem sucesso, a retomada dos contatos diretos entre União Europeia (UE) e Moscou.

Uma "Europa soberana deveria estar em condições de defender seus interesses", dialogando com o presidente Vladimir Putin, assim como fez o presidente americano, Joe Biden, afirmou, à época, a chanceler em final de mandato.

Um porta-voz da Presidência ucraniana já havia anunciado, no início desta semana, a visita de Angela Merkel, em breve, a Kiev.

A Alemanha é um dos principais apoios da Ucrânia na crise com a Rússia, marcada, em particular, pela anexação da península da Crimeia por parte de Moscou, em 2014, e por uma guerra com separatistas pró-russos no leste do país. Este confronto deixou pelo menos 13.000 mortos até o momento.

Alemanha e França são os mediadores deste conflito, seguindo o formato da "Normandia". Esperam, com isso, encontrar uma saída para esta guerra.

A visita de Merkel também tem como objetivo tranquilizar Kiev a respeito da construção do gasoduto Nord Stream 2, de acordo com o porta-voz da Presidência ucraniana.

Depois de um acordo firmado entre Alemanha e Estados Unidos em julho, este gasoduto deve ser concluído em breve e vai bombear gás russo para a Europa sem passar pela Ucrânia, algo que representará perdas econômicas significativas para Kiev.

A rainha Elizabeth II receberá a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na sexta-feira (2) no castelo de Windsor, a 40 quilômetros de Londres, anunciou nesta quarta-feira (30) o Palácio de Buckingham.

O encontro entre a monarca britânica e a chefe de Governo alemão, que deixará o cargo após as eleições legislativas de setembro, acontecerá durante a tarde, informou a casa real em um comunicado.

As duas já se encontraram em junho na reunião de cúpula de líderes do G7 celebrada em Carbis Bay, sudoeste da Inglaterra.

Merkel também se reunirá na sexta-feira com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que a receberá em Chequers, a residência de campo dos chefes de Governo britânicos ao noroeste de Londres.

Entre os temas de discussão estará a pandemia de covid-19.

A chanceler alemã pressiona os 27 países da União Europeia para que determinem uma quarentena aos viajantes procedentes do Reino Unido, com o objetivo de evitar a variante Delta do coronavírus.

A disputa pela sucessão de Angela Merkel na Alemanha se acelera neste domingo (11) em seu campo conservador, que reúne os dois candidatos e rivais em um conclave menos de seis meses antes das eleições legislativas.

Quem entre Armin Laschet, líder da União Cristã Democrata (CDU), e Markus Söder, chefe do partido aliado bávaro CSU, será lançado para liderar a campanha e potencialmente chegar à chancelaria?

Nenhum do dois interessados se declarou candidato oficialmente. No entanto, suas pretensões são evidentes e os conservadores prometeram resolver essa questão "entre a Páscoa e Pentecostes" (24 de maio). Enquanto isso, a pressão só aumenta.

"Todos nós estamos interessados em uma decisão rápida", disse à imprensa o chefe dos conservadores (CDU/CSU) no Parlamento, Ralph Brinkaus, antes do início do encontro.

Laschet e Söder estão previstos para oferecer uma coletiva de imprensa à tarde.

Angela Merkel deve deixar o poder depois das eleições de 26 de setembro após 16 anos como chanceler, abrindo uma nova era.

O objetivo é tirar o partido o quanto antes desse impasse. O final do seu governo está se transformando em um calvário para o movimento, a ponto de colocar em risco uma vitória nas legislativas que parecia garantida alguns meses atrás.

Junto à gestão errônea da pandemia e ao desastre eleitoral nas duas eleições regionais recentes, soma-se o escândalo do peculato financeiro pela compra de máscaras cirúrgicas envolvendo o CDU e a União Cristã Social (CSU).

A união CDU-CSU recebeu apenas entre 26% e 28,5% das intenções de voto. Cerca de 10 pontos a menos que em fevereiro, e uma queda abismal desde o ano passado quando alcançou 40%.

Agora, os Verdes estão no auge, com o vento a favor desde as europeias de 2019, e sonham com tirar a chancelaria da CDU.

A escolha do candidato conservador é fundamental, mas não se espera que seja resolvida neste domingo na reunião dos principais dirigentes do grupo parlamentar, na qual Merkel participa.

Esta reunião, na qual os dois candidatos podem dar sua visão sobre o futuro, é principalmente "uma espécie de análise dos candidatos", disse o jornal Süddeutsche Zeitung.

Markus Söder, que dirige a CSU, tem as pesquisas a seu favor, embora na Alemanha o chanceler não seja eleito por sufrágio universal, mas pelos deputados.

Segundo a rede pública ARD, 54% dos eleitores estimam ele é um bom candidato. No caso de Armin Laschet, as opiniões favoráveis chegam a 16%.

No entanto, geralmente é o CDU que costuma apresentar um candidato, já que o CSU é um movimento regional. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o CSU representou em duas ocasiões o campo conservador nas eleições, sem sucesso.

Após anunciar que a Alemanha irá estender o lockdown até 7 de março, em uma tentativa de controlar a disseminação de novas variantes do coronavírus, na quarta-feira (10) a chanceler Angela Merkel afirmou que a medida não "será mantida um dia a mais do que o necessário".

Segundo Merkel, o objetivo é "suspender as restrições apenas quando justificado", ou seja, quando a tendência de infecção do vírus for revertida para que não haja sobrecarga do sistema de saúde. Na visão das autoridades alemãs, é apenas uma questão de tempo antes que as novas variantes se disseminem pelo País e reverta o atual cenário de estabilidade. "Isso poderia destruir todo o progresso que fizemos", afirmou Merkel.

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Ontem, a Alemanha relatou 10.237 novos casos e 666 mortes por coronavírus. A contagem diária de casos é a mais alta em cinco dias, mas está bem mais baixa quando comparada com os números de dezembro e janeiro. Enquanto isso, a contagem de óbitos ainda está alta, preocupando autoridades.

A chanceler alemã Merkel e os premiês estaduais reavaliarão a situação novamente em 3 de março.

Reino Unido

Ao mostrar preocupação em relação às novas variantes, a professora Sharon Peacock, diretora do covid-19 Genomics UK Consortium, afirmou que a cepa do Reino Unido "vai varrer o mundo". Segundo ela, o mais importante é analisar se as variantes serão um "problema" para as vacinas, na perspectiva de elas oferecerem imunidade para as novas cepas.

Hungria

Na Hungria, a expectativa é pela chegada de 500 mil doses do imunizante do laboratório chinês Sinopharm na próxima semana. Segundo o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Gergely Gulyas, a ideia é iniciar a vacinação com os novos imunizantes em breve.

Gulyas também anunciou que o País decidiu lançar um documento que prova a imunidade ao coronavírus especificando a população que foi vacinada, que se recuperou da infecção e a que fez um exame de sangue que prova a presença de anticorpos.

Armin Laschet, um moderado defensor de continuar com a linha política de Angela Merkel na Alemanha, foi eleito neste sábado (16) presidente do partido político da chanceler, o partido conservador CDU.

Com uma maioria de 521 votos a favor sobre um total de 1.001, Armin Laschet, de 59 anos, recebeu mais apoios que Friedrich Merz (466 votos), rival histórico da chanceler e favorável a um giro à direita no partido, segundo os resultados desta votação interna.

Essas eleições no CDU são decisivas para o futuro da Alemanha, já que o vencedor - neste caso, Laschet - ocupa uma boa posição para ser o candidato a chanceler do partido nas eleições legislativas de 26 de setembro e ser o sucessor de Merkel, que está no poder desde 2005.

Mas a presidência do CDU não lhe garante automaticamente esse privilégio, já que o líder do partido para as eleições é designado posteriormente e pode haver outros pretendentes ao cargo.

Os 1.001 delegados do partido tiveram que escolher entre Laschet, Merz e o independente Norbert Rottgen. Os três vêm da mesma região, Renania do Norte-Westfalia, mas seus perfis são muito diferentes.

Laschet substitui no cargo a que foi considerada por muito tempo a mão direita de Merkel, Annegret Kramp-Karrenbauer, que a sucedeu na presidência em 2018 e renunciou em 2020 por não conseguir unir as fileiras do partido.

Essas eleições no CDU foram adiadas várias vezes por culpa da pandemia do coronavírus.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta quinta-feira (7) estar "furiosa e triste" com a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos por parte de seguidores de Donald Trump e afirmou que o presidente tem parte de responsabilidade pelo que aconteceu.

"Lamento profundamente que o presidente Trump não tenha admitido sua derrota, desde novembro e de novo ontem", criticou.

"As dúvidas sobre o resultado das eleições se avivaram e criaram o clima que tornou possível os eventos de ontem à noite", acrescentou, garantindo que seu choque foi compartilhado por "milhões de pessoas que admiram a tradição democrática dos Estados Unidos".

Merkel disse estar satisfeita com a declaração do presidente eleito Joe Biden, assim como com "muitas reações dos dois principais partidos dos Estados Unidos" que lhe garantiram "que esta democracia se mostrará muito mais forte do que invasores e desordeiros".

"Agora está claro que, com a confirmação da vitória eleitoral de Joe Biden e Kamala Harris, os Estados Unidos abrirão, como deve ser, em menos de duas semanas, um novo capítulo de sua democracia", completou.

Após os confrontos, o Congresso validou, nesta madrugada, a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de 3 de novembro passado. A última etapa deste processo é sua posse, em 20 de janeiro.

O presidente russo, Vladimir Putin, conversou com a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a possibilidade de uma "produção conjunta de vacinas" contra o coronavírus - anunciou o Kremlin nesta terça-feira (5).

Em uma conversa por telefone, Merkel e Putin discutiram "questões de cooperação na luta contra a pandemia do coronavírus" e se abordou "possíveis perspectivas para a produção conjunta de vacinas", segundo um comunicado do Kremlin.

"Decidiu-se continuar conversando sobre o tema entre os ministérios da Saúde e outras estruturas especializadas dos dois países", acrescentou o Kremlin.

A vacina russa Sputnik V foi recebida com ceticismo pela comunidade internacional, que a considerou prematura. Até agora, um milhão de pessoas foram vacinadas na Rússia.

Carregamentos deste imunizante foram enviados para Argentina, Belarus e Sérvia. Outros países, como Venezuela, México e Bolívia, encomendaram doses da vacina Sputnik V.

As autoridades russas reconhecem que não têm os meios para uma produção em larga escala. Com isso, a Índia ajudará na produção de 100 milhões de doses, e acordos nesse sentido foram firmados acordos com Brasil, China e Coreia do Sul.

Alguns analistas acreditam que a vacina Sputnik V seja uma ferramenta geopolítica para aprofundar a influência russa em certas partes do mundo.

Já a Alemanha passou a vacinar sua população com o fármaco produzido pelos laboratórios americano Pfizer e alemão BioNTech.

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu nesta quarta-feira (9) que novas restrições sejam aprovadas até meados de janeiro em toda Alemanha, já que as medidas em vigor para aliviar as mortes e o contágio por coronavírus não estão dando os resultados esperados.

"Há muito contato" entre as pessoas, afirmou a chanceler, citando como exemplo as barracas de comida montadas nos tradicionais mercados de Natal.

"Lamento muito, mas se isso significa pagar um preço diário de 590 mortes, do meu ponto de vista, não é algo aceitável", acrescentou.

Merkel considerou "justificadas" as propostas de um grupo de especialistas que defendem o fechamento entre o Natal e meados de janeiro de todos os estabelecimentos não alimentícios e também das escolas.

"Temos de fazer de tudo" para evitar "uma progressão exponencial" no número de casos, insistiu a chanceler.

A Alemanha registrou um número recorde de 590 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas.

A Alemanha vai estender até o começo de janeiro suas restrições para combater a pandemia de covid-19, entre elas o fechamento de bares e restaurantes e a limitação de participantes em reuniões privadas, anunciou na noite desta quarta-feira (25) a chanceler alemã, Angela Merkel.

"Devemos ainda fazer esforços (...) O número de infecções ainda está em um nível muito elevado", declarou a chanceler após mais de sete horas de conversas com dirigentes dos 16 estados alemães.

As restrições tinham sido anunciadas na sessão de novembro passado.

A Alemanha também quer que a União Europeia proíba as temporadas de esqui até 10 de janeiro para evitar novas infecções por covid-19, diz o texto negociado nesta quarta entre Merkel e os estados regionais.

"Serei honesta com vocês, provavelmente não será fácil, mas vamos tentar", afirmou a chanceler durante coletiva de imprensa.

A taxa de infecção na Alemanha alcançou nesta quarta-feira 139,6 por 100.000 habitantes e 195,3 por 100.000 na capital, Berlim, longe da meta de 50/100.000.

A Alemanha registrava nesta quarta 961.320 casos oficialmente declarados de covid-19 (+18.633 em 24 horas) e 14.771 mortes (+410, um novo recorde), segundo o instituto de vigilância sanitária Robert Koch.

Só houve um afrouxamento das medidas: as reuniões privadas poderão reunir dez pessoas entre 23 de dezembro e 1º de janeiro, sem incluir crianças e menores de 14 anos. Fora desse período, os encontros privados são limitados a cinco pessoas.

As escolas continuarão abertas até as férias, em 19 de dezembro.

Merkel pediu que os alemães evitem viajar ao exterior nas festas de fim de ano, especialmente para estações de esqui.

A Alemanha registrou, neste sábado, um novo recorde no número de novos casos diários de coronavírus, que chegaram a 7.830 nas últimas 24 horas, segundo o Instituto Robert Koch, o centro de controle de doenças do país. O total agora alcança 356.387 infecções, enquanto os óbitos decorrentes da doença continuam contabilizados em 9.767. Nesse cenário, a chanceler do país, Angela Merkel, pediu aos alemães que evitem viagens desnecessárias, cancelem festas e permaneçam em casa sempre que possível.

"O que nos trouxe tão bem durante o primeiro semestre da pandemia?" ela questionou, em um vídeo publicado semanalmente. "É que ficamos juntos e obedecemos às regras por consideração e bom senso. Este é o remédio mais eficaz que temos atualmente contra a pandemia e é mais necessário agora do que nunca", disse Merkel. E acrescentou que os próximos meses serão difíceis. "Como será o inverno, como será o nosso Natal, isso tudo será decidido nos próximos dias e semanas, e será decidido pelo nosso comportamento".

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O número de infecções continua crescendo também na República Tcheca, onde a quantidade de casos superou a marca de 10 mil ontem pela primeira vez. Segundo o Ministério da Saúde do país, 11.105 pessoas foram infectadas da quinta-feira para a sexta-feira, 1.400 a mais do que o recorde anterior, registrado na própria quinta-feira. Com isso, o total de infectados no país subiu para 160.112, com 1.283 mortes.

Já a região da Lombardia, no norte da Itália, onde o surto europeu começou em fevereiro, voltou a ser atingida de forma expressiva pela Covid-19. Na última semana, mais de 2 mil novos casos diários foram registrados na região, elevando a pressão sobre os hospitais e a ocupação das unidades de terapia intensiva. Dessa forma, o governo começou a limitar os serviços de bares e restaurantes, além de flexibilizar o funcionamento das escolas, alternando entre aulas presenciais e online.

Enquanto isso, em outros países europeus, novas restrições entraram em vigor na tentativa de frear a segunda onda de propagação da doença. Em Paris e em outras oito cidades francesas, restaurantes, bares, cinemas e outros estabelecimentos estão sendo obrigados a fecharem às 21h para reduzir o contato entre as pessoas.

Na Grã-Bretanha, entrou em vigor nesta semana um abordagem regional proposta pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, dividida em três níveis para combater a pandemia com restrições progressivas. Neste sábado, as cidades que constam como nível 2, exemplo de Londres e York, passaram a proibir a socialização em ambientes fechados. Já o condado de Lancashire juntou-se a Liverpool no nível 3, com bloqueios mais rígidos.

Na Irlanda do Norte, passou a valer ontem um bloqueio que vai durar por quatro semanas. As orientações das autoridades são de que todos os pubs e restaurantes ficarão fechados, podendo funcionar apenas para fornecer pedidos para viagem. Da mesma forma, as escolas entrarão em um feriado prolongado por duas semanas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu aos compatriotas que demonstrem a mesma "coragem" ante a pandemia de coronavírus que no momento da queda do regime da Alemanha Oriental, em um discurso neste sábado por ocasião do 30º aniversário da reunificação nacional.

"Sabemos que hoje devemos ter a coragem de empreender novos caminhos devido à pandemia de covid-19, afirmou a chefe de Governo conservadora em Postdam, local das cerimônias.

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"Foi necessária muita coragem para que as pessoas da ex-Alemanha Oriental saíssem às ruas, para que iniciassem a revolução pacífica em 1989", completou.

Antes, a chanceler e o presidente do Bundestag (Câmara dos Deputados), Wolfgang Schäuble, participaram em um evento ecumênico na igreja de São Pedro e São Paulo de Potsdam.

Apenas 130 foram autorizadas a entrar no templo religioso para respeitar as medidas de distanciamento social impostas pela pandemia de Covid-19.

Menos de um ano depois da queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, a Alemanha recuperou a unidade nacional, há 30 anos.

Desde então, a festa nacional alemã é celebrada em 3 de outubro.

 A chanceler alemã, Angela Merkel, discursou nesta sexta-feira (2) ao fim da reunião de cúpula do Conselho Europeu e alertou os países-membros do bloco para as dificuldades que ainda virão por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

"Estamos todos preocupados pelo fato dos números estarem aumentando e estamos todos conscientes que perante nós estão vindo meses muito difíceis", disse a atual presidente rotativa do Conselho.

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Segundo a chanceler, essas "dificuldades" persistirão enquanto "não tivermos uma vacina" contra a Covid-19, destacando ainda que os líderes da União Europeia concordaram sobre a necessidade "de uma maior coordenação" nas ações de combate à doença.

Assim como ocorre na Alemanha, muitos países europeus estão lidando com um avanço rápido nos casos de contágios pelo novo coronavírus. Apesar da quantidade de vítimas estar abaixo do que o registrado no ápice da pandemia, entre março e maio, o número de contaminações chega a estar duas ou três vezes maior do que naquela época - caso da França, da Espanha e da própria Alemanha.

Por conta disso, os governos nacionais vêm tentando evitar novos lockdown totais, adotando medidas restritivas mais ou menos severas em regiões mais afetadas. No entanto, além do problema sanitário, os países estão registrando mais protestos de negacionistas, o que facilita ainda mais a disseminação da doença.

- Outros temas: Além de falar sobre o avanço do novo coronavírus, Merkel abordou outros temas espinhosos em seu discurso. O primeiro deles foi sobre as dificuldades encontradas nas negociações com o Reino Unido sobre o Brexit - que cada vez mais se aproxima do chamado "no deal".

"Até que as conversas estão em curso, eu permaneço otimista, mas obviamente, não posso dizer que há alguma reviravolta. Os próximos dias serão cruciais. Devo admitir que esse é um momento muito amargo e muito será definido sobre o que a Grã-Bretanha quer, e o que a Grã-Bretanha não quer. Eles vão decidir livremente", afirmou aos presentes.

Já sobre as negociações em curso entre o Conselho e o Parlamento Europeu sobre o Fundo de Recuperação de 750 bilhões de euros e o orçamento da UE até 2027, a alemã se disse "otimista" com as conversas.

"O Parlamento tem um humor muito construtivo e é consciente do quando é importante para todos nós" a aprovação desses documentos, disse Merkel, acrescentando que "todos os instrumentos estão sobre a mesa para iniciar a negociação".

Da Ansa

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