Mais de três bilhões de doses de vacinas anticovid já foram aplicadas em todo o mundo, de acordo com um balanço da AFP atualizado nesta terça-feira (29) e com base em dados oficiais dos países.
O planeta demorou 20 semanas para alcançar a marca de um bilhão de doses e seis semanas para os dois bilhões. A última barreira foi superada em menos de quatro semanas, o que demonstra a aceleração das campanhas de vacinação.
Quase 40% das doses (1,2 bilhão) foram administradas na China. Índia (329 milhões) e Estados Unidos (324 milhões) completam o pódio, ocupado justamente pelos três países mais populosos do mundo.
Mas levando em consideração a população entre os países com mais de um milhão de habitantes, os destaques são Emirados Árabes Unidos (153 doses para cada 100 habitantes), Bahrein e Israel, ambos com 124 doses. Nos três casos, mais de 60% da população está completamente vacinada.
A lista é completada por Chile (118), Reino Unido (113), Mongólia (111), Uruguai (110), Hungria (107), Catar (107) e Estados Unidos (98), com um percentual de imunização que oscila entre 46% e 54%.
América Latina e Caribe, região com mais mortes e contágios acumulados por covid-19, registra média de 37 doses para cada 100 habitantes de média, levemente abaixo da média mundial (39).
Apesar do destaque de Chile e Uruguai no cenário internacional, outros grandes países da região como Brasil (46), México (34), Colômbia (45) ou Peru (22) têm ritmos mais lentos.
Os países grandes da União Europeia, como Alemanha, França, Itália e Espanha, têm quase um terço de suas populações completamente imunizadas.
Embora a maioria dos países tenha iniciado a vacinação, especialmente graças ao mecanismo de solidariedade da OMS Covax, as grandes desigualdades persistem: os países de "alta renda" (segundo a definição do Banco Mundial) administraram a média de 79 doses para cada 100 habitantes, contra apenas uma dose nos países de "baixa renda".
Cinco países ainda não iniciaram suas campanhas de imunização: Tanzânia, Burundi, Eritreia, Haiti e Coreia do Norte.
Apesar da polêmica que provocou, a vacina da AstraZeneca é a mais distribuída e aplicada no mundo (em quase 80% dos territórios), seguida por Pfizer, Sinopharm e Moderna, Sputnik V, Janssen e Sinovac.