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Os protestos pela morte do afro-estadunidense George Floyd, sufocado por um policial, trazem à tona a discussão sobre o racismo enraizado na sociedade moderna. Os diversos movimentos tem clamado por uma postura antirracista, como também para que a luta pela igualdade seja responsabilidade de todos.

A arte tem sido um dos caminhos para atingir tal feito e incentiva a importância de enaltecer e consumir produtos que venham de pessoas negras. Por isso, o LeiaJá separou cinco artistas que expressam a luta pela população negra em suas obras.

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1 – As Bahias e Cozinha Mineira

A banda, que conta com duas mulheres negras e trans, lançou um novo EP durante a quarentena. O single "Éramos Chuva" já ganhou clipe com participações de Thais Araújo, Djamila Ribeiro, Lea T e Thelma Ribeiro, vencedora da última edição do "Big Brother Brasil" (Globo, 2020). O grupo se formou em 2011, na Universidade de São Paulo (USP), e se apresentou em várias festas universitárias.

2 – Djonga

Djonga é, atualmente, um dos rappers, compositores e escritores mais influentes da cena hip-hop brasileira. Considerado um dos "novos nomes para ficar de olho" pela revista especializada NME, o artista chama atenção por sua lírica afiada e cunho marginalizado e agressivo, onde se expressa com letras que carregam fortes críticas sociais contra o povo negro.

3 – Rincon Sapiência 

Em "Ponta de Lança", Rincon já mostrava certo primor ao compor suas rimas em freestyle. Durante a quarentena, o rapper decidiu se aventurar pelos campos da direção e edição, e sua mais nova produção, "Verso Livre", foi totalmente idealizada em meio ao isolamento social.

4 – Tuyo

Tuyo é um grupo musical de Curitiba (PR) formado apenas por participantes negros. Classificado como afrofolk futurista pelo site Noize, o grupo já participou do "The Voice Brasil" (Globo) em 2016.

5 – Linn da Quebrada

Linn da Quebrada é uma cantora trans, militante do movimento trans negro e atriz. É vencedora de um Teddy Award, com o documentário "Bixa Travesty" (2018), e foi estrela da série "Segunda Chamada" (Globo, 2019).

 

Com letras de protesto e empoderamento, Soffia Gomes da Rocha, mais conhecida como MC Soffia está entre os indicados ao Black Entertaiment Television (BET Awards) 2018. A premiação internacional é dedicada à comunidade negra.

A MC de 14 anos disputa a categoria Best New International Act (Novo Artista Internacional) ao lado de outros nove indicados de diversas partes do mundo. O vencedor é escolhido pelo público e a votação, que acontece através do site do canal BET, vai até 19 de junho.

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A cerimônia de premiação será no dia 24 de junho e transmitida ao vivo. O BET Awards foi criado em 2011 e dá visibilidade a artista negros nas categorias ligadas à música, televisão, cinema e esportes.

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Há menos de um mês no cargo, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, criou um novo tipo de edital para dar recursos públicos somente a produtores e criadores negros. Ele será lançado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra.

O tema das produções será "afrodescendente". Significa, segundo a ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, que serão favorecidos os que se identificarem com valores culturais da "matriz africana". Cita como exemplo mais de cem grupos de teatro ou dança que se autodefinem como negros. "Essas expressões muito raramente se beneficiam de recursos públicos comparativamente a outras", afirma.

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Luiza informa que os termos do edital não estão totalmente definidos. Marta não respondeu à ligação do jornal O Estado de S. Paulo. Sua assessoria informou que ela estava nesta sexta-feira em São Paulo, onde faz campanha para o candidato do PT à prefeitura, Fernando Haddad.

Apesar de considerar a iniciativa "discriminatória, ilegal, inconstitucional e que viola a igualdade entre as pessoas", o sociólogo Demétrio Magnoli diz que não ficou surpreso. "É mais uma das inúmeras manifestações de um processo de inscrição da raça na lei e da transformação da raça num critério de políticas públicas", afirma.

Ele rebate a afirmação de que a iniciativa seria de Marta, ao assegurar que ela nada mais faz que seguir a política do governo. "Logo, logo, vamos ter concursos para funcionários públicos com critério de raça. Faz parte do mesmo processo de cotas, inconstitucional, mas surpreendentemente apoiado pelo Supremo Tribunal Federal", alerta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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