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Pelo menos 16 pessoas morreram pisoteadas, nesta terça-feira, durante uma peregrinação xiita da festa da Ashura, na cidade sagrada de Kerbala, ao sul de Bagdá, informou o Ministério da Saúde do Iraque.

Este é um primeiro balanço que ainda pode aumentar, afirmou a fonte em seu comunicado.

Todos os anos centenas de milhares de xiitas de todo o mundo comemoram o martírio do neto do profeta Maomé, o imã Hussein, em Kerbala.

Ataques que tiveram como alvo principalmente xiitas deixaram 43 mortos no Iraque nesta quinta-feira, apesar da intensificação da segurança para a festa da Ashura, uma das datas mais sagradas para os muçulmanos xiitas.

Dezenas de milhares de fiéis, dentre eles peregrinos estrangeiros, se dirigiram para o tempo central da cidade de Karbala para o evento, desafiando os vários ataques realizados por militantes sunitas que marcaram o festival nos últimos anos.

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Um suicida, disfarçado com um uniforme policial, realizou um ataque durante uma procissão religiosa numa região da província de Diyala, ao norte de Bagdá, matando 32 pessoas e ferindo 80. Foi o terceiro ataque do dia contra xiitas.

Mais cedo, explosões coordenadas nas cidade de Hafriyah, ao sul da capital, mataram nove pessoas, enquanto a explosão de duas bombas em Kirkuk, no norte do país, feriu cinco.

Um ataque com bombas teve como alvo uma patrulha policial numa cidade predominantemente sunita ao norte de Bagdá, matando dois soldados.

Xiitas do Iraque e de outras partes do mundo marcam a Ashura, cujo clímax acontece nesta quinta-feira, montando tendas de procissão onde peregrinos se reúnem e alimentos são distribuídos para os passantes.

Estima-se que 2 milhões de fiéis tenham se reunido em Karbala, local onde está o mausoléu do imã Hussein, neto do profeta Maomé, cuja morte na cidade nas mãos de soldados do califa Yazid, em 680 D.C, está no coração da divisão sectária do Islã. Fonte: Dow Jones Newswires.

Três ataques a bomba foram realizados nesta segunda-feira contra peregrinos xiitas, durante um importante ritual religioso da seita muçulmana. Pelo menos 21 pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas, informaram funcionários iraquianos.

Os peregrinos que participam do ritual da Ashura são geralmente atacados por extremistas sunitas, que acreditam que os xiitas não são muçulmanos verdadeiros. Após a queda do regime de Saddam Hussein, dominado pelos sunitas, em 2003, o xiitas recuperaram seu direito de expressar sua fé livremente e, desde então, a comemoração anual atrai grandes multidões, apesar da ameaça da violência.

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No primeiro ataque desta segunda-feira, uma bomba explodiu entre peregrinos xiitas em Latifiyah, localizada a cerca de 30 quilômetros ao sul da capital iraquiana, matando duas pessoas e ferindo outras três, informou a polícia. A informação foi confirmada por fontes médicas oficiais.

Horas mais tarde, um carro-bomba explodiu perto de um grupo de peregrinos xiitas na cidade de Mahaweel enquanto eles seguiam para a cidade sagrada xiita de Kerbala, matando oito pessoas e ferindo cerca de 56, informaram autoridades policiais da província de Babil. Mahaweel fica a cerca de 55 quilômetros ao sul de Bagdá.

Mais tarde, dois ataques contra peregrinos xiitas na capital mataram 11 pessoas e deixaram 32 feridas, informou a polícia. Todas as fontes falaram em condição de anonimato, pois não estão autorizadas a falar com meios de comunicação.

A Ashura marca do aniversário da morte do Imã Hussein, no século 7. Ele era neto do profeta Maomé. Sua morte, numa batalha nas proximidades de Kerbala marcou a divisão histórica entre sunitas e xiitas.

Para celebrar sua morte, centenas de milhares de xiitas fazem uma jornada a pé de várias partes do país até Kerbala. A segurança é geralmente intensificada no interior e nas proximidades da cidade, com o objetivo de impedir que insurgentes ataquem os peregrinos quando chegam e quando deixam Kerbala. As informações são da Associated Press.

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