Três ataques a bomba foram realizados nesta segunda-feira contra peregrinos xiitas, durante um importante ritual religioso da seita muçulmana. Pelo menos 21 pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas, informaram funcionários iraquianos.
Os peregrinos que participam do ritual da Ashura são geralmente atacados por extremistas sunitas, que acreditam que os xiitas não são muçulmanos verdadeiros. Após a queda do regime de Saddam Hussein, dominado pelos sunitas, em 2003, o xiitas recuperaram seu direito de expressar sua fé livremente e, desde então, a comemoração anual atrai grandes multidões, apesar da ameaça da violência.
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No primeiro ataque desta segunda-feira, uma bomba explodiu entre peregrinos xiitas em Latifiyah, localizada a cerca de 30 quilômetros ao sul da capital iraquiana, matando duas pessoas e ferindo outras três, informou a polícia. A informação foi confirmada por fontes médicas oficiais.
Horas mais tarde, um carro-bomba explodiu perto de um grupo de peregrinos xiitas na cidade de Mahaweel enquanto eles seguiam para a cidade sagrada xiita de Kerbala, matando oito pessoas e ferindo cerca de 56, informaram autoridades policiais da província de Babil. Mahaweel fica a cerca de 55 quilômetros ao sul de Bagdá.
Mais tarde, dois ataques contra peregrinos xiitas na capital mataram 11 pessoas e deixaram 32 feridas, informou a polícia. Todas as fontes falaram em condição de anonimato, pois não estão autorizadas a falar com meios de comunicação.
A Ashura marca do aniversário da morte do Imã Hussein, no século 7. Ele era neto do profeta Maomé. Sua morte, numa batalha nas proximidades de Kerbala marcou a divisão histórica entre sunitas e xiitas.
Para celebrar sua morte, centenas de milhares de xiitas fazem uma jornada a pé de várias partes do país até Kerbala. A segurança é geralmente intensificada no interior e nas proximidades da cidade, com o objetivo de impedir que insurgentes ataquem os peregrinos quando chegam e quando deixam Kerbala. As informações são da Associated Press.