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Na tarde desta quarta-feira (1º), o LeiaJá e o Vai Cair no Enem (@vaicairnoenem) promoveram mais uma live do programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?”, que teve como tema o retorno às aulas presenciais.  

A transmissão contou com a presença de Cláudio Furtado, representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); Fernando Melo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe); Rozana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e do secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, que durante sua fala indicou a possibilidade de haver rodízio de estudantes no momento em que as escolas forem reabertas. 

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“O nosso plano não trata da obrigatoriedade do rodízio, mas trata da obrigatoriedade do distanciamento que vai obrigar a redução de turmas, então o rodízio vai ser meio que uma consequência. Mas pelo que nós conhecemos da realidade das escolas públicas, privadas e eu diria até das universidades, vai ser necessário o rodízio que vai estar articulado com o sistema híbrido”, disse o secretário, explicando que o revezamento dos estudantes poderá ser feito por turnos, dias ou semanas. 

“A gente ainda vai definir especificamente, até porque temos escolas com modelos diferentes. Por exemplo, no ensino médio 62% das escolas são de tempo integral, são escolas em que os estudantes estão o dia inteiro conosco, talvez tenha uma facilidade maior de organizar os processos de reposição e rodízio mesmo. Mas ao mesmo tempo tem escolas regulares. Por exemplo, escolas particulares trabalham por sistema de turno”, explicou o secretário. Confira como foi a live:

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O Governo de Pernambuco anunciou, nesta terça-feira (30), a prorrogação da suspensão das aulas presenciais em escolas, universidades e cursos de todo o Estado por mais um mês. Com a decisão, as instituições de ensino permanecerão fechadas até o dia 31 de julho.

“O Governo de Pernambuco prorroga a suspensão das atividades presenciais nas instituições de ensino em todo o Estado até o dia 31 de julho. A Secretaria de Educação e Esportes está trabalhando na elaboração de um plano para retomada das atividades presenciais que inclui um protocolo com diretrizes específicas  para a Educação, observando todas recomendações pedagógicas e sanitárias”, diz a nota oficial enviada à imprensa.

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No momento, o governo ainda está realizando debates para elaboração do protocolo de funcionamento que norteará a retomada das aulas, estabelecendo os parâmetros de segurança e higiene que deverão ser seguidos. O documento ainda não foi concluído e não tem data definida para publicação.

Nesta terça-feira, Pernambuco registra 58.858 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia, que já matou 4.829 mortes pessoas no estado. 

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O Governo do Estado do Ceará está preparando um plano de retorno às aulas presenciais, que devem recomeçar no mês de agosto. A proposta da Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) ainda é indefinida e deverá ter, de acordo com informações do Sistema Verdes Mares, que teve acesso ao material, um ano de duração. 

O rodízio de alunos, que é uma das medidas a ser adotada, deverá ser semanal e alternar estudantes entre atividades presenciais e remotas, evitando contaminação. Alunos que não conseguiram acesso ao ensino remoto durante a suspensão das aulas devem ter prioridade no acesso às atividades presenciais, assim como alunos do 3º ano.

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Também foi debatida a busca de alunos “ausentes e suscetíveis ao abandono e à evasão”. Deverá ser aplicada uma avaliação diagnóstica por série para avaliar o nível atual de aprendizagem dos estudantes, com intervenções para nivelamento e recuperação quando necessário, além da revisão de conteúdos ministrados remotamente entre março e junho. Outra determinação de segurança é a manutenção de estudantes do grupo de risco ou com comorbidades no esquema de ensino remoto.

Aplicação por fases

A aplicação das medidas previstas será feita em três etapas distintas, de acordo com a situação da pandemia de Covid-19 em cada cidade, permitindo que as escolas operem com 25%, 50% ou 100% de sua capacidade. Ainda assim, o número de estudantes por sala de aula em cada turno vai depender do número de funcionários disponíveis e do tamanho da escola, uma vez que é necessário assegurar a distância de 1,5 a 2 metros entre os estudantes. 

Escolas de tempo integral deverão apresentar um regramento complementar “por conta de suas peculiaridades" e, de acordo com a Secretaria de Educação, será feito um levantamento acerca da saúde de todos os funcionários para identificar os que fazem parte dos grupos de risco e quem tem condições de retornar ao trabalho.

Higiene e EPI’s

O plano prevê a avaliação do espaço físico de todas as unidades de ensino com o objetivo de reforçar as medidas de higiene, através da aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para estudantes, professores e funcionários. Também está prevista a instalação de pontos de higienização.

Ambientes com ar-condicionado, assim como áreas de convivência e grande circulação devem receber maior atenção. Haverá ainda a avaliação das instalações para averiguar a necessidade de interdição de espaços. 

O documento também determina a necessidade de criar ambientes seguros para a alimentação, reorganização para garantia do distanciamento mínimo e instalação de torneiras em bebedouros junto à recomendação de uso de garrafas individuais. 

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A pandemia de Covid-19 trouxe a necessidade de fechar as escolas, suspendendo as aulas presenciais e depois implementando o ensino remoto para não aumentar as taxas de contágio. Com o passar do tempo e o início da reabertura de alguns setores da economia, muitas pessoas começam a se questionar como e quando será a vez do retorno às salas de aula.

O LeiaJá ouviu o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), José Ricardo Dias Diniz, para entender como se dará esse processo nas escolas privadas. O retorno das atividades presenciais, cuja data depende da determinação dos órgãos de educação e saúde, segundo José Ricardo, ainda não tem uma previsão, apenas expectativas. No entanto, ele conta que as escolas já estão se preparando estruturalmente para receber os alunos quando esse momento chegar. 

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“As escolas vêm se preparando com muito afinco, porque a gente sabe que esse retorno vai ser gradativo, não vai ser de uma vez só, e por isso mesmo vamos ter um período de esquema híbrido. Claro que fará isso sabendo a necessidade de seguir estritamente os protocolos, as regras de segurança. Também observará as experiências de outros países que também já recomeçaram as atividades escolares presenciais”, contou o presidente do Sinepe.

No que diz respeito às normas de segurança para evitar o contágio, José Ricardo explica que o sindicato elaborou uma série de orientações que as escolas devem adotar para garantir a segurança de alunos, professores e funcionários. 

“Nosso sindicato publicou um e-book [livro digital] com orientações diversas sobre como receber os alunos, como preparar o espaço escolar, as questões de sinalizações na escola, EPI’s, álcool gel, termômetro na entrada, distanciamento na sala de aula, todos esses aspectos, além dos pedagógicos também, que estão sendo preparados pelas escolas, cada uma dentro da sua peculiaridade, da realidade de sua comunidade escolar”, disse o presidente do sindicato.

No tocante às mensalidades das instituições de ensino, elas devem permanecer inalteradas pois, de acordo com José Ricardo, as escolas terão custos adicionais se preparando para receber os alunos com segurança, na oferta do ensino híbrido e também na reposição de aulas.

“Nós continuamos com as mesmas folhas, vamos ter agora um custo maior. Temos reposições a fazer, então pelo contrário, a mensalidade se mantém normalmente, regularmente. O que está previsto no contrato foi assinado por ocasião da matrícula para 2020. O custo nosso já contando com o investimento para o retorno e com o ensino híbrido vai trazer gasto, um maior custo para a escola”, afirmou o presidente do Sinepe.

Sobre as provas e outras formas de avaliação dos estudantes, José Ricardo conta que há uma divergência de orientações entre os conselhos estadual e nacional de educação a respeito da possibilidade de realização das mesmas durante a pandemia. “O Conselho Estadual de Educação colocou que as avaliações formais deverão ser feitas no presencial. Mas o nacional abriu a possibilidade. As escolas estão fazendo algumas avaliações, mas aguardando um pronunciamento mais específico do conselho nacional. As escolas que estão fazendo vão ter isso documentado e no momento propício vão apresentar diante dos órgãos competentes para buscar a validação dessas atividades”, disse ele.

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) publicou, nesta segunda-feira (22), uma carta elaborada por um grupo de professores do Departamento de Estatística da instituição. O texto, direcionado à sociedade pernambucana, é contra o retorno às aulas presenciais dos ensinos fundamental e básico neste momento da pandemia do novo coronavírus.

Segundo a carta, são dez cidades de grande risco atualmente: Recife, Jaboatão, Olinda, Paulista, Cabo, Camaragibe, Vitória, São Lourenço, Igarassu e Ipojuca. O documento, baseado em dados da Secretaria de Saúde do Estado, destaca o problema da transmissão da Covid-19 por meio de crianças e adolescentes assintomáticos. O texto informa que a taxa de mortalidade de Pernambuco é o dobro da do Brasil e a letalidade (óbitos por confirmados) é 50% superior.

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A Região Metropolitana do Recife responde por cerca de 75% dos óbitos do Estado, mas há uma tendência de interiorização do vírus, com o aumento dos casos no interior. “Atualmente, Recife, com 1.545.227 habitantes, tem mais mortes que as cidades de Teresina, Natal, João Pessoa, Aracaju, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Cuiabá, Campo Grande, Brasília, Goiânia e Palmas juntas (total de 15.983.951 habitantes)”, explica o posicionamento.

Os professores calcularam as estimativas das probabilidades de óbito por faixa etária em Pernambuco, sem levar em conta as morbidades dos infectados, e estimou as seguintes probabilidades de um infectado morrer: abaixo dos 30 anos, uma chance em 500; de 30 a 50 anos, uma chance em 125; de 50 a 60, uma chance em 75; e de 60 a 80, uma chance em 25. “É importante destacar que estamos falando de indivíduos saudáveis”, ressalta o professor Gauss Cordeiro, conforme a nota publicada pela instituição.

O texto ainda alerta que a chance de complicações em crianças é baixa, mas elas podem transmitir para os pais ou pessoas idosas, que podem ter problemas sérios. Integram o grupo de docentes Abraão D. do Nascimento, Aldo W. Medina Garay, Alex Dias Ramos, Audrey H. Mariz Cysneiros, Betsabé G. Blas Achic, Caliteia Santana de Sousa, Carla C. da R. Rego Monteiro, Francisco José de A. Cysneiros, Fernanda de Bastiani, Francielly de Lima Medina, Gauss Moutinho Cordeiro, Geiza Cristina da Silva, Getúlio J. de Amorim Amaral, Maria Cristina Falcão Raposo, Maria do Carmo S. de Lima, Pablo Martin Rodriguez, Patrícia L. Espinheira Ospina, Roberto Ferreira Manghi e Vinicius Q. Souto Maior.

Na manhã desta quinta-feira (18), a Academia Pernambucana de Ciências (APC) realizou um evento virtual reunindo os reitores Pedro Falcão, da Universidade de Pernambuco (UPE), Alfredo Gomes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Marcelo Carneiro Leão, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Durante as discussões acerca das ações de enfrentamento à Covid-19 promovidas pelas instituições, entrou em pauta o retorno às aulas presenciais e foi mencionada a possibilidade de um modelo de ensino híbrido no pós-pandemia, com parte dos estudantes em sala de aula e os demais no ensino remoto. 

“Vamos fazer o esforço para retomar as atividades de forma remota. Isso requer planejamento para ser sincronizada e harmonizada com atividades presenciais e aí o ensino híbrido passa a entrar na pauta. Estamos trabalhando com a ideia de semestre suplementar, que deve acontecer por mais ou menos dois meses, com poucas disciplinas para estudantes e professores experimentarem essas atividades”, explicou o reitor da UFPE, Alfredo Gomes. 

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Na mesma linha, o reitor da UPE, Pedro Falcão, conta que além de a universidade ter mantido ativos os cursos de seus polos EAD, a instituição também avalia a implementação do ensino híbrido. “Foi montada uma proposta de ensino híbrido para que a gente consiga chegar a uma proposta nesse pós pandemia”, disse ele. 

Marcelo Carneiro Falcão, reitor da UFRPE, explica que a universidade prevê a instituição de um semestre emergencial com a oferta de disciplinas remotas e não-obrigatórias enquanto os estudantes aguardam a entrada do semestre 2021, como forma de reduzir o número de alunos em sala de aula no momento da retomada das atividades presenciais e evitar a exclusão de estudantes sem acesso à internet e equipamentos eletrônicos. 

“As pessoas que conseguem o acesso remoto poderão realizar e no retorno presencial a gente não vai ter condição de colocar 60, 70 pessoas numa sala. O que a gente vem trabalhando é um semestre emergencial na execução e oferta, as disciplinas vão ter que ter características possíveis de serem feitas remotamente, não obrigatoriedade para que o aluno que não tiver condições não se prejudique e possa fazer no retorno presencial e reduza o quantitativo de alunos”, declarou o reitor. 

Propostas de retomada de atividades

Ao analisar a conjuntura da pandemia no país e no Estado, o reitor Marcelo Carneiro Leão, da UFRPE, avalia que as aulas presenciais não devem ser retomadas até o final de 2020. “A volta às atividades presenciais seria uma irresponsabilidade tremenda. Acredito que não teremos um retorno de atividade presencial pelo menos até o final deste ano. Na pós-graduação a gente tem uma outra dinâmica, o número de alunos é menor, existe possibilidade de criar outras dinâmicas. Na graduação é diferente”, afirmou ele.  

Segundo Marcelo, a UFRPE instituiu vários grupos de trabalho que têm a missão de elaborar uma proposta para retomada de atividades que vai ser apresentada e discutida com a comunidade acadêmica da universidade. Sugestões estão sendo recebidas por e-mail e uma primeira proposta será sistematizada para posteriormente ficar 10 dias aberta a críticas e sugestões.

“Uma comissão refinará essa minuta. Reuniremos conselhos para que possamos tomar uma decisão conjunta com olhar para ensino pesquisa extensão e esperamos votar essa proposta e voltar no dia 15 de agosto um novo funcionamento da UFRPE. Pedi que em todas as discussões duas variáveis estivessem presentes: preservação da vida humana e animal tem que estar presente, e que as discussões sejam inclusivas”, disse o reitor da UFRPE. 

Alfredo Gomes, da UFPE, vai no mesmo sentido e afirma buscar soluções remotas não só no âmbito da universidade, mas em consonância com outras instituições de ensino pernambucanas.  “No meu entendimento, atividades presenciais não devem acontecer esse ano, claro que temos que avaliar esse processo, mas isso está sendo baseado no Grupo de Trabalho Covid e as atividades de aulas de forma remota estão na nossa pauta, porque vivemos um contexto de imprevisibilidade e não temos como anunciar outra situação. Espero fazer isso se for viável, construir junto com a universitas, de forma harmônica com o estado e pensar nisso talvez para o início de agosta e não podemos fazer de forma que prejudique estudantes professores ou técnicos”, declarou o Alfredo. 

O reitor também destacou que o Colégio de Aplicação da UFPE (Cap) seguirá o mesmo caminho de ensino remoto que o restante da Universidade no momento em que essa decisão for tomada para os cursos de graduação. “O Cap vai retornar concomitantemente com a graduação de forma remota tão logo a gente aprove essa questão com o conselho e os estudantes terceiranistas não vão perder o ano. Enem e Sisu é uma questão mais ampla, o calendário é puxado para frente, porque tem a ver com a retomada dos cursos e semestres”, afirmou ele.

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou em nota divulgada nesta segunda-feira (15) que, se não houver vacina ou remédio eficiente contra o novo coronavírus, não deve retomar as aulas neste ano. "Se não houver alternativas, como a vacina ou medicamento eficaz contra a covid-19, o retorno presencial completo não será possível no ano de 2020", diz a nota, por meio da qual a universidade - a maior federal do País, com cerca de 67 mil alunos - afirma ser preciso "discutir com responsabilidade e coerência a possibilidade do retorno progressivo de parte das nossas atividades no formato remoto emergencial, para que o ano acadêmico de 2020 não seja completamente perdido".

Para este debate sobre o retorno de parte das atividades no formato remoto foi criada a Comissão de Formas Alternativas de Ensino, sob a coordenação da Vice-Reitoria, que analisa as demandas necessárias para a retomada das atividades acadêmicas de graduação, pós-graduação e extensão.

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A nota registra que nesta terça-feira (16) a UFRJ completará 90 dias de atividades presenciais suspensas - só as essenciais permaneceram. "Ainda resta muita incerteza sobre quando ou como ocorrerá o nosso retorno presencial, mas a Administração Central da Universidade tem agido de maneira responsável, sempre baseada em critérios técnico-científicos, desde o início da pandemia", afirma a nota.

"Mais recentemente, o Grupo de Trabalho Pós-Pandemia foi constituído, sob a coordenação da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, para estudar as fases de um retorno gradual e definir os cuidados adicionais necessários à condução segura de nossas atividades. Esse grupo mantém estreita interlocução com o Grupo de Trabalho Multidisciplinar sobre o Coronavirus Disease-19, composto por especialistas das diferentes áreas da UFRJ", diz a nota.

"Em breve serão propostas as fases para o retorno progressivo na pós-pandemia. Pretendemos ter um plano de retorno que seja referência para o Estado do Rio de Janeiro, com base no diálogo permanente dentro e fora da comunidade universitária", segue o texto. "Os colegiados superiores da UFRJ (Conselho Universitário, Conselho de Ensino de Graduação, Conselho de Ensino para Graduados e Conselho de Extensão Universitária) - todos com representação de professores, estudantes e técnicos-administrativos - têm realizado reiterados debates sobre a transição de parte das nossas atividades para os ambientes virtuais e apresentado propostas para avançarmos na definição das condições e fases a seguir com segurança, garantindo a inclusão, a qualidade das atividades acadêmicas e o apoio psicológico e de saúde mental ao nosso corpo social neste cenário de exceção", conclui a UFRJ.

A pandemia de Covid-19 gerou a necessidade de distanciamento social e uma das esferas da vida cotidiana afetadas pela prevenção ao contágio foi a educação presencial, que precisou ser suspensa ou passar ao regime remoto. Em um momento em que alguns estados iniciam planos de reabertura das atividades econômicas, surgem questionamentos sobre como será a retomada das aulas presenciais nas escolas e demais instituições de ensino de Pernambuco.

Em entrevista ao LeiaJá, o secretário de Educação e Esportes do Estado, Fred Amancio, explicou que a pasta está elaborando um plano de convivência com a Covid-19 específico para a educação básica, nível superior e também outras esferas, como cursos livres, profissionalizantes e cursos de idiomas. Até o momento, porém, não há data oficial para o retorno das aulas presenciais em Pernambuco.

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“Específico no sentido de a gente inclusive ter um plano com detalhamento que também será em etapas, como é o plano de convivência geral, mas que leve em consideração essa diversidade que é a discussão sobre educação. Vai ter um protocolo setorial construído junto à Secretaria de Saúde e à Secretaria de Planejamento que tem uma série de aspectos que têm que ser observados por todos os setores, com três grandes eixos: higiene, monitoramento e comunicação”, afirmou o secretário. 

A ideia, segundo Fred, é elaborar um protocolo que atenda ao estado de Pernambuco de maneira geral. No entanto, ele esclarece que isso não acaba com a possibilidade de, em caso de necessidade, olhar para as necessidades específicas de uma determinada região ou município e agir de forma diferenciada de acordo com a realidade local. “A gente não vai ter um plano separado por município, ou separado por região, mas a gente vai, sim, prever a possibilidade de no âmbito das diversas regiões, de poder ter ações caso aconteça uma necessidade específica em uma determinada região”, contou o secretário de Educação. 

Para a elaboração do plano de convivência com a Covid-19 na educação e seus protocolos de segurança, distanciamento e higiene nas escolas, o secretário Fred Amancio conta que tem realizado estudos, baseado em experiências internacionais, e feito reuniões com entidades ligadas à educação, enquanto os números da pandemia são monitorados pelas autoridades estaduais de saúde. 

“Nosso plano de convivência também vai ser em etapas, mas as nossas etapas vão ser um pouco mais à frente. A gente não tomou nenhuma decisão e nem apresentou nada oficialmente, porque primeiro vai ser feita uma avaliação de como foram esses primeiros dias de junho, se verificar com todo o material que a gente vai produzir e apresentar para a área de saúde. Se eles entenderem que é possível a gente dar esse passo, fica a decisão final do governador”, afirmou o secretário. 

Prevenção na volta às aulas

Uma das entidades que têm estado presente nas discussões com o Governo de Pernambuco, no que diz respeito à elaboração de um plano de convivência com a Covid-19 especificamente para a educação, é o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), cujo presidente, Fernando Melo, contou ao LeiaJá que um documento com diversos aspectos considerados importantes pelos professores e técnicos foi entregue à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco no dia 1º de junho.

“A gente elenca uma série de itens que vão desde a estrutura da escola até a acolhida dos professores, dos funcionários, pessoal da área pedagógica, cuidado com o espaço, e distanciamento entre os estudantes”, disse o presidente do Sintepe.  

Fernando explicou que o canal de diálogo com a Secretaria para elaboração dos protocolos de segurança está aberto, o que ele considera importante, mas aponta que há problemas estruturais na maioria das escolas que tornará muito difícil o cumprimento das normas de higiene e distanciamento em muitas delas no momento do retorno das atividades. 

“Mais de 50% das escolas terão muita dificuldade para cumprir protocolos. Temos escolas com estrutura de razoável a boa, no caso mais de mil escolas no Estado, mas também temos escolas que enfrentam problemas de superlotação nas salas. Isso é um grande problema por conta do espaço mínimo entre os estudantes e os profissionais dentro de sala de aula. Colocamos essa dificuldade, a dificuldade de algumas escolas terem problemas nas instalações sanitárias, outras terem problemas na questão da água, abastecimento e reservatórios de água e problemas de rede de esgoto”, explicou Fernando. 

Tal situação gera grande preocupação pois, como salienta o presidente do Sindicato, o contingente de pessoas conectadas às escolas é enorme. “Somos 2,4 milhões de pernambucanos envolvidos diretamente com as escolas públicas ou privadas e qualquer situação mal elaborada faz estourar uma possibilidade de contágio”. 

Para enfrentar o problema, de acordo com Fernando Melo, a proposta do Sintepe é a elaboração de duas comissões para discussão dos temas ligados à educação no Estado durante a pandemia, com participação da Secretaria de Educação, do Sindicato, mas também de outros setores da sociedade interessados no assunto. 

Rede Municipal do Recife

A mesma situação de dificuldades estruturais é encontrada na rede municipal de ensino do Recife, segundo Carlos Elias, que faz parte da diretoria do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), na função de secretário de finanças. “As escolas continuam com estrutura precária, com salas pequenas, superlotadas. O calor também é uma queixa constante, mesmo depois da Prefeitura ter prometido que ia climatizar todas as salas de aula da rede municipal até 2019. No começo do ano também vimos unidades sem abastecimento de água”, disse ele. 

No entanto, se na gestão estadual o relato dos professores vai em um sentido de abertura ao diálogo com a classe, Carlos fez duras críticas à Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife em nome do Simpere.  “O Simpere, desde o dia 18 de março, não recebe nenhuma resposta da Secretaria de Educação sobre a discussão sobre o processo de educação a distância implementado na Prefeitura do Recife de forma autoritária e antidemocrática, através de uma concepção classista privada e excludente, com a compra de uma plataforma que custou quase R$ 4 milhões. (...) Agora fala em reabertura das escolas sem uma real discussão com as professoras, a comunidade escolar e sua entidade de classe? É de um autoritarismo e irresponsabilidade sem tamanho a forma como prefeito, Geraldo Julio, e a Secretaria de Educação, têm tratado a discussão sobre educação no Recife", declarou Carlos.

Em nota enviada ao LeiaJá, a Secretaria de Educação do Recife informou que “quanto a preparação da retomada das aulas presenciais, um protocolo de cuidados necessários está sendo construído para convivência nas escolas no retorno às aulas presenciais, que ainda não tem data definida para acontecer".

"De acordo com o secretário de Educação do Recife, Bernardo D’Almeida, o protocolo deverá seguir rigorosamente as orientações e determinações das autoridades de saúde e sanitárias do Estado e do Município do Recife”, acrescenta o posicionamento.

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As pró-reitorias acadêmicas e câmaras do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), divulgaram em comunicado no site oficial da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nesta quarta-feira (20), que iniciaram discussões sobre a retomada das aulas presenciais.

De acordo com a reitora Sandra Goulart Almeida, que também é presidente da Cepe, ainda não há datas previstas para o retorno das aulas, no entanto o planejamento do calendário se dará “de forma organizada e coletiva”, seguindo as recomendações das autoridades de saúde. A docente também reiterou que “o semestre não será cancelado”. A decisão divulgada pela UFMG foi deliberada em reunião do Cepe, no último dia 14 de maio.

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No Twitter, estudantes satirizam a retomada das aulas, argumentando que, em meio a pandemia da Covid-19, a Universidade poderia estar nos assuntos mais comentados da rede social por ter encontrado a cura para o coronavírus. Outros internautas tentam tranquilizar os demais explicando que a volta as aulas ainda está sendo pensada.

Atividades a distância

No comunicado, a UFMG ainda explica que certamente a retomada será em bases diferentes, tendo como possibilidade a ampliação das atividades à distância. 

Para tanto, a reitora, Sandra Goulart, encaminhou pedido de recursos para a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC) para realizar as adequações de acordo com necessidades do campus. 

Ela também informou que a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) tem atuado em melhorias para aumentar a capacidade de acesso à internet da comunidade acadêmica, assim como os sistemas Siga e Moodle. 

Ofícios encaminhados pelas pró-reitorias aos setores acadêmicos da UFMG, com as primeiras orientações sobre esse planejamento, deverão ser respondidos até 1º de junho, com informações sobre a capacidade de oferta de atividades a distância para graduação, pós-graduação e extensão) e a infraestrutura de pesquisa (unidades).

As aulas presenciais em todos os estabelecimentos de ensino do Paraguai ficarão suspensas até dezembro, como medida preventiva pela pandemia da COVID-19 - anunciou o presidente Mario Abdo Benítez, nesta segunda-feira (27).

"Sabemos que é uma decisão sem precedentes. Peço a colaboração de pais, mães e professores", declarou Benítez à imprensa.

"Uma capacidade diferente será construída, usando a tecnologia", acrescentou Abdo, ressaltando que as autoridades educacionais vão trabalhar no desenvolvimento de aulas virtuais.

O Paraguai começará a abandonar a quarentena obrigatória, gradualmente, a partir de 4 de maio. Até o momento, estão autorizados a funcionar apenas supermercados, farmácias, bancos e empresas financeiras.

O confinamento atual está em vigor desde 10 de março, data em que a atividade escolar também foi suspensa.

Com uma população de pouco mais de 7 milhões de habitantes, esse país sul-americano registrou, até domingo, 228 casos de Covid-19, nove óbitos e 93 pacientes recuperados da doença. Com isso, está entre os menos afetados da região.

Segundo o governo, os menores não são um grupo particularmente vulnerável ao coronavírus, mas o volume de pessoas que circulam nas comunidades educacionais é um fator de disseminação.

O ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, apontou ainda a proximidade do inverno, época em que a circulação de vírus respiratórios que geram estresse no sistema de saúde é normalmente registrada.

"Isso envolverá aumento de risco no contexto da epidemia", enfatizou.

"Apesar de ser um grupo teoricamente menos vulnerável, as crianças ainda podem ser infectadas, e isso é um risco, especialmente para aqueles que têm uma doença prévia", explicou.

O ministro da educação, Abraham Weintraub, anunciou, nesta sexta-feira (17), no Diário Oficial da União (DOU), que devido às orientações do Ministério da Saúde para prevenir a transmissão do novo coronavírus, está prorrogada, por mais 30 dias, a suspensão das aulas presenciais dos estudantes. Unidades de ensino de todo o Brasil estão sem encontros presenciais para que algomerações sejam evitadas.

A nível local, o Governo de Pernambuco prorrogou, até 30 de abril, o fechamento do comércio de atividades não essenciais. De acordo com a gestão estadual, a estratégia também serve para combater a propagação do novo coronavírus

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O Ministério da Saúde (MEC) permitiu que institutos que façam parte do sistema federal de ensino suspendam, em caráter especial por causa do novo coronavírus, as aulas presenciais dos cursos de educação profissional técnica de ensino médio em andamento, ou escolham atividades não presenciais em substituição, por um período de até 60 dias. O período pode ser prorrogado de acordo com orientações do Ministério da Saúde e de entidades de saúde municipais, estaduais ou distritais.

Os institutos de ensino que escolherem substituir as aulas presenciais por atividades não presenciais têm duas escolhas: usar meios digitais para fazer sua mediação ou disponibilizar para os alunos acesso a conteúdos e orientações para que eles sigam estudando, de acordo com portaria divulgada nesta segunda-feira (6) no Diário Oficial da União (DOU). Se a instituição optar pela suspensão, precisará repor as aulas para cumprir a carga horária definida no plano de curso.

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As instituições têm permissão para alterar o calendário, incluindo a época de recesso e férias escolares. Ao permitir essas ações, o documento dá segurança jurídica às instituições de ensino que já estão aderindo à suspensão de atividades presenciais para evitar a disseminação no do novo coronavírus. “A motivação da portaria é, de um lado, conferir às instituições a possibilidade de alternativas de ensino não presencial e, de outro, zelar pelo direito à educação e ao bem-estar dos estudantes”, informou o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Ariosto Culau.

De acordo com publicação no DOU, “fica vedada a aplicação da substituição de que trata o caput às práticas profissionais de estágios e de laboratório, quando previstos nos respectivos Planos de Curso”.

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A proposta da Escola Técnica CEDTEC é no mínimo curiosa. Como no mercado existem muitos trabalhadores que há bastante tempo atuam em várias funções, mas nunca pisaram em uma sala de aula e consequentemente não receberam certificação técnica, a unidade de ensino, localizada no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, resolveu criar uma modalidade de curso técnico a distância que busca certificar em um curto período quem já tem experiência de mercado. Na “prática”, ou melhor, em linhas gerais, o aluno faz um curso EAD e em 120 dias pode ser formado como técnico pela escola. Porém, uma questão da formação chama a atenção: os alunos não passam por nenhuma aula prática, mesmo o Conselho Estadual de Educação de Pernambuco (CEE-PE) exigindo um percentual mínimo de 20% de aulas presenciais. Além disso, como se trata de um ensino virtual, até quem não tem experiência de mercado pode se matricular e, ao final do curso, terá diploma de técnico.

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A instituição de ensino começou seus trabalhos no Recife em 2013, ofertando cursos de mecânica, eletrotécnica e logística na modalidade presencial. Com 14 anos de atuação em outras cidades brasileiras, a CEDTEC possui autorização do CEP para funcionar em Pernambuco e, segundo o site do Conselho, tem registro entre as escolas autorizadas no Estado. De acordo com a direção da instituição de ensino, em fevereiro de 2014 saiu mais uma autorização para o estabelecimento, que foi a educação a distância. Essa modalidade é aplicada na escola de duas formas: os alunos podem fazer um curso mais tradicional, com duração de 18 meses, incluindo um percentual de aulas práticas ou optam pela capacitação apurada nesta reportagem, que ignora qualquer possibilidade de aula prática.

O diretor técnico da CEDTEC, Marcelo Bravin, é claro ao dizer que o curso totalmente a distância é direcionado para os trabalhadores que já têm experiência de mercado. Segundo ele, esses alunos passam por entrevistas e comprovam através de documentos seus níveis de vivência nas empresas. Entretanto, o diretor técnico também reconhece que qualquer pessoa, com ou sem experiência, pode fazer o curso a distância e ao final se tornará um técnico – pelo menos documentalmente - sem nunca ter tocado em uma ferramenta de trabalho.

“O que nós fazemos hoje, não para facilitar, mas para ter um diferencial no mercado, é oferecer um produto que possibilite a alguns profissionais que não têm formação técnica, mas que precisam dessa formação para dar continuidade a sua carreira, um aproveitamento de estudos e isso a própria legislação dos conselhos estaduais de educação permite normalmente. Esse aproveitamento de estudo vai diminuir o tempo do aluno para uma formação técnica”, explica o diretor. “Mas eu não tenho como negar que pessoas sem experiência façam esse curso. Eu até indico a elas que procurem o EAD mais longo, o presencial ou converse com amigos que têm experiência. Se o aluno sem experiência não fizer isso, ele até vai terminar o curso, receberá o diploma, mas vai passar aperto no mercado. Ele vai passar por todo o processo, vai se matricular no curso técnico, mas não vou poder fazer nada. Não tenho como impedir, mas por ética, faço meu papel de orientar”, revela Bravin.

A capacitação técnica totalmente a distância oferecida pelo CEDTEC transformou disciplinas em cursos de qualificação, justamente para diminuir o tempo de duração. Como exemplo, na área de mecânica industrial o aluno pode fazer 17 qualificações, cada uma ao preço de R$ 149. Em sete dias, o estudante já tem acesso a uma avaliação e consegue finalizar a qualificação. De acordo com Marcelo Bravin, após as 17 qualificações, o aluno só precisa cursar, também a distância, mais duas disciplinas das turmas técnicas tradicionais (com duração de 18 meses) e alcança certificado. Em 120 dias, sem nenhuma aula prática, o formado obtém o mesmo diploma do aluno que cursou 18 meses e fez aulas presenciais. “Na modalidade totalmente EAD não temos em nenhum momento aula prática. Todo o sistema é online.  É direcionado para quem está no mercado, mas não tenho como filtrar quem vai cursar. Qualquer pessoa pode fazer”, reafirma o diretor técnico do CEDTEC, em entrevista ao LeiaJá. No vídeo a seguir, Bravin detalha a proposta de curso:

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Nossa reportagem tentou conversar com alunos do curso de mecânica industrial do CEDTEC, mas não obtivemos contato. Quem falou com o LeiaJá foi o também aluno da instituição, mas do curso de eletrotécnica, Natanael José dos Santos. Mesmo com experiência na área, ele optou por fazer o curso EAD que possui um percentual presencial. Para o aluno, aulas práticas são essenciais para quem ainda não possui vivência empresarial.

“Eu já tinha experiência na área, mas resolvi fazer o curso porque precisava complementar minha profissão e porque também penso em ingressar na área acadêmica. Como não tinha hora certa para estudar, optei por fazer o curso a distância, mas, em alguns momentos participei de aulas presenciais, aos sábados. Eu acredito que, para quem não possui experiência, é essencial cursar aulas práticas. Quem for para o mercado só com teoria não vai se dar bem. Por isso aconselho que procurem a prática”, orienta o aluno. Segundo a direção do CEDTEC, a instituição de ensino forma, por semestre, cerca de 60 alunos.

A favor da prática

De acordo com a presidente do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco (CEE-PE), Maria Ieda Nogueira, todos os cursos técnicos a distância são obrigados a ter aulas práticas. “O percentual mínimo exigido é de 20%”, explica a presidente. Segundo Maria Ieda, a prática faz parte das grades curriculares dos cursos autorizados e, o Conselho só autoriza o funcionamento de um curso, caso ele respeite essa norma. Ela orienta que quem tiver alguma denúncia de irregularidades sobre qualquer instituição de ensino, deve procurar o Conselho, mesmo depois da escola já ter sido autorizada. Em nota enviada ao LeiaJá, a Secretaria de Educação de Pernambuco, responsável pelo Conselho, esclareceu “que em quaisquer casos de inconformidade, estrutural ou pedagógica, nos cursos técnicos oferecidos no Estado, os mesmos devem ser comunicados formalmente à Secretaria para que seja aberto procedimento de averiguação e, caso o fato seja procedente, que sejam tomadas as medidas cabíveis para a regularização do curso”.

A Assessoria Pedagógica da Educação a Distância do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) – instituição referência em formações técnicas -, Rosa Vasconcelos, também afirma que os cursos técnicos devem ter, obrigatoriamente, momentos práticos entre alunos e professores. “A prática profissional está prevista na grade curricular. No IFPE não trabalhamos sem a prática”, conta a coordenadora.

Outra instituição considerada referência no Brasil quando o assunto é formação técnica, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) também defende a utilização de aulas práticas para que um aluno ingresse no mercado de trabalho. Ao LeiaJá, a diretora técnica do Senai em Pernambuco, Ana Dias, defendeu a prática como essencial para a realização de um bom curso técnico.

“A gente acredita que a prática é um complemento da teoria. A prática proporciona ao técnico a capacidade de diagnosticar várias situações no dia a dia das empresas. Existem coisas que só a vivência possibilita o aprendizado. A junção da teoria e prática consolida a formação”, opina a diretora técnica do Senai.  

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