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O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) realizou um levantamento sobre os motoristas que regularizaram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no estado este ano. De janeiro até julho de 2023, cerca de 2,8 milhões de habilitações foram renovadas - um aumento de 52% em relação ao mesmo período do ano passado, onde 1,8 milhões de CNHs foram regularizadas.

Segundo o Detran-SP, o órgão alcançou o maior percentual de renovação de CNHs totalmente automatizadas de sua história, processando cerca 90,57% dos pedidos sem intervenção humana e com emissão eletrônica do documento em até 30 minutos.

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9,43% dos casos precisam de intervenção humana para conferência de dados, combater tentativas de fraude, checagem da biometria e documentação apresentada. Nestes casos, o processamento pode levar até três dias úteis.

O cidadão que concluiu todas as etapas do processo e não recebeu seu documento eletrônico no prazo estipulado pode entrar em contato através do e-mail ouvidoria@detran.sp.gov.br.

Atualmente, o Detran prioriza uma série de medidas de transformação digital e hiperautomação de serviços, com foco na ampliação de emissões eletrônicas, sem intervenção humana, buscando reduzir prazos e melhorar a qualidade dos serviços.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, afirmou, nesta quinta-feira (25), em São Paulo, que a redução de impostos no setor, anunciada pelo governo federal, está produzindo efeitos imediatos na cadeia de produção automobilística. Ele disse que as montadoras já estão alterando planejamentos para poder produzir mais.

"Nós tivemos notícias de três fábricas que suspenderam lockdowns [paralisação dos trabalhos por falta de demanda] que estavam previstos. O efeito [da redução dos impostos] é imediato [e isso explica] a urgência dessas medidas", disse, em entrevista, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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Para ele, a queda de impostos poderá elevar a produção do setor em cerca de 300 mil veículos por ano. Ele ressaltou, no entanto, que as medidas ainda não foram anunciadas na sua integralidade.

"Essas medidas podem impactar o mercado entre 200 ou 300 mil unidades, mas depende, porque nós ainda não conhecemos todas as regras. Mas não seria muito imaginar algo em torno de 200 mil a 300 mil unidades dependendo de como vai ser essa composição que será anunciada", acentuou.

Leite garantiu que o corte de impostos não irá causar diminuição na tecnologia empregada nos carros, assim como não haverá redução na segurança dos veículos e no cuidado ambiental.

"Os itens de segurança obrigatórios, que foram uma grande conquista para o consumidor e para a sociedade, eles estão mantidos. Não há qualquer flexibilidade em relação à segurança veicular. Igualmente, não há qualquer flexibilidade quanto à questão ambiental e há um estímulo em caráter social em função do preço do veículo", finalizou.

Fim dos lockdowns

Leite afirmou não estar autorizado a dizer o nome das empresas que suspenderam os lockdowns programados, mas disse que a indústria automobilística nacional já registrou 14 paralisações de fábricas em 2023.

"Estamos com 50% de capacidade ociosa. É um momento realmente de recuperação da indústria. Esse fenômeno não aconteceu apenas no Brasil, é um fenômeno global, mas principalmente no Brasil as taxas de juros acabaram contribuindo muito para a redução do mercado", explicou. 

De 13 a 16 de outubro ocorre no Anhembi o “Salão do Scooter - Urban Mobility Expo” em São Paulo. O evento trará as novidades do setor, com mais de 20 expositores de montadoras de veículos; fornecedores de motopeças; acessórios e equipamentos para motos e pilotos, como capacetes, vestimentas, luvas e calçados.

Os visitantes poderão testar os modelos expostos em duas pistas - uma de modelos elétricos e outra para motores a combustão. Para isso, os participantes devem: 

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-Ter habilitação na categoria A;

-Levar seu próprio capacete;

-Usar tênis ou sapatos fechados;

-De preferência, calças e blusas longas.

Entre as experiências estão aulas práticas de pilotagem defensiva e com segurança, e de convivência civil no trânsito. Além de uma atividade infantil, que simula um trajeto urbano, onde as crianças aprenderão sobre a importância de um trânsito respeitoso e organizado.

 

A feira também contará com shows de rock ao vivo, praça de alimentação com food-trucks e diversas palestras. 

Confira a programação:

Dia 13

18h - Como manter seu scooter sempre em perfeitas condições de uso e como isso afeta a sua segurança

20h - O estilo scooter: jovialidade e modernidade urbana em qualquer idade

 Dia 14

18h - Economia: o custo por km de scooter, motocicleta de alta cilindrada e automóvel médio

20h- Equipamento individual de segurança: como incrementar e estimular o uso adequado

 Dia 15

14h - Scooter ou motocicleta: vantagens e desvantagens de cada estilo

16h - Do automóvel ao scooter: ideias para uma migração ecológica, inteligente, segura e econômica - consumidor

18h - O scooter no mundo: como as nações pelo planeta integram a motoneta como modal urbano

Serviço - Salão do Scooter - Urban Mobility Expo

Data: 13 a 16 de outubro

Local: Distrito Anhembi (Antigo Pavilhão de Exposições)

Endereço: Avenida Olavo Fontoura, número 1209 - Santana, São Paulo/SP

Horários:

Quinta-feira, 13/10: 16h às 22h

Sexta-feira, 14/10: 14h às 22h

Sábado, 15/10: 12h às 22h

Domingo, 16/10: 12h às 20h

Site oficial: salaodoscooter.com.br

Na última semana, se completaram 95 anos desde que o Ford Model T, o primeiro carro popular da história, deixou de ser fabricado. O veículo revolucionou a indústria automotiva de uma vez por todas. Dessa forma, o LeiaJá preparou um conteúdo especial sobre este veículo:

Preço

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O Modelo T foi lançado em 1908, vendido a 850 dólares. Era muito barato, até mesmo para a época, embora até o para-brisa fosse um opcional. Porém, o valor ainda não agradava a Henry Ford, que gostaria de vender um carro acessível para todos. Ao longo de 19 anos de mercado, o valor do carro caiu para menos de 300 dólares, em 1922 - o equivalente a cerca de 5.000 dólares hoje.

Mudanças e Confiabilidade

A popularização do veículo impulsionou a indústria de autopeças e incentivou o governo americano a pavimentar ruas e avenidas. Além de fazer com que os trabalhadores procurassem os grandes centros na busca de empregos na indústria.

A importância do veículo e sua confiabilidade era tanta, que foi apelidado de "Tin Lizzie" (empregado de lata).

Sua resistência era mérito de sua engenharia e o material usado, o aço vanádio, liga mais leve desenvolvida pela própria Ford. O Modelo T também ajudou a certificar o volante do lado esquerdo nos carros padrões americanos (e de quase todo o mundo).

Pedais

O Ford Model T ficou conhecido por ser muito difícil de se conduzir, principalmente com os padrões de carros que foram chegando depois. O carro possuía três pedais, porém, não era como hoje em dia (o da esquerda para embreagem, meio para o freio e o da direita para acelerar). O pedal da esquerda acionava as duas marchas, o central o acionamento da ré e o da direita o freio.

No Brasil, o carro ficou conhecido como "Ford Bigode" pois existiam duas alavancas atrás do volante, uma controlava o acelerador e a outra o avanço da ignição.

Brasil

Em 1919, o veículo começou a ser montado em São Paulo, tornando-se o primeiro carro feito no Brasil. A fábrica se tornou atração turística na época. A montadora chegou ao Brasil após uma das principais revoluções no Modelo T: a carroceria do veículo começou a ser de metal e não de madeira.

Evolução

O Modelo T foi recebendo diversas tecnologias da época, como a partida elétrica. Porém, em 1927 a concorrência já era grande e o Model T não era mais exclusividade ou a primeira opção do público. Com isso, o filho de Henry Ford, Edsel, convenceu o pai a investir em um carro mais moderno, o Modelo A. O Modelo T vendeu mais de 15 milhões de unidades, recorde que o Fusca só superaria em 1972.

Ficha Técnica:

- Motor: 4 cilindros em linha, 2,9 litros;

- Potência: 22 cv;

- Câmbio: semiautomático de 2 velocidades;

- Dimensões: comprimento, 340 cm; largura, 168 cm; altura, n/d; entre-eixos, 255 cm;

- Carrocerias: touring, roadster, runabout, tudor, entre outras, variando de acordo com o ano;

- Desempenho: 72,4 km/h de velocidade máxima;

No momento em que o mundo busca formas de reduzir a emissão de poluentes no segmento de transportes e muitos países oferecem incentivos para o consumidor comprar um carro elétrico, a frota brasileira de automóveis está ainda mais velha. Composta basicamente por modelos a combustão, ela polui mais, causa mais acidentes e engarrafamentos.

Esse envelhecimento foi acelerado nos últimos dois anos de pandemia, que dificultou o acesso ao carro zero, seja pelos preços mais elevados ou pela escassez de componentes para a produção. Hoje, 23,5% dos automóveis que circulam no País têm até cinco anos de uso, os chamados seminovos. Há dez anos, essa fatia era de 43,1%.

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Os mais "velhinhos", acima de 16 anos de uso, passaram de 18,8% da frota para 19,4%. Os intermediários (de seis a 15 anos) eram 38,1%, em 2012, e hoje são 57,1%. Os dados são de estudo anual feito há mais de duas décadas pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Em 2012, um veículo, de forma geral, poluía cerca de 50% mais do que um similar atual. Em termos de consumo, o atual é 22% mais eficiente, segundo Raquel Mizoe, diretora de Emissões de Veículos Leves da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

Desorganização

Os resultados da pesquisa mostram que, em 2021, a frota do País era formada por 38,2 milhões de automóveis, com idade média de 10 anos e cinco meses, a mais velha em 26 anos. Somando comerciais leves, caminhões e ônibus, a frota chega a 46,6 milhões de veículos com idade média de 10,3 anos, também a mais alta desde 1994.

"Desde 2013, a frota brasileira vem envelhecendo porque não estamos conseguindo uma renovação com carros novos que compense a obsolescência existente", afirma George Rugitsky, diretor de Economia do Sindipeças.

Ele ressalta que a pandemia levou a um sucateamento ainda maior da frota nacional, situação que, em dimensões diferentes, também ocorre globalmente.

Segundo ele, "no caso do Brasil, essa desorganização mundial da cadeia de abastecimento vem alinhada ao que ocorre na economia local".

Rugitsky defende programas de inspeção veicular e de renovação da frota para uma modernização mais rápida. Do contrário, avalia, as expectativas para este ano e o próximo são de continuidade do sucateamento.

Em março, o governo anunciou um programa de renovação da frota para caminhões e ônibus, que ainda não foi regulamentado. A ideia é facilitar a troca do caminhão velho por outro mais novo, criando um ciclo que em algum momento vai chegar ao veículo zero.

Segundo o Sindipeças, um caminhão Euro 6 (norma atual de controle de emissões) emite 90% menos material particulado do que um Euro 1, na faixa dos 30 anos. "Os veículos antigos, em geral, estão poluindo bastante, além de serem responsáveis por aumento de trânsito, acidentes e gastos com saúde", afirma Rugitsky.

O cálculo do Sindipeças desconta a taxa de mortalidade (carros com perda total ou desmanchados), o que diferencia seus números daqueles divulgados pelo Denatran, que considera todos os veículos registrados, independentemente de estarem ou não circulando. O objetivo do estudo é avaliar o potencial de mercado para fabricantes de peças de reposição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o desarranjo das cadeias globais de produção em meio à pandemia, a inflação ao motorista acumulou alta de 17,03% nos 12 meses encerrados em março, segundo cálculos feitos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), com dados do Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10). A cesta inclui preços de veículos, combustíveis, peças, serviços correlatos e tarifas públicas como multas e licenciamento. A inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula 10,79% em 12 meses até março.

A guerra na Ucrânia acrescenta uma pressão adicional nas cotações do petróleo: caso nada mais aumente em abril, apenas o reajuste de combustíveis feito em março pela Petrobras elevará essa taxa para 22,08%.

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"Combustível é o foco (da inflação em abril), mas, com a retomada das atividades pós-pandemia, a gente pode ver novos reajustes em serviços que estavam meio congelados, como oficina, por exemplo", previu Matheus Peçanha, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre).

No lado dos produtos, os dados mais recentes do IPCA, referentes a fevereiro, mostram que os automóveis novos já acumulam alta de 22,94% em 18 meses de aumentos consecutivos, apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Movimento semelhante ocorre em automóveis usados e motocicletas. A explicação por trás é exatamente a mesma, o setor automotivo tem sido um dos mais impactados pelo desarranjo das cadeias produtivas", afirmou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, à época da divulgação dos números.

O automóvel usado já sobe há 20 meses, com alta acumulada de 22,66%. As motocicletas sobem há 15 meses seguidos e já ficaram 17,72% mais caras no período. Outros serviços correlacionados também tiveram aumento, como seguro voluntário, emplacamento e conserto.

Graças à demanda aquecida, o setor automotivo é o único entre os dez que integram o comércio varejista ampliado que tem conseguido repassar ao consumidor quase integralmente a elevação de preços dos produtos na porta de fábrica, conforme levantamento do economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Peças

Nos 12 meses terminados em janeiro de 2022, os preços de produtos da indústria automotiva ficaram 17% mais altos na porta de fábrica. No varejo, a alta de preços ao consumidor nas lojas de veículos e motos, partes e peças foi de 16,5%. Isso significa que 96,8% do aumento de custos do atacado foi repassado ao cliente final, calculou Bentes. "O setor está tentando retomar a margem de lucro que perdeu durante o período mais crítico da pandemia", avaliou Bentes.

A indústria automobilística foi afetada pelo desarranjo das cadeias produtivas e pela falta de insumos, mas também pelo aumento de custos de matérias-primas e de energia, apontou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV/Ibre. "Se a indústria automobilística não conseguia atender o mercado, isso ajudou a aquecer o mercado de usados. Os automóveis novos subiram tanto quando os usados. Se não tinha peça, o carro fica mais escasso, isso provoca um choque de oferta", disse Braz.

Preços altos e juros elevados devem afastar cliente

O sonho do automóvel novo ficou mais distante para os brasileiros. Os preços mais elevados e a alta das taxas de juros no financiamento esfriarão a demanda, preveem especialistas.

Após dois anos de fortes reajustes, o preço médio dos "hatchbacks", categoria que inclui os carros mais baratos, ficou em R$ 79 mil em janeiro deste ano, segundo Cassio Pagliarini, da Bright Consulting, consultoria especializada no setor automotivo. Em 2016, o preço médio era de R$ 48 mil. Corrigindo pela inflação, seria o equivalente a R$ 62 mil.

O crédito mais caro deve servir para desacelerar os aumentos nos próximos meses, mesmo com a persistência de encarecimento de custos, estima o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). "Nenhum segmento do varejo depende tanto do crédito quanto o automotivo. Essa tentativa de recomposição de margem (de lucro) não vai longe."

A taxa média de juros para aquisição de veículos foi de 26,86% em janeiro de 2022, segundo dados do Banco Central (BC) compilados por Bentes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Projeto de Lei Complementar Nº 2662/2021, de autoria do Governo de Pernambuco, foi enviado à Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) para aprovação. O PLP proíbe as locadoras de locarem veículos licenciados em outros estados para o desenvolvimento de suas atividades em Pernambuco. Com isso, outros estados não recolheriam o IPVA dos veículos que são alugados no estado, apesar de ser uma prática comum entre as nacionais. Contrário ao projeto, o deputado estadual Antonio Coelho (DEM) apresentou, nesta quarta (29), à Comissão de Administração Pública, parecer contrário à aprovação do PLP Nº 2662/2021. 

Relator da matéria, o parlamentar justificou a sua decisão ressaltando que a proposta apresentada pelo Poder Executivo é danosa para a atividade econômica e irá contribuir para piorar o ambiente de negócios no Estado.  

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Segundo o líder da Oposição na Alepe, se aprovado, o projeto de lei vai elevar ainda mais a carga tributária estadual já incidente sobre os estabelecimentos do setor de locação de veículos e, por consequência, vai pesar no bolso dos consumidores que utilizam o serviço.  

“A mudança não trará apenas aumento de custos às locadoras que atuam em Pernambuco, ela poderá dificultar a criação e a manutenção de empregos no atual cenário de crise bem como provocar o aumento dos preços praticados junto ao consumidor final, causando impactos negativos nos âmbitos econômico e social. Podemos citar como exemplo os motoristas de aplicativos e as pessoas que, atualmente, optam por alugar um carro no seu dia em vez de ter a posse em casa. Inclusive, esse é um mercado que responde, hoje, por 8% das locações de veículos no país. São essas consumidores que serão penalizados com o aumento”, destacou Antonio Coelho, frisando que essa alteração vem em momento inoportuno. 

O parlamentar pontuou, ainda, que a alíquota de IPVA em Pernambuco é consideravelmente maior que em outras unidades da federação e sugeriu, em seguida, que o Estado siga o exemplo de Minas Gerais, adotando medidas mais efetivas para tornar o cenário atrativo às empresas. Na avaliação do deputado, a concessão de benefícios que tornem a carga tributária mais competitiva e a adoção de medidas que aumentem a eficiência da máquina pública resultariam em uma arrecadação mais robusta. 

“Antes de partimos para impor mais tributos nas costas do povo pernambucano, o Governo de Pernambuco deveria seguir o mesmo caminho de Minas Gerais, renunciando à postura meramente arrecadatória para buscar a redução da carga tributária e a modernização da máquina pública”, exemplificou Antonio Coelho, sublinhando que o PLC 2261/21 vai na direção oposta àquela desejável para que Pernambuco retome uma trajetória de crescimento econômico sustentável, pois eleva os custos de empreendedores que já enfrentam uma carga elevada de tributos, bem como os efeitos econômicos negativos da pandemia da Covid-19. 

 

Na próxima quinta-feira (9) a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) fará um leilão virtual de 70 lotes de automóveis, entre eles: picapes, motos, caminhonetes e caminhões. O evento está marcado para começar às 9h, no site oficial do leiloeiro, onde os interessados também podem se cadastrar e consultar o edital do arremate (www.aragaoleiloes.com.br). 

Os veículos, que têm lances iniciais fixados em valores entre R$ 40 mil e R$ 700 mil, poderão ser examinados até o dia 8, véspera do leilão, nos turnos da manhã, 8h30 às 11h30, e tarde, das 14h às 16h. 

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Os lotes de 1 a 57 e 68 a 70 estão no Depósito Jaboatão, localizado na Rua Azul, 229, Santo Aleixo, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Já os lotes 58 a 67 poderão ser examinados no Depósito Salgueiro, localizado na Rua Alberto Soares, 663, Nossa Senhora das Graças, em Salgueiro, Sertão pernambucano.

Podem participar do leilão pessoas físicas, maiores de 18 anos, ou jurídicas.

Com o passar dos anos é possível perceber muitas evoluções nas tecnologias e nos produtos oferecidos pela indústria que, de modo geral, impactam nos hábitos de consumo da sociedade. Se no passado, o sonho de um jovem era poder comprar o primeiro carro, nos dias de hoje, essa meta já não é mais uma unanimidade, uma vez que começaram a surgir outras opções que atendem à necessidade de muitos clientes, entre eles, os serviços oferecidos pelo aplicativo da Uber ou até mesmo, o sistema de alugueis de carros, como o carsharing, voltados para o uso rápido.

De acordo com o levantamento da empresa de tecnologias de informação SimilarWeb, feito em 2021, a procura pelo carsharing cresceu 56,5%, o que totaliza 12 milhões de visitas realizadas em mais de 156 companhias que dispõem do serviço.

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O CEO da Wali Carsharing, Guilherme Rajzman, explica que o carsharing é um conceito similar ao aluguel de automóveis convencional, mas é cobrado por distância e tempo de uso. “Diferente das locadoras tradicionais, não há necessidade de ir até uma agência e o cliente também tem a liberdade de acessar o carro fora do horário comercial”, descreve.

Segundo o CEO, o carsharing pode ser considerado uma evolução do modelo tradicional de locação de veículos, que visa substituir a necessidade do carro próprio. Diversas montadoras e locadoras buscam adaptar seus serviços ao que se assemelha a um plano por assinatura. “O movimento já representa um ganho de eficiência financeira, porém, tais pacotes mensais não solucionam o maior dos problemas: Em média, independente se comprados ou alugados, vemos que os carros ficam, em geral, estacionados na garagem de casa por 95% do tempo”, analisa Rajzman.

Rajzman também afirma que após os clientes conhecerem o carsharing, muitos dizem que não pretendem ter mais carros, ou que passarão a vendê-los. “Em cidades com alta adoção dessa modalidade, observamos os usuários cada vez mais propensos a caminhar ou usar a bicicleta para tarefas rotineiras, o que contribui cada vez mais para a saúde da comunidade. Menos stress, menos gastos, mais saúde, mais liberdade e mais privacidade”, destaca.

Segundo Rajzman, a modalidade também trará impacto positivo no trânsito, uma vez que diminui o número de veículos nas ruas. “Em um estudo realizado na Europa, cada carro compartilhado nas ruas é responsável por tirar outros 10 de circulação. Além de oferecer economia e privacidade, nossa missão junto à comunidade também é ajudar a resolver o grande problema que temos com o trânsito em nossas cidades”, calcula.

O engenheiro de produção Frederico Peres, 52 anos, do Rio de Janeiro, conta que abriu mão de ter carro próprio há três anos e, a princípio, utilizava carros alugados para suprir suas necessidades, mas, diferente do carsharing, o aluguel de automóveis exigia agendamentos com muita antecedência, além da necessidades de se locomover até a empresa de locação para buscar e devolver o veículo. “Já o carsharing, além de possuir um preço mais em conta, o automóvel fica à disposição a qualquer momento. Esse serviço veio para complementar minha necessidade de versatilidade nas questões de locação de um carro”, aponta.

Para Peres, o carsharing substituiu sua necessidade de possuir um veículo, uma vez que não precisa se preocupar com seguros, documentações ou gasolina, que também está inclusa no serviço.

A gigante chinesa das telecomunicações Huawei anunciou, nesta quarta-feira (7), que assinou um contrato de licença com um fornecedor da Volkswagen, que permitirá usar suas tecnologias 4G no veículos conectados do fabricante alemão.

O grupo privado com sede em Shenzhen (sul da China) está há vários meses tentando se diversificar em todas as áreas, devido às sanções americanas que prejudicam sua rede de fornecimento e sua produção de smartphones.

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A Huawei apresentou o novo contrato como o mais importante que já assinou no setor automobilístico. No entanto, não revelou o nome do fornecedor ou o valor da transação.

O acordo inclui uma licença para as patentes 4G da Huawei e será aplicado aos veículos Volkswagen que usarem conectividade sem fio.

Os Estados Unidos, que acusam o grupo de telecomunicações de espionar para Pequim, proibiu seu acesso ao mercado em seu território. Washington também cortou a Huawei de suas principais redes de fornecimento e convocou seus aliados a retirarem suas equipes de suas redes de telecomunicações.

A Alemanha, para quem a China é um mercado crucial, ainda não respondeu favoravelmente às pressões americanas.

O grupo chinês nega veementemente as acusações dos Estados Unidos e afirma que não há evidências que comprovem suas acusações.

Gigante mundial de equipamentos dedicados às redes de telecomunicações - e antes um dos três principais vendedores de smartphones -, a Huawei foi obrigada a recorrer a outros setores de atividade para sobreviver.

Por exemplo, a empresa acelerou sua diversificação na informática desmaterializada ("cloud") e nos veículos conectados, além do 5G, no qual já é um dos líderes do mercado.

A OLX, empresa de comércio virtual, oferece curso profissionalizante gratuito, voltado para o mercado de vendas de automóveis. No 'OLX Ensina', as atividades são na modalidade remota, com aulas assíncronas, diretamente na plataforma virtual.

As inscrições e acesso à plataforma podem ser feitos no site da iniciativa. O curso busca trazer novas ideias para os profissionais da área para enfrentarem os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus. Dividida em três módulos, a formação terá cinco aulas em cada um, além de uma palestra inaugural e uma transmissão de encerramento.

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Todo o conteúdo é gravado e disponibilizado na plataforma para ser assistido a qualquer momento. Dentre os assuntos ensinados nos módulos estão as seguintes temáticas: oportunidades para empreender em um cenário de pós-pandemia; como fotografar e fazer vídeos de carros; apresentação de ferramentas de gestão; jornada do consumidor em compras online; segurança digital; além de conteúdos técnicos pertinentes ao segmento, como motorização, tipos de câmbio e de combustível, e como avaliar um veículo ao comprar.

Flávio Passos, vice-presidente de Autos e Comercial da OLX, vê a oportunidade como forma de desenvolver o empreendedorismo na área. “Não se trata simplesmente de um curso para quem deseja ingressar no mercado de compra e venda de automóveis. Mas, sim, uma oportunidade para fomentarmos o empreendedorismo e empoderarmos as pessoas por meio do conhecimento, estimulando assim a percepção de novas possibilidades de negócio que, antes, poderiam passar despercebidas”, ele explica.

Evidências não faltam para demonstrar a falta de vitalidade da economia neste início de ano. O Índice ABCR de Atividade, calculado pela consultoria Tendências com dados da associação das concessionárias de rodovias, mostrou queda de 2,5% no fluxo de veículos nas estradas em janeiro, na comparação com dezembro de 2020. Na comparação com janeiro de 2020, houve um tombo de 8,8%. Já as vendas de veículos novos caíram 11,5% ante janeiro de 2020, conforme a Fenabrave, a associação das concessionárias de automóveis.

Uma visão preliminar do ICVA, indicador de vendas do varejo criado pela empresa de meios de pagamento Cielo, mostra que janeiro "virá no mesmo patamar de dezembro, o que não é bom", diz o superintendente executivo de Inteligência da companhia, Gabriel Mariotto. Os dados completos serão divulgados na semana que vem, mas o executivo adianta que os piores resultados virão de bares e restaurantes e das livrarias e papelarias. Além disso, a região Norte "despencou" no ICVA de janeiro.

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Para Mariotto, tanto a ótica setorial quanto a ótica regional sugerem os efeitos do recrudescimento da pandemia. Com o avanço da covid-19, em várias cidades do País, bares e restaurantes sofreram restrições no funcionamento no fim do ano. Já o desempenho da região Norte foi marcado pela crise sanitária e o caos causado pela falta de oxigênio em Manaus, capital do Amazonas.

Incertezas

A combinação da pandemia com a retirada do apoio do governo via auxílio emergencial pode levar a economia a se retrair, mas Bráulio Borges, economista sênior da LCA Consultores diz que há incertezas sobre o segundo trimestre. Para o economista, a reedição do auxílio, em debate entre o governo e o Congresso Nacional, dará o tom - ao lado da repetição de medidas como antecipações do 13º de aposentadorias ou liberações de saques do FGTS.

"No curto prazo, essas muletas são importantes. Agora, lá na frente, sem elas, a economia vai depender do mercado de trabalho", afirma Borges, lembrando que o desemprego segue elevado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A montadora de automóveis britânica Jaguar Land Rover anunciou na última segunda-feira (15) que pretende migrar toda a linha de automóveis para o modelo elétrico até 2025. A empresa também afirmou que não planeja fechar nenhuma de suas fábricas e que pretende zerar a quantidade de gás carbônico emitida pelos veículos a combustível até 2039.

De acordo com a companhia, o primeiro modelo totalmente elétrico do segmento Land Rover será lançado no mercado em 2024. Serão disponibilizadas seis opções com motores transversais (elétricos e combustível) das linhas Defender, Discovery e Range Rover.

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Por outro lado, o segmento Jaguar não pretende utilizar motores variantes, e trabalhará apenas com baterias. Segundo a montadora, os modelos movidos a combustão, que já estão disponíveis no mercado, serão adaptados para o sistema elétrico. A companhia destaca que para aplicar essa estratégia foram investidos 2,5 bilhões de libras (cerca de R$ 16 bilhões).

A fábrica da cidade de Solihull, na Inglaterra, ficará responsável pela linha 100% elétrica da Jaguar. Além disso, a montadora também anunciou que pretende trabalhar na concepção de hidrogênio, e colaborar com a transnacional indiana Tata, responsável por produzir aço, automóveis e tecnologias digitais.

Os estoques de automóveis nas fábricas e concessionárias entram em 2021 no seu menor nível de todos os tempos. Segundo dados divulgados pela Anfavea, a associação que reúne as fabricantes do setor, o volume de carros hoje é suficiente para apenas 12 dias de venda. Em condições normais, esse estoque gira em torno de 30 a 35 dias de venda.

Uma das principais causas dessa situação é a falta de peças, um problema que se arrasta desde o ano passado e que tem se mostrado um limitador à retomada da produção. Além disso, as montadoras ainda têm de lidar com as restrições impostas pela Covid-19, com a exigência de distanciamento social impedindo o pleno funcionamento das linhas de produção.

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A indústria vem tentando contornar esses problemas com horas extras (para compensar os atrasos de produção), transporte aéreo de componentes - uma solução cara, que visa a encurtar os prazos de entrega - e até mesmo substituição, quando possível, de materiais.

Ainda assim, no caso das autopeças, nem sempre é possível evitar interrupções nas linhas, como aconteceu na General Motors (GM). A empresa foi obrigada a adiar em três dias a volta do recesso de fim de ano na fábrica de São José dos Campos (SP), porque não havia peças suficientes para retomar a produção da picape S10 e do utilitário esportivo TrailBlazer.

O retorno dos operários, previsto para segunda-feira desta semana, só aconteceu na quinta-feira. Segundo informações do sindicato local, não comentadas pela montadora, pouco antes do recesso a GM já tinha parado por um dia o segundo turno dos modelos produzidos em São José pelo mesmo motivo.

Peças de aço e pneus seguem entre os itens mais escassos. Porém, também há relatos de falta de materiais plásticos e vidro. Ontem, durante a divulgação dos resultados finais da indústria automotiva em 2020, a Anfavea jogou um balde de água fria na esperança, manifestada por alguns industriais, de normalização do quadro já na segunda quinzena deste mês.

A tendência é que o problema de desabastecimento se arraste até, pelo menos, fevereiro, já que restrições decorrentes da segunda onda de contaminações da covid-19 prejudicaram produção e logística de fornecedores no exterior.

Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a reescalada da pandemia provoca atrasos de produção, muda as rotas logísticas e torna mais lento o desembaraço de suprimentos nos portos. "Não dá para afirmar que o assunto está totalmente resolvido. Esperamos que a segunda onda não traga mais problemas para que a gente possa administrar isso da forma mais serena possível. O risco, porém, ainda existe."

Cadeia

O desarranjo não é uma exclusividade da produção automotiva, mas tem sido acentuado neste setor por se tratar de uma cadeia longa, de muitos elos. Não só no Brasil, mas em todo mundo, a cadeia de suprimentos não consegue acompanhar a arrancada, superior às expectativas, observada nas linhas de montagem de bens de consumo depois do choque da pandemia. Com os protocolos de prevenção, o número de operários trabalhando simultaneamente nas fábricas teve de ser reduzido, levando a uma nova cadência das linhas e, consequentemente, uma fila de espera entre clientes.

Como não é possível acelerar muito mais o ritmo durante o expediente normal, mesmo num momento de alta ociosidade na indústria, as fábricas vêm trabalhando, em alguns casos, por mais tempo. Montadoras como a Fiat e a Volkswagen Caminhões, que produz veículos comerciais pesados no sul do Rio de Janeiro, não pararam, como costuma acontecer, nas duas últimas semanas do ano. A exceção, claro, foram os feriados de Natal e ano-novo.

"Desde que as fábricas voltaram a funcionar após várias semanas de paralisação, todas adotaram rigorosos protocolos sanitários. Eles já começam no transporte dos colaboradores, e seguem com medição de febre em vários períodos, divisórias de acrílico e espaçamento nos refeitórios, higienização constante de vestiários, banheiros, postos de trabalho, equipamentos e ferramentas, e também com o escalonamento das equipes", diz Moraes. "Tudo isso reduz um pouco a cadência de produção, sem falar nos afastamentos de funcionários de grupos de risco, daqueles com suspeita de doença ou positivos para Covid."

Brasil e Paraguai terão livre comércio entre produtos automotivos. Essa será a regra que passará a valer assim que for feito o acordo entre os dois países.

O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e a ministra da Indústria e Comércio do Paraguai, Liz Cramer, firmaram nessa quinta-feira (6), em Bento Gonçalves (RS), entendimentos políticos que permitirão o avanço das negociações do Acordo Automotivo Brasil-Paraguai.

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“Entre as linhas principais que deverão constar do futuro Acordo Automotivo bilateral, estabeleceu-se que Brasil e Paraguai concederão mutuamente, como regra geral, livre comércio imediato para produtos automotivos. Para algumas exceções se aplicará um cronograma de desgravação gradual e crescente do Paraguai ao Brasil que atingirá o livre comércio até 2023”, disse o Ministério da Economia, em nota.

Como regra de origem geral para veículos, definiu-se que o Índice de Conteúdo Regional (ICR) a ser cumprido por ambas as partes será de 50%. Como forma de promover o desenvolvimento e a comercialização de veículos com motorizações alternativas, o compromisso prevê condições de acesso preferencial, com margem de preferência de 100%, para 10 mil unidades anuais, desde que cumpram com um ICR mínimo de 35%, no caso do Brasil, e de 30% a 35% nos próximos cinco anos, no caso do Paraguai. Ademais, estabeleceu-se uma quota gradual que chegará a 3 mil unidades anuais de veículos em 3 anos, desde que cumpram com um ICR de 35% ao final do período.

No caso das autopeças paraguaias produzidas sob o regime de maquila, acordou-se que estas terão livre acesso ao mercado brasileiro pelos próximos cinco anos, desde que cumpram com as regras de origem do acordo, com um ICR mínimo de 50% no componente de valor da fórmula, quando aplicável. Foram definidas ainda condições diferenciadas de acesso para as autopeças brasileiras e paraguaias com ICR reduzido por um período de cinco anos, informou o ministério.

Tema de grande importância para o setor produtivo brasileiro, o Paraguai se comprometeu a isentar os produtos automotivos originários do Brasil da cobrança de taxas consulares, a partir do oitavo ano da entrada em vigor do futuro acordo.

Segundo o ministério, no que diz respeito às tarifas cobradas pelas partes na importação de produtos automotivos de terceiros parceiros comerciais, estabeleceu-se que cada parte continuará a aplicar suas tarifas nacionais atualmente vigentes, até que se implemente, no âmbito do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), a aplicação da Tarifa Externa Comum (TEC) para os produtos do setor.

Com relação à importação de veículos usados, o Paraguai se comprometeu a revisar sua política nacional de importação de tais produtos nos termos do que vir a ser acordado no âmbito do regime automotivo do Mercosul, levando-se em conta, também, normas ambientais, de saúde pública e de segurança.

“Determinou-se, por fim, que as delegações de ambos os países deverão se reunir, com a brevidade possível, a fim de concluir as negociações e subscrever o Acordo Automotivo bilateral”, acrescentou o ministério.

Atualmente, o Paraguai é o único país do Mercosul com o qual o Brasil não tem um acordo automotivo bilateral.

Segundo o ministério, quando o acordo for concluído “conferirá maior previsibilidade para os investimentos bilaterais e maior segurança jurídica para o comércio bilateral, tendo em vista que, em função de o setor automotivo não estar incorporado ao regime geral do Mercosul, o comércio automotivo entre Brasil e Paraguai carece, ainda, de arcabouço jurídico específico”.

Historicamente, o comércio de produtos automotivos entre Brasil e Paraguai é baixo: em 2018, a corrente de comércio (exportações e importações) somou US$ 763 milhões, o que correspondeu a 1,7% da corrente de comércio global de produtos automotivos do Brasil (US$ 44,7 bilhões). Na última década, porém, o comércio bilateral de produtos do setor tem crescido consideravelmente, sobretudo em função das importações brasileiras de autopeças (principalmente de chicotes elétricos). Em 2018, o comércio bilateral registrou exportações no valor de US$ 540 milhões e importações no valor de US$ 223 milhões, o que resultou em superávit de US$ 317 milhões para o Brasil.

Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.

O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.

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O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool - que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.

Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.

Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.

A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais, o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.

No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.

A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.

Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior. Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).

Diferença

Com o novo motor, o plano da FCA - que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto - é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 1980, um Fiat 147.

Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. "Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol", diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.

"Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina", diz Medeiros. "Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje."

O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). "Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030", informa Medeiros.

Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.

Segundo Orikassa, "até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento".

Parceria

Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível. Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto químico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.

Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.

Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. "Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros", informa a Nissan.

Nova tecnologia

Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.

No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.

No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. "Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente", diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com menos gente conversando pelo telefone - e mais objetos trocando informações e dados entre si -, as operadoras têm buscado prestar serviço em outras áreas. Inclusive nos carros, com a tendência crescente de internet das coisas. Um mês depois de a Claro anunciar uma parceria com a Chevrolet para deixar o Cruze conectado, é a vez de a Telefônica Vivo trazer um produto mais ambicioso ao mercado.

Maior operadora de telefonia móvel no País, a Vivo vai lançar até o fim do mês o serviço que pretende tornar os carros usados mais inteligentes. O dispositivo, que já está disponível na Espanha, poderá ser adquirido por qualquer consumidor, não só clientes da operadora.

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Instalado em carros fabricados a partir de 2010, o Vivo Car, permitirá compartilhar a conexão para todos os passageiros do veículo. Com um aplicativo instalado no celular, também tornará disponíveis informações em tempo real sobre o automóvel, apontando desde possíveis falhas mecânicas ou elétricas a planejamento de revisões e alertas de segurança ao motorista. Avisará ainda pelo celular dos usuários cadastrados se ele foi ligado, desligado, se ultrapassou a velocidade configurada, uma eventual colisão ou até mesmo se está sendo rebocado.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Marcio Fabbris, vice-presidente da Vivo, disse que o novo serviço transformará o carro que não é "smart". "O Vivo Car vai criar uma rede de Wi Fi dentro do carro, se motorista tem de liberar o sinal", diz. Outro recurso será o de gestão do automóvel, além da geolocalização. "Carros nacionais a partir de 2010, com o porta OBD2 (sigla em inglês para On Board Diagnostics, ou diagnóstico de bordo) vão poder ter mais informações, como percurso percorrido, avisos de manutenção e falhas, serviço só disponível hoje em carros top de linha", afirma.

O potencial de avanço neste mercado é grande. Em 2018, a frota de automóveis no Brasil estava em 37,1 milhões de veículos, dos quais 20,7 milhões têm a porta OBD2, segundo relatório do Sindipeças (Sindicato das Indústrias de Autopeças).

Tendência de mercado

 

Segundo Eduardo Tude, da consultoria Teleco, a tendência é de que as operadoras de telefonia móvel busquem aplicações dentro da internet das coisas para ampliar os seus serviços. "É uma tendência natural", disse. "É comum nos Estados Unidos e está chegando aqui no Brasil."

Segundo Tude, esses serviços devem ser ampliados com a chegada do 5G ao País.

Com o projeto sendo planejado há um ano, a Vivo vai importar os aparelhos (uma espécie de modem) que serão vendidos nas lojas da operadora a partir do mês que vem. O usuário deverá comprá-lo e contratar o serviço da operadora.

Sem preço

 

A companhia deverá oferecer o serviço como degustação no início, segundo Fabbris. O aparelho que conectará o carro poderá ser parcelado em até 12 vezes e o preço ainda não está sendo divulgado.

A operadora já está conversando com potenciais parceiros para ampliar o portfólio de serviços desse produto com seguradoras e postos de gasolina.

No caso da Claro com o Chevrolet Cruze, será possível navegar na rede de internet móvel 4.5G da operadora, utilizando uma solução já embarcada no veículo, mas são restritos ao modelo. Além de economizar o plano de dados do smartphone ao acessar a internet no Wi-Fi do carro, a antena externa do carro permite intensidade de sinal até 12 vezes maior em deslocamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os apaixonados por carros já podem marcar no calendário a 4ªedição do Motor Show Pernambuco, confirmada para ocorrer entre os dias 29 de agosto a 8 de setembro, no RioMar Shopping, Zona Sul do Recife. Com assinatura de André Cavalcanti, curadoria de Jorge Moraes e produção da Libre Promo, o salão apresentará novos modelos, novas tecnologias e novas formas de pensar o mercado de luxo para automóveis.

O evento conta com a participação de grandes empresas do ramo automobilístico. Estão confirmadas a Fiat, Jeep, Land Rover, Audi, Volkswagen, Toyota, Lexus e Mercedes Benz. O Motor Show apresenta novidades na manutenção e cuidados gerais com veículos, com a AutoBox. Sobre duas rodas, a Honda Motos também confirmou presença. “Entre as novidades, contaremos com novos modelos de carros híbridos, não apenas para o uso de energia elétrica, mas também com Gás Natural, que polui menos e é bem mais em conta”, adianta André Cavalcanti.

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Nesta edição, o Motor Show Pernambuco amplia a sua atuação e une forças com a TODOS, Festival Automotivo para pessoas com necessidades especiais. “Muitos brasileiros têm direitos a descontos especiais na hora de comprar o seu carro e não sabem. Além de pessoas com deficiência física e seus familiares, produtores rurais, empresas e algumas classes profissionais como advogados e médicos podem gozar deste benefício. Criamos a TODOS com esta missão de orientar esse público e ajudá-los neste processo”, explica André Cavalcanti.

Por lei, pessoas com deficiências e seus familiares são isentos de alguns impostos na aquisição de novos veículos. O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por exemplo, é abatido em casos de pessoas com deficiência visual, mental (severa ou profunda) ou autistas, e é válida para veículos até R$ 70 mil, fabricados no Brasil ou nos países do Mercosul. No caso dos familiares, o veículo é comprado em nome do beneficiário, que pode indicar até três condutores legais. Autistas, pessoas com deficiência visual ou aqueles que dependam de terceiros para se locomover (como tetraplégicos) estão inseridos nesse cenário.

SERVIÇO

Motor Show Pernambuco

Piso L3 do Riomar

Segunda a sábado: 13h às 22h

Domingo: 13h às 21h

Gratuito

Informações: (81) 30350003 ou pelo e-mail contato@librepromo.com.br

Com informações da assessoria

Para os proprietários de veículos com placas final 4, o prazo para renovar o licenciamento vai até a próxima quarta-feira (31). A partir de 1º de agosto, quem não estiver com o documento regularizado fica impedido de rodar. Quem for pego dirigindo sem o documento de 2019 terá o veículo aprendido, além de levar multa e sete pontos na carteira de habilitação.

O serviço de licenciamento tem o custo de R$ 90,20 para todos os tipos de veículos. Não existe emissão de boleto, a taxa deve ser paga por meio do número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Se constar débitos como IPVA, seguro obrigatório e multas, precisam ser quitados. É possível conferir o passo a passo no site do Detran SP.

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O calendário anual de licenciamento começou em abril e vai até dezembro, conforme a placa de cada veículo. Não é preciso esperar o mês indicado no cronograma, ou seja, o serviço pode ser antecipado.

 

O mercado de automóveis, que deve crescer pelo terceiro ano seguido, tem sido impulsionado principalmente por descontos maiores oferecidos pelas concessionárias e pelas montadoras, sobretudo a clientes pessoa jurídica, numa tentativa de driblar as condições adversas da economia. É o que indica a receita do governo com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir da venda de carros. Como os preços estão menores, a arrecadação cai, apesar das vendas aumentarem.

No primeiro semestre, o número de automóveis emplacados teve expansão de 11,2% em relação à primeira metade do ano passado, segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No entanto, a arrecadação do governo com o IPI sobre automóveis, que em tese deveria estar crescendo no mesmo ritmo, caiu 3,1% no período, já retirados os efeitos da inflação.

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Uma possível explicação para o desequilíbrio seria a mudança na composição dos carros vendidos. Por exemplo, a venda de modelos mais baratos (como o Gol, da Volkswagen, e o Palio, da Fiat) poderia estar crescendo mais que a dos mais caros. Mas não é o que ocorre. Pelo contrário. Como a crise econômica afetou mais os consumidores mais pobres, são os carros mais caros, voltados ao público de maior renda, que têm tido resultados melhores desde 2015.

O descompasso, portanto, é explicado pelos descontos. O principal sinal disso é que a venda de carros para empresas tem crescido mais do que para o consumidor pessoa física. Enquanto para os primeiros cresceram 23,5% no primeiro semestre, para os segundos avançaram 2,1%. Com isso, a participação da venda para empresas, chamadas de vendas diretas, subiu para 45% neste ano, ante 25% em 2012.

Para o analista Roberto Barros, da consultoria IHS, especializada no setor automotivo, a redução de preços tem se intensificado ao longo dos meses, e deve continuar ocorrendo nesse segundo semestre com grandes promoções feitas pelas concessionárias e descontos maiores para empresas atendidas diretamente pelas montadoras.

"Nós conseguimos monitorar os preços de tabela dos carros e estes já pararam de crescer, enquanto os preços reais estão caindo", observa Barros.

Os clientes corporativos são locadoras, produtores rurais e frotistas em geral, que compram em grande quantidade e têm mais poder de barganha para obter descontos. Ao mesmo tempo, com a baixa demanda por parte do consumidor comum, as fabricantes se veem forçadas a baixar o preço para os clientes corporativos, numa tentativa de liberar estoques.

Realocação. O movimento foi reforçado pela crise da Argentina, o principal destino das exportações brasileiras de veículos. Como a demanda do mercado argentino recuou 10% em 2018 e tem caído mais 50% em 2019, os carros feitos no Brasil que seriam enviados ao país vizinho foram remanejados para o mercado interno, aumentando a competição e reduzindo os preços.

Segundo executivos do setor, essa realocação do mercado externo para o doméstico tende a priorizar clientes corporativos, pois as concessionárias, que concentram as vendas no consumidor comum, trabalham com estoques bem ajustados à demanda. Portanto, o espaço para que as montadoras possam escoar seus excessos está nos consumidores pessoa jurídica.

Não quer dizer, contudo, que as vendas para pessoa física não estejam contando com descontos. O presidente da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave), Alarico Assumpção Jr, afirma que, com o desemprego alto e o crédito ainda restrito, a demanda ainda é baixa, gerando necessidade de vendas mais negociadas que o normal para setor. "Estamos tendo de dar descontos para poder realizar o negócio."

A projeção da Fenabrave para o mercado de automóveis neste ano é de expansão de 7,5%, revisado pela última vez no início do mês. Antes, a previsão era maior, de avanço de 10,3%. A estimativa ficou mais pessimista em razão de frustrações com a atividade econômica, alto nível de desemprego, confiança baixa por parte do consumidor e lentidão na implementação da agenda econômica do governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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