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A expansão de crédito registrada nos bancos públicos foi vista, mais uma vez, em outubro. Em 12 meses, até o mês passado, o aumento da liberação de recursos por essas instituições foi de 28,4% ante 6,3% dos bancos privados nacionais e de 11,6% dos estrangeiros. "Temos expansão mais significativa dos bancos públicos", disse Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, nesta quinta-feira. Maciel salientou que esse movimento é visto porque dentro dos dados de expansão de crédito há a atuação de bancos como a Caixa, o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No caso do crédito voltado às indústrias, o BC informou que houve um crescimento de 3,5% nas operações de crédito com origem nos bancos públicos de setembro para outubro. Esta foi a maior alta entre os segmentos do setor privado, já que, na mesma base de comparação, as operações dos bancos públicos para habitação subiram 2,9% e para o comércio, 2,7%. Nos demais casos também houve alta: rural (2,7%), pessoas físicas (2,0%) e outros serviços (2,6%). "Sabemos que no crescimento da indústria tem as atuações do BNDES, particularmente às ligadas ao investimento."

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O governo editou nesta sexta-feira a Medida Provisória (MP) 581 que, entre outras providências, constitui fonte adicional de recursos para ampliação de limites operacionais da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. A medida autoriza a União a conceder crédito à Caixa de até R$ 13 bilhões e ao BB, de até R$ 8,1 bilhões, "em condições financeiras e contratuais definidas pelo ministro de Estado da Fazenda que permitam o enquadramento como instrumento híbrido de capital e dívida apto a integrar o patrimônio de referência, conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional".

A MP diz que, para a cobertura desse crédito, a União emitirá títulos da dívida pública mobiliária federal, sob a forma de colocação direta, em favor da Caixa e do BB. As características desses papeis ainda serão definidas pelo Ministério da Fazenda.

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Quanto aos recursos que serão disponibilizados para a Caixa, diz a MP que até R$ 3 bilhões destinam-se ao financiamento de material de construção e de bens de consumo duráveis, às pessoas físicas, sendo que, no caso de financiamento de bens, exclusivamente para o público da Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. Além disso, até R$ 3,8 bilhões deverão ser destinados ao financiamento de projetos ligados a infraestrutura.

Quanto aos recursos destinados ao Banco do Brasil, eles serão destinados a aplicações em operações de crédito direcionadas a financiar o segmento agropecuário referente à safra 2012/2013.

A MP dispõe ainda sobre o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) e autoriza a União a conceder subvenção econômica às instituições financeiras oficiais federais, sob a forma de equalização de taxa de juros nas operações de crédito para investimentos no âmbito do FDCO.

 

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