Tópicos | Band

O ex-jogador e apresentador José Ferreira Neto, mais conhecido como Neto, da Band, foi condenado em primeira instância a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil ao treinador Jorge Sampaoli, ex-Flamengo. A informação foi confirmada ao Estadão pela defesa do técnico argentino, que foi acusado de racismo durante a exibição do programa "Baita Amigos", no dia 17 de abril deste ano, e "Os Donos da Bola", no dia 18 do mesmo mês. O caso corre na 1ª Vara da Justiça de São Paulo e cabe recurso.

Sampaoli havia entrado com uma ação cível, em junho, exigindo uma retratação pública de Neto pelas falas proferidas nos programas. Como não ocorreu, decidiu entrar também com um pedido criminal. O Grupo Bandeirantes também entrou como polo passivo na ação. Nenhuma das partes respondeu às ações na Justiça, de acordo com a defesa do treinador argentino. A reportagem entrou em contato com a Band, mas ainda não obteve resposta até a publicação da matéria.

##RECOMENDA##

O valor de R$ 500 mil é, segundo a defesa, "simbólico", e foi calculado com base nos ganhos que a emissora tem com anúncios ao longo de sua grade. As ofensas a Sampaoli duraram, de acordo com advogado de acusação, cerca de dez minutos, somados os tempos dos dois programas.

Na esfera criminal, que corre na primeira 1ª Vara Criminal de São Paulo, a juíza Aparecida Angélica Correia definiu o prazo de 15 dias para que a defesa reúna as expressões e declarações consideradas ofensivas, por parte do apresentador, para a análise da Justiça. Neste âmbito, apenas o apresentador é processado, por calúnia e difamação.

NETO X SAMPAOLI: RELEMBRE O CASO

No dia 17 de abril, Neto comentou sobre a passagem do técnico pelo Santos, em 2019. Segundo o apresentador, Sampaoli foi racista com um funcionário do clube. "Um cara que trata mal o Arzul, que é negro... E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano incrível... Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento", afirmou Neto.

Em outro momento, Neto chegou a dizer que seria uma vergonha o Flamengo escolher Sampaoli para substituir Vítor Pereira no comando técnico. "Vocês não dão moral para as pessoas que são do próprio País, aí vocês dão moral para um cara como esse, que muitas vezes tratou as pessoas de uma maneira tão racista, de uma maneira tão hipócrita...", disse Neto, durante o programa "Baita Amigos".

"Esse baixinho aí. Esse idiota aí. Isso aí é uma vergonha, pinto pequeno, não sabe nada de bola. É uma vergonha o Flamengo contratar um cara desse", afirmou, no programa da Band.

O art. 144 do Código Penal, utilizado para a intimação de Neto, cita que "se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo." É neste artigo que se baseia a defesa do treinador flamenguista. "Esse procedimento serve, para trazer ao conhecimento do poder Judiciário, que houve um possível delito contra a honra", explica Raphael Feitosa Fisori, ao Estadão.

Sampaoli chegou ao Flamengo em abril deste ano, após demissão de Vítor Pereira. Antes do time rubro-negro, passou pelo Santos, em 2019 - trabalho citado por Neto -, e Atlético-MG, entre 2020 e 2021, únicas equipes que treinou no Brasil.

João Silva, filho do apresentador Fausto Silva, revelou ao colunista Lucas Pasin alguns detalhes sobre a saída de seu pai da Band. Em um bate papo, o herdeiro mais novo do apresentador afirmou que ficou surpreso com a decisão de seu principal incentivador:

- Não esperava a saída de Faustão. Já imaginava que um dia ele ia querer que eu e a Anne (Lottermann) tocássemos o programa, e ela me ajudou muito, foi espetacular a parceria, mas a saída me pegou de surpresa. As oportunidades na vida nem sempre chegam da maneira que a gente imagina, e foi ótimo.

##RECOMENDA##

Depois que o apresentador deixou a emissora, João e Anne foram os responsáveis por comandar o Faustão na Band.

Ao ser questionado sobre uma possível aposentadoria do pai, o jovem disse que ainda acredita que ele possa se renovar na internet:

- Acho que meu pai não vai parar. Talvez faça uma coisa completamente diferente, talvez no digital ou mesmo na televisão. Parar não faria bem para uma pessoa que ama tanto o que faz. Ele vai descansar e ter o tempo dele. Eu, filho, acho muito importante que ele faça algo que o faça feliz.

João, que tem contrato com o canal até o fim do mês de agosto, afirmou ainda não saber sobre seu futuro na TV, mas garantiu que ficará ativo pelo menos nas redes sociais.

- Por enquanto ainda tenho contrato na Band. Acredito que fico lá até o fim de agosto, mas estarei nas redes sociais, e em breve apareço com uma novidade.

A Band reforçou a saída de Faustão. Em um comunicado, a direção do canal afirmou que os laços de amizade, reconhecimento e gratidão com o apresentador continuam. Ainda foi informado que os diretores do programa Cris Gomes, Beto Silva e Renato Moreira também não fazem mais parte do quadro de funcionários.

"Eles atuaram brilhantemente ao lado de Fausto Silva, liderando com muita competência e profissionalismo uma numerosa equipe que foi responsável por esse projeto que levou alegria, diversão e informação para milhões de brasileiros. A Band agradece aos profissionais pelos dois anos de dedicação ao programa e deseja muito sucesso nas novas empreitadas", disse a nota.

##RECOMENDA##

Visando explorar o universo do entretenimento, a emissora paulista garantiu que uma nova produção está sendo montada para os telespectadores. Sem entrar em detalhes, a Band afirmou que a próxima atração será dirigida por Ignácio Iglesias, que teve passagem pelo CQC, A Liga, Pesadelo na Cozinha e 1001 Perguntas. "Ele trabalhará com a atual equipe de produção", explicou a Band.

O que será do futuro de Faustão como apresentador? Segundo informações do colunista Lucas Pasin, o apresentador poderá deixar de apresentar seu programa diário na Band. O assunto ainda estaria sendo tratado em segredo pela emissora.

Fausto Silva supostamente interrompeu reunião na tarde da última quarta-feira, dia 17, para conversar com a direção. Durante a reunião, teria sido discutida a sua saída e a indicação de João Guilherme Silva e Anne Lottermann para assumir comando até julho, quando um novo programa deve substituir o horário.

##RECOMENDA##

Não está certo qual trabalho ele deverá assumir após deixar Faustão na Band, mas seu contrato com a emissora vai até 2026. Para poder moldar a atração a seu gosto, o artista teria usado seu próprio dinheiro para manter quadros como Pizzaria do Faustão, Dança das Feras e outros.

E não para por aí! A coluna também descobriu que Fausto já ouviu mais de uma vez de amigos que a encerrar a atração diária e apresentar apenas aos domingos seria a melhor opção. Enquanto isso, João Guilherme e Anne supostamente serão avaliados antes que uma decisão seja tomada sobre seu papel.

 

O ex-jogador e comentarista Carlos Alberto, ex-Corinthians e outros clubes, foi demitido da Band nesta quinta-feira após ser acusado de agredir um torcedor do Flamengo em um restaurante na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, segundo o jornal O Globo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o torcedor diz que tentou brincar com o ex-atleta, que deu um soco em seu rosto.

"Carlos Alberto não faz mais parte da equipe de comentaristas da Band. Agradecemos pelo período em que ele esteve na emissora e desejamos boa sorte", disse a Band em nota.

##RECOMENDA##

Carlos Alberto foi contratado neste ano pelo canal para atuar nos jogos do Campeonato Carioca e no programa "Os Donos da Bola". Recentemente, ele se envolveu em frequentes polêmicas com Arrascaeta, do Flamengo. No fim de dezembro, na partida festiva anual organizada por Zico, o atleta do time carioca aplicou uma caneta no ex-jogador. Irritado com a repercussão do lance nas redes sociais, Carlos Alberto disparou contra o uruguaio em sua conta no Instagram.

"Só respeito o Arrascaeta se ganhar um Mundial e uma Liga dos Campeões", disse em entrevista ao podcast "Mundo GV". Ele ganhou as duas competições com o Porto, em 2004. Na competição europeia, anotou um dos gols da final vencida pela equipe portuguesa.

A polêmica não parou por aí. Após o vexame do Flamengo no Mundial de Clubes ao ser eliminado pelo Al Hilal, nesta terça-feira, Carlos Alberto, que atuou por Botafogo, Fluminense e Vasco no Rio, debochou do time rubro-negro. Ele aproveitou para alfinetar Gabigol e Arrascaeta, dois dos principais nomes do time carioca.

"É rapaziada. Infelizmente não deu. Eu avisei, para pensar no Real Madrid tinha que passar da semifinal. Aqui ó (taça do Mundial), Gabigol e Arrascaeta não fiquem tristes. Gabigol, você chorou, fica triste não. Se quiser eu empresto o Mundial, mas tem que devolver. Porque ganhar, vocês não vão".

A grande final do MasterChef Profissionais será exibida na noite desta terça-feira (8), mas a Band já está a todo vapor para levar ao ar mais uma edição do programa. No dia 15 de novembro, às 22h45, estreia na emissora paulista a primeira temporada do MasterCher +.

Os telespectadores que acompanham o reality culinário irão conferir participantes com mais de 60 anos de idade. Nesta segunda-feira (7), nas redes sociais, a atração divulgou um vídeo anunciando os concorrentes.

##RECOMENDA##

"O sonho de se tornar um MasterChef não tem idade e a paixão pela culinária trouxe 20 cozinheiros acima dos 60 anos para encarar esse desafio na cozinha mais famosa do mundo", declarou a direção. Depois que o conteúdo foi compartilhado, diversas pessoas vibraram com a novidade da edição do projeto.

Confira ao vídeo:

[@#video#@]

No primeiro debate presidencial do segundo turno, exibido pela Band no domingo (16), os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) repetiram confrontos anteriores e dedicaram pouco tempo à apresentação de propostas para o País. Os adversários usaram somente 4 minutos e 25 segundos do tempo total de 92 minutos para discutir planos de mudanças reais. A discussão de projetos representou cerca de 5% do embate dos postulantes.

Questionados sobre propostas pelos entrevistadores do evento, ambos direcionaram críticas ao passado um do outro, destacando feitos negativos de cada governo, em substituição ao debate de ideias sobre saúde, educação e economia. Na soma final, o petista debateu projetos por três minutos e 45 segundos; Bolsonaro, por 58 segundos.

##RECOMENDA##

O candidato do PT criticou o chefe do Executivo pela condução do País durante a pandemia, o orçamento secreto e a política econômica. Bolsonaro, por sua vez, relembrou casos de corrupção que marcaram as gestões petistas e se defendeu das acusações promovidas pela campanha de Lula.

Por mais que o primeiro bloco do debate tenha sido dominado pelo tema da pandemia e as mortes decorrentes da covid-19, os candidatos falaram sobre como viabilizariam promessas de campanha se o presidente da República controla apenas 4% do Orçamento.

Bolsonaro dedicou 17 segundos para se comprometer a tornar o Auxílio Brasil "vitalício". "A origem virá de uma proposta, que já passou na Câmara, visando à reforma tributária, e está no Senado. Vamos manter essa despesa extra de forma permanente, vitalícia." Ele também destacou que o governo estuda "privatizar alguma coisa", sem deixar claro o que seria. "Uma parte (do dinheiro), obviamente, vai para pagar juros da dívida e outra, para irrigar outros projetos."

Lula citou a aprovação da reforma tributária pela Câmara, tema para o qual dedicou 24 segundos. "Para que a gente possa taxar menos os mais pobres, propomos uma isenção (de) até R$ 5 mil do Imposto de Renda, e cobrar dos mais ricos, que muitas vezes não pagam sobre o lucro e o dividendo."

Indagados sobre projetos que propõem alterações na composição do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula disse ser contra. No entanto, cogitou a possibilidade de estabelecer mandato para os ministros. "Acho que a gente pode discutir no futuro, se tiver uma nova Constituinte, quem sabe, ter mandato ou não."

Legislativo

Questionado sobre o orçamento secreto no programa promovido em parceria com a TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo, o ex-presidente destinou 49 segundos à proposta de criação de um "orçamento participativo". Ao responder à mesma pergunta, Bolsonaro usou o tempo para defender sua relação com as Casas Legislativas, rebater o argumento de compra de votos e apontar que parlamentares do PT também receberam as chamadas emendas de relator.

Na área da educação, Lula usou 1 minuto e 30 segundos para prometer que fará uma reunião com governadores e prefeitos para discutir como recuperar o aprendizado após a pandemia. Bolsonaro dedicou 22 segundos para propor aprimorar o aplicativo Graphogame, que, segundo ele, auxilia na alfabetização.

No terceiro bloco, o petista dedicou 36 segundos para defender sua proposta voltada para a Amazônia. "Destruição, invasão de terra indígena, garimpo ilegal, coisas que vamos proibir no nosso governo", disse o ex-presidente. Ele aproveitou o mesmo contexto para difundir sua proposta de criação do Ministério dos Povos Originários. "Indígenas vão indicar um ministro deste país."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o debate da TV Bandeirantes na noite desse domingo (16) acompanhado pelo senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR). A jornalistas, os dois disseram ter mais convergências do que divergências. O ex-juiz da Lava Jato deixou o cargo de ministro da Justiça de Bolsonaro acusando o presidente de interferência na Polícia Federal.

"Tivemos divergências, mas nossas convergências são muito maiores. Temos um projeto de Brasil", afirmou Bolsonaro. De acordo com o chefe do Executivo, Moro poderia falar por ele sobre as declarações do rival Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate sobre corrupção. "Moro tem conhecimento profundo de como foi corrupção no Brasil", declarou o candidato à reeleição.

##RECOMENDA##

Moro afirmou que Lula "não conseguiu responder"" perguntas importantes e mentiu ao dizer que os diretores da Petrobras envolvidos em corrupção não teriam sido indicados pela Presidência da República. O ex-juiz também negou a intenção de integrar o Executivo novamente caso Bolsonaro seja reeleito.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ser questionado sobre como governar sem a "compra de apoio legislativo", afirmou há pouco que é necessário "lidar com o Congresso que foi eleito", representantes colocados lá pelo povo brasileiro, pontuou. Lula também declarou que tentará combater o orçamento secreto com um orçamento participativo, em uma tentativa de "diminuir o sequestro" que os partidos de centro fizeram da peça, como classificou.

"Se os deputados são bons ou não, o povo brasileiro tem responsabilidade por quem indicou, e é com quem tem mandato que o governo se relaciona", disse o petista, durante o debate promovido pela Band nesta noite. Em sua resposta, o petista esquivou-se de responder sobre o mensalão.

##RECOMENDA##

Sobre o orçamento secreto, ferramenta criada durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) para garantir apoio legislativo, o petista disse que com o mecanismo participativo vai tentar "confrontar essa história".

O petista também disse que o Orçamento de 2023 já está pronto, mas ele ainda não sabe, caso eleito, se irá mudá-lo ou não. "Mas eu vou pegar o Orçamento e vamos mandar para o povo dar opinião para saber o que ele quer, efetivamente, para ver se a gente consegue diminuir o poder de sequestro que o Centrão fez (do Orçamento)", finalizou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu o tom contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) após ter sido acusado de mentir, durante o debate da Band nesta noite. Ao falar sobre a pandemia, em que o petista criticou a demora na compra de vacinas, Bolsonaro, além de defender as ações do governo, respondeu o petista, dizendo: "Não continue mentindo, pega mal até para sua idade. Pelo seu passado não vou dizer, porque o seu passado é lamentável. Como resposta, o petista chamou o adversário de "rei das fake news" e "da estupidez".

"Mentira é você, porque os números estão ali na imprensa todo dia. Você é o rei das fake news, rei da estupidez, de mentir para a sociedade brasileira, e você mentiu sobre a vacina o tempo inteiro, negligenciou a vacina, e o Brasil hoje carrega a pecha que tem mais morte pela covid. É lamentável", disse o petista, que voltou a criticar o presidente por não visitar vítimas da doença, mas ter ido ao funeral da rainha Elizabeth II. Lula também criticou as constantes falas do presidente contra a vacinação infantil.

##RECOMENDA##

"Fez discurso em cima do caixão da esposa e está se comovendo pela sogra",. respondeu Bolsonaro, sobre uma fala do ex-presidente que citou ter perdido uma sogra para a doença. Sobre as visitas a vítimas da covid, Bolsonaro justificou que nem familiares poderiam comparecer e afirmou que foi a hospitais. "Não preciso fazer propaganda do que faço", disse. "Me comovi, me preocupei com cada morte do Brasil", disse o presidente.

Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) travaram uma queda de braço no debate desta noite em torno da condução da pandemia pelo governo federal. O petista acusou o candidato à reeleição de atraso na compra de vacinas e citou a CPI, enquanto o chefe do Executivo defendeu sua gestão e voltou a falar em tratamento precoce, comprovadamente ineficaz para o novo coronavírus.

"Vergonha é você carregar morte de 400 mil pessoas que poderiam ter sido evitadas se tivesse comprado vacina no tempo correto. A ciência fala isso todo dia. O senhor recebeu proposta de vacina muito cedo e não quis comprar porque não acreditava", declarou Lula no debate. "O senhor não se dignou a visitar uma família que morreu de covid", acrescentou.

##RECOMENDA##

Bolsonaro respondeu que se preocupou com cada morte no Brasil. "Todas as vacinas foram compradas pelo governo federal. Nos orgulhamos desse trabalho e salvamos vidas", declarou o candidato à reeleição.

Lula lembrou o episódio em que o adversário imitou pacientes com covid morrendo de falta de ar. "O senhor debochou, riu", afirmou o petista, que também lembrou a vacinação contra o H1N1 em seu governo.

Ao reagir, o chefe do Executivo afirmou que foi contra o "protocolo Mandetta". "A vacina não é para quem está contaminado, é para quem ainda não foi contaminado. A questão do tratamento precoce, tendo ou não comprovação cientifica, tirou-se a autonomia do médico. A história mostrará quem está com a razão", defendeu Bolsonaro.

Os candidatos que disputam a corrida pelo Palácio do Planalto se encontram pela primeira vez no segundo turno das eleições 2022 na noite deste domingo, 16. Em parceria com pool de veículos de comunicação, a Band TV realiza a partir das 20 horas debate entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). As regras foram definidas em comum acordo entre as coordenações das campanhas e os organizadores.

O debate terá uma hora e 40 minutos de duração. No primeiro e terceiro blocos, Lula e Bolsonaro farão perguntas um ao outro, com direito a réplica e tréplica. No segundo bloco, os candidatos responderão a perguntas dos jornalistas representantes do pool de veículos de comunicação.

##RECOMENDA##

O debate é realizado pelo Grupo Bandeirantes em parceria com a TV Cultura, o portal UOL e o jornal Folha de S. Paulo. Veja o que analistas consultados pelo Estadão dizem sobre o que esperar do confronto.

Ao contrário de debates anteriores, que reuniram até sete concorrentes, o modelo do segundo turno deixa os adversários mais livres para circular no palco enquanto se pronunciam.

Os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentam no primeiro debate presidencial do segundo turno das eleições 2022.

Os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentam no primeiro debate presidencial do segundo turno das eleições 2022.

Veja as regras de cada bloco:

1º bloco

No início do debate, os candidatos responderão a uma pergunta de um dos mediadores, os jornalistas Eduardo Oinegue e Adriana Araújo, da Band. Por ordem definida em sorteio, Bolsonaro será o primeiro a responder.

Em seguida, eles farão perguntas um ao outro. O candidato do PT será o primeiro a perguntar. Ambos terão de administrar o tempo disponível, que é de 15 minutos, para resposta, réplica e tréplica.

2º bloco

Lula e Bolsonaro responderão a perguntas de jornalistas dos veículos que compõem o pool. O presidente e candidato à reeleição será o primeiro a responder. Ambos responderão às mesmas questões, sendo que cada um terá 1 minuto e meio para a resposta, sem direito a comentários ou réplicas.

3º bloco

No último bloco, ambos os candidatos responderão a uma mesma pergunta de um dos mediadores do debate. Lula responderá primeiro. Em seguida, voltarão ao confronto direto, iniciando por Bolsonaro, com 15 minutos para resposta, réplica e tréplica. Por fim, cada um terá um minuto e meio para suas considerações finais, Bolsonaro primeiro.

No primeiro debate do segundo turno da eleição para o governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) reiteraram posições e propostas para o Estado, mas com mensagens fortemente associadas à disputa presidencial. Em diversos momentos, o encontro realizado em estúdio da Band ganhou caráter de linha auxiliar do embate nacional.

Além do enfrentamento direto pelo Palácio dos Bandeirantes, o desempenho de Haddad e Tarcísio tem importância significativa para o confronto entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) no maior colégio eleitoral do País.

##RECOMENDA##

Com o maior colégio eleitoral brasileiro, com 34,6 milhões de votos - 22,15% do total -, o Estado é cortejado por Bolsonaro, que terminou o 1.º turno com 47,71% dos votos, e Lula, que teve na primeira rodada de votação 40,89%.

Temas como orçamento secreto e decretos presidenciais sob sigilo de 100 anos, sem nenhuma relação com os temas estaduais, foram discutidos insistentemente pelos candidatos. No cenário local, os Tarcísio e Haddad repetiram promessas, como redução de impostos, câmeras nos uniformes dos policiais militares e até a mudança da sede do governo para o centro da capital.

No primeiro e no terceiro bloco, Tarcísio e Haddad fizeram perguntas diretas entre si com um banco de tempo, o que elevou a temperatura. O tema inicial foi econômico: a redução da alíquota do ICMS para manter a redução do preço do combustível

Para Tarcísio, o debate sobre o ICMS foi uma "briga comprada pelo presidente Bolsonaro". Após agradecer ao atual chefe do Executivo, ele se comprometeu a manter a redução do ICMS no combustível, além de alongar os prazos de pagamento para o pequeno empreendedor e reduzir o imposto na aquisição de bens de capital. "Isso vai gerar emprego", pontuou.

Já o petista rebateu atacando e disse que a redução foi uma "caridade com o chapéu alheio" e afirmou que o presidente "tirou dinheiro dos governadores".

Mas apesar das críticas, Haddad afirmou que, caso eleito, irá manter a alíquota do ICMS e se juntar com os governadores para que o veto de Bolsonaro à compensação aos Estados pelas perdas de arrecadação com o tributo seja derrubado.

Em seguida, foi Tarcísio que subiu o tom no tema da segurança pública ao lembrar o que chamou de "frase infeliz" do ex-presidente Lula, que em um discurso afirmou que Bolsonaro "não gosta de gente, gosta de policial".

"O presidente Lula se desculpou pela frase. Ele quis usar milícia, e não polícia. O Bolsonaro celebrou o aumento de suicídio de pessoas, ofendeu chefes de Estado e jornalistas, mas não pede perdão por nada", respondeu Haddad.

Foi então a vez de Tarcísio fazer contorcionismo para defender o padrinho e alegar que Bolsonaro foi mal interpretado e queria na verdade fazer "alertas" para a população.

A artilharia entre os dois candidatos seguiu nas perguntas seguintes sobre câmeras no uniforme dos policiais, cultura, vacinação e fake news, orçamento secreto e sigilo de 100 anos, sempre seguindo a mesma dinâmica de ataque à defesa dos respectivos presidenciáveis apoiados pelo ex-prefeito e o ex-ministro.

"Tarcísio, confesse aqui, o que está acontecendo com o seu orçamento na infraestrutura. O que é decisão sua executar e o que é decisão do relator?", perguntou o petista.

O candidato do Republicanos fez críticas às gestões do PT e a Lula, e evitou críticas diretas ao mecanismo. "Hoje tem muito mais autonomia, tem emenda impositiva, as ferramentas do passado já não funcionam mais", justificou Tarcísio. Em resposta, o petista voltou a tecer críticas à medida e perguntou se Tarcísio emularia o orçamento secreto no Estado, caso eleito.

"O que a gente defende para o orçamento é menos vinculação de receita, é um orçamento mais livre para que os gestores possam definir a política pública e levá-la para a ponta", respondeu.

Críticas indiretas a Garcia

Após Rodrigo Garcia (PSDB) declarar apoio "incondicional" a Tarcísio e Bolsonaro no 2° turno, gestão do tucano foi alvo de críticas indiretas do candidato bolsonarista em temas como transporte e segurança pública.

"Nós não podemos ter o bandido em uma situação de vantagem com relação ao policial. Então, tirar a câmera é uma coisa simbólica, que mostra que o Estado está amparando esse policial", afirmou Tarcísio sobre o uso de câmeras corporais em agentes da Polícia Militar, medida iniciado durante a gestão do tucano.

Coube a Haddad defender a medida, afirmando que a política já se mostrou eficiente, com a redução das mortes de agentes, além da letalidade policial. "Como você, que se diz técnico, vai desafiar os dados que são da própria polícia", disse. "As câmeras precisam ser mantidas e reavaliadas", destacou.

Em outro momento, porém, o candidato de Bolsonaro fez um gesto para os tucanos. "Nosso governo não vai ser do cavalo de pau".

Quando falou sobre a revitalização do centro da capital do Estado de São Paulo, o candidato do Republicanos defendeu a transferência do centro administrativo do governo para o bairro dos Campos Elíseos. "Quando você leva o poder pro centro, você fica comprometido com o problema", disse Tarcísio.

Para Haddad, a prioridade é recuperar o centro da cidade, mas discordou com a ideia do ex-ministro da Infraestrutura. "Você vai gastar um dinheirão para fazer outro Palácio, e não vai acontecer nada no centro de São Paulo porque o centro de São Paulo precisa de morador", disse o petista.

Criticado por opositores por demonstrar desconhecimento sobre o Estado de São Paulo, o candidato ao governo Tarcísio Freitas (Republicanos) errou o nome dos Campos Elíseos, bairro da capital.

Ao falar sobre a proposta de mudar a sede do Palácio dos Bandeirantes, hoje localizado no Morumbi, Tarcísio disse em mais de uma ocasião que levaria o prédio para o "Campo dos Elíseos".

Carioca, o candidato tem cometido gafes que mostram falta de conhecimento sobre o Estado que deseja governar. Uma das que mais gerou repercussão foi quando não soube responder a jornalistas onde fica seu local de votação em São José dos Campos.

Pandemia

Haddad ainda criticou a gestão do atual presidente durante a pandemia de covid-19 e questionou se Tarcísio tinha a mesma postura de Bolsonaro em relação à vacina contra a doença. O ex-ministro da Infraestrutura defendeu o chefe do Executivo e afirmou que as acusações eram fake news. "A fake news está em você fazer um recorte de uma gravação, recorte de um filme", disse, declarando que, se os vídeos fossem exibidos na íntegra, veria que Bolsonaro estava fazendo um alerta.

Tarcísio ainda defendeu as medidas econômicas do governo na pandemia. "A mão do governo federal salvou milhares de empresas", afirmou, ao dizer também que o Brasil está em recuperação com o arrefecimento dos números da covid-19.

Considerações finais

Nas considerações finais do debate, o candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apostou em um discurso com foco em mudanças sociais no Estado. Já Fernando Haddad, nome do PT ao governo do Estado, também citou projetos de interesse social, mas aproveitou para exaltar a necessidade de um alinhamento entre o Executivo estadual e nacional.

Tarcísio apostou em negar a imagem de "político profissional", mas um "engenheiro mão na massa" que aprendeu com "os mais simples". Ao defender seu nome como o novo governador paulista, o ex-ministro da Infraestrutura avalia que seu programa de governo é "muito bem construído" e enfatiza o foco dado à moradia, saúde e emprego.

Ao finalizar suas considerações, o candidato do Republicanos aproveitou para fazer palanque para o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). "Vote Bolsonaro", disse, citando o número da urna do presidente.

Apesar de adversários, as considerações de Tarcísio e Haddad convergiram com foco em habitação. "No fundo, o que a gente quer é que as pessoas nos conheçam um pouco mais, conheçam as soluções que a gente tem a apresentar", afirmou o candidato petista.

Ao fazer palanque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa com Bolsonaro o segundo turno presidencial, o ex-prefeito de São Paulo defendeu a importância de um maior diálogo com o Executivo nacional. "Ter as portas do Palácio do Planalto abertas", disse, criticando o atual Executivo com o orçamento secreto e com o decreto de diversos sigilos.

No primeiro turno, Tarcísio chegou na frente, com 42,32% (9,8 milhões dos votos válidos), contrariando todas as pesquisas. Haddad teve 35,7% dos votos válidos (8,3 milhões). No segundo turno, sondagens de intenção de voto apontam o ex-ministro de Bolsonaro com até 10 ponto porcentuais na frente.

Há pouco mais de quatro anos, durante debate na RedeTV!, a reação do então deputado Jair Bolsonaro a pautas classificadas como feministas foi o assunto mais comentado ao fim do embate. Assim como no encontro promovido pela Band neste domingo, o candidato ficou visivelmente incomodado ao ter seu comportamento em relação às mulheres confrontado ao vivo. Em 2018, pela adversária Marina Silva (Rede). Anteontem, pelas senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União). Em comum, a defesa da paridade de gênero e o fim da violência política contra as mulheres.

Ontem, entre avaliações de quem perdeu ou ganhou mais com o debate, um consenso entre especialistas: o combate à discriminação feminina praticada publicamente se incorpora agora às temáticas mais relevantes da eleição presidencial. Após o encontro, conforme levantamento da Torabit, empresa parceira do Estadão na criação da ferramenta Monitor de Redes Sociais, entre o meio-dia de domingo e o meio-dia de ontem, Simone e Soraya ganharam protagonismo, recebendo 10,9% e 10,3% das menções no mesmo período, se colocando à frente de Ciro Gomes (6,6%) e Luiz Felipe d’Avila (2,8%) - Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 33,8%, e Bolsonaro (35,58%) lideraram.

##RECOMENDA##

De acordo com a cientista política Graziella Testa, da FGV-SP, essa tendência se deve ao preparo das mulheres. "Esses temas já estavam nos planos das campanhas, mas o preparo mostrado tanto pela Vera Magalhães (jornalista atacada por Bolsonaro) como pela Simone Tebet resultou não apenas no deslize de Bolsonaro, mas na dificuldade pública de os candidatos homens lidarem com essas questões."

Segundo Graziella, há um embaraço de se conversar de igual para igual. "É hora de eles (candidatos à Presidência) entenderem de fato quais são suas questões e o que precisam fazer para não transparecer tanto essa falta de familiaridade em estar de igual para igual com uma mulher no âmbito público", afirmou.

A agressividade e o destempero demonstrados especificamente pelo presidente diante de temas que envolvem 52% da população - e do eleitorado -, são, na visão da advogada Sheila de Carvalho, uma prova de que essa é uma prática deliberada do presidente.

"Ele (Bolsonaro) joga para um nicho de apoiadores que acredita que as mulheres são inferiores e que podem ser domadas sob uma perspectiva de violência. Assim como outros políticos, ele ainda não entendeu que a agenda de mulheres não é transversal ou identitária, mas estrutural, assim como o racismo", disse a especialista em direitos humanos e integrante da Coalizão Negra.

A reação das redes bolsonaristas reforça a fala de Sheila. Não foram poucos os perfis no Facebook e no Instagram que comemoraram a resposta dada por Bolsonaro a Vera Magalhães - "Você deve dormir pensando em mim" - ou atacaram Soraya ao relembrar o apoio dado por ela em 2018 a Bolsonaro. Agora, a senadora virou "traíra".

Fora da bolha, a violência política transmitida pela TV teve outras nuances: a risadinha de Ciro Gomes (PDT), as escolhas dos candidatos homens na ordem das perguntas (deixando as candidatas para o final) e a falta de entendimento de Lula sobre paridade nos ministérios. "Não se trata de uma questão de meritocracia", disse Sheila.

DESAFIO

Para o cientista político Antonio Lavareda, ao escolher falar para seu nicho, Bolsonaro tende a aumentar a diferença que existe em seu eleitorado quando se trata dos apoios entre homens e mulheres. "Um dos desafios da campanha tem sido avançar no segmento feminino, expondo cada vez mais, por exemplo, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Mas episódios como o de ontem só reforçam esse gap."

Lavareda disse que a campanha de Bolsonaro e as demais terão de incorporar de forma mais vigorosa a temática feminina em seus discurso.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Favorita da fatia de empresários que rejeita a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, a candidatura de Simone Tebet (PMDB) parece ter, enfim, ganhado um empurrão. Apesar de ainda ser um "dark horse" - ou seja, de no momento ter poucas chances de chegar ao segundo turno -, Simone animou parcela do setor produtivo com o seu desempenho no debate na Band, no domingo. A aposta é que, enfim, o gráfico da peemedebista se mova para cima nas pesquisas.

A "prova dos nove" do desempenho da candidata, que aparece em pesquisas de opinião de forma unânime como a melhor no debate, deve vir com os levantamentos eleitorais que serão divulgados a partir de quinta-feira. Por ora, a avaliação é de que as pesquisas mostrem mais os efeitos das entrevistas dos candidatos no Jornal Nacional - quando a candidata se saiu bem, mas foi ofuscada por Lula - e do início da campanha no rádio e na televisão.

##RECOMENDA##

Ainda assim, de acordo com três fontes ligadas ao meio empresarial que apoiam Simone, ainda não é hora de comemorar. A ideia, agora, é aproveitar o crescimento da candidata nas redes sociais desde domingo para "viralizar" trechos dos embates que ela teve com os líderes, posicionando-a como uma opção a ambos. Mesmo entre os entusiastas da peemedebista, há cautela. Um dos empresários consultados pelo Estadão avalia que ela precisa ganhar visibilidade por ainda não ser conhecida por parte relevante da população.

A expectativa é de que, se ganhar tração nas pesquisas, ela naturalmente atraia mais curiosidade. E aí viria um efeito "bola de neve", em que a migração de parte do eleitorado para a candidatura traria mais votos. Uma das fontes consultadas a definiu como "a melhor alternativa para o Brasil", e outra afirmou que "ela está no jogo".

Em entrevistas recentes ao Estadão, declararam apoio a Simone Tebet empresários como Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Sócio e conselheiro da gigante de papel e celulose Klabin, Piva declarou sobre a candidata, no início deste mês: "Há várias dezenas de razões pelas quais eu luto pela Simone (Tebet). Mas eu centralizo na pacificação, já que eu acho que, (na eleição de) qualquer um dos outros dois candidatos, vamos manter a polarização agressiva. A Simone tem capacidade convocatória de trazer o que há de melhor no País. Basta as pessoas se disporem a escutá-la para ver que ela tem motivos corretos".

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A candidata do União Brasil à Presidência, Soraya Thronicke, classificou como "horror" os ataques que recebeu nas redes sociais durante o debate presidencial da TV Bandeirantes. No programa, Soraya confrontou o presidente, sobretudo pela maneira desrespeitosa que ele tratou as mulheres. "Quando homens são tchutchuca com outros homens, mas vêm para cima da gente sendo tigrão, eu fico extremamente incomodada", disse. No debate, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, e a candidata do MDB, Simone Tebet.

"Nos intervalos do confronto, minha equipe me passava os ataques que eu estava sofrendo na internet, por força da minha participação. Isso é um horror, é o subsolo do abismo", disse ela ao Estadão. Soraya foi alvo nas redes por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem já foi aliada.

##RECOMENDA##

A parlamentar afirmou que se sente insegura em meio a clima agressivo da campanha e avalia pedir reforço da segurança à Polícia Federal. "Este clima já raivoso das eleições faz com que o alerta seja acionado. Caso eu sinta necessidade, vou pedir reforço, sim, da minha segurança, e acho que todos os demais candidatos devam fazer o mesmo, caso achem necessário". De acordo com ela, quando concorreu ao Senado em 2018 foi necessário o uso de um colete à prova de balas por "ameaças no decorrer do processo eleitoral".

Soraya citou o "clima de rivalidade que tomou conta de parte da população e que já ocasionou em morte meses atrás", em referência ao episódio em que Marcelo Arruda, militante do PT, foi morto em Foz do Iguaçu (PR) em julho por um bolsonarista, e disse que teme "por sua vida, por sua família e por sua equipe".

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filhos do presidente, criticaram a senadora após a atuação dela em relação a Jair Bolsonaro no debate. Nas redes sociais, Flávio e Eduardo lembraram que a candidata a presidente se associou ao pai deles na eleição de 2018. Em resposta a uma postagem de Flávio, a senadora do União Brasil disse que o atual presidente e o filho são "traidores da pátria".

A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou a remoção imediata de uma publicação feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro no Twitter com grave descontextualização de uma declaração dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O post alegava que o petista iria acabar com o emprego dos motoboys ou acabar com a modalidade de trabalho por aplicativo, o que, segundo Maria Claudia jamais aconteceu. Segundo a ministra jamais houve qualquer afirmação de Lula no sentido de "encerramento" dessas funções ou de proibição do trabalho por aplicativo, mas, apenas, a intenção de revestir tais postos de trabalho de mais direitos e garantias.

##RECOMENDA##

'O caso, portanto, é de grave descontextualização discursiva que subverteu e desvirtuou por completo o conteúdo da mensagem divulgada, com aptidão para induzir os eleitores e as eleitoras a erro, em especial os que são vinculados a esse setor, a respeito do real pensamento de determinado candidato sobre assunto de relevante interesse público', ponderou a ministra em despacho assinado na noite deste domingo, 28.

Segundo a magistrada, a descontextualização de falas de Lula 'descambou na criação de um conteúdo discursivo jamais dito, a autorizar a intervenção corretiva da Justiça Eleitoral, como forma de assegurar mínima higidez do ambiente informativo, em cujo contexto o cidadão eleitor deve formar sua escolha'.

A senadora e candidata do União Brasil à Presidência, Soraya Thronicke, criticou na madrugada desta segunda-feira, 29, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). A parlamentar, que já foi vice-líder do governo, disse que o presidente e o filho são "traidores da pátria" e que "jamais se curvará" a eles.

"Fui sim, eleita com Bolsonaro, acreditando nas bandeiras do combate à corrupção. Logo após, me decepcionei por completo, começando por você, que me ligou aos berros exigindo a retirada da minha assinatura na CPI da Lava Toga", afirmou a candidata. O episódio a que ela se refere aconteceu logo no início do governo, em 2019, quando uma parte da base bolsonarista no Senado queria instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar ministros do Supremo Tribunal Federal.

##RECOMENDA##

A briga começou quando Flávio comentou nas redes sociais a atuação de Soraya durante o debate presidencial da Band. De acordo com o filho do presidente, a senadora só se elegeu em 2018 por causa de Bolsonaro. "Você que também nunca tinha ouvido falar da candidata Soraya, assim ela foi eleita: ‘a Senadora do Bolsonaro’. A história já mostrou como o eleitor trata os traidores", afirmou Flávio.

O primeiro debate presidencial da campanha aconteceu na noite deste domingo, 28, e contou com a participação dos candidatos Bolsonaro, Soraya, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe d’Avila (Novo). Durante o programa, o presidente virou alvo dos concorrentes por ofender as mulheres. Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, e Simone Tebet.

Ex-vice-líder de Bolsonaro no Congresso, Soraya não poupou críticas ao ex-aliado durante o programa. "Quando homens são tchutchuca com outros homens, mas vêm para cima da gente sendo tigrão, eu fico extremamente incomodada", declarou.

Nas considerações finais do primeiro debate presidencial na TV em 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a aliança com o candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB), defendeu as gestões da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e falou do legado de seus dois mandatos à frente do Planalto.

"Eu fui procurar um companheiro com a experiência de 16 anos de governo em São Paulo para me ajudar a governar esse País. Eu sei o que fiz, sei o que vou fazer e por isso não entro no campo da promessa fácil porque sei como é difícil", disse o petista, que tem apostado na parceria com Alckmin para sinalizar compromisso com um mandato ao centro, caso seja eleito.

##RECOMENDA##

Lula também usou a experiência dos dois mandatos para mostrar que estaria capacitado a resolver a crise econômica brasileira. "Quando eu cheguei à Presidência, o juros estava em 26% e deixei com 10%. Inflação estava em 12% e deixamos com 5%. Desemprego era 12 milhões e deixamos com 22 milhões de empregos", pontuou.

O petista voltou a defender Dilma e a dizer que sua sucessora na Presidência foi vítima de golpe. "Tive o prazer de indicar a primeira mulher candidata à Presidência da República, que, quando deixou o mandato, deixou desemprego padrão Finlândia. Aqui se fala do governo da Dilma, mas ninguém falou do golpe que a Dilma sofreu em 2016", ponderou.

Lula ainda provocou Jair Bolsonaro (PL) ao falar sobre obras públicas. "Eu ia falar de obras públicas, mas é tão medíocre de obras hoje que não vou falar para não humilhar quem está governando o Brasil."

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, citou na noite deste domingo (28), no primeiro debate presidencial das eleições na TV, o ex-ministro Antonio Palocci para trazer à tona casos de corrupção no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A estratégia da campanha do chefe do Executivo é tentar aumentar a rejeição ao petista no eleitorado ao relembrar escândalos de desvio de dinheiro. "O seu governo foi o governo mais corrupto da história do Brasil", declarou Bolsonaro. O presidente também disse que as administrações petistas foram caracterizadas pela "cleptocracia", ou seja, "à base do roubo".

##RECOMENDA##

STF

Bolsonaro atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu os empresários que falaram em golpe de Estado caso o ex-presidente Lula. "Um ministro agora há pouco interferiu, mandando investigar, fazendo busca e apreensão, entre outras barbaridades", declarou Bolsonaro, em referência a Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Não tenho problemas com poder nenhum. Alguns ministros do Supremo querem interferir no Poder Executivo de qualquer jeito", emendou.

O presidente também atacou o MDB, da candidata Simone Tebet, ao dizer que "abalou a harmonia onde todos eram amiguinhos". Bolsonaro disse que alguns partidos se incomodaram por ele ter escolhido ministros por critérios técnicos, apesar de ter, durante seu mandato, se aliado ao Centrão.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando