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Um programa de lazer tradicional no dia 7 de setembro é acompanhar os desfiles militares e escolares em várias cidades brasileiras, em homenagem a Independência do Brasil. No Recife, o evento é realizado na Avenida Cruz Cabugá, área central da cidade. Num misto de história e musicalidade, as escolas participantes mostram ao público o resultado de uma longa preparação repleta de ensaios, em que, geralmente, a maioria dos alunos nunca teve experiência com os instrumentos musicais.

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De acordo com a Secretaria de Educação de Pernambuco (SE), 50 escolas participam do desfile deste ano, entre estaduais e privadas. Ao todo, mais de três mil estudantes integram as bandas, além dos profissionais que ajudam na formação e ensaio dos grupos.

Já em relação à Rede Municipal de Ensino do Recife, sete escolas participam do evento, com a atuação de 400 estudantes. Os participantes de escolas municipais são de vários níveis de escolaridade, incluindo ex-alunos das instituições de ensino.

Apesar da representatividade das bandas escolares ser muito forte em relação ao "7 de setembro", durante todo o ano são realizados eventos competitivos musicais. Muitos são organizados pelo Governo do Estado, outros são eventos a nível Nordeste e nacional.

Os ensaios, além do objetivo musical, proporcionam disciplina entre os participantes, o que gera bons frutos tanto para a vida escolar, como pessoal. Ainda há o cunho social, uma vez que a ocupação com a banda é o refúgio de muitos jovens para não entrarem no “mundo do crime”.

Da banda para a universidade

“Estudei a vida toda na escola e fui aluno da banda de música. Assim começou o meu interesse pela música e resolvi que esse era o meu caminho”. Quem conta é João Lobão Junior (foto à esquerda), de 24 anos. Ele estudou na Escola Estadual Maria Alves Machado, localizada no bairro da Maranguape II, no município de Paulista, Região Metropolitana do Recife. A banda da escola foi fundada em 2001, na intenção de trabalhar, além da musicalidade, a disciplina e a inclusão social entre os estudantes. Lobão terminou o ensino médio em 2009 e, há dois anos, ingressou no bacharelado de saxofone da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O gosto pela música foi tão grande, que atualmente Lobão é o professor da banda da escola, também chamado de maestro. Com o seu trabalho, aliado à dedicação dos alunos, o grupo já foi premiado em várias competições.

Segundo o professor, 80 estudantes fazem parte da equipe, com idades dos dez anos em diante. Porém, pela grande procura, há a necessidade de realização de seleção, através das aulas de músicas também ministradas pelo professor. “Ao todo, nós temos aproximadamente 50 instrumentos, em que apenas 30% pertencem a escola e o restante são dos próprios alunos. São instrumentos de metais, percussão e de madeira”, completa o maestro.

Por causa das competições, Lobão destaca que os ensaios são intensos, realizados de segunda-feira à sábado. “A gente tem uma rotina pesada. Tocamos vários tipos de música e não nos apresentamos apenas no dia 7 de setembro, porque temos que participar de inúmeras competições. É preciso muita disciplina”, frisa. Para o professor, a banda é um meio que afasta muitos jovens do crime. “Eu tenho certeza que muitos alunos não estão na criminalidade por causa da música”, afirma.

Lobão não recebe nenhum valor como maestro da escola. Além do trabalho voluntário, ele atua com outras atividades musicais e pretende se especializar mais no ramo.

Estudantes e músicos

Para um dos integrantes da banda, Silas Marcelino da Silva, de 22 anos, revela que sempre teve afinidade com a música. “A música sempre me chamou atenção. É de fato a minha paixão”, fala.

De mesma idade do Silas, a jovem Soraia Cecília Gomes desde criança já admirava a banda na escola. “Eu entrei na escola na primeira série e na época eu já olhava a banda tocar e achava muito lindo. Quando eu entrei, após algumas seleções, tive uma alegria muito grande”, diz Soraia.

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