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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) negou nesta segunda-feira, 29, que Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro, e os outros filhos políticos, tenham pedido informações para Alexandre Ramagem (PL), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em entrevista à CNN Brasil, o ex-chefe do Executivo disse que não recebeu qualquer informação ou relatório da agência e falou em "perseguição claríssima" contra ele e os filhos.

"Jamais meu filho pediria algo que não é legal para o Ramagem", afirmou o ex-presidente.

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Ele disse ainda que nunca buscou informações "de quem quer que seja". "Eu gostaria de saber o que foi informado pelo Ramagem de volta. Obviamente, nos órgãos do governo, é comum as pessoas fazerem questionamentos. O que foi perguntado? Se é o andamento de um processo, não tem problema nenhum. Se é interferência, é outra questão. O que foi informado pelo delegado Ramagem? O que estava sendo investigado nesse processo, parece que é de 2020 essa mensagem? Que processo é esse? O que estava sendo investigado? Eu nunca busquei colher dados de quem quer que seja para me defender", comentou.

Mensagens enviadas por uma assessora de Carlos Bolsonaro o colocaram no centro da investigação da PF sobre o esquema de espionagem ilegal que teria sido montado na Abin durante o governo Bolsonaro. Luciana Almeida pediu a uma assessora de Ramagem, na época diretor da Abin, informações sobre dois inquéritos de interesse da família Bolsonaro.

"Estou precisando muito de uma ajuda", escreve Luciana à auxiliar de Ramagem ao informar o número das investigações e indicar que elas envolveriam o "PR (presidente da República) e 3 filhos".

Segundo a PF, o filho do ex-presidente e o então diretor da Abin conversavam por meio das assessoras para evitar deixar "vestígios". Carlos ainda não se manifestou sobre a investigação.

O ex-presidente negou que tenha recebido "qualquer informação ou relatório da agência de inteligência". "Eu raramente tinha contato com a Abin. Nunca recebi informação, localização geográfica, de quem quer que seja. Nunca precisei disso. Não pedi e não tive qualquer relatório da Abin", afirmou.

Ao pedir autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer buscas em endereços ligados ao vereador carioca, a PF afirmou que ele fez parte do "núcleo político" do grupo que teria se instalado na Abin no governo do ex-presidente. A polícia chama os investigados de "organização criminosa" e vê indícios de espionagem ilegal e aparelhamento dos sistemas de inteligência.

Para a PF, as mensagens entre a assessora de Carlos Bolsonaro e a auxiliar de Ramagem confirmam que aliados de Bolsonaro tinham acesso direito ao ex-diretor da Abin e usavam o canal para conseguir informações sigilosas e sobre "ações não totalmente esclarecidas".

A Polícia Federal acredita que o aparato da Abin tenha sido usado para monitorar políticos de oposição ao governo do ex-presidente e para auxiliar a defesa de filhos de Bolsonaro em investigações criminais. A agência também teria sido usada para atacar as urnas e para tentar associar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Sem plano B para eleição do Rio

Como mostrou o Estadão, sem um plano B para a disputa à Prefeitura do Rio de Janeiro, o PL aguarda os desdobramentos da operação da Polícia Federal contra o deputado federal e ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem para avaliar os impactos na corrida eleitoral municipal na capital fluminense.

A operação representa um novo desgaste para a pré-candidatura de Ramagem, mas não tem forças para lhe tirar da corrida, avaliam líderes da legenda e até mesmo opositores.

Na entrevista desta segunda-feira, Bolsonaro reafirmou a intenção de apoiar Ramagem na disputa municipal. "O Ramagem, no que depender de mim, é o nosso candidato a prefeito. Está indo muito bem. É uma pessoa competente e responsável", disse.

Homem de confiança do clã Bolsonaro, Ramagem foi escolhido para suceder ao ex-ministro Walter Braga Netto (Casa Civil) e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na indicação do diretório carioca na disputa contra o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), que tentará a reeleição.

A família Bolsonaro deixou a casa na praia da Mambucaba, em Angra dos Reis, na manhã desta segunda (29), antes da chegada da Polícia Federal (PF). Os agentes cumpriam uma ordem de busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). O filho do ex-presidente teria se beneficiado com informações colhidas de forma ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra adversários políticos da família.

Bolsonaro e os filhos Carlos, Flávio e Eduardo não estavam em casa quando os agentes chegaram. Conforme apurado pela jornalista Mônica Bérgamo, eles teriam deixado a casa por volta das 5h para pescar.

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Além da casa em Angra dos Reis, foram cumpridas ordens judiciais em uma residência no Rio ligada a Carlos e em seu gabinete do vereador na Câmara Municipal.

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Após identificar que o ex-diretor da Abin, o deputado Alexandre Ramagem (PL), teria usado a ferramenta espiã de geolocalização "First Mile" de forma criminosa, a PF começa a investigar o núcleo político do esquema. Carlos teria virado alvo das investigações depois que celulares e computadores de Ramagem foram apreendidos.

Seu irmão mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL) também teria se beneficiado com informações contra auditores da Receita Federal para se livrar da investigação do caso das "rachadinhas" em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ele nega.

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Já o irmão mais novo, Jair Renan, teria sido ajudado pela Abin com informações privilegiadas durante a investigação da PF sobre os contratos do governo federal com empresas em seu nome. A defesa apontou que Renan não tem nada a esconder.

Na live desse domingo (28), Jair Bolsonaro negou ter aparelhado a Abin e classificou a investigação como uma "narrativa". "Eu não tenho inteligência da Abin, da PF, da Marinha, do Exército. Uma vez fui no centro de inteligência do Exército, o pessoal fez uma demonstração. 'E aí, não chega nada para mim, só fica com vocês aqui?'", disse o ex-presidente.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou uma cartilha com bandeiras obrigatórias para apoiar candidatos a prefeito e vereador e reforçar a polarização com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições municipais deste ano.

Bolsonaro se juntou a seus três filhos políticos, nesse domingo (28), para uma live nas redes sociais. A família usou a transmissão para divulgar o lançamento de um curso de preparação de candidatos conservadores, inspirado nos cursos virtuais do escritor Olavo de Carvalho, morto em 2022.

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Reprodução/Redes Sociais

Às 19h50, a live registrou audiência de 443.352 pessoas assistindo, somando as redes de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho "03" do ex-presidente. A lista de bandeiras inclui respeito à Constituição, posições contra o aborto, contra a legalização das drogas, a liberdade de expressão e o armamento da população.

Bolsonaro abandonou o cenário amador das lives que promoveu durante o mandato no Palácio da Alvorada. Desta vez, câmeras e microfones profissionais, dos mesmos usados em podcasts na internet, mas sem intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A bandeira do Brasil seguiu sendo exposta em cima da mesa.

"Vai ter a disputa Bolsonaro versus a esquerda. Busquem aqueles candidatos que tenham referência, esses princípios, que o presidente Bolsonaro criou dentro do nosso partido", afirmou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Na defesa dos valores da família, por exemplo, Jair Bolsonaro afirmou que "não é contra duas pessoas se amarem, mas isso não é para ir dentro da sala de aula". Na parte da liberdade de expressão, o ex-presidente se posicionou contra o Projeto de Lei das Fake News, em tramitação na Câmara. "Você vai perder sua liberdade também", disse à audiência.

A aposta da família Bolsonaro é formar candidatos e simpatizantes da direita para eleger políticos de oposição a Lula. O ex-presidente dedicou diversos momento da live para criticar o petista. Ele fez até uma "sugestão" ao presidente: "falar do seu governo, não ficar criticando Jair Bolsonaro". "Parece até que o Lula vai dormir, aproveitar que ele está recém-casado, em vez de falar eu te amo, ele fala Bolsonaro, aí a live brocha."

Outra proposta defendida pelo ex-presidente é a defesa do agronegócio, em uma tentativa de vincular o setor à direita, em oposição ao atual governo, citando ações e declarações de Lula que desagradaram ao setor. "O que leva uma pessoa a falar que o agro é fascista? O que leva uma pessoa a facilitar ações do MST, levando terror ao campo? O que leva uma pessoa, meses depois do Parlamento votar por quase unanimidade a questão do marco temporal, o governo vetar?"

O principal foco do grupo, na palavras do ex-presidente, será nas Câmaras de Vereadores. A intenção é eleger o maior número de parlamentares nas cidades brasileiras. Bolsonaro usou a live para elogiar o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e mandou um "abraço" para o dirigente.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus três filhos que possuem mandatos estão organizando um evento on-line para coordenar seus apoiadores para as eleições municipais deste ano. Chamado de "Evento Conservador 2024", a live será transmitida no próximo domingo, 28, às 19h, e tem o objetivo de, além de organizar a base bolsonarista, preparar futuros candidatos e criar influenciadores para atuarem localmente regidos pelas pautas do grupo.

"Chegou o momento de prepararmos os candidatos e as lideranças locais para este ano tão decisivo", diz a página oficial para inscrições no evento, que ocorrerá no canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Youtube. A inscrição "cruzada" orienta que o participante entre em um grupo de transmissão de WhatsApp para participar do evento, onde receberá informações sobre a live e "conteúdos especiais".

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O encontro será conduzido por Bolsonaro, o pai, o deputado Eduardo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O último, desde os anos 2000 na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, deve concorrer ao seu sétimo mandato em outubro.

As transmissões ao vivo foram amplamente utilizadas por Bolsonaro durante o período que ocupou a Presidência da República, para divulgar suas ações, se comunicar com seus seguidores mais fiéis e atacar oponentes. Em outubro de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou três ações que pediam a inelegibilidade do ex-presidente em razão do uso dos Palácios do Planalto e do Alvorada para fazer transmissões ao vivo e conceder entrevistas durante a campanha eleitoral.

A avaliação dos ministros foi a de que Bolsonaro cometeu irregularidades, mas a conduta não foi grave a ponto de atrair inelegibilidade. Dias depois, a Corte eleitoral aprovou regras para serem usadas como referência em casos semelhantes no futuro.

Há cinco dias da data marcada, participantes do evento dos Bolsonaro já estão se manifestando na caixa de comentários na página onde será transmitida a live. Mensagens como "já estava demorando para retornarmos à luta", "o voto impresso é a única saída" e "vamos tomar logo o nosso país" estampam no chat desde a manhã desta terça-feira, 23.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 23, estar "aliviado" com a delação de Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, à Polícia Federal (PF). O acordo de colaboração premiada de Lessa ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo Bolsonaro, o acordo encerra questionamentos sobre a participação dele no crime contra Marielle. "Para mim, é um alívio. Bota um ponto final nessa história. Em 2019, tentaram me vincular ao caso e me apontar como mandante do crime. Teve o tal do porteiro tentando vincular a mim. Eu estava na Arábia na ocasião e fui massacrado", afirmou ao portal Metrópoles.

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O executor do crime, conforme apontam as investigações do caso, teria citado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Inácio Brazão como o autor intelectual dos assassinatos em 14 de março de 2018, segundo o site The Intercept Brasil.

O advogado Márcio Palma, que defende Brazão, diz que, por mais de uma ocasião, pediu acesso à investigação, tendo seus pedidos sido negados, "motivo pelo qual desconhece o teor dos elementos contidos no inquérito".

"Para além de tais informações, esclarece não conhecer os personagens da trama delituosa. Esclarece, ainda, que jamais teve qualquer envolvimento com eles e tampouco relação com os fatos. Diante das especulações que buscam envolvê-lo no delito, destaca que as matérias apresentam razões inverossímeis para tentar lhe trazer para o bojo das investigações, evidenciando assim a inexistência de motivação que possa lhe vincular ao caso. Por fim, coloca-se à disposição para todo esclarecimento e espera que os fatos sejam concretamente esclarecidos, de modo a encerrar a tentativa de lhe associar ao trágico enredo", diz por nota enviada ao Estadão.

As suspeitas sobre uma possível participação do ex-presidente no caso foram levantadas após a revelação de dois depoimentos à Polícia Civil de um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde Bolsonaro tem uma casa na zona oeste do Rio. O porteiro afirmou que um dos acusados do assassinato teria entrado no condomínio com autorização de uma pessoa que atendeu o interfone na casa do ex-presidente. A versão, no entanto, foi desmentida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

À época, em 2019, a promotora Simone Sibilio afirmou que a testemunha teria dado informação falsa ao vincular Bolsonaro com Elcio Queiroz, acusado de dirigir o carro de onde partiram os tiros que mataram Marielle e Anderson Gomes. Elcio encontrou Ronnie Lessa, acusado de ter feito os disparos, na casa do atirador. Ronnie morava no Vivendas da Barra, assim como o presidente e seu filho Carlos Bolsonaro.

O porteiro disse que, ao interfonar para a casa, recebeu do "seu Jair" permissão para a entrada do carro no local. O veículo, porém, se dirigiu à casa 65, onde morava Ronnie Lessa - também preso, sob a acusação de ter feito os disparos contra a vereadora e o motorista. Ele registrou que a ligação teria sido feita à casa 58, de Bolsonaro.

Regularização fundiária pode ter motivado o crime

Uma das linhas de investigação da Polícia Federal sobre a motivação do crime é uma disputa por terra na zona oeste do Rio, segundo O Globo. Em delação, Lessa teria dito que Marielle virou alvo por defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.

De acordo com Lessa, o mandante do assassinato buscava a regularização de um condomínio na região de Jacarepaguá sem respeitar o critério de área de interesse social. O objetivo seria obter o título de propriedade para especulação imobiliária. Em entrevista ao Estadão, o general Richard Nunes, então secretário da Segurança Pública do Rio, em dezembro de 2018, afirmou que a vereadora foi morta porque milicianos acreditaram que ela podia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira, 24, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é "um desocupado". Segundo Alckmin, as declarações do ex-mandatário não chegam a atrapalhar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois a postura dele é meramente "descompromissada com as coisas".

"Não é que ele atrapalha o governo, é uma coisa meio panfletária, descompromissada com as coisas, fake news, e advoga uma tese quase incivilizatória. Quem não é democrata não deve participar da eleição", afirmou Alckmin em entrevista ao portal UOL.

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Na entrevista, Alckmin também analisou o panorama eleitoral da capital paulista. Lula está engajado na disputa à Prefeitura de São Paulo. A eleição, segundo o presidente, será de "confrontação direta" entre ele e Jair Bolsonaro, numa polarização representada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo petista, e pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que vem se aproximando de Bolsonaro nos últimos meses.

Em um acordo que remonta a 2022, Lula estará no palanque de Guilherme Boulos. O vice-presidente Geraldo Alckmin, por sua vez, é entusiasta da pré-campanha da deputada federal Tabata Amaral, sua correligionária.

Questionado sobre a divisão das alianças no pleito, o vice relativizou o fator federal nas disputas às prefeituras. Os problemas locais, segundo Alckmin, são mais relevantes para o eleitor na tomada de decisão. Além disso, cada partido tem autonomia para desenvolver seus apoios, disse o vice.

"Eleição municipal é local. Claro que tem o aval, o apoio de alguém, uma recomendação, uma ajuda, mas não é o fator decisivo", disse Alckmin. "O PT é um partido, o PSB é outro, e o PSB tem uma menina de grande valor, a Tabata Amaral."

Alckmin não acredita em 'vaga garantida'

Ao contrário de Alckmin, o ministro Márcio França (Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte), também filiado ao PSB, acredita que o apoio de Lula confere a Boulos "vaga garantida" no segundo turno da eleição. França esteve na terça-feira, 23, no mesmo programa que Alckmin participou nesta quarta.

Relembrado a declaração, Alckmin discordou do correligionário, afirmando que "a eleição nem começou" e o cenário ainda é incipiente. "O Márcio (França) é craque, em matéria de política é professor, mas eu não diria que o Boulos já está garantido. Mas é o favorito (para uma vaga no segundo turno)", disse o vice-presidente.

Datena e Marta ajudam as chapas

Quanto aos arranjos para a composição das chapas, que movimentam a eleição paulistana neste momento, Alckmin elogiou a "empatia popular" de José Luiz Datena, afirmando que o apresentador de televisão "é uma grande liderança" e ajudaria o projeto do PSB.

"É uma decisão que passa muito por ele", disse Alckmin, confirmando o que a própria Tabata Amaral afirmou ao Estadão na semana passada. Além de reiterar que Datena "agrega" na chapa, a pré-candidata confirmou que o posicionamento do apresentador sobre ser vice ou não só sairá no meio do ano, período das convenções partidárias.

O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018, no Rio de Janeiro, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A informação foi publicada neste domingo (21) pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Ainda de acordo com a coluna, a delação ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Após a delação premiada de Élcio Queiroz, novas peças que desvendam o planejamento e o desdobramento dos assassinatos foram obtidas pelos investigadores. Porém, outras perguntas ainda precisam ser respondidas para solucionar o crime ocorrido há cinco anos.

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No dia 14 de março de 2018, Marielle foi morta a tiros no bairro do Estácio, na região central da capital carioca. A vereadora, que estava saindo de um evento com mulheres negras, foi morta com quatro disparos na cabeça. Anderson Gomes, motorista do carro que a transportava pela cidade, foi atingido por três projéteis nas costas e também faleceu.

Em dezembro do ano passado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, reafirmou que a Polícia Federal (PF) esclarecerá o assassinato da vereadora carioca e do motorista Anderson Gomes. “Até onde esta fase chegará, eu realmente não sei, mas chegará ao final, qualquer que seja ele”, comentou Dino, na época.

 

 

 

 

Em meio ao impasse sobre a isenção fiscal a pastores e líderes religiosos, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) questionou a reunião, desta sexta-feira (19), entre representantes da bancada evangélica e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tentar resolver a questão.

"Se houve reunião da liderança da frente parlamentar evangélica que tornou alguns parlamentares evangélicos porta-vozes do governo Lula, que não respeita os evangélicos nem no que cremos, creio que a diretoria não foi comunicada e nem nós, membros da frente, fomos informados", afirmou Feliciano. E completou: seria um "ultraje" ter na bancada da Bíblia parlamentares que apoiem o governo federal.

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Como mostrado pelo Estadão, a Receita Federal suspendeu, na última quarta-feira (17), uma medida do governo de Jair Bolsonaro (PL) que ampliava a isenção de impostos para pastores e líderes religiosos e livrava as igrejas de dívidas milionárias. A decisão atraiu críticas dos evangélicos e já na quinta-feira (18), o Tribunal de Contas da União (TCU) contradisse o Fisco e negou haver uma decisão sobre o tema.

Na sexta (19), Haddad reuniu-se com representantes da bancada evangélica e determinou a formação de um grupo de trabalho com os parlamentares para analisar o caso. "Suspendemos o ato e criamos um grupo de trabalho, com União e TCU, para entender como interpretar a lei aprovada no Congresso de forma a não prejudicar nem beneficiar quem quer que seja", afirmou o ministro, depois do encontro.

Os deputados Silas Câmara (Republicanos-AM) e Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) confirmaram a criação do grupo e Câmara, que havia criticado duramente a medida, classificando-a como "lamentável" e "velha prática para promover o caos", mudou de tom e amenizou as críticas. Já Crivella afirmou que não há perseguição ou posição do governo que seja contrária às igrejas.

Feliciano, no entanto, discorda dos colegas de bancada e chega a criticar diretamente o ex-prefeito do Rio de Janeiro. Ele disse ter ficado constrangido com a afirmação de Crivella de que não há perseguição. "Lula nos chama de mentirosos, Lula mentiu em carta aberta enviada para os evangélicos durante a campanha eleitoral, seu governo comunista apoia, propaga e defende pautas contrárias ao que cremos", disse.

"Não quero acreditar que haja na frente evangélica raiz, membros evangélicos raiz, que sejam governistas/lulistas, isto seria um ultraje!", acrescentou o parlamentar, que é aliado do ex-presidente Bolsonaro.

Segundo estimativas do TCU, o Brasil deixou de arrecadar R$ 300 milhões em tributos devido à medida que amplia a isenção de impostos pagos por líderes religiosos. O valor milionário consta em um relatório sigiloso feito por uma auditoria da Corte de Contas no mês passado. A cifra considera quantias com "exigibilidade suspensa" ou "parcelada" entre os anos de 2017 e 2023.

A mansão em que viviam a ex-mulher e um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro foi vendida por R$ 3 milhões. O imóvel, em cuja compra a Polícia Federal vê indícios de uso de laranjas, foi vendido em junho do ano passado, segundo reportagem publicada pelo ICL Notícias.

De acordo com o site, a informação foi dada pelo novo proprietário, que pediu anonimato. Ele relatou ter comprado a mansão, localizada no Lago Sul de Brasília, do corretor Geraldo Machado, mas não quis mencionar os valores negociados. 

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O homem também disse que assumiu o valor que tinha sido financiado junto ao BRB. Em 2022, na ocasião de sua candidatura a deputada distrital no Distrito Federal, a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, declarou à Justiça Eleitoral ser a proprietária da mansão no Lago Sul, avaliada em cerca de R$ 3 milhões. Ao checar a matrícula do imóvel, o site observou, contudo, que ele ainda não está registrado no nome de Machado. 

Questionado, Machado alegou que o processo de transferência do imóvel para o seu nome está em andamento. Ana Cristina Valle não se manifestou sobre o caso. 

Em 2021, uma reportagem dos jornalistas Juliana Dal Piva e Eduardo Militão revelou que Ana Cristina vivia na propriedade junto com Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente. Na época, ela dizia ter alugado o imóvel. Apesar disso, mudou-se para o local cerca de 15 dias depois da compra ter sido oficializada no papel pelo corretor Geraldo Machado.

Já Machado, que se identificava como dono da mansão, morava em uma edificação modesta, num condomínio em Vicente Pires, região administrativa de classe média no Distrito Federal, a 30 km da mansão. Em 2021, Machado negou ser um laranja e disse ter o "sonho" de morar no Lago Azul. Segundo ele, a mudança não deu certo porque ele não teria conseguido vender sua casa em Vicente Pires.

Em 2022, Cristina declarou ao TSE um valor muito inferior ao de mercado para a casa. De acordo com a advogada, a mansão valia R$ 829 mil. A quantia é bem menor do que os R$ 2,9 milhões declarados por Geraldo Machado, em 31 de maio de 2021, como preço de negociação da propriedade.

Transações 

O valor declarado ao TSE se aproxima do total transferido por Ana Cristina para uma empresa de transporte de cargas do Distrito Federal que pertence a Geraldo Machado. De acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o valor da transação foi de R$ 867 mil, dos quais R$ 580 mil teriam sido usados para pagar a entrada da compra da mansão. O restante da compra, que corresponde a R$ 2,32 milhões, foi financiado junto ao Banco de Brasília (BRB). 

O BRB também financiou a mansão do senador Flávio Bolsonaro (PL–RJ), que custou um total declarado de R$ 6 milhões. Após a revelação da aquisição da mansão de Cristina e do relatório do Coaf, a Polícia Federal abriu uma investigação do caso.

 Além de estar envolvida no inquérito da PF, Ana Cristina é investigada por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa, junto com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos–RJ), em um procedimento do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A investigação apura o desvio ilegal de salários dos assessores de gabinete do filho “02” de Jair Bolsonaro, do qual Ana Cristina foi chefe entre 2001 e 2008. Em  outubro de 2022, poucos dias antes da votação do segundo turno da eleição presidencial, Ana Cristina viajou para a Noruega e nunca mais voltou.

 

 

A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que são falsos os registros de imunização contra a covid-19 no cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No total, foram registradas três doses fraudulentas do imunizante. A primeira delas foi inserida em julho de 2021 por meio da UBS Parque Peruche, em São Paulo. Nesse caso, a CGU, apesar de ter confirmado a fraude, não conseguiu identificar o autor da falsificação, em razão de limitações do Sistema VaciVida, o portal estadual de vacinação de São Paulo.

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"O registro foi inserido no Sistema VaciVida em 14/12/2021, ou seja, antes da individualização do acesso. E isso dificultou (se não, impossibilitou) que se chegasse a uma conclusão sobre quem efetivamente teria feito o registro da vacinação do Sr. Bolsonaro. Em outras palavras, qualquer pessoa com o login e a senha de acesso da UBS Parque Peruche pode ter feito essa inserção", diz o texto. Para avançar na investigação, a CGU irá notificar a Corregedoria Estadual de São Paulo e o Ministério Público de São Paulo.

As duas outras doses foram registradas nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, em Duque de Caxias. Aqui os investigadores chegaram a nomes de auxiliares do ex-presidente Bolsonaro e servidores do município fluminense que estariam envolvidos em uma esquema de falsificação.

Foi a partir dessa investigação da CGU que a Polícia Federal deflagrou uma operação em maio do ano passado para prender o tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço direito de Bolsonaro, e outras seis pessoas, entre elas, os ex-assessores Max Guilherme e Sergio Cordeiro. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente da República.

"A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19", informou a Polícia Federal, ao deflagrar a apuração.

A investigação mostrou ainda que a conta do próprio Bolsonaro no Conecte SUS baixou o certificado ao menos quatro vezes desde dezembro do ano passado, o que indica o uso de documentos falsos. Isso foi feito por dois auxiliares. Um deles, o coronel Mauro Cid.

Para chegar à conclusão, a Controladoria-Geral da União ouviu servidores da UBS Parque Peruche e da Prefeitura de Duque de Caxias, analisou os livros físicos mantidos de registros de vacinação e consultou outros órgãos, como a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Ministério da Saúde. "A CGU atestou a impossibilidade de o registro ter sido feito através do sistema mantido pelo órgão federal".

Procurado, Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a nota técnica da CGU.

Enquanto esteve na Presidência da República, Bolsonaro impôs sigilo de um século sobre o seu cartão de vacinação e alegou privacidade. Durante a pandemia, ele questionou a eficácia da vacina inúmeras vezes e desestimulou a vacinação da população.

Durante a cerimônia de retomada das obras na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), nesta quinta-feira (18), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o presidente Lula (PT) aproveitou seu discurso para comentar o que teria causado os atrasos do desenvolvimento das refinarias da Petrobras, e chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “psicopata”. 

“É preciso saber quanto dinheiro esse país perdeu nesses dez anos de atraso desta empresa. Quanto salário deixou de ser pago? Quantas pessoas perderam benefícios nesse país? Quanto esse país perdeu na sua competitividade internacional até chegar ao ponto da gente eleger um psicopata pra ser presidente dessa república”, declarou o presidente. 

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“Alguém que vive da mentira, alguém que vive da maldade. Alguém que vive de ofender os outros. E é fácil porque pra ele todo mundo aqui é ladrão, pra ele todo mundo aqui é comunista, pra ele todo mundo aqui defende aborto, pra ele todo mundo aqui faz isso e faz aquilo. Como se ele, se ele e seus filhos fossem exemplo de família nesse país”, afirmou. 

O chefe do Executivo nacional ainda reafirmou o que havia dito o presidente da RNEST, Jean Paul Prates, em seu discurso, quando declarou os valores de faturamento calculados para a refinaria após a conclusão das obras. “Vocês não se esqueçam o que disse o Jean Paul, essa refinaria, quando estiver funcionando totalmente, vai faturar US$ 100 bilhões por ano”, ressaltou. 

A Petrobras não divulgou quanto está sendo investido nas obras da RNEST, que estão previstas para conclusão até 2028. Segundo o gerente geral da refinaria, Marcio Maia, os contratos e licitações ainda estão em fase de negociação. 

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, neste domingo (15), para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por não visitar o Rio de Janeiro após as fortes chuvas que atingiram o Estado neste fim de semana. No Instagram, o ex-chefe do Executivo questionou "por onde anda o Lula, braço do Eduardo Paes, para ajudar o Rio de Janeiro nestas enchentes causadas pelas chuvas das últimas horas?".

"Ahhhh... eles está viajando pelo mundo com o seu par, assim como ocorrido no Rio Grande do Sul", completou, em referência aos temporais no Estado em setembro e outubro do ano passado. Lula não visitou o Rio Grande do Sul nas duas ocasiões e sofreu críticas de opositores.

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O presidente anunciou a liberação de R$ 1,6 bilhão para auxiliar a população afetada pelas fortes chuvas no Vale do Taquari, região central do Estado. Uma linha de crédito no valor de R$ 1 bilhão também foi aberta, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para recuperar a economia das cidades afetadas pelo desastre. E outros R$ 600 milhões de FGTS foram liberados para 354 mil trabalhadores da região.

O temporal que atingiu cidades do Rio ocorreu em razão do avanço de uma frente fria. O deslocamento encontrou uma área de baixa pressão, de acordo com explicação do meteorologista Heráclito Alves, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), favorecendo as fortes chuvas. No Rio, 11 morreram.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência diz, em nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com os prefeitos do Rio, Eduardo Paes (PSD), e de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro (Republicanos), e "garantiu todo o apoio do governo federal ao trabalho das prefeituras e assistência da população atingida pelas chuvas".

"O presidente Lula designou os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, além da Defesa Civil para visitar a cidade e adotar as medidas necessárias para atender a população local", diz em nota.

O prefeito de Belford Roxo publicou um trecho da ligação que recebeu do presidente neste domingo (14). No Instagram, Waguinho, como é conhecido o mandatário, agradeceu o contato de Lula. "Estou em contato direto com o presidente Lula, que é um grande aliado de Belford Roxo. Ele me ligou para saber sobre a situação de nossa cidade e, nos próximos dias, estaremos fazendo o levantamento de tudo o que será necessário para reconstruir tudo o que a chuva levou", escreveu.

"Nós vamos te ajudar, meu querido. Fique tranquilo. Nós vamos te ajudar. Pode dizer aos companheiros que o governo federal não faltará com Belford Roxo", diz Lula, em um dos trechos da conversa.

O presidente orienta o prefeito a preparar um relatório dos danos causados pelas chuvas para enviar para o Ministério da Integração e se compromete a auxiliar a região.

Eduardo Paes também compartilhou, via redes sociais, que recebeu uma ligação de Lula "colocando recursos federais à disposição da cidade do Rio". "Já apresentei a ele os projetos que temos para a recuperação da bacia do rio Acari. Muito obrigado pela atenção de sempre presidente amigo do Rio", escreveu o prefeito da capital fluminense.

O ex-presidente Jair Bolsonaro virou nome de uma linha de calçados produzida por uma empresa que pertence a um grupo de apoiadores. Batizada de "Botinas Bolsonaro", a marca vende sapatos, botinas de couro e chinelos de borracha e tem o ex-presidente como "garoto-propaganda".

Em vídeo nas redes sociais da marca, o próprio Bolsonaro é presenteado com uma botina de couro, que leva seu nome bordado em azul, verde e amarelo. Segundo a empresa, o ex-presidente permitiu que seu nome fosse usado na linha de calçados. Procurada pelo Estadão para confirmar a autorização, a assessoria de Bolsonaro não retornou.

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Com nomes como "Chinelo Crocs Bolsonaro Puro Mito", "Tênis Bolsonaro Liberdade Style" e "Tênis Patriota Style", os sapatos custam entre R$ 99 e R$ 329. Há modelos masculinos, femininos e infantis. O site também vende meias com o nome do ex-presidente estampado.

A empresa dona da marca está registrada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) como RVMHS Comércio e Distribuição, com nome fantasia Kanastra, e pertence a três apoiadores do ex-presidente. O registro foi feito em abril de 2023. O site é mais recente, de julho. O primeiro post no Instagram da marca é de setembro de 2023. Os sócios-proprietários são Lorena Montalvão Batista, Marcel Henrique Stefens e Ricardo Vidal de Oliveira.

Sem citar datas, a descrição da marca no site diz que a parceria entre Bolsonaro e a empresa foi fruto de uma "admiração mútua", em que o ex-presidente, por "apreciar e confiar na qualidade singular" dos produtos, teria "gentilmente" os "honrado" com sua assinatura. O texto termina com a afirmação de que "estar ao lado de uma pessoa iluminada e majestosa como Bolsonaro é uma honra".

Apesar de vender sapatos, a empresa de Nova Serrana (MG), com capital declarado de R$ 200 mil, também está cadastrada para exercer atividades de aluguel de máquinas e equipamentos agrícolas, produção de espetáculos de dança, apoio à agricultura, serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas, entre outros.

Uugton Batista, que é relações públicas da marca e pai de Lorena Montalvão Batista, sócia da marca, diz que é amigo pessoal de Bolsonaro desde 2018, quando, segundo ele, ofereceu apoio ao então candidato à Presidência para uni-lo a nomes consagrados do sertanejo nacional.

Batista afirma que pediu para Bolsonaro para usar o seu nome e, em troca, pagaria uma porcentagem das vendas. Segundo ele, Bolsonaro então teria recusado a proposta, deixando que a marca usasse o nome sem receber royalties.

Embora venda somente calçados, a descrição do site diz que a linha também conta com vestimentas em couro e produtos eletrônicos, sem especificar quais. Batista afirma que os produtos ainda serão lançados e que, o plano, é abrir lojas físicas em 2025 para, além de vender os produtos, servir como "ponto de encontro dos bolsonaristas".

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também aparecem em vídeos ganhando produtos da marca. "Já tenho o meu para fazer minha campanha", disse Nikolas ao receber o modelo "Patriota Style" de presente. O irmão do ex-presidente, Renato Bolsonaro, também aparece em um vídeo, abrindo a caixa com a ilustração do irmão desenhada e calçando as botas.

Ao fazer propaganda de um modelo de sandálias de borracha, o site chama Bolsonaro de "uma figura icônica da história" e afirma que ao usar as sandálias o cliente estará "prestando tributo" a ele.

Com os slogans "as origens do mito" e "passos firmes com o agro", o site estampa montagens com a foto de Bolsonaro montado em um cavalo, contra o sol, em que aparece sorridente e iluminado. No site, há um alerta sobre essa ser a única marca "autorizada e endossada" pelo próprio Bolsonaro.

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) teceu críticas ao governo de seu sucessor, o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma conversa neste domingo (14), com apoiadores na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), Bolsonaro citou a previsão de déficit primário e a revogação da política implantada por ele que facilitou o acesso da população à armas de fogo.

Bolsonaro está inelegível até 2030. Ele foi condenado duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A primeira, em junho, por uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada em 2022 na qual ele atacou as urnas eletrônicas. A segunda condenação ocorreu em outubro, devido a abuso de poder político e econômico nas comemorações do bicentenário da Independência.

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"Um rombo de quase R$ 200 bilhões. Essa conta quem vai pagar são vocês", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores.

Ele publicou o vídeo do encontro em suas redes sociais. "Nós estamos no mesmo barco pessoal. Se alguém porventura aqui votou no PT, pode ser que exista: não dá para comparar, eu posso ser um cara horrível, mas o outro cara é péssimo", acrescentou o ex-presidente.

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Segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o déficit primário do ano passado foi de R$ 234,3 bilhões. O governo ainda não informou o dado oficial.

A meta do governo, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para 2024 é de déficit zero. O Orçamento já foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas ainda precisa ser sancionado por Lula.

Ainda segundo Bolsonaro, o Brasil passará por um problema de quebra de safra na agricultura neste ano. Para o ex-presidente, embora isso seja causado por diversos fatores, ele destacou o que avalia como falta de segurança no campo. "A violência diminui no meu governo pela política de armas para o pessoal de bem. Ele acabou com isso", declarou.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, apelou às redes sociais para se defender das críticas que tem recebido depois que uma entrevista sua, em que elogia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, viralizou. "Estão me atacando usando uma fala minha sobre o Lula que está fora de contexto", alega o dirigente partidário da legenda que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No vídeo, retirado de uma entrevista dada por ele ao jornal regional O Diário, da região de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê, o presidente do PL disse que Lula tem "prestígio" e Bolsonaro, "carisma", e acrescentou que não há comparação" entre o petista e o ex-presidente.

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Segundo ele, Bolsonaro é "mil vezes" mais difícil de lidar porque ele "não é uma pessoa igual a nós".

Em sua postagem, realizada no sábado, 13, Valdemar declarou ser leal a Bolsonaro e fiel aos seus princípios. "Quem não tem lealdade e fidelidade, tem vida curta na política", acrescentou.

Procurado pelo Estadão na última sexta-feira, 12, Valdemar reclamou que a parte em que elogia Bolsonaro não consta no trecho da entrevista, e reiterou que disse a verdade sobre Lula. "Eu não ia falar uma mentira sobre o Lula, senão eu perco a credibilidade. É uma verdade: ele foi tão bem no governo que elegeu a Dilma. Tem gente da direita que não se conforma com isso, mas eu não posso falar mal de um presidente do qual participamos do governo", disse Valdemar.

De 2003 a 2010, o vice-presidente de Lula foi José Alencar, então no PL. O Partido Liberal incorporou, em 2006, o Partido de Reedificação da Ordem Nacional, o Prona, e passou a se chamar Partido da República (PR). A legenda permaneceu com esse nome até 2019, quando voltou a se chamar Partido Liberal.

Elogios a Lula, críticas a Moro

A entrevista que viralizou foi concedida ao jornalista Darwin Valente em 15 de dezembro de 2023 e o trecho no qual Valdemar elogia o presidente repercutiu nas redes sociais na última sexta-feira, 12.

Na ocasião, ele também critica o ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador do Paraná pelo União Brasil.

"Se ele (Lula) errou em alguma coisa, tinha que ser julgado dentro da lei. O Moro errou, pois superou os limites da lei", afirmou Costa Neto, acrescentando que o ex-juiz da Operação Lava Jato buscava projeção política para um projeto pessoal de se candidatar à Presidência. "Ninguém imaginava que o Moro queria ser presidente da República", disse o dirigente do PL.

Procurado pelo Estadão, Moro disse que não comentaria as declarações.

"Quer dizer: ele (Moro) fez tudo aquilo pensando em ser presidente da República", afirma Valdemar no vídeo que viralizou. Ele avalia que, agora, o preço a se pagar é ter o mandato cassado.

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro é investigado por abuso de poder econômico nas eleições de 2022 , se a cassação foi confirmada, haverá nova eleição para senador no Estado.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, elogiou as gestões anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que "não há comparação" entre o petista e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao jornal regional O Diário, da região de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê, o dirigente partidário disse que Lula tem "prestígio" e Bolsonaro, "carisma".

"Lula não tem comparação com Bolsonaro, completamente diferente. O Lula tem muito prestígio, não o carisma que Bolsonaro tem, mas tem popularidade, é conhecido por todos os brasileiros. O Bolsonaro, não, pois tem um mandato só", afirmou.

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A entrevista foi concedida ao jornalista Darwin Valente em 15 de dezembro de 2023 e o trecho no qual Valdemar elogia o presidente repercute nas redes sociais nesta sexta-feira, 12. Valdemar Costa Neto fez o paralelo entre os presidentes ao ser questionado sobre a diferença entre Lula e Bolsonaro.

"O Lula foi bem no governo, até elegeu a Dilma depois", disse Valdemar. "Se ele (Lula) errou em alguma coisa, tinha que ser julgado dentro da lei. O Moro errou, pois superou os limites da lei", afirmou o ex-deputado federal, afirmando que o ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador do Paraná União Brasil, buscava projeção política para um projeto pessoal de se candidatar à Presidência. "Ninguém imaginava que o Moro queria ser presidente da República", disse o dirigente do PL.

Procurado, Valdemar reclama que a parte em que elogia Bolsonaro não consta no trecho que viraliza nas redes sociais e diz que não poderia faltar com a verdade sobre Lula. "Eu não ia falar uma mentira sobre o Lula, senão eu perco a credibilidade. É uma verdade: ele foi tão bem no governo que elegeu a Dilma. Tem gente da direita que não se conforma com isso, mas eu não posso falar mal de um presidente do qual participamos do governo", disse Valdemar Costa Neto ao Estadão.

De 2003 a 2010, o vice-presidente de Lula foi José Alencar, então no PL. O Partido Liberal incorporou, em 2006, o Partido de Reedificação da Ordem Nacional, o Prona, e passou a se chamar Partido da República (PR). A legenda permaneceu com esse nome até 2019, quando voltou a se chamar Partido Liberal.

Sobre "não haver comparação" entre Lula e Bolsonaro, o presidente do PL diz que não fazia um juízo de valor sobre os feitos das gestões. Segundo Valdemar, ele falava a respeito de dois tipos distintos de prestígio: o de Lula, líder com "popularidade", e de Bolsonaro, que tem "carisma". "Não existe no planeta Terra, hoje, um camarada com o carisma de Bolsonaro", afirmou o dirigente.

Lula tinha que ser julgado 'dentro da lei', diz Valdemar

De acordo com Valdemar Costa Neto, Lula foi condenado por um juiz que "superou os limites da lei" para "aparecer" e, agora, "irá pagar caro por isso". "Ele foi candidato a presidente, mas viu que não deu certo, caiu fora e foi candidato a senador", disse Costa Neto na entrevista ao jornal O Diário, relembrando a pré-candidatura frustrada de Moro à Presidência. Procurado pelo Estadão, Moro disse que não comentaria as declarações.

"Quer dizer: ele fez tudo aquilo pensando em ser presidente da República", afirmou Valdemar sobre a conduta do ex-juiz na Operação Lava Jato, ponderando que, agora, o preço a se pagar é ter o mandato cassado. O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro é investigado por abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

O espólio de Moro já é discutindo entre dirigentes partidários do Paraná. A cassação do ex-juiz diz respeito à campanha para o cargo, e não ao exercício do mandato. Dessa forma, o destino do senador está nas mãos do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e, se a cassação for confirmada, haverá nova eleição para senador no Estado. O próprio PL de Valdemar, além do PT, discutem seus candidatos para o eventual pleito.

A Justiça do Trabalho em Mato Grosso condenou um supermercado a indenizar seus funcionários em R$ 150 mil por danos morais coletivos. O réu foi condenado por obrigar os colaboradores a usar camisetas verde e amarelas com os dizeres "Deus, Pátria, Família e Liberdade" como uniforme, durante o horário de trabalho, no período das eleições de 2022.

O caso, julgado como assédio eleitoral, ocorreu no município de Tangará da Serra, a 240 quilômetros da capital Cuiabá, durante as eleições presidenciais de 2022. Na decisão, o tribunal entende que os dizeres no uniforme eram "alusivos à campanha de um dos candidatos à Presidência". O então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) usava a frase frequentemente, tanto em campanha quanto durante seu período na chefia do Executivo.

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Procurados pelo Estadão, o Hiper Mercado Gotardo disse que ainda se pronunciará sobre o caso e a advogada responsável não atendeu à ligação até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para sua manifestação.

A condenação partiu de uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho ao judiciário trabalhista. Após sentença em primeira instância, o supermercado recorreu, mas a 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho manteve a decisão em dezembro.

Os desembargadores, em unanimidade, reconheceram a conduta da empresa como abusiva e discriminatória, infringindo pelo menos sete artigos da Constituição, como a dignidade da pessoa humana, liberdade de pensamento e de opinião política, voto secreto e vida privada.

Segundo a decisão, a Justiça Eleitoral já havia notificado o supermercado sobre a prática ser propaganda eleitoral irregular em setembro de 2022. Às vésperas do segundo turno das eleições, em outubro, o órgão deferiu uma liminar para impedir a prática.

A frase estampada nas camisas era bastante repetida por Bolsonaro, mas não é de sua autoria. Os termos "Deus, Pátria e família" coincidem com o lema do movimento integralista, que surgiu no Brasil na década de 1930 e tem inspiração no fascismo de Benito Mussolini, na Itália. O ex-presidente da República adicionou à frase a palavra "liberdade".

As eleições municipais não costumam carregar o mesmo peso ideológico das outras disputas políticas, no entanto, 2024 promete ser um ano em que o embate polarizado seja mais presente. Como um teste de força política, o presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) serão cabos eleitorais de luxo e já traçam estratégias para demonstrar como ter o seu apoio pode ser suficiente para conquistar uma prefeitura.

O resultado da disputa palmo a palmo fica mais interessante nos principais centros, sobretudo nas capitais. O movimento do atual governo é renovar as bases já consolidadas e atrair novos apoiadores para reforçar a estrutura do pacto federativo, com uma comunicação mais facilitada na divisão de responsabilidades e de recursos da União com os municípios.

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Nesse ponto, o doutor em Ciência Política Rodolfo Marques entende que ter mais prefeitos aliados é fundamental para a governabilidade que o presidente busca. Ainda assim, acredita que a polarização - naturalmente - perca espaço para as demandas das cidades.

"Existe a questão da polarização. Talvez seja o pleito que mais vai ser forte em termos municipais, mas, geralmente prevalecem as questões da cidade, que é asfaltamento, Saúde Pública, Segurança Pública, que é uma demanda da Unidade Federativa, mas também você tem as forças auxiliares, as guardas municipais, a própria questão da Educação. Existe o IDEB (Índice de Avaliação da Educação Básica), que também é uma variável importante no que se refere a recursos. Então, os temas da cidade, eles emergem mais, mas é claro que essa polarização nacional vai ter um grau de interferência entre os bolsonaristas e o campo progressista, tanto o Lula quanto Bolsonaro vão se mobilizar para eleger o máximo de prefeitos", analisou Marques.

Mesmo inelegível, o ex-presidente tem a missão de frear a escalada progressista e reanimar a militância conservadora para atingir o plano ambicioso do PL de quadruplicar as prefeituras que emplacou em 2020. Sua atuação deve começar oficialmente já em março, quando inicia uma turnê pelo Brasil para fortalecer pré-candidaturas e participar de palanques com chances de derrubar aliados do PT.

"O PL tem um plano de eleger mais de 1.000 prefeitos. O PT, juntamente ali com o PSOL, com partidos mais à esquerda, a centro-esquerda, vai buscar também eleger nos principais colégios eleitorais. Tende a ser uma disputa acirrada", observou.

Mais de cinco mil municípios estão no centro da disputa. Contudo, a briga ganha mais fôlego em colégios maiores. Em São Paulo, por exemplo, a tendência é que a eleição seja polarizada pelo representante progressista Guilherme Boulos (PSOL) contra candidatos mais à direita, como o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) ou Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro. Por fora, a candidatura de Tabata Amaral (PSB) promete recalcular a divisão de votos na capital com a possível presença do apresentador José Luiz Datena como vice.

No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) deve ser reeleito sem grandes sustos. O nome do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Alexandre Ramagem (PL), é cotado como a aposta bolsonarista na cidade. Em Salvador, o atual prefeito Bruno Reis (UNIÃO), ligado a ACM Neto, deve garantir mais uma vitória à direita com certa tranquilidade.  

Em Belo Horizonte, o nome de Nikolas Ferreira (PL) é aventado como o candidato do ex-presidente, enquanto o PT deve ser representado por Rogério Correia, escolhido como vice-líder da sigla na Câmara.

“Nós temos cidades também bem importantes, como Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis. Florianópolis tem um leitorado um pouco menor, mas ela é uma capital importante. As cidades do Sul, em especial, Curitiba e Florianópolis, ficaram mais próximas do bolsonarismo. Santa Catarina é um estado que também acabou se aproximando muito do bolsonarismo. No Nordeste, o PT foi muito bem em 2022, o Lula venceu a eleição nos nove estados da região e claro que chama a atenção as capitais, Salvador, Recife, também capitais importantes como São Luís, Teresina, que o campo progressista está bem consolidado, Fortaleza, que tem atualmente um governo também ligado ao campo progressista. Temos também na região norte Belém que é a metrópole da Amazônia. Temos Manaus também que tem uma grande concentração populacional todas as cidades serão polos importantes de disputa da polarização”, avaliou o cientista político.

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já organiza as malas para começar a viajar pelo Brasil em março. Sem poder se eleger, sua missão é tentar fortalecer candidaturas de representantes do PL e da direita.

A turnê de Bolsonaro começa por cidades nos estados do Sul, Centro-Oeste e Norte do país. A estratégia é priorizar localidades em que o ex-presidente saiu vitorioso nas últimas eleições para reanimar o eleitorado bolsonarista.

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O PL almeja conquistar 1.000 prefeituras no fim do ano e conta com a popularidade do seu maior garoto propaganda. A projeção é cerca de quatro vezes maior que o resultado de 2020, quando a legenda elegeu 349 prefeitos.

A maioria dos brasileiros considera o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responsável pelos atos golpistas do 8 de Janeiro que culminaram nas invasões do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e avaliam que ele deveria ser punido pela Justiça. É o que aponta pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira, 8.

De acordo com o instituto, 52% responsabilizam Bolsonaro pelas invasões, contra 44% que não atribuem responsabilidade a ele. O índice é similar quando os entrevistados são questionados se o ex-presidente deveria sofrer alguma punição legal: 52,8% responderam que sim e 43,3%, que não.

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Entre os que acham que Bolsonaro precisa ser punido, 53,4% afirmam que ele deveria ser preso, 53,1% que ele deveria perder os direitos políticos e a possibilidade de ser candidato - o ex-presidente já está inelegível -, enquanto 14,2% defendem que pague uma multa e 9,6% que ele sofra outra punição. Neste caso, a soma é superior a 100% porque é possível escolher mais de uma alternativa.

A pesquisa entrevistou 1.200 pessoas entre domingo, 7, e esta segunda-feira, 8, por meio de recrutamento digital aleatório (entrevistas online). A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

A reprovação e aprovação do 8 de janeiro oscilaram dentro da margem de erro na comparação com os resultados da rodada da pesquisa realizada em janeiro do ano passado. Naquela ocasião, 76% discordavam das invasões dos prédios dos Três Poderes, enquanto 15% concordavam. Agora, são 74% e 15%, respectivamente.

Durante seu mandato, Bolsonaro colocou em dúvida diversas vezes o sistema eleitoral brasileiro e a confiabilidade das urnas eletrônicas, cuja segurança já foi atestada por especialistas e entidades. Segundo a AtlasIntel, 57% dos eleitores acreditam que Lula (PT) teve mais votos que Bolsonaro na eleição de 2022, contra 38% que responderam que o petista não foi mais votado do que o candidato derrotado.

O instituto também perguntou se as invasões dos prédios públicos por apoiadores de Bolsonaro foram justificadas: 59% disseram que o ato foi completamente injustificado, 15% consideram apenas parcialmente justificado e 13,6% completamente justificado.

Questionados sobre qual foi a principal razão do ato golpista, 34,2% apontaram o fanatismo político e a polarização. Outros 20,8% citaram fraude eleitoral e 18,8% "tentativa de golpe de Estado". Também foram mencionados manipulação de terceiros (12,12%) e patriotismo (2,4%).

Maior parte enxerga exagero nas punições aos golpistas

Apesar da discordância da maioria da população sobre o 8 de Janeiro, a maior parcela da população, 42,8%, acredita que os manifestantes que invadiram os prédios dos Três Poderes foram punidos de forma exagerada. Por outro lado, 36,1% avaliam que a Justiça agiu de forma adequada e 14,2% que as punições foram insuficientes.

Ao mesmo tempo, 43,3% avaliam que a democracia brasileira correu grande risco com as invasões; 27,7% que não correu nenhum risco; e 15,9% que correu algum risco, mas não tão alto. Quatro em cada cinco entrevistados (80%) defendem a democracia como forma de governo para o Brasil, enquanto 12,7% preferem outro sistema político. Outros 7,3% não souberam responder.

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