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Reclamando da falta de espaço, o Partido Verde (PV) deixou a base do governo Paulo Câmara (PSB) e ingressou no campo de oposição. A mudança de alinhamento, entretanto, não agradou a todos os membros da legenda, principalmente entre os que ocupam cargos na gestão, mas a reação foi considerada natural pelo presidente estadual da legenda, Carlos Augusto Costa. Segundo ele, a insatisfação faz parte do processo democrático do partido e o desembarque da administração é o pontapé inicial para a participação da legenda na disputa estadual em 2018.

“É natural [a insatisfação], estamos em um processo democrático, vai ter gente que vai concordar e divergir. Estamos iniciando o processo e o PV sinalizou que pode ter candidato a governador e a senador, vamos ampliar a discussão, este é o primeiro passo. Acho muito tranquilo. O PV está muito à vontade com isso, este movimento é o ponto de partida”, argumentou o dirigente. 

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Questionado sobre o que mais teria pesado para o PV deixar a base governista e ingressar no campo de oposição, Carlos Augusto Costa pontuou a falta de espaço. “Ao longo do processo o PV veio perdendo protagonismo nos espaços que a gente tinha discutido com a Frente Popular em 2011, logo depois que Eduardo [Campos] elegeu-se em 2010. Aí no próprio governo Paulo fomos perdendo espaço e partido político foi feito para fazer política pública, para avançar, discutir soluções que melhorem a vida das pessoas, quando você percebe que esses espaços não estão sendo disponibilizados você tem que procurar outro caminho”, salientou. 

Sob a ótica do presidente estadual do PV, “um ciclo de 12 anos merece, no mínimo, reflexão”. Ao avaliar a gestão de Paulo Câmara, Carlos Augusto não fez críticas diretas, mas ponderou que era possível ter feito mais. “É preciso nos aprofundar a discussão. Entendo que muita coisa poderia ter acontecido, apesar da crise política e econômica que o país está passando. É preciso, neste momento, que Pernambuco perceba e faça algo que Eduardo fez em 2010 quando a crise estava iniciando. Eu diria que são necessárias três palavras: união, competência e força política”, observou, dizendo que “Pernambuco precisa melhorar e pode utilizar mais as forças que existem” no estado.

O anúncio do desembarque do PV da base foi feito no último domingo (10). No mesmo dia, uma nota assinada por nove membros da legenda que ocupam cargos na Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade e Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) reclamava da atitude, classificando-a como “imprudente”.

O Portal LeiaJá inicia, nesta terça-feira (17), a exibição das sabatinas com os pré-candidatos a prefeito do Recife. O primeiro entrevistado pela equipe de política é Carlos Augusto Costa (PV). Neófito na disputa majoritária, o verde observou que a cidade “está largada” e precisando de “uma mão mais cuidadosa” para gerir a máquina pública.  

“Será que não falta vontade política? Vontade de resolver?”, indaga o pré-candidato, ao listar as deficiências da gestão do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). Entre as prioridades, o pré-candidato citou áreas como saúde, saneamento básico, segurança, habitação e mobilidade. “Vamos acabar com as propostas mirabolantes, não podemos prometer o que não vamos cumprir. Temos que ter muito pé no chão”, cravou. 

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Augusto Costa, que também é presidente do PV em Pernambuco, também detalha as articulações com outros partidos, a participação no pleito contra Geraldo Julio – do PSB, legenda aliada do PV em nível estadual – e segundo ele, a postulação surgiu a partir das questões apresentadas pela população durante a execução de um projeto chamado “Recife bom para viver”. 

Confira a entrevista na íntegra:

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Com o nome indicado para representar o Partido Verde (PV) na disputa pelo comando da Prefeitura do Recife nas eleições deste ano, o presidente da legenda no estado, Carlos Augusto Costa, afirmou ao Portal LeiaJá, nesta sexta-feira (22), que não pretende romper a aliança com o PSB no estado. 

O anúncio da pré-candidatura à capital pernambucana leva Augusto Costa a se colocar no páreo contra o prefeito Geraldo Julio (PSB) e quebrar uma série de três eleições seguidas com o PV no palanque do PSB. Uma delas, inclusive, concedeu a ele a primeira suplência do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). 

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“É um momento único para o partido, nunca tivemos candidatos a prefeito do Recife. Tenho tratado com tranquilidade esta disputa contra o PSB, tenho certeza que o prefeito [Geraldo Julio] também veja assim”, frisou. “Toda eleição é um cenário diferente. Estamos aliados com o PSB em diversos municípios, não vejo com nenhuma dificuldade isso”, acrescentou lembrando que desde 2010 o PV está alinhado ao PSB.

Para o pré-candidato, como no Recife normalmente acontecem dois turnos, no primeiro é a vez dos partidos exporem suas propostas e o PV deve aproveitar a oportunidade. “Eleição é um momento em que os partidos precisam colocar suas ideias e de fortalecimento dos partidos. Vamos continuar, na Câmara, apoiando a prefeitura naquilo que for estratégico. No plano estadual é outra história. Não temos ideia de romper esta aliança”, reforçou. 

A indicação do PV disputar o pleito, no entanto, não foi aprovada por todos os membros da executiva da sigla no Recife. O vereador Augusto Carreras se posicionou contrário ao ingresso na corrida pela PCR. Indagado sobre o posicionamento do parlamentar, Carlos Augusto Costa pontuou ter esperança de que Carreras mude de ideia.

“Partido político pressupõe discussões. A posição dele foi derrotada, isso faz parte da democracia. Com o avançar da coisa ele pode mudar de ideia, não tenho duvida que ele vai pensar no partido. Respeitamos a posição dele, é legitima, tem suas justificativas”, observou.

Outras candidaturas – Além do Recife, o PV pretende disputar outras 17 prefeituras pernambucanas, entre elas, a de Vitória e Escada. 

O Partido Verde definiu, nesta quarta-feira (20), que pretende disputar o comando da Prefeitura do Recife (PCR) nas eleições deste ano. A decisão foi tomada durante uma reunião da Executiva da legenda no município, que aconteceu no fim de manhã de hoje. O candidato do partido, também definido no encontro, será o presidente estadual do PV, Carlos Augusto Costa.  

“O PV tira hoje um indicativo de que terá candidatura própria e está posto inicialmente como nosso candidato o nome do presidente Carlos Augusto”, afirmou o presidente da legenda no Recife e vereador, Eurico Freire, em conversa com o Portal LeiaJá. “Ele tem feito um trabalho de sucesso não só na capital, mas também no estado como um todo e foi sugerido pela maioria da direção do PV”, acrescentou. 

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Nas eleições de 2012, o PV disputou a PCR com o atual deputado federal Daniel Coelho, atualmente no PSDB. Augusto Costa é o primeiro suplente do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e vai concorrer à administração da capital pernambucana contra o também socialista, Geraldo Julio, o que deve gerar um desconforto entre as legendas. A reportagem do LeiaJá entrou em contato com o pré-candidato verde, mas ele não atendeu as ligações até o fechamento da matéria.

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