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Os cubanos irão às urnas no próximo domingo (25) para votar em referendos sobre o novo Código da Família, um pacote do Legislativo que prevê, entre as suas novidades, o matrimônio igualitário para as pessoas homossexuais, as adoções por casais LGBTQIA+ e as "barrigas de aluguel".

Essa é a primeira vez na história em que os cidadãos da ilha são consultados sobre temas do tipo e cerca de oito milhões de pessoas com mais de 16 anos decidirão sobre o assunto.

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O jornal oficial do governo, o Granma, publicou nesta semana um artigo em que defende a Lei 156 e diz que "nem modelos familiares rígidos e pré-estabelecidos garantem boas pessoas, nem cidadãos coerentes com seu tempo".

"Para aqueles de nós que vivem nesta terra, é um passo em direção a uma sociedade mais inclusiva, mais respeitosa, que não sanciona ou censura o amor, mas que, ao oferecer igualdade de oportunidades, costura as feridas de padrões que já não cabem mais em nossos tempos", destaca ainda o texto.

Da Ansa

Desde que a união estável para casais do mesmo sexo foi reconhecida como entidade familiar, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011, o número de uniões homoafetivas registra aumentos constantes nos cartórios do país. Dos 608 casos em 2011, o número evoluiu para 1.288 no ano passado, com aumento de 112% no período, a maioria nos estados de São Paulo e Minas Gerais, de acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil, seção São Paulo – entidade que congrega os cartórios de notas.

A partir de 2012, São Paulo é o estado que registra o maior número de uniões estáveis homoafetivas, seguido sempre por Minas Gerais. Apenas nos cinco primeiros meses de 2016 foram registradas 358 uniões homoafetivas no país, das quais 76 em São Paulo, o que corresponde a 21% do total do país. No mesmo período, Minas Gerais registrou 69 uniões, representando 19% do total.

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Com o reconhecimento, casais homossexuais têm os mesmos direitos e deveres das uniões estáveis entre homem e mulher, como direito a pensão e herança. O presidente do Colégio Notarial do Brasil, seção São Paulo, Andrei Guimarães Duarte, diz que o crescimento das uniões está relacionado, principalmente, à busca da garantia dos direitos pelos casais.

“A pessoa verifica a necessidade de que sua relação e direitos sejam determinados e de fácil prova. O impacto é grande em algumas situações, como ser beneficiário de plano de saúde, divisão de patrimônio. Ao regular a relação patrimonial evita-se, inclusive, litígios futuros”, disse ele.

A escritura de união estável permite, por exemplo, comprovar a existência da relação e fixar a data de início da união, estabelecer o regime de bens aplicável à relação, regular questões patrimoniais, garantir direitos perante órgãos previdenciários para concessão de benefícios e permitir a inclusão do companheiro como dependente em convênios médicos, odontológicos, de clubes e outros.

Os estados do Amapá, Alagoas e Rondônia estão entre os que menos registram esse tipo de união desde 2011. O Rio Grande do Norte mais que dobrou o número de uniões estáveis homoafetivas de 2014 para 2015, subindo de 14 para 30 casos.

Uma hipótese para essa variação entre os estados brasileiros, segundo Andrei Guimarães, é o acesso da população à informação. “Talvez em alguns locais a informação não esteja chegando à população como deveria, conscientizando sobre os benefícios que a união estável pode gerar. Pode-se levar em conta também o grau de desenvolvimento social e o acesso da população aos serviços públicos”, avalia ele.

O STF reconheceu a união estável para casais do mesmo sexo, como entidade familiar, em 2011. Entretanto, os cartórios de todo o Brasil só passaram a ser obrigados a registrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo em maio de 2013, após resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça.

Centenas de pessoas saíram às ruas neste sábado em Roma e várias cidades da Itália para exigir a rápida aprovação, sem alterações, de um projeto de lei que cria a união civil para pessoas do mesmo sexo.

Uma semana antes de uma manifestação convocada por organizações católicas em Roma a favor da família e contra o projeto de lei, as associações de defesa dos homossexuais convocaram para este sábado manifestações simultâneas em vários lugares da Itália.

As manifestações estão previstas em uma centena de cidades italianas, assim como em Londres ou Boston (Massachusetts, Estados Unidos).

Os organizadores (associações, partidos de esquerda ou sindicatos) pediram aos participantes que compareçam aos protestos com relógios despertadores, que devem ser tocados ao mesmo tempo aos gritos de "Itália, acorde, é hora de ser civil".

A Itália, último país da Europa que não reconhece legalmente os casais homossexuais, tenta acabar com o vazio legal com este projeto de lei. O texto, elaborado pela senadora Monica Cirinná, do governante Partido Democrático, permite classificar como "união civil" casais homossexuais ou heterossexuais, com direitos e deveres.

Além da pensão recebida pelo viúvo ou viúva em caso de morte do companheiro(a), a lei contempla a possibilidade de adotar o filho natural ou adotivo de um dos integrantes do casal de pessoas do mesmo sexo, o que provoca intensos debates no país.

A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, com pouco menos de dois milhões de fiéis, votou nesta terça-feira (17) uma reforma que amplia a sua definição de casamento, para incluir os casais homossexuais.

A igreja, a maior denominação presbiteriana, fez o anúncio depois que a maioria de seus 171 órgãos de governo regionais aprovaram as mudanças. A Constituição revisada desta igreja sustenta agora que o casamento é "um compromisso entre duas pessoas, tradicionalmente um homem e uma mulher".

Este texto substitui um anterior que mencionava que o casamento era a união "apenas de um homem e uma mulher". Em 2011 a mesma igreja aprovou a ordenação de sacerdotes abertamente gays ou lésbicas.

Pelo terceiro ano consecutivo os casais homossexuais, de ambos os sexos, podem optar pela declaração conjunta do Imposto de Renda (IRPF). A medida é válida para os parceiros com vida em comum há mais de cinco anos, ou por um período mais curto, se da relação houver filhos adotivos. 

Conforme permissão da Receita Federal, em 2011, os casais podem colocar seus parceiros como dependentes. Para realizar a declaração conjunta é preciso escolher a opção “companheiro” ou “companheira” no formulário do IRPF. O casal podem juntar documentos que comprovem o tempo do relacionamento, como bens em conjunto, conta no banco e testemunhas.

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Com informações da Rádio Agência Nacional

O Censo 2010 encontrou 60 mil casais homossexuais que dividem a mesma casa, como já tinha sido divulgado pelo IBGE. Desse total de uniões, 53,8% eram de mulheres. No total de pessoas que declararam ter cônjuges do mesmo sexo, 47,4% se disseram católicas e 20,4% sem religião. Pouco mais de um quarto (25,8%) tinha curso superior completo. A grande maioria dos casais (52,6%) vive no Sudeste.

O município de Águas de São Pedro tem a maior proporção de domicílios com casais gays, de 0,18%. Em seguida, vem outro município Paulista, São João de Iracema (0,17%) e Tiradentes (MG), com 0,14%. Entre as capitais, Florianópolis tem a maior proporção de domicílios com casais do mesmo sexo: 0,11%, seguida de Porto Alegre, com 0,10%.

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Em números absolutos, as cidades com mais casais gays são São Paulo (7.532), Rio de Janeiro (5.612), Salvador (1.595) e Fortaleza (1.559).

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