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As centrais sindicais Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) manifestaram nesta quarta-feira, em nota, repúdio à atitude da montadora General Motors de dispensar ontem funcionários da unidade em São José dos Campos e indicar uma possível demissão de 1.500 empregados. As centrais pedem negociação para que o impasse seja superado.

De acordo com as centrais, a GM foi beneficiada pelo corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) tendo como contrapartida a manutenção de empregos. "Agora, a montadora rompe o acordo, promove locaute e ameaça demitir em massa, recurso condenável e muito usado no passado, quando não havia tantas negociações entre capital e trabalho", afirmam em nota distribuída à imprensa.

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Na madrugada de ontem, a GM suspendeu a produção e deu dispensa remunerada a todos os funcionários, levantando o temor de demissões de ao menos 1.500 mil. A montadora não divulgou nenhuma informação a respeito de corte de funcionários e alegou que a dispensa se deu para proteger os empregados.

O sindicato dos metalúrgicos, a GM e o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias Nascimento Melo, estavam reunidos no fim desta manhã no gabinete do prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), para discutir a situação da unidade.

O sindicato também convocou os trabalhadores para uma assembleia a ser realizada às 16h de hoje, na sede da entidade, para "definir os rumos da mobilização pela manutenção dos postos de trabalho".

O governo não conseguiu chegar a um acordo com representantes de centrais sindicais sobre a isenção do imposto de renda (IR) na participação nos lucros e resultados (PLR).

"A proposta do governo foi muito aquém do que estávamos esperando. Os trabalhadores estão muito apreensivos", disse Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical. Segundo Torres, o governo ofereceu isenção do imposto de renda para PLR de valor até R$ 5 mil, a partir de 2013. As centrais querem isenção até a faixa de R$ 10 mil, já neste ano.

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Segundo relato dos sindicalistas, O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, teria informado que a renúncia fiscal chegaria a R$ 1,4 bilhão com a isenção até R$ 5 mil.

A reunião, que durou cerca de uma hora e meia, contou com a presença de Barbosa e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, além do assessor especial da Secretaria-Geral José Lopes Feijó, e seis centrais sindicais - Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central. Uma nova reunião está prevista para o dia 11 de junho para retomar as negociações.

As centrais querem isenção de até R$ 10 mil; alíquota de 7,5% para valores acima de R$ 10 mil até R$ 15 mil; de 15% para até R$ 20.250; de 22,5% para até R$ 25.312,50; e de 27,5% para valores acima disso.

"Se o governo quer ser sério com a política de aquecer o mercado interno, entendemos que a proposta que estamos fazendo coloca no mercado interno um valor bastante grande que corrobora com o governo. Não pode ser que o governo faça apenas o processo de isenção voltado para o interesse do empresariado", disse o tesoureiro nacional da CUT, Vagner Freitas. "O governo falou num valor (de isenção) no dia 1º de maio, de R$ 6 mil, e vem com um valor menor agora."

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