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Prestes a completar dois anos no cargo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tenta se equilibrar na defesa de pautas de direita e de esquerda de olho em 2024. Mas as eleições do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) empurram Nunes, que já é conservador, a caminhar para a centro-direita para tentar se reeleger.

Até aqui, o vice que virou prefeito atira para todos os lados, como afirmam aliados. Sem alcançar nenhuma marca de gestão, o emedebista passou a cogitar a implementação da tarifa zero no transporte público, uma das bandeiras do PSOL, e vetou câmeras nos uniformes da Guarda Civil Municipal, como defendem bolsonaristas.

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Mas, para se viabilizar como candidato da situação, interlocutores mais próximos já propõem uma guinada na atual estratégia, utilizada sem sucesso pelo ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que, ao se posicionar no centro, não conseguiu romper a polarização. A percepção é que, com a eleição de Lula, apresentar-se como "moderado" em 2024 pode tirar Nunes do segundo turno, exatamente como ocorreu com o tucano.

Por enquanto, o prefeito resiste ou ao menos posterga a mudança de perfil. Ao Estadão, reafirmou ser de centro. "Não creio que extremos sejam positivos. As eleições municipais têm suas especificidades. As pessoas querem saber sobre seu dia a dia e sobre a capacidade do gestor (no contexto do Tarcísio e Lula) de diálogo na defesa dos interesses da cidade e de governar para todos", disse.

Mas, para que o atual discurso seja viável do ponto de vista eleitoral, Nunes precisa conseguir reunir tucanos e bolsonaristas em torno de sua candidatura - diferentemente de Garcia e Tarcísio, que disputaram o mesmo eleitor no Estado. Nomes do bolsonarismo, porém, já se apresentam para a disputa, como o ex-ministro Ricardo Salles (PL).

Já o PSDB, após a morte de Bruno Covas, não formou nenhum outro quadro competitivo e pode caminhar com Nunes pela manutenção de espaço na máquina municipal com ou sem participação na chapa. Para atrair os bolsonaristas, já se cogita oferecer a eles a vaga de vice - no cenário nacional, o MDB é base do governo Lula e comanda três ministérios.

Além de consolidar a polarização nacional, a eleição de outubro marcou uma virada da esquerda na capital. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que havia perdido a reeleição em primeiro turno, em 2016, voltou a sair vencedor nas urnas paulistas. Lula também venceu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Partido da Independência, de centro-direita, foi o mais votado na eleição legislativa na Islândia, mas o radical Partido Pirata teve um forte avanço ante o pleito anterior. Nenhum partido emergiu com maioria decisiva dos assentos do Parlamento. Líderes partidários do país começavam reuniões neste domingo com o presidente da Islândia, Gudni Th. Johannesson, para decidir a formação do próximo governo.

O conservador Partido da Independência conquistou 29% dos votos válidos e 21 dos 63 assentos do Parlamento islandês. O líder da sigla, Bjarni Benediktsson, disse que o partido deve receber o mandato do presidente para formar um novo governo de coalizão. O primeiro-ministro Sigurdur Ingi Johannsson, do Partido Progressista, disse que vai entregar ao presidente sua renúncia para que um novo governo possa ser formado.

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Os piratas - defensores de democracia direta e liberdade digital - quase triplicaram o seu porcentual de votos de 5% em 2013 para 14,5% e terão 10 assentos no Parlamento da Islândia, o Althingi. "Teria sido bom obter mais representantes, conseguir um porcentual mais elevado", disse Smari McCarthy, legislador do Partido Pirata recém-eleito. "Mas essa ainda é uma magnífica vitória para nós."

O movimento Esquerda-Verde, com 15,9% dos votos válidos, também terá 10 assentos em um Parlamento que está se moldando para ser dividido igualmente entre os partidos de esquerda e direita.

A Islândia, com uma população de 320 mil habitantes, sofreu anos de turbulência econômica após os bancos do país entrarem em colapso durante a crise financeira global de 2008. A eleição de sábado foi convocada depois que o então primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson renunciou em abril, durante protestos públicos a respeito de recursos que detinha no exterior, revelados no vazamento dos Panama Papers. O Partido Progressista de Gunnlaugsson foi a maior vítima da eleição, perdendo mais de metade dos seus assentos no Parlamento, com os eleitores punindo a sigla por suas ligações com o colapso financeiro e alegações de corrupção.

A eleição foi dominada por questões ligadas à economia da Islândia - que está se recuperando com um boom do turismo, baixo desemprego e elevado crescimento - e pelo desejo dos eleitores de reforma política. Fonte: Associated Press.

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