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O ex-diretor da CIA, David Petraeus, fez um discurso na noite de terça-feira no qual pediu desculpas pela conduta que levou à sua renúncia do cargo, quase cinco meses atrás, após a divulgação de um caso extraconjugal.

Usando um terno escuro e gravata vermelha, Petraeus fez suas primeiras declarações públicas desde sua saída do cargo em novembro para um grupo de cerca de 600 pessoas, dentre elas vários veteranos uniformizados e condecorados durante o jantar anual do Reserve Officers' Training Corps. O herói das guerras do Iraque e Afeganistão tem permanecido recluso desde a saída do cargo. Seu advogado, Robert B. Barnett, disse que Petraeus tem passado a maior parte do tempo com sua família.

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"Desnecessário dizer que minha situação é diferente agora do que era um ano atrás quando fui convidado para falar neste evento", disse ele. "Eu também sou consciente de que a razão dos acontecimentos recentes são de minha responsabilidade. Então, por favor, permita-me começar a minhas declarações desta noite reiterando o quão profundamente eu me arrependo e peço desculpas pelas circunstâncias que levaram à minha demissão da CIA e causaram tanta dor para minha família, amigos e simpatizantes.''

Petraeus foi aplaudido de pé antes de iniciar o programa da noite ao cortar um bolo com uma espada, uma tradição militar que é reservada à pessoa de mais alta patente presentes no recinto.

O caso entre o general de quatro estrelas da reserva e sua biógrafa, Paula Broadwell, foi descoberto durante uma investigação dos e-mails que ela enviou a outra mulher que considerava ser sua rival.

"Eu sei que nunca poderei amenizar totalmente a dor que infligi àqueles que estão mais próximos de mim e a várias outras pessoas", afirmou Petraeus em ton solene para a plateia, que incluía sua mulher, citando também seus filhos.

Quando o caso se tornou público, Petraeus disse a seus funcionários que era culpado por "julgamento extremamente infeliz". "Tal comportamento é inaceitável, tanto como marido quanto como líder de uma organização como a nossa", disse ele.

Na noite de terça-feira, Petraeus lembrou dos desafios da transição da vida militar para a civil. "Geralmente temos a visão de que, porque um indivíduo foi um grande soldado, ele ou ela vai naturalmente se dar bem no mundo civil", disse ele. "Na verdade, a transição do serviço militar para atividades civis é geralmente bastante desafiadora." As informações são da Associated Press.

John Brennan tomou posse nesta sexta-feira como novo diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, por suas iniciais em inglês), informou a Casa Branca.

Ele foi empossado pelo vice-presidente norte-americano, Joe Biden, em cerimônia fechada na Casa Branca um dia depois de ser confirmado no cargo pelo Senado dos EUA.

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Brennan atuou antes como principal conselheiro para contraterrorismo do presidente Barack Obama. A confirmação de sua indicação para o cargo foi obtida depois de um extenso debate no Senado sobre o uso de sondas militares não tripuladas contra suspeitos de ações extremistas. As informações são da Associated Press.

O ex-agente da CIA John Kiriakou começou a cumprir nesta sexta-feira uma pena de 30 meses de prisão por traição. É a primeira vez que um espião americano é condenado com base na Lei de Proteção de Identidade de Inteligência, de 1982. Kiriakou foi processado no início do ano passado por ter fornecido a um jornalista o nome de um ex-colega de espionagem e declarou-se culpado diante do tribunal. A sentença foi confirmada pela Justiça Federal dos EUA nesta sexta-feira.

Em outro caso semelhante, o soldado Bradley Manning, ex-analista de inteligência do Exército, enfrenta Corte Marcial por ter fornecido ao WikiLeaks documentos do Departamento de Estado e do Pentágono em 2010.

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Kiriakou recebeu a pena menor, de 30 meses de prisão, a contragosto da juíza federal Leonie Brinkema, do Tribunal Federal de Alexandria, no Estado da Virgínia. Com base em acordo entre seu advogado de defesa e o promotor do caso, ele declarou-se culpado e, em troca, recebeu uma sentença mais branda. "É uma pena muito suave", declarou a juíza, para quem o ex-espião causou "severos prejuízos" para a CIA.

Ele atuou na CIA entre 1990 e 2004 como espião e deu contribuição substancial no rastreamento de líderes da Al-Qaeda depois do atentado contra os Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001. Liderou a operação de captura, no Paquistão, de Abu Zubaydah, um dos principais colaboradores de Bin Laden, mantido em Guantánamo como inimigo combatente dos EUA. Kiriakou recebeu várias condecorações por seu trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou nesta segunda-feira (7) os novos responsáveis pela secretaria da Defesa e pela direção da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês). Obama indicou o republicano Chuck Hagel para secretário da Defesa e John Brennan para o comando da CIA. Ambas as escolhas são polêmicas e atraíram críticas do Partido Democrata, o de Obama, e também da oposição republicana.

Hagel, de 66 anos, foi senador durante o governo de Obama e os dois se aproximaram durante viagens de trabalho ao exterior. Republicano moderado e veterano condecorado da guerra do Vietnã, Hagel pode melhorar o diálogo no gabinete de Obama, caso seja confirmado. Mas o ex-senador pelo Nebraska tem enfrentado críticas no Congresso, principalmente dos republicanos, desde que surgiu como o principal concorrente à direção do Pentágono, embora legisladores de seu partido não tenham chegado a dizer que podem impedir sua nomeação.

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Hagel é o segundo escolhido por Obama para um cargo importante no setor de segurança a enfrentar críticas do Congresso mesmo antes da nomeação. A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, retirou seu nome da lista para ocupar o cargo de secretária de Estado (chancelaria) em meio a acusações de senadores republicanos de que ela havia enganado a população em seus relatos iniciais sobre os ataques contra norte-americanos, que estavam numa representação diplomática em Benghazi, na Líbia.

Após a desistência de Rice, Obama indicou o senador John Kerry para comandar o Departamento de Estado. Ele deve ser facilmente confirmado por seus antigos colegas do Senado.

Numa tentativa de suavizar o terreno para Hagel, a Casa Branca alertou os democratas do Senado no domingo que Hagel será nomeado para suceder o secretário de Defesa Leon Panetta no segundo mandato de Obama, de acordo com um funcionário do Congresso que pediu para não ser identificado.

Caso seja confirmado no cargo, Hagel vai assumir um Pentágono que enfrenta cortes orçamentários e a volta dos soldados norte-americanos do Afeganistão. O presidente afegão, Hamid Karzai, deve se encontrar com Obama nesta semana em Washington para discutir a presença norte-americana no país após a conclusão formal da guerra, prevista para 2014. Hagel deve apoiar uma saída mais rápida das tropas norte-americanas do Afeganistão.

Já Brennan, de 58 anos e que trabalha na CIA há 25 anos, é atualmente o principal conselheiro de contraterrorismo de Obama. Obama já havia pensado em Brennan para ocupar o principal cargo da CIA em 2008, mas o candidato retirou seu nome em meio a questionamentos a respeito de sua ligação com o uso de técnicas de interrogatório muito duras durante o governo de George W. Bush. Brennan negou envolvimento com os controversos métodos de interrogatório, que incluem afogamento, e declarou-se contrário a eles. Segundo conselheiros da Casa Branca, Obama escolheu Brennan para o cargo porque ele teve um papel importante na operação que resultou na morte do líder terrorista Osama bin Laden no Paquistão em 2011.

Brennan também é um dos principais mentores da polêmica política norte-americana de usar aviões teleguiados e não tripulados, os chamados drone, para matar terroristas e suspeitos de terror no Paquistão, Afeganistão e principalmente no Iêmen. Embora polêmica, a política de enviar os drone para assassinar suspeitos é considerada um sucesso. Brennan foi um dos criadores do Centro Contra a Ameaça do Terror, após os atentados de 11 de Setembro de 2001, e serviu vários anos na administração anterior de George W. Bush. Ele era o encarregado, até 2005, das informações confidenciais sobre o terror que eram passadas pessoalmente a W. Bush.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

 

A presidente do Comitê Seleto de Inteligência do Senado dos EUA, a democrata Dianne Feinstein, anunciou que vai investigar a forma como o FBI tratou a sindicância sobre o diretor da CIA, David Petraeus, e vai buscar saber por que os parlamentares não foram informados da investigação antes de ela se tornar pública.

Em entrevista à Fox News Sunday, Feinstein afirmou que a pergunta fará parte de um inquérito do Congresso que começará a realizar audiências nesta semana. "Nós não recebemos um aviso antecipado", disse Feinstein, referindo-se a ela e outros parlamentares do comitê do Senado. A senadora também disse que poderá pedir que Petraeus deponha ao Congresso como parte do inquérito.

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Enquanto isso, o presidente do Comitê de Segurança Interna da Câmara dos EUA, o republicano Peter King, pediu uma investigação para saber se o FBI demorou demais para revelar suas descobertas ao Conselho de Segurança Nacional e ao presidente Barack Obama. "O presidente deveria ter sido informado no momento mais inicial", disse King, que também integra o Comitê Seleto de Inteligência Permanente da Câmara, ao programa "State of the Union", da CNN.

Petraeus renunciou ao cargo repentinamente na sexta-feira, dizendo que teve um caso extraconjugal. O relacionamento foi descoberto pelo FBI durante a investigação de e-mails potencialmente ameaçadores enviados por uma mulher romanticamente ligada a Petraeus para uma segunda mulher, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

O FBI e promotores da Carolina do Norte e da Flórida iniciaram a investigação em meados do ano. Inicialmente eles analisaram a possibilidade de alguém ter invadido a conta de e-mails de Petraeus, mas depois determinaram que não houve crime cibernético.

O FBI e o Departamento de Justiça dos EUA informaram as descobertas ao diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, no começo da semana passada e Clapper passou as informações para autoridades do governo Obama na quarta-feira. As informações são da Dow Jones.

A mulher com quem o ex-diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), David Petraeus, teve um caso extraconjugal foi identificada como Paula Broadwell, que escreveu a biografia dele, intitulada "All In: The Education of General David Petraeus", informou o The Wall Street Journal, citando fontes próximas das investigações.

Petraeus renunciou na sexta-feira ao cargo após uma investigação do FBI (Departamento Federal de Investigação) sobre o uso de seu email por outra pessoa revelar que ele estava tendo um caso extraconjugal.

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A renúncia, que surpreendeu Washington, representou uma queda abrupta na carreira de um homem que era um dos mais celebrados líderes militares do seu tempo, um general quatro estrelas, a quem foi dado o crédito de ter alterado a situação no Iraque e revertido o ímpeto do Taleban no Afeganistão.

A investigação destaca uma razão para que Petraeus e a Casa Branca acreditem que o popular oficial não possa permanecer na posição sênior da inteligência: o caso levantou a possibilidade de que o relacionamento inadequado dele possa ter comprometido a segurança nacional.

Funcionários do governo disseram que a Casa Branca foi informada sobre o caso na quarta-feira, um dia depois da reeleição do presidente Barack Obama. O presidente foi informado na quinta-feira por sua equipe e se reuniu com Petraeus no mesmo dia. O diretor da CIA, então, ofereceu a renúncia.

"Depois de ter sido casado por mais de 37 anos, eu mostrei um julgamento extremamente pobre por me envolver em um caso extraconjugal", disse Petraeus em uma declaração a funcionários da CIA na sexta-feira. "Esse tipo de comportamento é inaceitável, tanto como marido, quanto como líder de uma organização como a nossa."

A mulher de Petraeus, Holly, trabalha na Agência de Proteção Financeira do Consumidor.

Petraeus deixa a CIA num momento em que está envolvido em uma controvérsia em torno dos acontecimentos de 11 de setembro de 2012, quando quatro americanos foram mortos em um ataque ao consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia. Depois de semanas de relatos conflitantes sobre o que aconteceu naquela noite, a CIA reconheceu que havia desempenhado um papel central na coleta de informações e fornecido segurança para a presença dos EUA lá.

Os principais candidatos para assumirem o cargo de Petraeus são o diretor da CIA, Michael Morell, e o subsecretário de Defesa para inteligência, Michael Vickers. Outra opção mencionada foi Michael Rogers, que é presidente da comissão de inteligência da Câmara. As informações são da Dow Jones.

Poucos dias antes da eleição presidencial americana, marcada para a próxima terça-feira, autoridades dos EUA estão rebatendo alegações de que falharam em responder rapidamente ou com eficiência ao atentado contra o consulado americano em Benghazi, na Líbia, detalhando pela primeira vez um amplo esforço de resgate da CIA.

Autoridades de inteligência dos EUA informaram na quinta-feira que oficiais de segurança da CIA foram ao socorro da equipe do Departamento de Estado menos de 25 minutos após receberem a primeira chamada por ajuda do consulado, que fica a cerca de 1,5 quilômetro do anexo da CIA.

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A linha do tempo detalhada fornece o primeiro olhar em profundidade sobre o quão envolvida estava a CIA na tentativa de resgate, e vem à tona em meio a questões persistentes sobre se o governo do presidente Barack Obama respondeu tão rápida e efetivamente quanto poderia.

O ataque no dia 11 de setembro, supostamente perpetrado pelo grupo terrorista Al-Qaeda, matou quatro americanos, entre eles o embaixador dos EUA na Líbia, Chris Stevens. As informações são da Associated Press.

O ataque contra o Consulado dos Estados Unidos em Benghazi, no leste da Líbia, foi um ato "terrorista" disse nesta quinta-feira o diretor do Centro Nacional Antiterrorismo (Nctc, pela sigla em inglês), Matthew Olsen. Em depoimento a uma comissão do Senado americano, Olsen disse que "quatro cidadãos norte-americanos foram assassinados no decorrer de um ataque terrorista contra" o consulado. Segundo ele, o ataque foi um "atentado feito de maneira oportunista". O Nctc é o órgão governamental dos EUA, formado em parte por especialistas da Agência Central de Inteligência (CIA, pela sigla em inglês), pelo FBI, polícia federal americana, e pelo Pentágono, que combate o terrorismo.

Até agora, o governo dos EUA declarava que o ataque ao consulado de Benghazi, na noite de 11 de setembro e no qual foram mortos quatro diplomatas, entre eles o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens, havia sido um ato descontrolado em protesto contra o filme "A Inocência dos Muçulmanos".

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As informações são da Agência Ansa.

Um grupo extremista paquistanês, o Lashkar-e-Islam, negou nesta quinta-feira qualquer ligação com um médico que ajudou os Estados Unidos a localizarem a pista do terrorista Osama bin Laden na cidade de Abottabad, onde ele foi morto por comandos especiais da Marinha do EUA em maio do ano passado. O médico em questão, Shakil Afridi, foi sentenciado por um tribunal paquistanês na semana passada a 33 anos de prisão, o que enfureceu várias pessoas nos EUA.

Afridi conduziu uma campanha de vacinação, instruído pela Agência Central de Inteligência (CIA, pela inicial em inglês), que foi uma maneira de colher amostras do sangue de bin Laden em Abottabad, na casa fortificada onde o terrorista vivia com suas mulheres, filhos e asseclas na cidade paquistanesa. Inicialmente, se acreditava que Afridi pegou 33 anos de prisão porque espionou para a CIA, mas a publicação do veredicto pelo judiciário paquistanês trouxe outra versão, o médico foi acusado de colaborar com o grupo Lashkar-e-Islam, uma organização brutal e também criminosa, fora da lei no Paquistão e que opera na região do passo de Kyber, passagem nas montanhas para o Afeganistão.

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Em breve entrevista nesta quinta-feira, o comandante do Lashkar-e-Islam, Abdul Rashid, negou que Afridi fosse adepto do grupo ou até mesmo um simples colaborador. "Nós mataremos o agente estrangeiro (Afridi) se pudermos", disse Rashid. Segundo ele, o Lashkar-e-Islam já sequestoru Afridi no passado, após moradores das regiões montanhosas terem dito que ele recebia dinheiro dos serviços secretos, mas que o médico foi solto após uma advertência. Já um parente de Afridi afirma que isso não é verdade e que o Lashkar-e-Islam sequestrou o médico por dinheiro e que ele só foi libertado após o pagamento de vultuoso resgate. O irmão de Afridi e os advogados do condenado deram uma coletiva de imprensa nesta semana e disseram que ele não fez nada errado.

As informações são da Associated Press.

A Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) do governo dos Estados Unidos afirmou que conseguiu evitar uma suposta conspiração de uma filial da rede terrorista Al-Qaeda para destruir um avião de passageiros dos EUA, usando uma bomba com um novo desenho. O plano da Al-Qaeda na Península Arábica, segundo funcionários da CIA, era explodir a bomba e marcar o aniversário de um ano da morte do terrorista Osama bin Laden. O explosivo seria escondido nas vestes de um suicida que embarcaria no avião.

Segundo os funcionários da CIA, o explosivo seria uma versão mais elaborada da bomba que foi armada em um sapato e que teve a detonação fracassada durante o voo de um avião de passageiros da Holanda a Detroit, em 25 de dezembro de 2009. Segundo a espionagem dos EUA, a nova bomba continha um sistema de detonação mais evoluído.

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As informações são da Associated Press.

Um engenheiro do centro espacial russo foi condenado a 13 anos de prisão por espionagem. O tenente-coronel Vladimir Nesterets confessou ter passado informações secretas sobre mísseis estratégicos russos de última geração à CIA (Agência de Inteligência Norte Americana).

Até o momento, nenhum funcionário do governo dos Estados Unidos falou sobre a condenação. Nesterets foi condenado por alta traição e também perdeu sua patente militar.

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A sentença foi proferida por um tribunal militar após um julgamento a portas fechadas. O caso se tornou público nesta sexta-feira (10).

A CIA – a agência de inteligência dos EUA – monitora as redes sociais no mundo todo em busca de ameaças à segurança do país ou mesmo sobre o 'humor' da opinião local, revela reportagem da agência AP nesta sexta (4).

Instalada em um galpão industrial em local secreto, a equipe da agência, apelidada de "bibliotecários vingativos", acompanha 5 milhões de tuítes por dia, além de Facebook, jornais, canais de notícias de TV, estações de rádio no mundo todo, salas de chat na internet etc.

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De acordo com a reportagem, do árabe ao mandarim, a partir de um tweet irado a um blog reflexivo, os analistas colhem informações e as cruzam com jornais locais ou até conversas telefônicas interceptadas clandestinamente. A partir daí, desenham um cenário sobre a quantas anda a percepção sobre os EUA naquele país ou mesmo o grau de satisfação da população.

Leia também: Ex-chefe da CIA pede que hackers ajudem a defender os EUA

A equipe previu, por exemplo, a chamada "Primavera Árabe" no Egito. "Vimos que as redes sociais em lugares como o Egito poderiam tornar-se uma ameaça ao regime", disse Doug Naqim, diretor do chamado Centro Open Source da CIA.

O trabalho começou por recomendação do Congresso americano, após os ataques de 11/09. Hoje, reúne centenas de analistas (o número exato é segredo), que estudam do acesso à web na China ao humor nas ruas do Paquistão.

De acordo com a reportagem, embora a maioria dos analistas esteja na Virgínia, há "fuçadores virtuais" em embaixadas americanas no mundo todo.

O centro começou a focar-se em mídias sociais, depois de ver a reação dos usuários do Twitter contra o regime iraniano após o contestado resultado das eleições de 2009 naquele país, com a reeleição Mahmoud Ahmadinejad.

Depois que Bin Laden foi morto no Paquistão em maio, a CIA seguiu o Twitter para dar à Casa Branca um instantâneo da opinião pública mundial. O presidente Barack Obama recebe relatórios do grupo quase que diariamente, diz o texto.

A maioria dos tweets em urdu, a língua do Paquistão, e em chinês, foram  negativos aos EUA à época. Autoridades paquistanesas protestaram contra o ataque como uma afronta à soberania do país, um ponto que continua a complicar as relações entre os países.

O centro também está comparando os resultados de suas observações em mídia social com as pesquisas de opinião, para gerar resultados mais precisos, disse Naquin à AP.

Sites como Facebook e Twitter também se tornaram um recurso fundamental para seguir uma crise, como os motins que se alastraram em Bangkok (Tailândia) em abril e maio do ano passado.

Caçado há pelo menos dois anos pela Agência Central de Inteligência (CIA), o maior propagandista de ataques terroristas contra os Estados Unidos, Anwar al-Awlaki, foi morto na manhã de ontem no Iêmen durante operação de um avião americano não tripulado. Americano e filho de um ex-tecnocrata iemenita, o religioso radical islâmico de 40 anos estava na lista dos líderes da Al-Qaeda mais procurados pelas forças dos EUA.

A morte de Al-Awlaki reforçou a aposta da Casa Branca na nova estratégia de contraterrorismo, segundo a qual a mobilização de tropas deve dar lugar a operações militares e de inteligência na busca aos líderes da Al-Qaeda. Em maio, os EUA usaram pela primeira vez um avião não tripulado no Iêmen. Al-Awlaki era o alvo. Hoje, o aparelho disparou um míssil contra o veículo no qual ele se deslocava.

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A ação reforça a aliança do governo Obama com o do presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, há 33 anos no poder. Alvo de protestos populares e da oposição, Saleh reafirmou em entrevista publicada hoje sua decisão de não renunciar (mais informações ao lado). Também advertiu os EUA sobre os riscos de seu lugar vir a ser ocupado por aliados da Al-Qaeda. Os EUA teriam planos de instalar na Península Arábica uma base de operações com aviões não tripulados para agir, sobretudo, no Iêmen. O ataque foi comemorado pelo governo de Barack Obama como a segunda maior vitória neste ano, depois da morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, em maio no Paquistão.

Na ação de hoje também foi morto o americano radicado no Iêmen Samir Khan, coeditor da Inspire, revista online em inglês divulgadora do ideário extremista islâmico. Sua última edição celebrou os ataques de 11 de setembro de 2001. "A morte de Al-Awlaki é um golpe no mais ativo militante da Al-Qaeda. Ele era o líder das operações externas da Al-Qaeda na Península Arábica. Nessa função, liderou esforços para assassinar americanos inocentes", declarou Obama. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seis dias depois de pendurar seu uniforme militar, o general norte-americano David Petraeus encerrou sua breve aposentadoria nesta terça-feira, ao assumir o cargo de diretor da Agência Central de Inteligência (CIA).

O vice-presidente Joe Biden realizou a cerimônia na sala Roosevelt, na Casa Branca, à qual Petraeus compareceu não com seu familiar uniforme verde oliva, mas vestindo um terno.

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Perguntado sobre como vai atuar no novo cargo e se vai manter a proximidade com o Exército, Petraeus, de 58 anos, disse que não vai manter seu uniforme ou ex-auxiliares militares e vai se adaptar ao comportamento mais informal da agência de espionagem.

"Estamos fazendo isso hoje, na sala Roosevelt, porque literalmente não há tempo a perder. O presidente quer ele no cargo", disse Biden.

"Dever, honra e país. No dia em que eu o encontrei no Afeganistão, essas palavras vieram à minha mente. Você realmente tem uma carreira significativa, general. Você se destacou em cada coisa que fez", disse Biden a Petraeus, com quem teve algumas divergências sobre aspectos da estratégia de guerra.

Petraeus, mentor da elevação do número de tropas no Iraque, se aposentou oficialmente na quarta-feira, após 37 anos de carreira militar, encerrada como comandante das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão.

"Obrigado ao presidente Obama por sua confiança num velho soldado. Tive uma grande aposentadoria. Esta é uma semana fantástica", brincou Petraeus, que assume em substituição a Leon Panetta, que ocupa o posto de secretário de Defesa. As informações são da Dow Jones.

A Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA e os serviços de inteligência da Líbia desenvolveram uma relação tão próxima durante o governo de George W. Bush que Washington enviava suspeitos de terrorismo para interrogação na Líbia e sugeria as perguntas que deveriam ser feitas, segundo documentos encontrados na sede da agência de Segurança Externa líbia, informa The Wall Street Journal.

A ligação era tão estreita que a CIA estabeleceu "uma presença permanente" na Líbia em 2004, segundo uma nota de Stephen Kappes, então o número 2 do serviço clandestino da CIA, para o então chefe de inteligência líbio Moussa Koussa.

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O memorando começa com "Caro Musa" e é assinado a mão, "Steve". Kappes era um participante crítico nas negociações secretas que levaram à decisão do líder líbio Muamar Kadafi em 2003 de abandonar seu programa nuclear. Por meio de uma porta-voz, Kappes, que se aposentou da agência, negou-se a comentar as informações.

Uma autoridade dos EUA disse que a Líbia mostrava progressos na época. "Vamos manter em mente qual era o contexto: até 2004 os EUA haviam conseguido convencer o governo líbio a abandonar seu programa de armas nucleares e a ajudar a parar terroristas que estavam ativamente alvejando americanos nos EUA e no exterior", disse.

Os arquivos documentando a renovação dos laços entre a CIA e a inteligência líbia foram revisados e copiados por pesquisadores do Human Rights Watch durante visita à sede da agência de Segurança Externa líbia em Trípoli. O diretor Peter Bouckaert disse que visitava o edifício nesta sexta-feira como parte do esforço do grupo para ajudar a autoridade transitória líbia a proteger documentos sensíveis deixados pelo regime de Kadafi, que entrou em colapso em agosto após uma rebelião de cinco meses.

Bouckaert disse que descobriu os documentos numa sala que os guardas descreveram como o antigo escritório de Koussa, que se tornou chanceler em 2009. Bouckaert fotografou os documentos, deixando os originais no lugar, e entregou cópias a The Wall Street Journal.

O Human Rights Watch tem criticado a política dos EUA de enviar suspeitos de terrorismo a terceiros países para interrogação. A prática ocorre pelo menos desde 1995, quando o Egito começou a ajudar os EUA.

Koussa, que abandonou o governo Kadafi em março, é apontado como tendo ajudado a negociar a reaproximação da Líbia com a comunidade internacional e o fim das sanções ao país em troca do abandono do programa de armas de destruição em massa. As informações são da Dow Jones.

Três dias após o aniversário de 85 anos de Fidel Castro e 50 anos após o desembarque de tropas cubano-americanas na Baía dos Porcos, a Justiça dos Estados Unidos obrigou a Agência Central de Inteligência (CIA, por suas iniciais em inglês) a divulgar parte dos arquivos sobre uma das mais célebres operações militares da Guerra Fria. Os documentos revelados apontam erros do Departamento de Estado, do presidente John F. Kennedy e afirmam que a invasão foi ainda mais desastrosa do que se imaginava.

Segundo os arquivos, Grayston Lynch, principal agente da CIA, ordenou disparos contra aviões que os EUA tinham enviado para a proteção dos invasores, derrubando alguns. Washington havia fornecido aviões B-26 parecidos com os da Força Aérea cubana - caso fossem abatidos, a ideia era negar envolvimento norte-americano e alegar que os aviões eram pilotados por desertores cubanos. "Disparamos contra dois ou três, porque só víamos uma silhueta", afirmou Lynch.

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O episódio é uma das muitas revelações de quatro volumes escritos por Jack Pfeifer, historiador da CIA, entre 1974 e 1984. As 1,2 mil páginas foram divulgadas por ordem judicial, com base na lei de acesso à informação, a pedido do Arquivo de Segurança Nacional, um grupo privado ligado à Universidade George Washington - há um quinto volume que a CIA ainda se nega a liberar.

Entre os novos detalhes está o desvio de recursos da operação para pagar a máfia para assassinar Fidel Castro. Os planos eram tão secretos que nem Jacob Esterline, comandante da invasão fracassada, sabia. Apesar de a Casa Branca ter proibido o envolvimento direto de norte-americanos na ação, segundo os documentos, a CIA permitiu que pilotos sobrevoassem as praias de Cuba - quatro foram abatidos e mortos. Eles foram condecorados apenas em 1976, em cerimônias secretas.

Os documentos também detalham a participação de Richard Nixon, que era vice-presidente quando a operação começou (durante a presidência de Dwight Eisenhower) e acordos fechados com o então ditador da Nicarágua Anastasio Somoza para cooperar em troca de dinheiro.

Para historiadores, uma das mais importantes revelações é que nem mesmo a CIA acreditava no sucesso da operação sem intervenção direta dos EUA. Mais tarde, Kennedy teria dito a assessores que a agência apostava que ele não resistiria à pressão e enviaria apoio militar.

De acordo com Pfeifer, era "absurda" a tentativa de Kennedy de encobrir o envolvimento norte-americano na operação e teria sido um erro não enviar apoio aéreo para os invasores.

Em conversa com o então secretário de Estado, Dean Acheson, Kennedy estimava que seriam 1,5 mil invasores contra 25 mil oponentes. "Não precisa ser um gênio para saber que 1,5 mil é menos do que 25 mil", teria resmungado Acheson, em uma crítica discreta à ingenuidade do presidente. As informações são da Associated Press.

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