Tópicos | Condecoração

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu a Ordem do Mérito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no grau de Grã-Cruz, ao padre Júlio Lancellotti. Essa homenagem é agraciada a pessoas que tiveram atuações de destaque que envolvem a pasta. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), desta terça-feira (29), e carrega a assinatura do presidente e do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Padre Júlio Lancellotti atua diretamente na defesa dos direitos humanos e das pessoas em situação de rua e em vulnerabilidade na cidade de São Paulo. O trabalho do padre contra construções com arquitetura hostil inspirou a criação da Lei Padre Júlio Lancellotti, que proíbe construções feitas com o objetivo de inibir a presença de pessoas em situação de rua em locais públicos. A norma foi promulgada pelo próprio Legislativo em dezembro de 2022 após o então presidente Jair Bolsonaro vetar o texto.

##RECOMENDA##

Aos 74 anos, ele é o atual coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo e ainda exerce a função de padre na paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, bairro da zona leste de São Paulo. Ele também é responsável pelas missas da capela da Universidade São Judas Tadeu.

Ameaça

No domingo (27), o padre Júlio Lancellotti foi alvo de ameaça ao chegar na igreja que lidera e encontrar um bilhete anônimo na porta. "Seu dia de reinado vai acabar, pode esperar", ameaça o autor do bilhete. O texto dizia ainda que o padre é um "defensor dos direitos dos bandidos" e que ele "usa o povo" para se "favorecer", além de chamá-lo de "petista vagabundo".

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), no mesmo dia que o bilhete foi encontrado, um idoso de 72 anos confessou a autoria e foi encaminhado ao 8º Distrito Policial (Brás). O caso foi registrado como injúria e ameaça. A identidade do autor não foi revelada.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro será condecorada com a medalha Mérito Legislativo, nesta terça-feira (6), pela Câmara dos Deputados. A honra também será prestada ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista Dom Phillips, assassinados em junho deste ano no Vale do Javari, terra indígena no Amazonas. Outras 28 personalidades receberão a insígnia no evento. 

A medalha é concedida a autoridades, personalidades, entidades e instituições que tenham prestado serviços relevantes ao Poder Legislativo ou ao país. Além de Michelle, Bruno e Dom, também serão contemplados o ministro Marcelo Queiroga (Saúde), o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, o vice-presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e a presidente do Podemos, Renata Abreu e o padre Júlio Lancellotti. 

##RECOMENDA##

Será a quarta vez que a primeira-dama recebe a medalha do Congresso. Em dezembro de 2021, Michelle foi condecorada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com a medalha da Ordem de Rio Branco, em uma cerimônia realizada no Palácio Itamaraty, em Brasília. Os feitos que levaram à decisão pela condecoração não foram justificados. 

Além dela, aliados políticos e ministros, como o da Saúde, Marcelo Queiroga, e o da Justiça, Anderson Torres, além do procurador-geral da República, Augusto Aras, também receberam a condecoração da Ordem de Rio Branco no último ano. 

Segundo consta no regulamento de entrega da medalha, o objetivo da homenagem da Ordem de Rio Branco é "galardoar as pessoas físicas, jurídicas, corporações militares ou instituições civis, nacionais ou estrangeiras que, pelos seus serviços ou méritos excepcionais, se tenham tornado merecedoras dessa distinção". 

 

O padre Marcelo Fernandes de Aquino, reitor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), rejeitou, na última segunda-feira (29), a honraria Cavaleiro da Ordem de Rio Branco, concedida pelo Itamaraty. Apesar de lisonjeado, o educador compartilhou, em carta ao Ministério das Relações Exteriores, que "respeitosamente" recusa a condecoração por se opor à gestão de Jair Bolsonaro (sem partido) diante da educação do país e de outras áreas. 

A indicação à medalha foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (26), e o documento de recusa foi enviado a Brasília ontem. A instituição tradicional fica localizada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Na publicação do DOU, Aquino é destacado como sacerdote católico e membro da congregação Companhia de Jesus. 

##RECOMENDA##

“Fiquei agradavelmente surpreendido pela admissão de meu nome no quadro suplementar dos cidadãos a serem agraciados com a honrosa insígnia do grau de Cavaleiro da Ordem de Rio Branco”, escreveu Aquino, afirmando reconhecer a “legitimidade e importância dessa prestigiosa honraria da República”. 

Mas concluiu comunicando a rejeição, “em virtude da atual incapacidade do Governo Federal de dar rumo correto para as políticas públicas para as áreas de Educação, Saúde, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia”. 

A Ordem de Rio Branco é uma insígnia que o Presidente da República atribui a pessoas físicas, jurídicas, corporações militares ou instituições civis, nacionais ou estrangeiras, pelos serviços ou méritos excepcionais. A honraria é uma homenagem ao Patrono da Diplomacia Brasileira, o Barão do Rio Branco, e consta de cinco graus: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro, além de uma Medalha anexa à Ordem. 

Mais de 20 cientistas com condecorações da Ordem Nacional do Mérito Científico renunciaram à medalha em apoio a dois colegas excluídos da lista de agraciados por críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Após se autocondecorar com a medalha aos pesquisadores, Bolsonaro anulou a comenda de dois integrantes da Fiocruz.

"Enquanto cientistas, não compactuamos com a forma pela qual o negacionismo em geral, como perseguições a colegas cientistas e os recentes cortes nos orçamentos federais para a ciência e tecnologia têm sido utilizados como ferramentas para fazer retroceder os importantes progressos alcançados pela comunidade cientifica brasileira nas últimas décadas", destaca parte da carta assinada pelos estudiosos.

##RECOMENDA##

Na sexta-feira (5), o decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) informou a anulação da comenda à diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Schwartz Benzaken, e ao pesquisador da Fiocruz, Marcus Vinícius Guimarães Lacerda.

Benzaken elaborava políticas de prevenção, vigilância e controle de infecções sexualmente transmissíveis pelo Ministério da Saúde, e foi demitida do departamento pela relação com uma cartilha voltada à saúde de homens trans.

Já Lacerda coordenou um estudo no Amazonas em abril de 2020 e concluiu que não havia benefícios do uso de altas doses de cloroquina para pacientes graves da Covid-19. Desde então, anda com escolta armada por receber ameaças e morte de bolsonaristas.

Na quarta (3), o epidemiologista Cesar Vitora recusou o título de Grão-Cruz da Ordem concedida pelo Governo Federal. Em carta-aberta, ele destacou que a honraria é um reconhecimento para qualquer cientista brasileiro, mas ficou dividido por ter sido entregue por uma gestão que 'não apenas ignora, mas ativamente boicota as recomendações da epidemiologia e da saúde coletiva".

O DOU da quinta-feira (4) confirmou que o presidente concedeu a medalha na classe Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico a si mesmo. A honraria é concedida pelo poder público para estudiosos nacionais e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento da Ciência e Inovação do Brasil.

Em julho, ele já havia condecorado a esposa Michelle com a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz, destinada a reconhecer os esforços de autoridades e personalidades que tenham contribuído para o bem-estar físico e mental da população.

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu a si mesmo a Medalha de Ordem Nacional do Mérito Científico. A auto-premiação foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (4).

Esta é uma das mais altas honrarias concedidas pelo poder público a personalidades nacionais e estrangeiras que contribuíram para o desenvolvimento da ciência e inovação do Brasil.

##RECOMENDA##

A condecoração acontece em meio aos negacionismos do presidente da República, que continua declarando que não vai tomar a vacina contra a Covid-19, não usando máscara de proteção, participando e incitando aglomerações.

Além dessa auto-premiação, Bolsonaro já condecorou, em julho deste ano, a sua esposa Michele Bolsonaro com a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz, destinada a reconhecer os esforços de autoridades e personalidades que tenham contribuído para o bem-estar físico e mental da população.

O presidente Jair Bolsonaro condecorou o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, com o grau mais alto da Ordem do Mérito da Defesa, honraria concedida àqueles que prestam relevantes serviços ao Ministério da Defesa e às Forças Armadas do Brasil. O decreto com a decisão está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 7.

Na semana passada, o comandante do Exército se alinhou ao desejo de Bolsonaro e livrou o general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, de punição por ter participado de ato político em apoio ao presidente da República no Rio - o que é proibido pelas normas militares. O comandante concluiu que Pazuello não cometeu "transgressão disciplinar" ao subir em carro de som e discursar em defesa de Bolsonaro. O procedimento administrativo contra ele foi arquivado. Em comunicado oficial, o Exército informou que, no entendimento do comandante, "não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello".

##RECOMENDA##

A condecoração da Ordem do Mérito da Defesa é concedida em quatro níveis em quadro ordinário e em quadro suplementar: grau de Grã-Cruz, grau de Grande-Oficial, grau de Comendador e grau de Oficial. O Diário Oficial de hoje traz cinco decretos concedendo a homenagem a várias autoridades, entre militares e civis. Assim como o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foi promovido ao grau de Grã-Cruz no quadro ordinário da Ordem do Mérito da Defesa o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França.

Dentre os homenageados, está ainda o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que foi admitido e o presidente do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que foi promovido ao quadro suplementar da honraria. Ministros do governo Bolsonaro também foram homenageados nessas categorias. Todos no grau de Grã-Cruz.

A condecoração reconhece autoridades ou personalidades civis e militares - brasileiras ou estrangeiras - que prestarem relevantes serviços às Forças Armadas do Brasil, além de militares que se destacarem no exercício da profissão. A medalha é conferida também a bandeiras e estandartes de organizações militares e instituições civis.

Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles recebeu, nesta terça-feira (8), uma medalha concedida pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, por "notáveis serviços" prestados à sociedade. Na gestão do presidente Jair Bolsonaro, o país se tornou recordista registro de queimadas.

A Comenda da Ordem do Mérito Bombeiro Militar do Distrito Federal Imperador Dom Pedro II foi entregue em solenidade no auditório José Nilton, na sede da corporação, em Brasília. A medalha é dada a militares, autoridades e civis que tenham se destacado no exercício da função.

##RECOMENDA##

Segundo o governo do DF, a honraria foi criada em 8 dezembro de 2003, para comemorar a data de nascimento de Dom Pedro II, que fundou o Corpo de Bombeiros, em 1856. A entrega da medalha ocorreu na semana passada.

As queimadas ocorridas no Pantanal neste ano são as piores de toda a série histórica, que começou a ser medida em 1998. Salles defende a adoção do "boi bombeiro" para reduzir as queimadas.

Em outubro, o ministro do Meio Ambiente eximiu o governo de culpa pela disparada das queimadas no Pantanal e defendeu a criação de gado na região para reduzir a "massa orgânica". A tese, rejeitada por todos os estudiosos do assunto por não ter nenhuma evidência científica, é incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro. "Fogo lá no Pantanal. No passado, a gente podia deixar o boi comer o capim acumulado, agora não pode mais. Então, acumula uma massa vegetal morta muito grande e, quando vem o fogo, incendeia e o negócio é uma barbaridade. É o boi-bombeiro. Quando fala, é galhofa. O pessoal que nunca pisou no capim falando mal do produtor rural", afirmou Bolsonaro no mês passado, ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Os índices de desmatamento também experimentam recordes na Amazônia. Neste ano, teve alta de 9,5% no último ano e voltou a atingir a maior taxa desde 2008 - o que já tinha ocorrido no ano passado. Entre agosto de 2019 e julho deste ano, a devastação da floresta alcançou 11.088 km2, ante os 10.129 km2 registrados nos 12 meses anteriores. A área devastada nesse último ano equivale a 7,2 vezes a da cidade de São Paulo.

Essa é a estimativa do Prodes - o sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que fornece a taxa oficial do desmatamento da Amazônia no período de um ano - divulgada no dia 30, durante visita do vice-presidente, Hamilton Mourão, e do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, ao Inpe. Os dados consolidados serão apresentados no primeiro semestre do ano que vem.

Com essa taxa, o País também deixa oficialmente de cumprir a principal meta da Política Nacional de Mudanças Climáticas, de 2010, que estabelecia, em lei, que o desmatamento neste ano seria de, no máximo, 3,9 mil km2.

O presidente Jair Bolsonaro concedeu nesta sexta-feira (29) a Ordem do Mérito Naval, no grau de Grande Oficial, para três ministros de Estado. Entre eles, o chefe da pasta da Educação, Abraham Weintraub, que está na mira da Procuradoria-Geral da República (PRG) por suposto crime de preconceito em publicação contra a China nas redes sociais. O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, também recebeu a condecoração.

A Ordem do Mérito Naval, criada pelo Decreto no 24.659, de 11 de julho de 1934, se destina a premiar os militares, personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que houverem prestado relevantes serviços à Marinha.

##RECOMENDA##

A homenagem a Aras é dada após o presidente afirmar nesta quinta-feira que daria uma vaga ao procurador para o Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram condecorados os ministros Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Jorge Oliveira (Secretaria de Governo).

Após a declaração nas redes sociais, a PGR atendeu requerimentos do PSOL e pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito para investigar o ministro Weintraub. Ele também terá que prestar esclarecimentos à Polícia Federal por causa das declarações sobre a Suprema Corte na reunião ministerial do dia 22 de abril.

Em relação a Aras, Bolsonaro disse em "live" nesta quinta que "se aparecer uma terceira vaga, espero que ninguém ali desapareça, para o Supremo, o nome de Augusto Aras entra fortemente". O presidente afirmou que Aras tem uma "atuação excepcional".

No mandato, o presidente poderá indicar dois nomes para o STF para preencher as vagas dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio de Mello, que vão se aposentar.

O aceno de Bolsonaro acontece no momento em que Aras pode denunciar o presidente no âmbito do inquérito que tramita na Suprema Corte e investiga se o chefe do Executivo interferiu na Polícia Federal para proteger família e amigos.

Em outra ação relacionado ao governo, o procurador demonstrou um gesto de apoio e pediu ao ministro do STF Edson Fachin a suspensão do inquérito que investiga a produção de informações falsas. O pedido aconteceu após a Polícia Federal ter realizado operação de busca e apreensão contra apoiadores do governo.

Pelo decreto publicado no Diário Oficial da UNião, o presidente também homenageou representantes de embaixadas, ministro do Tribunal Superior do Trabalho e parlamentares da base do governo no Congresso. Entre eles, os deputados federais Hélio Lopes (PSL-RJ) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP).

A Ordem de Mérito Naval foi criada em 1934 pelo então presidente da República Getúlio Vargas. A homenagem é destinada a militares da Marinha e, excepcionalmente, corporações militares, instituições civis e personalidades civis e militares que tenham prestados serviços relevantes à Marinha.

Após um segundo semestre histórico à frente do Flamengo, com a conquista dos títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores, Jorge Jesus não para de receber homenagens pelo seu trabalho. E a última delas se deu nesta segunda-feira, quando foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

"É uma condecoração completamente diferente do que tive na minha vida esportiva. É no meu país e talvez seja a mais importante vitória da minha vida, sentindo o consenso e o carinho do povo português", disse.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A homenagem para Jorge Jesus foi realizada no Palácio de Belém e emocionou Jesus. O treinador avaliou que os feitos alcançados por ele à frente do Flamengo ajudam a elevar o status dos técnicos portugueses no cenário esportivo.

"Vamos ficar ligados para sempre ao Brasil, a um clube com 50 milhões de torcedores. É uma ligação histórica e daqui a 50 anos, vão dizer que os portugueses foram os primeiros a conquistarem a Libertadores e o Campeonato Brasileiro", afirmou.

Jesus deixou o futebol português em junho de 2018, quando saiu do Sporting Lisboa. Depois disso, trabalhou no Al-Hilal, da Arábia Saudita, antes de acertar com o Flamengo. E com o atual sucesso, enxerga como improvável um breve retorno a Portugal, mesmo sendo visto hoje como um ídolo no país. "Quando saí, pensei que retornaria mais rápido. Mas hoje, não direi que não vou voltar, mas está mais difícil", comentou.

Antes, Jesus já havia recebido homenagens no Rio de Janeiro, na Câmara dos Vereadores e na Assembleia Legislativa.

Em discurso na cerimônia de formatura dos novos diplomatas do Instituto Rio Branco, o chanceler Ernesto Araújo elogiou o presidente Jair Bolsonaro, comparando-o a Jesus Cristo, e se emocionou diversas vezes, chegando até a chorar. Em referência ao presidente da República, que estava presente na cerimônia, Araújo citou trecho do Evangelho que diz que "a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular". No Evangelho, a pedra angular simboliza Jesus Cristo.

"A pedra que os órgãos da imprensa rejeitaram, a pedra que os intelectuais rejeitaram, que os especialistas rejeitaram... Essa pedra tornou-se a pedra angular do edifício do novo Brasil", completou o chanceler.

##RECOMENDA##

Citando a homenageada da turma de 30 formandos do Instituto Rio Branco, Aracy Guimarães Rosa, Araújo disse que "diplomacia não significa ficar em cima do muro, nem ficar assistindo em cima do muro esperando ver quem ganha e aí aderir ao vencedor". "Diplomacia precisa ter sangue nas veias", disse.

Ainda fazendo menção à Aracy, que no período nazista salvou a vida de dezenas de judeus, Araújo disse que se solidariza aos que sofrem perseguição política atualmente "na Venezuela e em todos os lugares do mundo".

Ao se dirigir aos formandos, o ministro de Relações Exteriores afirmou que o governo luta por renovação e que Bolsonaro admitiu os diplomatas nessa "causa" de maneira inédita. Também orientou os formandos a "pensarem" e "não terceirizarem informações aos meios de comunicação".

"Nenhum presidente da República valorizou mais o papel do Itamaraty do que o senhor, nenhum teve visão mais clara sobre o papel da política externa para a transformação nacional", elogiou o chanceler ao dirigir-se a Bolsonaro.

Araújo contou que, recentemente, Bolsonaro enviou a seguinte mensagem: "enquanto não faltar água no mar, não deixaremos de lutar". Ele frisou que esse sentimento do presidente o anima. "Temos a oportunidade única de mudar o Brasil e transformá-lo em uma grande nação."

Venezuela

Sobre a crise no país vizinho, o chanceler afirmou que o Brasil ajudou "de maneira decisiva a criar uma marcha irreversível de democracia na Venezuela". Também lamentou pessoas que, segundo ele, torcem a favor "da tirania e do cinismo" no país vizinho apenas por torcer contra o governo Bolsonaro, mencionando entre essas pessoas setores da imprensa.

Depois do evento, Araújo afirmou aos jornalistas que o líder opositor venezuelano Juan Guaidó não foi derrotado no último dia 30 ao convocar a população para pressionar Nicolás Maduro. A interpretação de Araújo foi que houve "avanço" no processo e que a pressão diplomática dos países do Grupo de Lima já fez efeito no país vizinho.

"No Grupo de Lima, hoje, nós queremos deixar muito claro o fato de que o que aconteceu no dia 30, no dia 1º, não é de forma nenhuma uma derrota desse ímpeto pela liberdade, pela democracia. Ao contrário, isso exige que a comunidade internacional continue trabalhando, como vem trabalhando", disse.

O ministro afirmou que os países que apoiam o autoproclamado presidente interino da Venezuela se esforçam para não deixar ser criada uma narrativa, "que seria falsa", de um retrocesso no processo. Ele enfatizou que houve "um avanço" e que é preciso discutir novos elementos de pressão diplomática sobre a Venezuela.

Argentina

Araújo negou que o presidente Jair Bolsonaro apoie a reeleição de Mauricio Macri na Argentina, mas destacou que há uma preocupação do chefe do Planalto com uma eventual eleição de Cristina Kirchner no país vizinho.

"Apoio acho que não é bem a questão. Acho que é simplesmente esse nosso compromisso com achar uma pauta, já temos uma pauta muito intensa com o governo Macri", disse o ministro após almoço com diplomatas formando do Instituto Rio Branco, no Itamaraty.

Ele destacou que Bolsonaro deixou bem claro sua "preocupação" com um retorno de um regime anterior na Argentina. O chanceler afirmou ainda que o governo brasileiro espera desenvolver a relação "independentemente do governo" daquele país.

O presidente Jair Bolsonaro condecorou dois desafetos em um único ato. Bolsonaro concedeu ao escritor Olavo de Carvalho e ao vice-presidente Hamilton Mourão o grau máximo da Ordem Nacional de Rio Branco, de Grã-Cruz, indicado para autoridades de alta hierarquia. O decreto com a homenagem está publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) da terça-feira, 30.

Segundo o Itamaraty, a Ordem Nacional de Rio Branco é uma comenda que o presidente do Brasil atribui a personalidades "pelos seus serviços ou méritos excepcionais, se tenham tornado merecedoras dessa distinção".

##RECOMENDA##

Além de Olavo e Mourão, outras 33 pessoas receberam de Bolsonaro o mais alto grau da ordem. Entre as autoridades homenageadas neste nível estão 12 ministros, nove governadores e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Entre os ministros agraciados estão Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça). Já entre os governadores constam nomes como João Doria (SP), Ibaneis Rocha (DF) e Romeu Zema (MG).

Radicado nos Estados Unidos, Olavo de Carvalho é considerado um guru da ala ideológica do governo Jair Bolsonaro. Ele também é conhecido por fazer duras críticas à ala militar do governo, em especial ao vice, o general de reserva Hamilton Mourão, a quem já se referiu como "idiota".

Embora Olavo tenha recebido a homenagem, regulamento do Itamaraty indica que o grau de Grã-Cruz deve ser concedido ao "Presidente da República, Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministros de Estado, Governadores dos Estados da União e do Distrito Federal, Almirantes, Marechais, Marechais-do-Ar, Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército, Tenentes-Brigadeiros, Embaixadores estrangeiros e outras personalidades de hierarquia equivalente".

No mesmo decreto, o presidente também homenageou dois de seus filhos, mas em grau inferior. O senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) receberam o grau de Grande Oficial, o segundo mais importante da Ordem.

Em sua primeira aparição pública depois da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, a primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Pimentel, recebeu nesta terça-feira, 9, da Polícia Militar a Medalha Alferes Tiradentes, a mais alta condecoração da corporação. A honraria é concedida a quem "presta relevantes serviços à Polícia Militar". Carolina é presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), entidade ligada ao governo do Estado.

Presente na cerimônia de entrega das medalhas, o governador Fernando Pimentel (PT), e a primeira-dama não falaram com a imprensa. Todos os agraciados receberam a honraria de costas para a imprensa e familiares dos homenageados que acompanharam a cerimônia. Deputados estaduais, federais e integrantes do governo também receberam a medalha.

##RECOMENDA##

Durante a operação da Polícia Federal, deflagrada em 29 de maio, a primeira-dama teve vasculhado um imóvel em Brasília. A polícia apura os contratos com o governo federal firmado por empresas do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, colaborador de campanhas do PT, preso durante a operação. O empresário e sua família controlam a Gráfica Brasil e a Due Promoções e Eventos, que, conforme a Polícia Federal, faturaram R$ 525 milhões entre 2005 e 2014. A maior parte dos recursos partiu de contratos com o governo federal.

O ex-ministro Celso Lafer, articulista do jornal O Estado de S. Paulo, recebe hoje (27), em Israel, o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade de Haifa. O título, informa a instituição, é um reconhecimento à "liderança política e visionária" do ex-ministro, "que contribuiu não só para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, mas de toda a América Latina". A cerimônia será realizada na universidade israelense, fundada em 1963 e a terceira maior do país.

O ex-ministro receberá o título durante viagem a Israel, quando também se encontrará com representantes da Universidade de Haifa, onde participará da 42.ª edição do evento The Meeting of The Board of Governors, que debaterá o futuro da instituição e das universidades Hebraica de Jerusalém e de Tel-Aviv. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), presidida por Lafer, mantém acordos de cooperação com as três instituições.

##RECOMENDA##

O título honorífico em Haifa também será recebido por Frederik Willem de Klerk, presidente da África do Sul de 1998 a 1994, pela filósofa francesa Julia Kristeva, por Stefan Reif, professor emérito da Universidade de Cambridge, pelo teatrólogo e ator Chaim Topol, pelo diplomata Uri Lubrani (Israel) e por Ernst Strauss (Suíça) e Lady Irene Hatter (Reino Unido), reconhecidos pelo trabalho de filantropia na área de educação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff foi condecorada nesta sexta-feira, 13, com o título de Cidadã São-Bernardense pelo presidente da Câmara Municipal da cidade, Sebastião Matheus (PT), e demais vereadores. Dilma encontra-se em São Bernardo do Campo desde as 12h30 desta sexta-feira e participa da inauguração do Hospital de Clínicas Municipal José Alencar, que morreu em 2011. O hospital, cujos investimentos totais somam R$ 240 milhões, recebeu R$ 126 milhões do governo federal.

Em uma solenidade sem surpresas e sem informações fora do protocolo, a presidente Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira (3) duas medalhas na visita relâmpago que fez ao Maranhão. As duas condecorações - a grã-cruz da ordem Timbira, concedida pelo governo estadual, e a medalha Manoel Bequimão, concedida pela Assembleia Legislativa - foram entregues em um evento no Palácio dos Leões, sede do executivo estadual maranhense.

Os dois poderes justificaram a outorga das duas condecorações pelos serviços que a presidente Dilma tem prestado ao Maranhão. "A grã-cruz da Ordem dos Timbiras é a maior condecoração que nós temos e é uma homenagem ao compromisso da presidente com o Desenvolvimento do Estado", afirmou a governadora Roseana Sarney.

##RECOMENDA##

A presidente afirmou que também estava cumprindo uma promessa que havia feito de ir a capital maranhense no ano em que completou 400 anos de fundação. "Conheci São Luís há 40 anos como turista e foi muito atrativa para mim. É a única capital brasileira fundada por franceses , foi declarada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco e é objeto do PAC Cidades Históricas, em que boa parte dos recursos estão destinados à São Luís para preservar se acervo arquitetônico , herdada dos colonizadores portugueses", comentou em seu discurso de agradecimento.

Ao final do evento, Dilma cumprimentou algumas autoridades e empresários que estavam na solenidade, como o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, o reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado, e o deputado federal Edivaldo Holanda Junior (PTC-MA), que é o prefeito eleito de São Luís.

Poucas pessoas foram à Praça Pedro II, onde está localizado o Palácio dos Leões, para esperar a presidente Dilma chegar para a solenidade em que recebeu as duas condecorações. Entre as pessoas que foram receber Dilma, estavam quatro professoras que saíram de Chapadinha e Vargem Grande, cidades distantes cerca de 300 quilômetros da capital. Elas levaram a única faixa vista na porta do Palácio dos Leões. A faixa cobrava o pagamento de salários atrasados para 270 professores do Projovem Urbano e certificação de quase 5 mil alunos, com idade que variam de 19 a 29 anos, de 14 cidades que já concluíram os cursos de qualificação oferecidos pelo programa e não receberam seus certificados.

"Há professores que tem entre 6 e 8 salários a receber. Tem professores que tem até R$ 10 mil para receber e a informação que temos é que falta uma assinatura do executivo federal em Brasília. Infelizmente tivemos que vir aqui trazer esta faixa para cobrar a presidente. Gostaríamos de ter vindo dar outro recado, um recado mais otimista", disse a professora Gilda Jonhsonn.

Luiz Gonzaga foi o grande homenageado da Ordem de Mérito Cultural, que premiou nesta segunda-feira (5) 41 intelectuais e instituições. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, entre outras personalidades da política.

O Rei do Baião foi o escolhido devido ao centenário de seu nascimento. Durante a cerimônia, Elba Ramalho, Daniel Gonzaga e Miguel Proença interpretaram Asa Branca, uma das principais músicas do repertório do pernambucano de Exú. "A cultura tem a característica de ser atemporal ao mesmo tempo em que reflete o tempo histórico mais do que qualquer outra  manifestação da atividade humana”, destacou Dilma.

##RECOMENDA##

“É um momento emocionante. Acredito que estamos aqui participando de uma celebração importante do Brasil. O país não pode ser só as necessidades materiais. O país se mobiliza por nossas crenças, nossa arte, nossa cultura”, completou a presidente que frisou que Luiz Gonzaga contribuiu para que a divulgação da cultura do Nordeste e que "ele nos ensinou a entender melhor o Brasil".

Entre os agraciados nesta 18ª edição estão Elba Ramalho, Alceu Valença, Fafá de Belém, Regina Casé, Sílvio Santos e Aguinaldo Silva. O presidente do Senado José Sarney e ministra da Cultura, Marta Suplicy, também receberam a condecoração. A apresentadora Hebe Camargo e o escritor Jorge Amado foram premiados in memoriam.

Entre as instituições que receberam as insígnias estão o Movimento Gay de Minas Gerais, o Museu Histórico Nacional, a Orquestra Popular Bomba do Hemetério e o Bloco Afro Olodum. O cacique Almir Suruí também foi premiado. Ele é reconhecido internacionalmente por ter denunciado à Organização dos Estados Americanos (OEA) a exploração ilegal de madeira em terras indígenas e por lutar pelos direitos dos índios.

"A dificuldade para a seleção dos homenageados para a Ordem do Mérito, num país com tantos talentos, é grande, mas creio que contemplamos dentre eles alguns que já são consagrados pela população e outros já tão notáveis pela atuação em seus segmentos", destacou a ministra Marta Suplicy.

"Luiz Gonzaga conseguiu transmitir as agruras e a força do Nordeste para todo o país. Queremos homenagear seu talento, sua obra e os inúmeros ritmos por ele impulsionados e que hoje alegram as nossas vidas, como o baião, música que acalentou tantos trabalhadores distantes de suas terras, canções e saudades que estão impregnados nas construções dos monumentos de Brasília", ressaltou Marta.

A Ordem do Mérito Cultural é uma condecoração outorgada pelo Ministério da Cultura a pessoas, grupos artísticos, iniciativas ou instituições a título de reconhecimento por suas contribuições à cultura brasileira. Desde a criação, em 1995, 500 personalidades nacionais e estrangeiras já foram condecoradas.

Com informações da Agência Brasil.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando