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Esquecimento, perda de memória remota, irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo. Esses são alguns dos sintomas que apontam para o diagnóstico do Alzheimer, uma doença neurodegenerativa, que atinge, em sua maioria, pessoas idosas. O transtorno é lembrado nesta quinta-feira (21), pelo Dia Mundial da Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, para conscientizar a população sobre a doença. 

Um dos locais que atua no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pessoas com Alzheimer é o Hospital Pelópidas Silveira (HPS), no bairro do Curado, zona Oeste do Recife, considerado um dos locais de referência na área de neurologia em Pernambuco. A instituição realiza nesta quinta-feira palestras educativas e rodas de conversa com pacientes e acompanhantes para reforçar a divulgação de informações sobre os estágios da doença, os principais sintomas, fatores de risco, diagnóstico e as formas de tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). 

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A população mais suscetível a desenvolver a doença de Alzheimer é a composta por idosos a partir dos 60 anos, sendo comum em mais da metade desse público. O Ministério da Saúde contabiliza que cerca de 2 milhões de pessoas possuem algum nível de demência, e devido ao envelhecimento da população brasileira, a tendência é que esse número triplique até 2050, segundo o órgão.  O quadro de Alzheimer é apontado com quatro estágios: forma inicial, moderada, grave e terminal. 

No entanto, segundo o médico neurologista do HPS, Herickssen Medeiros, especialista em transtornos cognitivos, a doença não pode ser diagnósticada apenas diante do sintoma de esquecimento, tendo em vista que existem outros critérios a serem avaliados. “É importante informar que o Alzheimer é um tipo de demência, que pode ser confundido com outros quadros clínicos. Uma das principais características é um comprometimento progressivo das atividades da vida diária que a pessoa estava habituada a fazer e já não consegue mais, ou seja, a perda da capacidade das tarefas cotidianas", afirma o neurologista. 

Caracterizada como uma doença degenerativa, progressiva e irreversível, a doença de Alzheimer não tem cura, mas pode ser tratada a fim de amenizar os sintomas. O Alzheimer afeta a memória, a fala e a noção de espaço e tempo do paciente, podendo provocar apatia, delírios e, em alguns casos, comportamento agressivo. 

*Com informações da assessoria. 

 

No dia 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Pessoa com Atrofia Muscular Espinhal (AME), no mês em que se registra a conscientização mundial da doença. O Hospital Pelópidas Silveira (HPS), no Recife, lembra da importância do diagnóstico precoce e dos tratamentos ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS), disponíveis nos equipamentos de referência que atendem doenças raras em Pernambuco. 

Segundo a neurologista do HPS, Renata Andrade, especialista em Doenças Neuromusculares, apesar de não ter cura, pacientes podem ter acesso a um tratamento que possibilita a convivência com a doença. "Nosso maior objetivo, neste mês, é informar que a doença, apesar de ser uma condição grave e não ter cura, tem tratamento e está acessível no SUS. O diagnóstico e o tratamento precoces podem oferecer uma melhora na qualidade de vida desses pacientes, que apresentam uma repercussão na função motora. O uso dos medicamentos é muito efetivo pelo fato de aumentar o nível da proteína que se tem déficit, e quanto mais cedo a confirmação da doença melhores são os resultados", avalia a médica. 

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Renata Andrade, médica neurologista do HPS. Foto: Assessoria/HPS 

Considerada uma doença neurológica, rara e degenerativa, a AME possui cinco graus de classificação, de 0 a 4, de acordo com a sua gravidade. O tipo 0 é detectado ainda antes do nascimento, enquanto o 4 é mais comum na segunda ou terceira década de vida, a depender do comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas. Os tipos mais frequentes da AME são 1 e 2, quando os sintomas aparecem nos primeiros anos de vida. 

Doenças Raras - De acordo com o Ministério da Saúde (MS), existem cerca de 8 mil tipos de doenças raras no mundo, incluindo a Atrofia Muscular Espinhal (AME). Para ser considerada rara, a doença tem que atingir 65 a cada 100 mil pessoas. Estudos apontam que 80% das doenças raras decorrem de fatores genéticos e 20% estão distribuídos em causas ambientais, infecciosas e imunológicas. 
 

Saiba quais são os principais sinais e sintomas da AME:


- Perda do controle e forças musculares; 

- Incapacidade/dificuldade de movimentos e locomoção; 

- Incapacidade/dificuldade de engolir; 

- Incapacidade/dificuldade de segurar a cabeça; 

- Incapacidade/dificuldade de respirar. 

*Com informações da assessoria do HPS e do Ministério da Saúde. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pulmão é um dos tipos da doença mais comuns no Brasil e no mundo, tanto em homens quanto em mulheres, sendo 17.760 casos novos em homens e 12.440 casos novos em mulheres. O hábito mais associado ao câncer de pulmão é o tabagismo, sendo a causa de cerca de 85% dos casos.

Na última década, contudo, o número de não fumantes que desenvolveram a doença vem aumentando.

Fatores de risco, como a poluição do ar e o fumo passivo, são reconhecidos pela ciência, assim como a exposição a agentes carcinogênicos, como a fumaça causada pela queima do diesel e o gás radônio, como responsáveis por provocar câncer de pulmão em pacientes que nunca tragaram um cigarro. Além, claro, de mutações genéticas espontâneas.

Recentemente, a cantora Rita Lee faleceu em decorrência da doença. Realidade que pode se tornar diferente se os cuidados com a prevenção, o diagnóstico e a cirurgia precoce forem priorizados.

O histórico familiar de câncer de pulmão deve alertar para a busca por um especialista.

“Há estudos que indicam que os indivíduos que não possuem o hábito do tabagismo respondem melhor aos tratamentos e apresentam maior taxa de cura em relação aos fumantes”, afirma o cirurgião torácico, Dr Wolfgang Aguiar. “Lembrando também: o tempo do diagnóstico conta ao nosso favor. Quanto mais cedo, melhor”, reforça o médico.

O cirurgião torácico Wolfgang Aguiar, do Secitor, faz um alerta sobre o Agosto Branco, mês de combate ao câncer de pulmão.

“Oferecer o tratamento cirúrgico precoce é a forma de cura do câncer de pulmão”, afirma. Para isso, o rastreio se faz necessário, especialmente no grupo de risco: fumantes acima dos 50 anos. O tabagismo é responsável por 85% dos casos da doença.

*Da assessoria de imprensa

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A Prefeitura do Recife promoveu nesta, segunda-feira (29), no Hall do edifício-sede, ações de conscientização para marcar o Dia Internacional da Dignidade Menstrual. A data foi instituída em 28 de maio de 2014, pela Organização das Nações Unidas (ONU), que reconhece a dignidade menstrual como um direito fundamental, destacando a importância do acesso a itens básicos de higiene menstrual, bem como informações e educação sobre o tema.

As ações foram lideradas pela vice-prefeita, Isabella de Roldão, e cinco secretarias e órgãos municipais: secretarias da Mulher, de Educação, de Saúde e de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas e o programa Recentro. Recife é a primeira capital do País a realizar ações dessa temática, promovendo o ciclo de cuidado, que, entre outras ações, distribui absorventes às estudantes da rede municipal. Neste ano, até o momento, já são 122 mil itens entregues na rede. 

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A mobilização contou com uma exposição informativa para despertar a reflexão sobre o tema e desmistificar alguns mitos relacionados à menstruação, além da distribuição de absorventes e folhetos. A iniciativa ocorreu durante todo o dia. Também houve ações na USF Santo Amaro 2 (Santo Amaro), na Policlínica PAM, no centro, e na Estação Central do Metrô, no bairro de São José. 

A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, também participou de um bate-papo sobre o ciclo menstrual com estudantes do 8º e 9º anos da Escola Municipal Dom Bosco, no bairro de Jardim São Paulo. Mais de 200 estudantes participaram da conversa. A visita, que também contou com uma esquete teatral sobre o assunto, foi importante para debater de forma lúdica um tema tão importante para toda a sociedade. 

"A ida para a escola foi importante para discutirmos sobre a necessidade do acesso aos artigos de higiene menstrual e de educação sobre o tema, por exemplo. Levar esse assunto para tantas crianças e adolescentes é necessário para quebrar esse tabu sobre a menstruação", afirma a vice-prefeita.

Além disso, a iniciativa visa desenvolver diversas ações com o objetivo de conscientizar e de permitir que todas as pessoas possam vivenciar seu ciclo menstrual de forma natural, com dignidade e sem restrições. Desde 2021, a Prefeitura do Recife promove o Ciclo do Cuidado, que visa promover a dignidade menstrual para estudantes, tendo distribuído naquele ano 17 mil absorventes para estudantes da rede municipal. No ano seguinte, esse volume subiu para 500 mil unidades.

No Brasil, quatro milhões de meninas não têm cuidados menstruais nas escolas do Brasil. Segundo enquete realizada pelo UNICEF com 1,7 mil crianças e adolescentes que menstruam, 62% afirmaram que já deixaram de ir à escola ou a algum outro lugar de que gostam por causa da menstruação.

*Da asssessoria 

A luta pela conscientização acerca do Transtorno do Espectro Autista (TEA) celebra mais um ano neste domingo, 2 de abril, que tem peso nas comunidades nacional e internacional. No Brasil, aproximadamente dois milhões de pessoas convivem com o distúrbio do neurodesenvolvimento, estima o Ministério da Saúde. No mundo, os autistas representam entre 1% e 2% da população. 

No caso do autismo, os sinais costumam surgir sempre no primeiro ano de vida da criança, mas nem sempre o diagnóstico chega cedo. Por se tratar de uma condição que é levada por toda a vida, o autista continua a fazer parte do espectro com o avançar da idade, ainda que tenha desenvolvido melhor suas habilidades sociais e de aprendizagem. Apesar do diagnóstico tardio poder ser desafiador, descobrir o autismo tarde não é o fim do mundo: está sempre em tempo de buscar ajuda e trabalhar o neurodesenvolvimento. 

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“O Autismo na vida adulta parece improvável, mas é bem comum que pessoas cheguem à idade adulta sem saber que têm TEA. A condição de saúde é caracterizada por desafios na comunicação verbal e não verbal, habilidades sociais e comportamentais, como interesse restrito, hiperfoco ou movimentos repetitivos. O autista adulto, para viver melhor em sociedade, necessita da continuidade de um acompanhamento terapêutico que vai ajudá-lo a se desenvolver melhor em diversos eixos da sua vida, como na comunicação, educação, empregabilidade e sexualidade”, explica a psicóloga Frínea Andrade, diretora do Instituto Integrarte Dimitri Andrade. 

Os sintomas comportamentais do transtorno do espectro do autismo geralmente aparecem no início do desenvolvimento. Muitas crianças apresentam sintomas de autismo entre 12 e 18 meses de idade ou antes. Alguns sinais precoces de autismo incluem: 

- Problemas com contato visual; 

- Não responder ao ser chamado pelo próprio nome; 

- Problemas em seguir o olhar de outra pessoa ou apontar o dedo para um objeto (ou "atenção conjunta"); 

- Poucas habilidades em brincadeiras de faz de conta e imitação; 

- Problemas com a comunicação não verbal. 

Muitos pais não estão cientes desses sinais de autismo e não cogitam o autismo até que seus filhos não comecem a falar dentro da idade esperada. A maioria das crianças autistas não é diagnosticada antes dos três anos de idade, embora os profissionais de saúde possam observar problemas de desenvolvimento antes dessa idade. 

Estudos mostram que a detecção precoce e a intervenção precoces melhoram muito os resultados, por isso é importante procurar esses sintomas o mais cedo possível. 

Espectro autista 

“Existe o autismo de alto funcionamento, em que a pessoa costuma apresentar altas habilidades em uma determinada área e ter as habilidades do cotidiano comprometidas, como a comunicacional. Esse tipo só acontece em 13% da população autista e são esses indivíduos que possuem uma maior facilidade de serem inseridos no mercado de trabalho. Nos casos de autismo grave, que tem um maior comprometimento das funções pedagógicas, sociais e de linguagem, nós atuamos para oferecer as ferramentas para que este sujeito seja inserido na família e sociedade e aprenda atividades básicas, como tomar um banho, se vestir e se alimentar de forma independente”, acrescenta Frínea Andrade, que é especialista em cognição e comportamento. 

Apesar da intervenção terapêutica ser indicada para início ainda na infância visando facilitar o desenvolvimento das habilidades das pessoas atípicas, a psicóloga enfatiza: “nunca é tarde para começar. Não podemos pensar na educação de uma maneira formal, mas estar atentos às habilidades que esses jovens têm ou demonstram interesse. Se for pintar, a intervenção terapêutica com a família pode fomentar para que ele se torne um artista, se ele gostar de cozinhar, podemos ajudá-lo a se tornar um cozinheiro. O autismo em adultos é uma realidade que precisa ser visível para garantir plenitude e bem-estar."

Sinais comuns de TEA na pré-escola 

Com algumas crianças, os sinais de autismo podem não ser totalmente óbvios até que atinjam a idade pré-escolar, quando de repente a lacuna de desenvolvimento entre elas e seus colegas se torna mais evidente. 

Alertas na comunicação social 

-  A criança geralmente não aponta ou compartilha observações ou experiências com outras pessoas; 

- Pode haver ausência de fala ou padrões de fala incomuns, como repetição de palavras e frases (ecolalia), falha no uso de 'eu', 'me' e 'você' ou inversão desses pronomes; 

- Respostas incomuns a outras pessoas. Uma criança pode não demonstrar desejo de ser abraçada, ter uma forte preferência por pessoas familiares;

- A criança pode parecer evitar situações sociais, preferindo ficar sozinha; 

- Pode haver choro constante ou uma ausência incomum de choro. 

Alertas comportamentais 

- A criança frequentemente apresenta movimentos repetitivos marcantes, como apertar as mãos ou bater palmas, balanço prolongado ou rotação de objetos; 

- Muitas crianças desenvolvem um interesse obsessivo por certos brinquedos ou objetos, ignorando outras coisas; 

- A criança pode ter extrema resistência a mudanças nas rotinas e/ou em seu ambiente; 

- A criança pode ser resistente a alimentos sólidos ou pode não aceitar uma variedade de alimentos em sua dieta; 

- Muitas vezes há dificuldades com o treinamento do banheiro; 

- A criança pode ter problemas para dormir; 

- A criança pode ficar extremamente incomodada com certos ruídos e/ou locais públicos movimentados, como centros comerciais. 

 

No próximo domingo (2), a 2ª Caminhada Pernambucana pela Conscientização do Autismo volta às ruas do Recife para reivindicar inclusão para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Organizado pela MobilizaTeaPE, o ato faz referência ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo e terá concentração às 14h, no 3º Jardim da Avenida Boa Viagem, na Zona Sul.

Para a coordenadora geral do MobilizaTeaPE, Polly Fittipaldi, a caminhada é uma oportunidade para conhecer mais sobre o autismo e entender a necessidade da inclusão social dessas pessoas. “A união de todas as famílias e amigos de autistas é essencial para demonstrar à sociedade pernambucana que a conscientização sobre TEA é urgente. Todos estão convidados a participar e contribuir para a inclusão social das pessoas com TEA”, destaca.

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O TEA é uma condição neurológica que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. “É fundamental que a sociedade se conscientize sobre a importância de inclusão e acessibilidade para essas pessoas. A caminhada é uma oportunidade para que a sociedade compreenda melhor as necessidades das pessoas com autismo e promova um ambiente mais inclusivo e acolhedor”, enfatiza Rodrigo Nery, diretor clínico do Grupo Ampliar, que apoia o evento. 

Desde 2011 o dia 16 de março foi estabelecido pela lei nº 12.533/2011 como a data nacional da conscientização sobre mudanças climáticas. O propósito é incentivar a discussão e conscientização em torno de ações mais sustentáveis que possam reduzir os impactos sobre as mudanças climáticas.

Fatores naturais e atividades humanas, como a emissão de gases, o desmatamento e as queimadas, são os principais motivos das alterações no clima mundial. O reflexo desses fatores são desastres, como o derretimento de calotas polares, inundação de áreas costeiras, desertificação de regiões férteis e a ocorrência de furacões. Tudo isso coloca em risco a sobrevivência de muitas espécies, inclusive a humana.

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O professor e doutor em Bioquímica Anderson Baia Gomes, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), afirma que a data diz respeito a todo e qualquer cidadão deste planeta, porque se refere à própria existência do ser humano.  “É preciso que a gente tenha pessoas com responsabilidade para nos guiar nessa empreitada que é a empreitada da vida, não somente a nossa, mas a vida de todas as outras espécies”, disse o professor.

“Desde a Revolução Industrial no século dezoito, na Inglaterra, o nosso estilo de vida mudou substancialmente. A partir desse momento a quantidade de pessoas presentes nesse planeta aumentou consideravelmente e a maneira como exploramos o meio ambiente e os recursos que a Terra nos proporciona aumentou demasiadamente. Então a nossa própria existência gera um impacto substancial no nosso planeta, não só localmente, mas globalmente”, explica Anderson. “Essa nossa forma de vida contribui para que as substâncias que aumentam o efeito estufa e consequentemente as mudanças climáticas possam acontecer de uma forma mais drástica. É isso que nós observamos atualmente, como por exemplo o derretimento das calotas polares, dos eventos climáticos extremos, as enchentes que estão se intensificando.”

A COP 30, evento sobre mudanças climáticas que promove o encontro de autoridades governamentais mundiais, cientistas e representantes da sociedade civil para debaterem causas e efeitos das mudanças climáticas, será sediada em Belém, no Pará, em 2025, e torna ainda mais importante a discussão do dia da conscientização sobre mudanças climáticas no Estado. “Debater sobre mudanças e ter esse evento aqui na Região Amazônica, como um dos centros de maior biodiversidade do planeta, é de extrema importância”, afirmou o professor Anderson.

Por Melbya Rolim e Beatriz Rodrigues (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 Uma ação de conscientização sobre como identificar e denunciar casos de importunação sexual no transporte coletivo de passageiros será realizada, na manhã de quarta-feira (8), na BR 101, no Recife, e na BR 232, em Serra Talhada, no Sertão. 

A iniciativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acontece em alusão ao Dia Internacional da Mulher, além de marcar o lançamento de uma campanha de arrecadação de material de higiene para o Centro Clarice Lispector.

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Durante a ação, policiais irão transmitir orientações a passageiros de ônibus e de vans sobre como identificar a importunação sexual, que se caracteriza como qualquer prática de cunho sexual realizada sem o consentimento da vítima, além de repassar os canais de denúncia. Quem presencia ou é vítima desse crime pode denunciar por meio do Disque 180, que é direcionado ao enfrentamento da violência contra a mulher, ou através do telefone 191 da PRF, nos casos registrados em rodovias federais.

No mesmo dia, também será lançada uma campanha estadual de arrecadação de material de higiene feminina para o Centro de Referência Clarice Lispector. Durante o mês de março, a população poderá entregar nos postos, delegacias e na sede da PRF, produtos que serão destinados às mulheres atendidas pela instituição social.

Centro Clarice Lispector 

A instituição acolhe e orienta mulheres em situação de violência doméstica e/ou sexista. Formado por uma equipe multidisciplinar de psicólogas, assistentes sociais, advogadas e educadoras sociais, os casos são acompanhados e referenciados para rede municipal de proteção à mulher. O Centro ainda dispõe de um espaço lúdico com atividades direcionadas aos filhos e filhas das mulheres atendidas. Todo o atendimento é gratuito e funciona de domingo a domingo, das 7h às 19h. 

*Da assessoria

No Brasil, o dia 5 de fevereiro é reservado para a conscientização sobre o cuidado com as mamas e a importância da regularidade dos exames de rotina. O Dia Nacional da Mamografia, estabelecido pelo Ministério da Saúde, está previsto na Lei nº 11.695/2008 e geralmente é marcado por campanhas em todo o país.

A celebração este ano se torna ainda mais simbólica após o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgar as novas estimativas do câncer, com projeção até 2025: 704 mil casos por ano, sendo o mais comum, entre as mulheres, o câncer de mama. 

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A mamografia, apesar de ser um exame amplamente conhecido, ainda é alvo de muitas informações falsas ou sinônimo de receio e desconforto para os pacientes. A radiografia, porém, é apenas um “exame radiológico das mamas capaz de detectar precocemente o câncer de mama”.

“Ela deve ser realizada em todas as mulheres assintomáticas a partir dos 40 anos e, em alguns casos, devemos antecipar seu início em mulheres de alto risco”, explica a mastologista Carol Vasconcelos, do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), entrevistada pelo LeiaJá

Estima-se que de uma a cada 10 mulheres desenvolvem o câncer de mama em algum momento da vida. Realizar a mamografia na periodicidade indicada pelo médico especialista permite que 95% dos casos sejam diagnosticados com maiores chances de cura.  

O exame, porém, não deve ser confundido com a ultrassom mamária. A ultrassonografia da mama é um exame de imagem que permite detectar lesões presentes nas mamas, especialmente nas mamas mais jovens e densas. Com o exame é possível visualizar nódulos, cistos, secreções nos mamilos, espessamento do tecido mamário e outras alterações. A mamografia é um tipo específico de radiografia que possibilita a identificação precoce de alterações nas mamas como calcificações, nódulos e tumores, que podem ser malignos ou benignos. 

Perguntas frequentes sobre a mamografia 

– Com a palavra, a mastologista Carol Vasconcelos, do HCP

O exame é doloroso?  

Alguns pacientes sentem desconforto pela compressão das mamas, mas ela é passageira e dura poucos minutos. O ideal é sempre realizar o exame 5 a 10 dias após o término da menstruação, quando as mamas estão menos inchadas, causando menos desconforto.  

O exame de mamografia causa câncer? 

O risco de câncer radioinduzido é baixíssimo e não se sobrepõe aos benefícios do diagnóstico precoce.  

Do que se trata o exame de rastreamento? 

Também chamado prevenção secundária, no exame de rastreio objetiva-se detectar precocemente o câncer de mama, quando ele ainda é assintomático . 

A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama? 

Sim, um dos benefícios da amamentação é a diminuição no risco de câncer de mama. A mulher que amamenta por um ano tem redução de 4% no risco de câncer de mama.  

Qual a importância do Dia Nacional da Mamografia? O Brasil ainda é negligente com a saúde das mamas? 

A mamografia ainda é o único exame que consegue reduzir o risco de morte pela doença em torno de 30%, sendo de extrema importância campanhas que estimulem sua realização. Os números apontam uma queda de 46% na realização dos exames de mamografia no período da pandemia. A cobertura de mamografias no Brasil ainda está muito abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde. 

Segundo levantamento da SBM, em 2021, a cobertura média foi de 20%. Além de deficiência de políticas públicas de saúde, a má distribuição dos mamógrafos, se concentrando principalmente nos grandes centros, são motivos para baixa cobertura de exames no país.  

Quem tem prótese de silicone pode fazer mamografia? 

Sim, com certeza. Toda mulher com próteses mamárias, seja por estética ou após uma reconstrução, deve realizar a mamografia conforme orientação do seu médico mastologista.  

O autoexame substitui a mamografia?  

De maneira alguma. O objetivo do rastreio mamográfico é a detecção precoce do câncer, quando a paciente é assintomática e não palpa nada nas mamas. Identificar lesões em estágio inicial aumenta as chances de cura em mais de 95%. O autoexame tem sua importância para a mulher conhecer o próprio corpo e antecipar a consulta em caso de alguma alteração.  

Qual a idade recomendada para fazer a primeira mamografia? 

Segundo a SBM, Febrasgo e CBR a mamografia deve ser realizada em todas as mulheres assintomáticas a partir dos 40 anos e de forma anual. Em casos de pacientes de alto risco (exemplo: mulheres com parentes com câncer de mama ou ovário em idades mais precoces), deve-se iniciar mais cedo, geralmente a partir dos 30 anos.  

Quem cuida da mama é o ginecologista ou mastologista? 

Os dois estão aptos a realizar anamnese, o exame físico das mamas, além de solicitar os exames de rotina. Porém, em casos de alteração nos exames, o ideal é procurar o mastologista para diagnóstico e conduta adequadas 

O câncer de mama 

Pela descrição do Inca, o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.  

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para o câncer de mama em Unidades Hospitalares especializadas.

Um prefeito francês anunciou que o nome de sua cidade será usada no feminino durante um ano com o objetivo de gerar conscientização sobre a igualdade de gênero.

Em um vídeo publicado esta semana no Twitter, o prefeito socialista de Pantin, Bertran Kern, informou que "Pantin se chamará Pantine durante um ano".

Em francês, a letra e o final de uma palavra geralmente indica o gênero feminino.

O objetivo da mudança é gerar conscientização sobre a "igualdade entre homens e mulheres" e combater a "violência contra as mulheres", explicou o prefeito da cidade, situada nos arredores de Paris.

Com esta decisão, Kern quer fazer "um chamado de atenção sobre esta igualdade entre homens e mulheres, que ainda não é perfeita, embora tenha havido melhoras nos últimos anos".

As mulheres continuam ganhando menos do que os homens e sua presença no espaço público "nem sempre é bem aceita pelos homens", lembrou.

A medida é simbólica, pois a prefeitura informou que não alterará as placas de trânsito nos arredores da cidade, nem nos comunicados oficiais.

O nome da cidade continuava sendo "Pantin" nesta quarta-feira nas redes sociais, embora tenha-se adicionado um fundo que dizia "Pantine: comprometida com a igualdade".

O anúncio desencadeou uma onda de piadas nas redes sociais.

A França ocupa a 16º posição mundial no Índice Global de Abismo de Gênero 2022 do Fórum Econômico Mundial.

Com cerca de 300 mil nascimentos prematuros anualmente, o Brasil se tornou um dos países com maior demanda para a acolhida de bebês pré-termo, ocupando a 10ª posição no ranking mundial. Os dados são, respectivamente, do Ministério da Saúde e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que acompanham o cumprimento dos protocolos de acolhimento em todo o país. 

Nesta quinta-feira, 17 de novembro, é realizado o Dia Mundial da Prematuridade, campanha global que integra o Novembro Roxo e promove a conscientização acerca dos desafios nos cuidados diários ao longo dos primeiros anos de vida, assim como incentiva uma rotina pré-natal regular e que evite partos prematuros — estes são 11,7% do total de partos no Brasil. 

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Além da cor roxa, que representa sensibilidade e excepcionalidade, a linha de meia se tornou um símbolo do dia mundial. O par de meias roxas – emolduradas por nove pares meias de tamanho normal – simboliza: um em cada 10 bebês nasce prematuro no mundo todo. Este ano, o tema global da campanha é:  “O abraço dos pais: uma terapia poderosa. Permita o contato pele a pele desde o momento do nascimento”. 

O Método Canguru 

O método, de acordo com a Saúde, busca realizar atendimento humanizado, promovendo o contato pele a pele (posição canguru) precoce entre a mãe, o pai e o bebê, favorecendo o vínculo afetivo e estimulando a amamentação e o desenvolvimento da criança. Além de reduzir o tempo de internação, incentiva o aleitamento dos recém-nascidos de baixo peso. 

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no Recife, foi pioneiro nesse tipo de cuidado com bebês prematuros em todo o Brasil, tendo-o implantado na Unidade Neonatal desde 1994. 

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“O Imip foi o primeiro hospital no Brasil a elaborar o Método Canguru e hoje nós temos um treinamento, realizado pelo Ministério da Saúde, e todos os profissionais que trabalham com o recém-nascido recebem o treinamento. Eles são técnicos de enfermagem, enfermeiras, médicos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas; todos têm o curso. Inclusive, há o curso on-line do Ministério, além do presencial, que foi interrompido na pandemia”, explica a pediatra neonatatolosita Geisy Lima, que coordena as unidades Canguru e Neonatal do Imip há 43 anos. 

De acordo com a especialista, os profissionais precisam ser treinados para trabalhar na perspectiva de orientar a mãe ao cuidado integral, e o treinamento é obrigatório. “A mãe precisa se empoderar do filho”, acrescenta Lima. 

A proximidade dos pais com o bebê permite o bom sono, o início e manutenção da amamentação, favorece a estabilização de parâmetros vitais como frequência cardíaca e glicemia, e auxilia o estabelecimento de uma microbiota saudável, aspectos importantes no processo de adaptação à vida extrauterina, a médio e longo prazos. Desde que a estabilidade clínica permita, o contato pele a pele em prematuros é essencial para uma experiência saudável e sensível. 

É fundamental que as equipes de saúde conheçam as evidências disponíveis sobre os múltiplos benefícios dessa prática para o bebê e para a família, e que se comprometam e promovam as condições adequadas para que o cuidado pele a pele seja realizado de forma otimizada. Da mesma forma, é necessário continuar trabalhando com as famílias para acompanhá-las e orientá-las no cuidado adequado aos bebês nascidos prematuramente. 

Assim, a sociedade geral surge como uma terceira parte ainda carente de familiaridade com a rotina da maternidade e paternidade prematuras. Muitas pessoas não sabem, mas essas famílias, nos primeiros meses de vida do bebê, precisam de cuidado integral com o corpo da criança. E não, essa rotina não é a mesma que a dos pais que passaram por um processo gestacional padrão e completamente saudável. 

O cuidado integral significa uma rotina de observação, memorização e prática 24 horas por dia, em um método que sugere que, quanto mais tempo o bebê estiver no colo, pele a pele, mais fatores favorecerão o aumento de peso e a chegada da alta médica. 

 Adriana Maria na Unidade Canguru do Imip, no Recife. Foto: João Velozo/LeiaJá Imagens

Os desafios  

Adriana Maria da Silva, de 33 anos, é mãe de Laura Sophia, uma bebê nascida em 32 semanas e que acabou de completar um mês de vida, nessa quarta-feira (16). Desde que a filha nasceu, a mãe deixou a sua casa, em Piedade, no município de Jaboatão dos Guararapes, para viver uma nova rotina no Imip, que fica no Centro do Recife. Silva não voltou para casa desde o internamento na Unidade Canguru. 

Ela compartilhou com a reportagem algumas das suas dificuldades e revelou que não vê a hora de ir para casa. Ansiosa e hipertensa, a mãe de segunda viagem às vezes se sente um pouco confinada por não deixar a unidade médica, mas reconhece que é um esforço temporário e necessário para a saúde de Laura. 

A hipertensão foi o principal fator da complicação na segunda gravidez, estando associada, também, a um aborto espontâneo que Adriana sofreu dois anos atrás. A filha mais velha, de 13 anos, foi fruto de uma gestação comum. 

“Eu fiquei com medo da gestação, porque sabia que não conseguiria levá-la até o final, também por causa da eclâmpsia. Quando o médico disse que ia me internar, meu mundo desabou. Toda hora tentavam controlar a minha pressão, e nada. Há uns quatro anos sou hipertensa, que eu saiba, mas desconfio que seja há muito mais tempo, porque ela é silenciosa e durante a gestação, chegou em uns picos diversas vezes”, compartilhou a interna. 

Segundo ela, os sinais da hipertensão se assemelham aos de outros quadros clínicos comuns, especialmente pela enxaqueca, então ficou difícil identificar os sintomas. Próximo à gravidez de Laura, ela desconfiou que o anticoncepcional que usava à época estava cortando o efeito do remédio para pressão, e então decidiu priorizar a própria saúde. Poucas semanas depois, soube da segunda gestação.  

Apesar de, até então, não ter filhos no segundo casamento, a mãe ficou preocupada e chegou a se informar sobre o acesso à laqueadura, que é um plano futuro. Ela diz ter medo da hipertensão prejudicar uma outra gestação e está contente com a família que construiu, mas revelou também que o processo é mais burocrático do que parece. 

“Pedimos no hospital mesmo, após o nascimento de Laura, e nos negaram, falaram que, no meu caso, não era permitido, e que era um serviço disponível apenas para mães sob risco. Eu argumentei: ‘eu sou de risco’, mas não permitiram. Meu esposo pensa da mesma forma que eu e chegou a fazer a solicitação comigo, se dispôs a assinar algo caso preciso, mas não deu em nada”, relatou. 

Atualmente, Laura está com aproximadamente um quilo e deve continuar na Unidade Canguru até ser considerada apta para continuar o processo de casa. A situação da menina é a mesma que a das dezenas de crianças prematuras atendidas no Imip semanalmente. Confira os relatos completos das mães de crianças pré-termo na entrevista abaixo: 

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Em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade de Lésbicas e Mulheres Bissexuais, a Prefeitura do Paulista, por meio da Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos, realizará uma programação especial, na próxima segunda-feira (26), a partir das 7h, no bairro do Janga, nas proximidades das 4 Torres. O dia é celebrado em 29 de agosto.

  Na ocasião serão disponibilizados os seguintes serviços: aferição de pressão, teste de glicose, teste rápido de HIV e hepatite e entrega de preservativos. A iniciativa tem como objetivo possibilitar ao segmento momentos de interação, espaços para a reflexão sobre suas especificidades, trocas de experiências em roda de conversa e orientações sobre saúde sexual. 

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Segundo o superintendente de Políticas Estratégicas da Secretaria Municipal de Saúde, Kenned Teixeira, a data é importante para reforçar a luta das mulheres lésbicas e bissexuais contra a lesbofobia e bifobia, dando voz e visibilidade a essas pessoas que lutam diariamente pelo direito de desejar e amar, sem que outros estabeleçam padrões sobre seus corpos e afetos. 

 “Vale ressaltar que celebrar essa data é importante para visibilizar as lutas que atravessam os corpos dessas mulheres. Mais do que nunca, esse debate é um debate do respeito, de valorização da diversidade, é um debate do amor”, reforçou o superintendente. Ele destacou ainda que lutar contra a lesbofobia e bifobia é um ato de resistência, é lutar contra a invisibilidade! E, também, lutar para que ninguém tenha vergonha de ser quem se é.

Parceria entre a startup Negras Plurais e o Ministério Público do Trabalho realizará, nos dias 15 e 16 de setembro, a terceira edição do evento Afro Presença, que tem o objetivo principal de reforçar a importância do crescimento da presença de pessoas negras nas universidades, empresas e cargos de liderança. Ao total, o encontro contará com 5 mil vagas de emprego para jovens negros.

Para concorrer às ofertas de trabalho, os participantes precisam ficar atentos ao painel de oportunidades que, através da parceria com as empresas comprometidas, irá ofertar vagas durante todo o evento.

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A iniciativa será totalmente on-line e gratuita, tendo como temática: “Plantando sementes, criando raízes”. A principal finalidade será a conscientização contra a discriminação racial, tendo como objetivo reduzir as desigualdades raciais no campo econômico e valorizar a diversidade racial nos espaços empresariais. 

Entre as atividades, o evento contará ainda com a realização de palestras, oficinas e capacitações, que tratarão de temas como carreira, empreendedorismo, transformação digital, ocupação de espaços e os desafios de estar em ambientes embranquecidos, representatividade no cenário político impactando a autoestima e empoderamento dos profissionais negros, entre outros.

Para isso, serão formadas 16 mesas de discussão, com a presença de palestrantes como Roger Cipó, Ana Minuto, Egnalda Cortes, Karol Pelissioni, Nara Couto, Day Molina, Pagu Rodrigues, Allan Soares (movimento Black Money), Jaqueline Goes, entre outros.

Os interessados em participar do Afro Presença devem realizar as inscrições por meio da página do evento.

Entre janeiro e junho de 2022, Pernambuco realizou 654 transplantes de órgãos e tecidos, 6,2% a mais que o mesmo período do ano passado, quando foram efetuados 616 transplantes. Apesar do aumento, a negativa familiar ainda se configura como um dos principais entraves para a efetivação dos procedimentos no Estado. O percentual chegou a 41% dos motivos da não realização dos transplantes, no mesmo período, segundo dados da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE). Isso significa que 66 famílias não autorizaram as doações.

"Neste semestre registramos uma das maiores taxas de negativa familiar dos últimos anos. Este é um número significativo, levando em conta que apenas um doador de órgãos pode salvar muitas vidas e beneficiar vários receptores. É fundamental que as famílias discutam esse tema em casa, que tenham acesso às informações e respeitem a decisão de quem opta, ainda em vida, ser doador depois de sua morte. Temos como missão reforçar a necessidade de ampliar as doações no Estado, ajudando assim mais e mais famílias", afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes.

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Atualmente, 2.587 pacientes aguardam por um órgão ou tecido em Pernambuco. A maior fila é por rim (1.453), seguida de córnea (916), fígado (153), medula óssea (26), rim/pâncreas (24) e coração (15). No ano de 2021, no mesmo período, a fila de espera era de 2.269 pessoas.

O diagnóstico e a confirmação da morte encefálica são norteados por critérios rígidos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Quando um paciente é identificado com morte encefálica em uma unidade hospitalar, condição que possibilita a doação do coração, rins, pâncreas, fígado e córneas, as Organizações de Procura de Órgãos (OPO) e as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs) entram em ação para conversar com os familiares e dar informações sobre o processo de doação.

"As causas da não realização do transplante podem ocorrer por diversos fatores, inclusive médicos, como nos casos em que não se preenchem os critérios necessários para a doação. Por exemplo, quando os pacientes apresentavam algum tipo de doença sorológica, infecções virais sistêmicas, entre outros. No entanto, para além desses fatores - que já excluem parte das possíveis doações - temos, ainda, a negativa das famílias", lamenta Noemy.

Tecidos  

Entre janeiro e junho de 2022, Pernambuco realizou 144 transplantes de medula óssea, 29,7% a mais que o mesmo período do ano passado (111) e 306 transplantes de córnea, - 1% que no período anterior (309).

Medula óssea 

A Central de Transplantes de Pernambuco ainda lembra que, em vida, é possível ser doador de medula óssea. Basta ir ao Hemope e se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Para doar, é preciso ter entre 18 e 35 anos e levar RG e CPF. Além de uma palestra informativa sobre a doação de medula óssea, é feita a coleta de uma amostra de sangue do possível doador para os testes de compatibilidade. Uma vez no banco de dados, o possível doador pode ajudar alguém em qualquer lugar do Brasil e também do mundo.

O Centro de Apoio Operacional de Defesa do Direito Humano à Educação (CAO Educação), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), divulgou uma nota à sociedade devido à recorrência de denúncias de estabelecimentos de ensino que negam vagas a estudantes com deficiência, inclusive os que apresentam transtorno de espectro autista.  

Tendo a data 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo, a nota, assinada pelo coordenador do CAO Educação, Sérgio Souto, lembra que o MPPE é defensor dos direitos sociais e da ordem jurídica e, assim, reforça o dever de inclusão do público da educação especial na rede regular de ensino, tanto pelas escolas públicas quanto particulares, sem admissão de qualquer ordem de restrição.

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Segundo o CAO Educação, estima-se que o número de recusas seja muito maior do que a quantidade de notícias recebidas pelas Promotorias de Justiça, "uma vez que são tantos os desafios enfrentados pelos responsáveis legais de crianças e adolescentes com deficiência que, muitas vezes, não encontram força para formalizar a denúncia".

Também é citado que a Constituição Federal assegura à criança e ao adolescente, com deficiência ou não o acesso ao ensino regular, a garantia de padrão de qualidade e observância das normas gerais da educação nacional na rede de ensino pública ou privada; sendo vedada qualquer forma de discriminação, além de assegurar o atendimento educacional especializado (AEE) no contraturno ao aluno com deficiência, na própria rede regular de ensino, prioritariamente.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), inclusive, reforça a garantia, com absoluta prioridade, a qualquer infante, com ou sem deficiência, o direito à educação, à dignidade e ao convívio comunitário, além da oferta do AEE nas próprias escolas comuns, preferencialmente.

Entre outras legislações, a nota destaca a Lei Federal nº 12.764/2012, que versa sobre a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, determina que “A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais”, de modo que a recusa de matrícula do estudante em razão do TEA enquadra-se no crime previsto no Art. 8º, da Lei nº 7.853/1989.  

O documento ainda ressalta que é impossível a fixação de percentuais máximos de estudantes com deficiência por turma, pois as legislações impedem qualquer limitador quantitativo ao acesso e à permanência dos estudantes com deficiência em sala de aula no ensino regular.

"Também convém destacar que qualquer escola, pública ou particular, tem o dever de garantir profissional habilitado para prestar suporte pedagógico ao estudante com autismo em sala de aula comum, sempre que demonstrada essa necessidade, nos termos do Art. 3º, parágrafo único, da Lei nº 12. 764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, sem cobrança de valor adicional", afirma o CAO Educação.

O Grupo Centro Especializado em Apoio Multidisciplinar (Ceam) discutirá a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no próximo sábado (2), Dia Mundial da Conscientização do Autismo. O evento, que é gratuito, será realizado no Marco Zero, na área central do Recife, às 9h, e contará com palestras e rodas de conversas.

De acordo com o diretor do Ceam, Ítalo Gomes, o objetivo do evento é discutir a inclusão das pessoas com TEA. "A nossa jornada foi pensada para alcançar diversos públicos com temas específicos para: professores, pais e cuidadores, e Profissionais vinculados a ONGs. Queremos discutir a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de trazer uma série de assuntos desse universo. Esses cuidados que envolvem pais, profissionais de saúde, educadores pedagógicos e toda a rede que apoia os autistas”.

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As rodas de conversas serão realizadas de maneira virtual através da plataforma do Google Meeting ou presencial para os professores profissionais de educação, e ministradas pelos diretores e profissionais que fazem parte do Grupo Ceam.

No final do evento, pais, pacientes e funcionários sairão juntos de bicicleta do Cabanga até o Marco Zero, na área Central do Recife. “Queremos mobilizar a população para reforçar esse cuidado “Queremos conscientizar as pessoas de nossa cidade. É um ato de amor. A conscientização passa pela inclusão.  Estamos aguardando pessoas que tenham transtorno do espectro autista, seus familiares, além de pessoas que simpatizam com a causa”, disse Anne Karenine, diretora do grupo.

A campanha Março Roxo deste ano, promovida pela Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), quer conscientizar a população sobre a doença que acomete 2% da população no Brasil e afeta em torno de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A iniciativa internacional começou no Canadá, em 2008, baseada no relato da menina Cassidy Megan, que compartilhou seu sentimento de solidão por ter epilepsia. A cor roxa foi escolhida em alusão à lavanda, flor ligada ao sentimento de isolamento descrito por Cassidy. No dia 26 de março, é comemorado o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia, o Purple Day.

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O objetivo da campanha é mostrar que a empatia é tão importante para a pessoa com epilepsia quanto o tratamento e que a falta de informação e o preconceito podem impactar fortemente a qualidade de vida das pessoas com epilepsia, disse, à Agência Brasil, o vice-presidente da ABE, neurologista Lecio Figueira. A estimativa é que até 70% das pessoas com epilepsia no mundo não recebem diagnóstico e tratamento adequados, segundo o neurologista.

“A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro, que são recorrentes e geram as crises epilépticas. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia, ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas. Portanto, a pessoa poderá ter uma crise epiléptica [convulsiva ou não] e não ter o diagnóstico de epilepsia”, explicou o neurocirurgião pediátrico Ricardo Santos de Oliveira, orientador pleno do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

Doenças neurológicas

O vice-presidente da ABE, Lecio Figueira, disse que as doenças neurológicas mais frequentes são o acidente vascular cerebral (AVC), dores de cabeça e epilepsia. O estigma da epilepsia, segundo Figueira, é de uma pessoa retardada, que cai no chão, tem convulsão e baba. “O estigma da epilepsia é esse. Mas isso não é a realidade. A maior parte das pessoas com epilepsia não têm alteração cognitiva significativa ou deficiência mental, toma o medicamento apropriado para a doença que controla as crises e toca a sua vida. São pessoas produtivas, casam”. Figueira admitiu que existe uma parcela reduzida de pessoas que apresenta mais dificuldade, cujo controle é mais difícil. Por isso, a conscientização é importante para as pessoas entenderem a epilepsia, reforçou.

Não se trata de uma doença mental, no sentido da loucura, deixou claro Lecio Figueira. É uma doença ligada ao funcionamento do cérebro. A maneira melhor de traduzir a doença é dizer que se trata de um curto-circuito cerebral, explicou o especialista.

“Essa ativação anormal do cérebro leva aos sintomas, e dependendo como ocorre essa ativação, pode ter sintomas diferentes. A crise pode ser uma alteração da visão, uma sensação esquisita, uma saída fora do ar, só a mão da pessoa ficar tremendo”, explicoi. Quando a ativação é mais ampla e pega todo o cérebro, pode levar a uma crise, chamada de convulsão. A pessoa cai no chão, se debate, fica roxa, baba, pode morder a língua.

Controle

A epilepsia não tem cura, mas a maior parte das epilepsias tem controle com medicação. “A maior parte vai ficar totalmente controlada com medicação, assim como a maior parte das doenças crônicas, como colesterol alto, diabetes, hipertensão. Você não cura essas doenças, mas consegue controlar e ter uma vida normal”, assegurou Lecio Figueira. “Tem um tratamento muito eficaz, que permite que a pessoa toque a vida normal, na maior parte dos casos”.

A epilepsia é definida por crises epilépticas. A pessoa deve ter, pelo menos, uma crise na vida e um risco alto de voltar a ter crise. “Você não precisa ter crise toda hora, convulsão toda hora, para dizer que tem epilepsia. Basta ter tido uma crise na vida, ter um risco alto de voltar a ter e precisar tomar remédio para controlar esse risco”, disse Figueira, acrescentando que há vários tipos de crise epiléptica. “O fato de você nunca ter tido uma convulsão não quer dizer que você não tem epilepsia”.

Dependendo da região do cérebro em que houver a ativação, uma criança pode ter uma pequena desligada e depois voltar ao normal, meio confusa; pode ficar com olhar meio perdido e não responder aos chamados; pode fazer movimentos sem propósito com as mãos. Como cada região do cérebro tem uma função, há diversas tipos de crises epilépticas. Lecio Figueira disse que a epilepsia pode começar em qualquer época da vida. Atualmente, com a maior quantidade de idosos na população, é mais comum a epilepsia iniciar na terceira idade, superando as crianças.

Medicação

Pelo menos 70% das pessoas ficam totalmente controlados com medicação. Como as pessoas com epilepsia têm predisposição a voltar a ter crise, a recomendação é que o medicamento tenha uso contínuo, ou seja, seja tomado todo dia, para evitar que aconteçam as crises. “Isso é seguro e protege todas elas”. De qualquer modo, o vice-presidente da ABE disse que o uso dos remédios tem de ser discutido caso a caso com o médico, dependendo do tipo de crise e da atividade da pessoa.

A perda de controle de uma parte do corpo, que começa a se mexer sozinha, pode ser uma crise de epilepsia. O mesmo ocorre com episódios repetidos de alteração da consciência, em que a pessoa fica fora do ar. “O diagnóstico é clínico, mas não é tão simples assim”, disse Lacio Figueira. A sugestão do neurologista é que a pessoa procure um médico, de preferência um neurologista, para ter uma avaliação e um diagnóstico adequado.

O neurocirurgião pediátrico Ricardo Santos de Oliveira lembra que a epilepsia não é uma doença contagiosa. Portanto, qualquer contato com alguém que tenha epilepsia não transmite a doença. Um único episódio de crise não indica também que a pessoa tenha epilepsia e a doença não implica obrigatoriamente em ter distúrbios de comportamento. De acordo com Oliveira, existem situações que podem predispor ao aparecimento de uma crise convulsiva como, por exemplo, febre, estresse, uso de drogas, distúrbios metabólicos, privação de sono, estímulos visuais excessivos, entre outros. Um episódio único de crise convulsiva não pode ser considerado diagnóstico de epilepsia, explicou.

Consequências

Entre as consequências da falta da empatia para a pessoa com epilepsia está a desesperança, que pode gerar uma sensação de solidão e perspectivas negativas em quem tem a doença. A autoestima fica prejudicada. Segundo a ABE, esse é um dos principais problemas em qualquer fase.

Apesar dos tratamentos disponíveis e da possibilidade de desempenho normal de atividades no dia a dia, a forma negativa como a sociedade ainda trata a doença leva o paciente a se questionar ou a evitar situações. A associação da epilepsia à doença mental faz ainda com que o paciente seja considerado incapaz. Ele acaba não revelando que tem a doença, o que dificulta a luta por direitos.

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A UNINASSAU e a Amar (Aliança de Mães e Famílias Raras) promoveram, nesta segunda-feira (28), um ato simbólico em alusão ao Dia Mundial de Conscientização das Doenças Raras.

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A atividade aconteceu na Orla de Boa Viagem, nas imediações do 2º Jardim, onde foram realizadas atividades com as Crianças Raras e suas famílias, soltura de balões e muita música.

“A UNINASSAU vem apoiando esse movimento todos os anos e lançou o programa Mãe Esperança, que oferece bolsas de graduação para mães de filhos com doenças raras. Hoje, através do ensino á distância, atendemos mais de 250 mulheres”, revela Sérgio Murilo, diretor do Grupo Ser Educacional e coordenador de Responsabilidade Social da UNINASSAU.

"Hoje é um dia mundial de mobilização. A ONG Amar tem o papel de reunir essas famílias e reivindicar os direitos das pessoas com doenças raras", reforça Polyana Dias, presidente da Amar.

No próximo dia 7 de março, ocorre o 5º Seminário de Doenças Raras, no auditório do Bloco B da UNINASSAU, no Recife. O encontro visa capacitar os profissionais de saúde, assistência social, educação e gestores locais no auxílio às pessoas com doenças raras.

“O Grupo Ser Educacional é a única instituição de ensino privada do Brasil a possuir uma cadeira cativa na Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que ocorre anualmente na sede da ONU, em Nova York”, ressalta Sérgio Murilo.

Doenças raras

Essas enfermidades são definidas pelo número reduzido de pessoas afetadas: 65 indivíduos a cada 100.000 pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam de enfermidade para enfermidade, assim como de pessoa para pessoa afetada pela mesma condição.

O Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 199/2014, instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, aprovou as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e instituiu incentivos financeiros de custeio.

Panorama:

– há cerca de 7 mil doenças raras descritas, sendo 80% de origem genética e 20% de causas infecciosas, virais ou degenerativas;

– 13 milhões de brasileiros vivem com essas enfermidades;

– para 95% não há tratamento, restando somente os cuidados paliativos e serviços de reabilitação;

– estimam-se 5 casos para cada 10 mil pessoas;

– para chegar ao diagnóstico, um paciente chega a consultar até 10 médicos diferentes;

– a maioria é diagnosticada tardiamente, por volta dos 5 anos de idade;

– 3% tem tratamento cirúrgico ou medicamentos regulares que atenuam sintomas;

– 75% ocorrem em crianças e jovens;

– 2% tem tratamento com medicamentos órfãos (medicamentos que, por razões econômicas, precisam de incentivo para serem desenvolvidos), capazes de interferir na progressão da doença.

Saiba quais são algumas dessas doenças aqui.

Com informações do Ministério da Saúde

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai promover uma campanha de conscientização dos motoristas durante o período de carnaval, mesmo com a decisão de alguns estados e municípios não promoverem a festa – medida que visa evitar a aglomeração de pessoas e, consequentemente, o aumento de casos de Covid-19.

Segundo a PRF, independentemente de haver ou não carnaval, “quem bebe e dirige coloca em risco não só sua própria segurança, mas também a dos passageiros e a de terceiros”, motivo pelo qual está mantida a operação, conforme previsto no planejamento da Operação Rodovida 2021/2022.

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A Operação Carnaval terá início no dia 25 de fevereiro e prossegue até 2 de março, às 23h59, com o objetivo de “promover a segurança viária nos deslocamentos dos usuários pelas rodovias federais”.

Durante o período, fiscalização e policiamento serão intensificados nas rodovias, com o aumento das rondas ostensivas e com o posicionamento das equipes em locais estratégicos. Em nota, a PRF explica que haverá revezamento de policiais ao longo das rodovias federais nos trechos mais movimentados e críticos, tendo por base os locais onde há alto índice de acidentes ou elevado número de infrações de trânsito.

“Um dos principais focos será o combate à mistura álcool e direção, uma das maiores causas de acidentes de trânsito com vítimas gravemente feridas. As equipes da PRF estarão equipadas com etilômetros, equipamentos utilizados para medir a concentração de álcool no organismo por meio da análise do ar expelido pelos pulmões”, segundo nota da PRF.

No dia 3 de março será apresentado o balanço das operações, tendo que como base de comparação os dados registrados entre 12 e 17 de fevereiro do ano passado.

Lei Seca

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece limite zero para o consumo de álcool pelos motoristas e impõe penalidades severas para quem infringe a norma. No entanto, segundo a PRF, apesar do rigor da Lei Seca, não é difícil flagrar, nas rodovias federais, motoristas que bebem antes de dirigir durante o carnaval.

Em 2019, foram registrados 126 acidentes envolvendo bebida e direção nos seis dias de carnaval. Em 2020, foram 141 registros.

“Por se tratar de um ano atípico, os números registrados em 2021 não são ideais para fins estatísticos de comparação com os anos anteriores, tendo em vista o cancelamento do carnaval por conta da pandemia do coranavírus. Por esse motivo, o número, durante o período carnavalesco, de acidentes causados por motoristas que dirigiram após o consumo de álcool reduziu para 89”, detalha o órgão.

Legislação

O artigo 165 do CTB define como “gravíssima” a infração de dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência. A multa para o motorista que comete essa infração é de R$ 2.934,70, valor que dobra caso o infrator seja flagrado novamente no período de um ano, além de a carteira de motorista ficar suspensa por 12 meses.

A PRF destaca que a “simples recusa em submeter-se ao teste de etilômetro oferecido pelo policial ocasiona a mesma penalidade”, prevista pelo artigo.

O CTB estabelece também que, caso o etilômetro acuse consumo de um nível elevado de álcool pelo motorista (0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar) ou se forem verificados sinais de embriaguez pelo policial, o motorista responderá por crime de trânsito.

“Diante dessa situação, o motorista é imediatamente conduzido à delegacia e pode sofrer a pena de detenção (de seis meses a três anos), multa e suspensão ou proibição de se obter a habilitação para dirigir”, acrescenta a PRF.

Orientações para quem vai pegar a estrada

A fim de evitar maiores riscos durante as viagens nas rodovias federais, a PRF apresentou algumas orientações a motoristas e proprietários de veículos. A primeira é a de verificar as condições do carro.

“A manutenção deve estar em dia, em especial em relação aos itens de segurança, como sistema de freios, pneus e sistemas de iluminação e sinalização”, diz a PRF.

Além disso, a viagem deve ser planejada “de modo que o condutor não dirija por mais de quatro horas ininterruptas”. O motorista deve estar descansado e em condições físicas e psicológicas para a condução do veículo. Também deve haver planejamento para abastecimento e alimentação.

Uma outra orientação da PRF é a de que o número de passageiros não exceda a capacidade máxima prevista pelo manual do veículo. “Todos os ocupantes devem usar o cinto de segurança ou, em caso de crianças, o sistema de retenção equivalente”.

Bagagens devem ser levadas em compartimento próprio, para evitar lesões em caso de acidentes ou frenagem abrupta.

“Os motoristas devem respeitar a sinalização, a velocidade máxima estabelecida para a via e, em relação às ultrapassagens, devem realizar a manobra somente em locais permitidos e quando houver tempo e distância para concluir a manobra sem colocar o trânsito em risco. Ressalta-se que ultrapassagens mal realizadas são responsáveis por um terço das mortes em rodovias federais”, acrescenta a PRF.

A velocidade do veículo deve ser reduzida em caso de chuva. Além disso, os faróis devem permanecer acesos e a distância de segurança entre os veículos deve ser ainda maior.

O número para emergência em rodovias federais é 191.

O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é celebrado sempre no último domingo do mês de janeiro. Neste ano, a data cai no dia 30 e o tema da campanha é “Precisamos falar sobre hanseníase”. A data é símbolo do Janeiro Roxo e visa chamar a atenção das pessoas para a doença, que tem tratamento e cura. O preconceito ainda é um dos grandes desafios no combate à hanseníase.

A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como bacilo de Hansen (em homenagem à Gerhard Hansen, o médico e bacteriologista norueguês descobridor da doença, em 1873). O bacilo se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento dos sinais da doença é de aproximadamente cinco anos, de acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

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Os sintomas iniciais são manchas na pele, resultando em lesões e perda de sensibilidade na área afetada. Também pode acontecer fraqueza muscular e sensação de formigamento nas mãos e nos pés. Quando os casos não são tratados no início dos sinais, a doença pode causar sequelas progressivas e permanentes, incluindo deformidades e mutilações, redução da mobilidade dos membros e até cegueira.

Para Artur Custódio, coordenador Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), os desafios no combate à doença são muitos. "A gente tem problemas de diagnóstico precoce da hanseníase, ou seja, os profissionais de saúde não estão conseguindo identificar a doença no início. Outro problema grave, que ocorreu no ano retrasado, foi a falta de medicamentos. A gente precisa ter a fabricação desses medicamentos no país para não ficar vulnerável a qualquer problema externo. Também precisamos ter pesquisa para novos fármacos para a hanseníase, assim como para testes novos para o diagnóstico precoce. Também temos o problema das sequelas da doença. Então necessitamos de um sistema de reabilitação que aceite as pessoas, que não tenha preconceito, que possa cumprir com o papel de reabilitar aqueles que ficaram com alguma sequela da hanseníase. E por último, temos que enfrentar o estigma da doença. O estigma é subestimado, ele está aí, ele é estrutural e gera uma série de problemas, inclusive do ponto de vista institucional”.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 30 mil novos casos da doença são detectados todos os anos no Brasil. No mundo, cerca de 210 mil novos casos são reportados anualmente, dos quais, 15 mil são de crianças. Segundo a Opas, a hanseníase é encontrada em 127 países, com 80% dos casos na Índia, Brasil e Indonésia (dados de 2018).

Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, a hanseníase está classificada entre as doenças ditas negligenciadas, que atingem as populações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “O Brasil, apesar de estar entre as grandes economias mundiais, apresenta  grande desigualdade social. Nas periferias de suas metrópoles existem grandes bolsões de pobreza”, explica.

Ela ressalta ainda que a maioria da população é resistente à hanseníase, mas há um pequeno percentual de pessoas que são suscetíveis à doença. “Nessas pessoas, a doença varia muito conforme a resistência que elas apresentam à doença. Temos dois tipos básicos de pacientes, aqueles com uma ótima resistência e que apresentam poucas lesões na pele, poucos nervos periféricos acometidos e pequena carga bacilar. Por outro lado, temos pacientes que apresentam grande carga bacilar, grande número de lesões cutâneas e grande número de nervos periféricos acometidos. O tratamento desses pacientes é diferente. Os que apresentam poucas lesões fazem tratamento com administração de antibióticos por seis meses. Os pacientes com grande carga bacilar fazem tratamento por 12 meses. O tratamento é feito no posto de saúde onde o paciente, uma vez por mês, toma uma medicação, e as outras medicações são tomadas em casa”.

Transmissão

A hanseníase é transmissível pelo ar, principalmente em situações de contato próximo. A maioria da população tem defesas naturais contra a bactéria, mas cerca de 10% da população não têm esses mecanismos de proteção e podem adoecer.

Assim que o tratamento com antibióticos é iniciado a doença deixa de ser transmissível, por isso é importante diagnosticá-la logo no início dos sinais. No entanto, o tratamento com antibióticos não reverte danos neurais e sequelas causadas pelo diagnóstico tardio. Caso haja um resultado positivo, as pessoas que têm intenso convívio com o infectado também devem procurar o sistema de saúde.

A estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS), intitulada Rumo à Zero Hanseníase, se concentra na redução da detecção de novos casos, incapacidades físicas (especialmente entre crianças) e estigma e discriminação. Até a década de 1970, no Brasil, os portadores da doença eram excluídos do convívio social e levados para o confinamento em colônias.

“No passado, a gente tinha uma política de segregação, higienista, de limpeza do Estado brasileiro, em que vinha a polícia sanitária, capturava a pessoa e levava para uma colônia de isolamento. Essa prática, apesar da descoberta da cura na década de 40, persistiu no Brasil oficialmente até 1976 e, na prática, tivemos episódios até 1986. A criação da Lei 11.520/2007, que estabeleceu indenização, pelo crime de Estado, àquelas pessoas que foram segregadas. E a gente luta para ter o reconhecimento dos filhos que foram tirados dos pais na época da segregação. Existe um projeto de lei nesse sentido, que infelizmente foi tirado da pauta na última votação do ano. Então é importante que ele volte para a pauta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e saia da CCJ da Câmara e vá para o Senado”, explica Custódio.

Ainda de acordo com o coordenador Nacional do Morhan, “o Brasil é um dos países que acabou com todas as leis discriminatórias na década de 1990, e que avançou para a criação de reparação”. 

“O Brasil já indenizou cerca de 10 mil pessoas até hoje”, acrescentou.

Para Sandra Durães, o esclarecimento da população é fundamental, “para que ela esteja ciente, conheça os sinais e sintomas da doença, possa procurar assistência médica o mais precocemente possível e para que o diagnóstico e o tratamento sejam precoces, evitando assim o dano neurológico e a incapacidade do paciente. E, ainda, contribuir para a diminuição do estigma que existe em relação à doença, que é infecciosa e potencialmente curável”.

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