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Estudos realizados por pesquisadores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de países desenvolvidos do qual o Brasil quer fazer parte, apontam que imposto sobre transações financeiras, como o novo tributo que a equipe econômica quer criar sobre meios de pagamento, é um dos mais prejudiciais para o crescimento da economia.

No topo do ranking da OCDE de impostos mais prejudiciais está os cobrados sobre a renda das empresas e das pessoas físicas. Em seguida, aparecem tributos sobre transações financeiras - como a extinta CPMF e a novata CP (Contribuição sobre Pagamentos) - e sobre consumo.

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A OCDE avalia que os impostos sobre a propriedade e, mais precisamente, aqueles que incidem sobre a propriedade imobiliária residencial, como o IPTU, são considerados os mais eficientes, porque distorcem menos as decisões de produção e de investimento das empresas.

Para chegar à conclusão de que há um ranking de tributos, os pesquisadores da OCDE investigaram o desenho das estruturas tributárias mais propícias para estimular o crescimento econômico.

Segundo Rodrigo Orair, especialista em tributação da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a principal crítica do novo tributo sobre meios de pagamentos é a de que, em última instância, ele é semelhante à CPMF, extinta em 2007, depois que o Congresso rejeitou a proposta do governo Lula de prorrogar a sua vigência por mais quatro anos. "É a CPMF com algumas mudancinhas pontuais", diz.

Ele explica que a maior parte das transações financeiras é feita entre as empresas, e não entre pessoas físicas. "Esse é um tributo necessariamente cumulativo porque não incide só sobre o consumidor final. A empresa vai repassar esse custo", ressalta.

De acordo com Orair, a OCDE mostra que o imposto sobre transações tem efeito de distorção nas operações financeiras. "Se for em relação ao que o resto do mundo está fazendo, esse novo imposto é o caminho errado", avalia. Além de financiar as despesas públicas, os sistemas tributários são usados para promover outros objetivos, como a equidade, e abordar preocupações sociais e econômicas.

Comissão

Presidente da Comissão Especial sobre reforma tributária na Câmara, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) disse que não há "chance nenhuma" de um novo imposto sobre pagamento ser aprovado no Congresso. "Esse tipo de imposto é um dos mais perversos, porque é cumulativo, aumenta o escambo, desincentiva transações financeiras", afirmou. Segundo ele, uma proposta de reforma tributária só será aprovado por deputados e senadores se houver uma redução no volume de impostos pagos pelos brasileiros.

Na sexta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo pretende fundir impostos, mas descartou a volta da CPMF. Apesar da declaração do presidente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já deu sinal verde para a sua equipe concluir o texto de Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de reforma tributária que inclui a criação de um novo imposto, nos mesmos moldes operacionais da antiga CPMF, mas com uma base mais ampla sobre todos os meios de pagamento (incluindo até mesmo transações em espécie).

A CP, com uma alíquota de 0,6%, bancaria a desoneração da parte que o empregador paga acima do teto do INSS (R$ 5.839,45). Nesse desenho inicial, a contribuição dos empresários e dos empregados seria a mesma, de 8,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) afirmou nesta segunda-feira (29) que não pretende debater aumento de impostos na Casa. A postura do democrata surge no dia em que o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, disse que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai criar a Contribuição Previdenciária (CP), um novo imposto que poderá incidir até sobre pagamento do dízimo das igrejas.

“Não vamos tratar de aumento de impostos na Câmara, não passa”, cravou Maia, que nos últimos dias tem se posicionado com rigidez contra algumas declarações de integrantes da gestão Bolsonaro.

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“O foco agora é a Previdência para fazer o país crescer, gerar empregos. Depois vamos debater a reforma tributária para cortar impostos, não para aumentar”, argumentou completando.

O anúncio do novo imposto foi feito por Marcos Cintra durante entrevista ao jornal Folha de São Paulo. A declaração repercutiu negativamente e Jair Bolsonaro gravou um vídeo um vídeo negando a possibilidade.

“Fui surpreendido por uma declaração do nosso secretário de receita que seria criado um novo imposto para as igrejas. Essa informação não procede. Em nosso governo nenhum novo imposto será criado, em especial para as igrejas que, além de terem um excelente trabalho social prestado a toda sociedade, reclamam eles, em parte com razão, que há uma bitributação nessa área. Então, bem claro, não haverá novo imposto para as igrejas”, amenizou Bolsonaro.

Embora o governo negue a intenção de recriar a CPMF, o setor de serviços defende que a nova desoneração da folha de pagamentos seja compensada por um tributo que incida sobre as movimentações financeiras, nos moldes do antigo "imposto do cheque". Uma proposta da Confederação Nacional dos Serviços (CNS) foi entregue ao secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, que já disse que a redução dos encargos sobre a folha de salários será a prioridade do órgão.

A entidade propõe que a contribuição patronal ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) - cuja alíquota chega a até 20% sobre a remuneração dos empregados - seja zerada e substituída por uma Contribuição Previdenciária sobre Movimentação Financeira.

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No entanto, o presidente da CNS, Luigi Nese, avalia que a sigla CPMF (que também se encaixaria no tributo proposto) seja alterada por um "nome fantasia" diferente.

"A batalha de comunicação é mostrar que a proposta traz um benefício para a sociedade. O nome da CPMF foi estigmatizado, mas desta vez seria um imposto diferente voltado exclusivamente para a Previdência", defende Nese. "Com a discussão sobre a reforma da Previdência na ordem do dia, esse é o momento de descaracterizar pressão sobre a CPMF com um nome melhor", acrescenta.

Alíquotas

Além de zerar a contribuição patronal de todas as empresas do País, a proposta prevê o corte em 2 pontos porcentuais das alíquotas pagas pelos trabalhadores com carteira assinada para o INSS. Ou seja, as alíquotas de 11%, 9% e 8% passariam a ser de 9%, 7% e 6%, respectivamente.

"É importante destacar que a proposta não pretende onerar os salários ou punir o trabalhador que precisa sacar o seu dinheiro. Com a redução das alíquotas do INSS, 50 milhões de trabalhadores não seriam onerados. Uma coisa compensaria a outra", explica Nese.

O estudo elaborado pela entidade mostra que a perda de arrecadação com o fim do imposto patronal e a redução das alíquotas do INSS seria da ordem de R$ 183,772 bilhões por ano.

Para repor esses valores, a alíquota estimada para a nova CPMF seria de no mínimo 0,78% sobre cada movimentação financeira. Em 2007, quando a CPMF deixou de existir, a alíquota era de 0,38%.

"A alíquota é bem pequena porque estamos falando de uma base maior em que todos pagariam. A própria Constituição prevê que a seguridade social deve ser financiada por toda a sociedade", completa o presidente da CNS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente eleito Jair Bolsonaro, em texto publicado em sua conta no Twitter nesta manhã, "desautorizou" informações trazidas pela imprensa de que sua equipe estaria estudando a criação de impostos. "Desautorizo informações prestadas junto a mídia por qualquer grupo intitulado 'equipe de Bolsonaro' especulando sobre os mais variados assuntos, tais como CPMF, previdência, etc.", afirmou Bolsonaro.

O jornal O Globo trouxe nesta sexta-feira matéria segundo a qual a equipe econômica do novo governo pretende criar um imposto sobre movimentações financeiras nos moldes da antiga CPMF. O objetivo é substituir a contribuição ao INSS que as empresas recolhem sobre os salários e, assim, fomentar a geração de empregos.

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O responsável pela parte econômica do plano de governo de Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes, afirmou que a polêmica envolvendo a volta da CPMF (tributação sobre movimentação tributária) "foi um equívoco enorme" e que, na verdade, eles estavam estudando a convergência de impostos. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Guedes citou o economista Marcos Cintra, cuja proposta seria eliminar os impostos indiretos, os regressivos, beneficiando assim os mais pobres.

As duas possibilidades, segundo Guedes, seriam ou converter para um imposto só, com base em um valor agregado, ou um modelo nos moldes da CPMF.

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"Essa proposta do Cintra, que é na verdade uma proposta de tributação progressiva foi transformada no inverso", disse Guedes.

O braço direito de Bolsonaro na área econômica acrescentou que a polêmica é reflexo da elevada "paixão política" e que Cintra irá, mais adiante, dar esclarecimentos sobre a proposta de imposto único.

Guedes defendeu que Bolsonaro teve votação forte no primeiro turno por causa da sua liderança e da defesa de valores familiares. "Economistas no Brasil se têm às dúzias. O importante é ter liderança", disse, pedindo para que se pare de criticar Bolsonaro por causa da economia.

O economista de Bolsonaro também acrescentou que programas sociais vão ser mantidos durante eventual governo do PSL e disse também que a economia do Brasil seria "muito fechada" e "um curral para a exploração do consumidor".

Para melhorar este cenário, Guedes defendeu a revisão do excesso do gasto público. "Esse descontrole corrompeu a economia. Vamos precisar olhar esse excesso de gastos", disse, destacando o período do governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Ainda, sobre o mercado de ações, o economista disse que a bolsa brasileira ficou "rica". "Mas serve a menos empresas", ponderou.

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, postou há pouco uma foto no Twitter, tirada durante visita do economista Paulo Guedes ao hospital Albert Einstein.

A visita ocorre após vir a público a polêmica proposta do economista, tido como provável ministro da Fazenda de um eventual governo Bolsonaro, de recriar a extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

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A foto postada por Bolsonaro veio acompanhada da legenda: "Jair Bolsonaro recebe visita de Paulo Guedes! Sempre juntos na busca da Ordem e Progresso!".

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, foi às redes sociais contra o rival do PSL, Jair Bolsonaro, aproveitando o embalo da polêmica envolvendo propostas do economista Paulo Guedes na área tributária. Em um vídeo postado na noite de ontem no Twitter, o pedetista afirmou que Bolsonaro, embora diga que não planeja aumentar impostos, vai recriar a extinta Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) e unificar a alíquota do Imposto de Renda em 20%.

"Toda a pequena classe média vai passar a pagar muito mais imposto de renda do que paga e vai diminuir o imposto do rico", afirmou Ciro, no vídeo. "O Bolsonaro tem falado o que cada pessoa quer ouvir. Na hora que a gente começa a perceber, essa contradição é muito grave para o Brasil."

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A polêmica envolvendo Paulo Guedes teve início na última terça-feira, após o jornal Folha de S. Paulo revelar que o economista teria afirmado, em uma reunião privada com investidores, que pretendia aplicar as duas medidas num eventual governo Bolsonaro. Apontado pelo deputado como o escolhido para comandar o Ministério da Fazenda, Guedes veio a público no dia seguinte para dizer que a ideia seria criar um imposto federal único, com o intuito de aliviar a carga tributária. Também negou que pretendesse unificar a alíquota do IR. (Equipe AE)

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, classificou como um "pequeno desastre" a proposta do assessor econômico do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes, de unificar a alíquota do Imposto de Renda. "É um pequeno desastre porque vai fazer o pobre, que já paga mais imposto que o rico, pagar ainda mais", comentou o ex-prefeito de São Paulo.

Haddad ainda prometeu não recriar a CPMF, como tentou a presidente cassada Dilma Rousseff. Paulo Guedes, por sua vez, defendeu adotar um imposto sobre movimentações financeiras semelhante ao tributo.

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"Não vamos recriar a CPMF e vamos isentar de Imposto de Renda de quem ganha até cinco salários mínimos", reforçou Haddad.

Ministério da Fazenda

Ao falar sobre a definição de um perfil para o Ministério da Fazenda, Haddad disse que a escolha precisa ser de um nome "pragmático", e não um "economista figurão".

"O meu (perfil)", brincou, ao falar que a ideia original era que ele fosse ministro da Fazenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Às vezes os economistas, esses figurões, são muito sectários, acham que são donos da verdade. Quando você está no governo, tem que ter jogo de cintura, pragmatismo, flexibilidade para buscar a solução", afirmou.

Questionado se o perfil seria o de um político para a Fazenda, Haddad respondeu: "Tem que saber buscar a solução." Quando provocado se indicaria Ciro Gomes (PDT) para o cargo, o petista não respondeu. Anteriormente, no entanto, falou que a definição da equipe é feita no segundo turno pensando em ganhar a eleição.

'Firmeza e autocontrole'

Em resposta a Ciro Gomes, Haddad disse que a força de um presidente da República é representada por "firmeza e autocontrole". Mais cedo, o candidato do PDT afirmou em entrevista à rádio CBN e ao G1 que "o Brasil não suporta mais um presidente fraco", em referência à escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela candidatura de Haddad.

"A força, para mim, de um presidente se dá por duas questões: a primeira é firmeza e a segunda é autocontrole", comentou Haddad em coletiva de imprensa, afirmando que é uma pessoa "firme e controlada para evitar provocação".

Haddad ponderou que é amigo de Ciro mas que, "às vezes", os dois tem opiniões diferentes.

Cordão de seguranças

Militantes ajudaram a fazer a segurança do candidato do PT à Presidência em Guarulhos. Homens vestidos com uma camiseta do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários no Transporte de Passageiros, Urbano, Suburbano, Metropolitano, Intermunicipal e Cargas de Guarulhos (Sincoverg) fizeram um cordão humano em volta de Haddad e controlaram o acesso de eleitores ao presidenciável. Além disso, o petista conta com seguranças da Polícia Federal.

Ao caminhar por um trecho de 300 metros de uma área comercial em Guarulhos, Haddad não entrou em lojas, acenou para eleitores e discursou em cima de um palco montado na rua cercado pelo cordão de seguranças.

O economista Paulo Guedes, que foi anunciado pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) como seu ministro da Fazenda, caso vença as eleições 2018, propôs a criação de um tributo semelhante à extinta CPMF, caso o capitão da reserva assuma o Planalto. As declarações do economista a um grupo pequeno de investidores foram rebatidas por Bolsonaro pelo Twitter: "Chega de impostos é o nosso lema!", afirmou.

Guedes defendeu ainda uma alíquota única de Imposto de Renda de 20% para pessoas físicas e jurídicas. A taxa também incidiria sobre a distribuição de lucros e dividendos.

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O anúncio de sua provável reforma tributária, que ainda prevê a eliminação da contribuição patronal para a Previdência, foi feito em evento fechado e organizado pela GPS Investimentos, empresa de aconselhamento e gestão de fortunas familiares.

A informação foi publicadas nesta terça-feira, 19, pelo jornal Folha de S.Paulo, e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Em Bauru, no interior de São Paulo, o general Mourão, vice de Bolsonaro, disse que é contra uma eventual CPMF e que falar em criação de imposto é dar um tiro no pé, mas acrescentou que isso deve ser decidido entre o candidato e economista.

A "nova CPMF" seria usada, segundo a reportagem, para financiar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A volta da contribuição chegou a ser cogitada no final do governo da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) como uma solução para cobrir o rombo no Orçamento, mas a proposta acabou sendo abandonada devido à falta de apoio no Congresso.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o modelo de desenvolvimento proposto pelo governo de Michel Temer (PMDB) para o Brasil “naufragou”. Segundo ele, as especulações sobre o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) mostram que Temer e sua equipe econômica tentaram enganar a população com um discurso contra o aumento de tributos, mas devem recorrer ao mesmo método que seria adotado pelo PT.

“Quando Temer entrou pela porta traseira do Palácio do Planalto, ele prometeu um regime de salvação nacional. Mas a única coisa que ele parece estar preocupado em salvar é a sua pele e a dos seus comparsas, com tantos conchavos e acordos”, declarou. “As pessoas queriam a saída de Dilma porque vivíamos uma crise mundial e o Brasil sentiu os efeitos dela. Quando Dilma saiu, Temer prometeu o céu e a terra, disse que a economia se recuperaria de pronto e o que a gente viu foi exatamente o oposto. O mundo todo saiu da crise, mas o País parece afundar mais e mais. É um poço sem fim”, emendou.

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O senador também lembrou que o mercado anda pessimista com o governo peemedebista. Segundo ele, um levantamento realizado por instituições financeiras revela que a expectativa do mercado é de que o déficit primário em 2017 seja ainda maior do que a meta da gestão peemedebista. Enquanto o mercado prevê um rombo de R$ 148,3 bilhões, o déficit previsto pelo governo é de R$ 139 bilhões.

“Ninguém tem mais esperanças de melhora da economia com esse governo Temer. Essa política de arrocho que penaliza o trabalhador e amplia as desigualdades sociais no Brasil nunca fez bem ao nosso País. Como é que o Brasil vai se desenvolver se os gastos com saúde, educação e infraestrutura seguem congelados por Temer? Não vamos sair desse ciclo destrutivo se continuarmos nas mãos desse grupo político”, criticou Humberto. 

O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, confirmou, nesta quinta-feira (16), que o governo vai modificar alguns itens do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017, um deles é a meta de resultado primário. A proposta autoriza um déficit primário de até R$ 65 bilhões para a União e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi projetado para 1%.

O número foi calculado pela equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A mudança já era aguardada pelos integrantes da Comissão de Orçamento, mas os parlamentares esperavam que o ministro interino apresentasse hoje o novo valor. Segundo Oliveira, o Ministério do Planejamento “esteve envolvido nos últimos dias na elaboração da proposta que impõe um teto de gastos para a União”. O texto foi enviado ontem à Câmara dos Deputados (PEC 241/16). 

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A revisão também vai atingir os indicadores macroeconômicos e os montantes previstos para receita e despesa, excluindo o estimado com a arrecadação da CPMF. De acordo com o projeto, R$ 33,2 bilhões de receita com a contribuição, no entanto, a proposta ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados. 

“Não consideraremos para 2017 projetos que não estejam aprovados. Trabalharemos com uma receita realista”, afirmou Oliveira, após ser questionado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator-geral da proposta orçamentária de 2017.

Os novos números devem chegar a Câmara nas próximas semanas.

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM), afirmou nesta segunda-feira, 16, que seu partido votará contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria a CPMF. No último fim de semana, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a dizer em entrevistas que o governo Michel Temer cogita defender a recriação do tributo.

"Meu partido tem posição contra. Não vamos apoiar um eventual retorno da CPMF. Já disse a Temer. É uma questão partidária", afirmou. Segundo o líder, a contribuição atinge a camada mais pobre da população, mesmo aqueles que não possuem conta bancária. Isso porque, afirmou, o tributo será repassado aos preços de produtos e serviços. "Essa discussão deve ser banida".

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No último fim de semana, o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), também se posicionou contra a CPMF. Como mostrou a Coluna do Estadão, o tucano disse que a bancada não apoiará a recriação do tributo. "Considero um grave equívoco falar de aumento de impostos. A pauta deve ser a drástica redução de despesas, interrompendo a gastança promovida pelo petismo", afirmou.

DRU

Por outro lado, Avelino disse que o DEM apoiará a PEC que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU). Atualmente, a proposta está parada em comissão especial na Câmara. De lá, ainda precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara e seguir para o Senado. Já a CPMF ainda está estacionada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O pacote de medidas tributárias anunciado ontem pelo Ministério da Fazenda é positivo, mas "incompleto" e "pontual", porque deixa de fora reformas para tornar a estrutura de impostos mais justa. A avaliação é de dois economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que sugerem a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre a parcela do lucro das empresas distribuída a pessoas físicas como saída para arrecadar de R$ 43 bilhões a R$ 59 bilhões por ano, mais do que a recriação da CPMF.

"A CPMF é a pior opção", afirmou Sérgio Gobetti, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea. Segundo ele, a CPMF é "regressiva", porque é cobrada em cadeia, de forma cumulativa, pesando mais sobre os mais pobres.

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Gobetti e seu colega de Ipea Rodrigo Orair sustentam, em artigo publicado mês passado, que a crise política e econômica, com rombo nas contas públicas e intolerância ao aumento de impostos por parte de empresários e consumidores, exige "uma reforma tributária que contemple as dimensões de equidade e eficiência", sem aumentar a carga tributária.

No estudo, com dados da Declaração Anual do Imposto de Renda, da Receita Federal - ao estilo do economista francês Thomas Piketty -, os pesquisadores do Ipea propõem a redução de tributos sobre empresas como contrapartida à cobrança de IR sobre os dividendos (como é chamada a parte do lucro pago aos acionistas) recebidos por pessoas físicas.

A redução dos tributos para as empresas seria feita aos poucos ao longo de anos. Se as medidas já estivessem valendo este ano, o resultado seria R$ 47 bilhões a mais nos cofres públicos ainda neste ano. Para comparar, quando o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou a proposta de volta da CPMF, em setembro passado, a projeção era arrecadar R$ 32 bilhões este ano.

Na proposta do artigo, a redução de impostos para ano a ano levaria a uma renúncia fiscal de R$ 500 milhões em 2022. Considerando que, até lá, a volta do crescimento econômico elevaria a arrecadação e haveria tempo para aprovar cortes de gastos, o efeito sobre as contas públicas seria positivo. "O ajuste fiscal precisa ser solidário e a estrutura tributária, mais eficiente", disse Orair.

Segundo os economistas, desde 1995, o Brasil é um dos poucos países com economia relevante que não cobram imposto algum sobre dividendos. Com isso, os muito ricos pagam menos impostos, proporcionalmente, do que os assalariados de classe média alta. Para os mais pobres, o peso é ainda maior, mas a conta é indireta: como há muitos impostos sobre bens e serviços, vários preços são mais altos no Brasil do que no exterior.

Segundo Gobetti e Orair, na média, países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, grupo que reúne os países mais desenvolvidos) tributam os lucros em 49%, sendo 25% nas empresas e 24% sobre as pessoas físicas que são acionistas. No Brasil, o lucro das empresas leva mordida de 34%, mas os acionistas não pagam nada.

Nas simulações dos pesquisadores, tributar dividendos na fonte com 15%, como era até 1995, atingiria 2,1 milhões de brasileiros e aumentaria a receita em R$ 43 bilhões (em valores de 2013). Se os dividendos fossem taxados pela atual tabela do IR, com faixa de isenção e alíquotas de 7,5% a 27,5% conforme a renda, apenas 1,2 milhão pagariam mais e a receita adicional seria R$ 59 bilhões.

Para Gobetti, o pacote de ontem poderia ter incluído o IR sobre dividendos, ainda que com uma alíquota pequena. "Teria a virtude de abrir essa discussão na sociedade", afirmou o economista, lembrando que, na lista de propostas para resolver a crise fiscal, há poucas medidas que afetam o "andar de cima". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente, Michel Temer, afastou a possibilidade de aumento de impostos na largada de um eventual governo, caso a presidente Dilma Rousseff seja retirada do cargo. Mas, a colaboradores, não descarta num segundo momento a volta temporária da CPMF para ajudar no período de ajuste das contas públicas.

O diagnóstico dramático das finanças do governo federal, que tem sido levado a Temer por consultores da área econômica, aponta que dificilmente o governo terá condições de reverter o rombo fiscal sem elevação de receitas e só com medidas de corte de despesas, mesmo com estratégia de um ajuste gradual. Os dados mostram um rombo de pelo menos R$ 140 bilhões - 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Indicado para comandar o Ministério da Fazenda sob Temer, o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles já admitiu, no fim do ano passado, que a CPMF pode ser necessária "em um curto prazo como uma questão emergencial".

Enquanto não encontrarem ambiente político para aprovação da CPMF, a aposta dos aliados de Temer para evitar piora do quadro fiscal é o programa de repatriação de recursos não declarados no exterior. O governo estimou em R$ 35 bilhões o potencial de arrecadação, mas o valor pode ser maior.

Além da arma dos tributos, a avaliação é de que há espaço para um pente-fino nas isenções tributárias concedidas pelo governo nos últimos anos e que estão na raiz do que economistas, dentro e fora do governo, chamam de quebra estrutural da arrecadação. Esse quadro faz com que a receita com impostos e contribuições federais caia num ritmo maior que o esperado.

O quadro foi agravado pelos efeitos negativos dos sucessivos programas de parcelamento de tributos, os Refis, que desestimularam o pagamento pelas empresas de tributos dentro do prazo. Os atrasos passaram a ser propositais, à espera da abertura de um novo programa. Segundo fontes, há uma defesa também da suspensão de reajustes para os servidores.

Dosagem

Com a economia em depressão - caracterizada por período longo de recessão econômica, falência de empresas e crescimento do desemprego -, porém, a dosagem de alta de impostos ficou comprometida e tem potencial para afundar ainda mais a atividade econômica. Foi com essa avaliação que a equipe econômica da presidente Dilma retardou a elevação de tributos que não precisam de aprovação do Congresso.

Para o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) José Roberto Afonso, especialista em política fiscal, a depressão econômica não permite alta de tributos num cenário em que a carga tributária do País já é elevada, bem acima da média dos países emergentes.

Ele critica a desoneração da folha de pagamentos das empresas, que tem ajudado a piorar o quadro da arrecadação. "Aumentar o tributo em cima de quem? Não conheço país no mundo que aumentou impostos durante depressão econômica", afirma. Segundo ele, "é preciso deixar o vício de querer resolver o problema fiscal pelo lado das receitas e fazer uma mudança estrutural nas despesas".

Na área técnica do Ministério da Fazenda, a avaliação continua sendo a de que a CPMF é o imposto menos doloroso para quadro atual. Mas, mesmo que possa render para a União cerca de R$ 60 bilhões por ano, não será suficiente para garantir a estabilização das contas públicas em um patamar em torno de 1% do superávit do PIB, já que parte de um déficit que gira em 2% do PIB. O imposto que poderá render mais recursos é um aumento do PIS e da Cofins para todos os setores, mas com efeitos colaterais nocivos para as empresas e a economia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ausência de alternativas para a contenção da crise econômica por parte do Governo Federal pode ter ligação direta com o apoio da população ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo dados do levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado neste sábado (8), aponta que 76,2% dos recifenses acreditam que a economia no país não está saudável, enquanto 23,8% pontuam não haver crise.

Daqueles, 70% consideram que se o quadro fosse outro a população deixaria de ser favorável ao processo em tramitação na Câmara dos Deputados e 24,8% afirmam que não teriam mudanças.  

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“O dado sugere que o motivo claro da discussão do impeachment não é os escândalos de corrupção, mas o fato de que a presidente não está conseguindo conduzir a economia do país”, alertou o coordenador do IPMN e cientista político, Adriano Oliveira. 

Desde o início do segundo mandato da petista, uma série de ações para reverter o quadro econômico foram sugeridas, entre elas, a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e outras propostas que faziam parte do ajuste fiscal, como a renegociação das dívidas dos estados, no entanto o debate político interditou a apreciação das matérias que poderiam melhorar as contas públicas.

Em campo, o IPMN também questionou os recifenses sobre qual seria o melhor remédio para superar a crise e 51,3% dos entrevistados trouxeram à tona a discussão nacional sobre uma nova eleição geral. Já 27% classificaram a concretização do impeachment como a solução e 18,1% se posicionaram indiferentes ao assunto. 

Dados do levantamento - A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 4 e 5 de abril. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Quem vai pagar pelo pato? Se o lema dos movimentos contra a volta da CPMF e pró-impeachment já não parece original, nem mesmo o pato inflável parece ter sido ideia da Fiesp. Pelo menos é o que afirma o artista holandês Florentijn Hofman, que disse à BBC que a réplica brasileira constitui violação de direitos autorais.

Versões do mesmo pato gigante de borracha inflável concebido por Hofman têm viajado o mundo desde 2007, passando pelo Japão, Nova Zelândia e até mesmo no Brasil, entre muitos outros países. A versão que tem aparecido em protestos no Brasil é quase igual ao do artista holandês, embora tenha cruzes no lugar dos olhos.

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Na manhã da próxima terça-feira (22), a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA) vai lançar o movimento “Agora Chega! Não à CPMF”. O evento começa às 8 horas, no Plenário Aldebaro Klautau, sede da OAB-PA, em Belém.

O objetivo da campanha é conscientizar a sociedade sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). O movimento, idealizado pela OAB Nacional, será divulgado em todo o país por meio das 27 seccionais.

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Para fortalecer a luta contra mais impostos, a OAB-PA conta com o apoio das 24 subseções espalhadas pelo território paraense. Também estão envolvidos na campanha líderes de movimentos sociais e representantes de classe e da sociedade civil.

Entenda a CPMF – É um imposto que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde. Atualmente, governo propõe retomar a cobrança, com alíquota de 0,2% sobre todas as transações bancárias de pessoas físicas e empresas para ajudar a cobrir o rombo da Previdência Social.

Com informações de Raiany Pinheiro.

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O objetivo da campanha é conscientizar a sociedade sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). O movimento, idealizado pela OAB Nacional, será divulgado em todo o país por meio das 27 seccionais.

Para fortalecer a luta contra mais impostos, a OAB-PA conta com o apoio das 24 subseções espalhadas pelo território paraense. Também estão envolvidos na campanha líderes de movimentos sociais e representantes de classe e da sociedade civil.

Entenda a CPMF – É um imposto que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde. Atualmente, governo propõe retomar a cobrança, com alíquota de 0,2% sobre todas as transações bancárias de pessoas físicas e empresas para ajudar a cobrir o rombo da Previdência Social.

Com informações de Raiany Pinheiro.

Após o almoço oferecido nesta terça-feira (23) pela presidenta Dilma Rousseff a deputados do PTB no Palácio da Alvorada, o líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO), disse que a bancada apresentou uma proposta alternativa à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O governo considera a recriação da CPMF necessária para o ajuste das contas públicas e a retomada do crescimento.

“A bancada do PTB apresentou [à presidenta] uma proposta que queremos discutir, que não é uma questão de CPMF. Não é criando CPMF e um novo imposto diferenciado que se vai realmente resolver a situação. Vamos apresentar [a proposta] depois para a sociedade, desde que a presidenta aceite como sendo uma medida importante para o país. A presidenta tem dito que quem tiver uma proposta melhor que a CPMF que apresente. Ela ficou de analisar o documento que trouxemos para discussão”, afirmou Jovair, que não quis adiantar o teor da proposta.

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Dilma começa nesta semana a se reunir com as bancadas da base aliada para pedir apoio para a votação de matérias de interesse do governo, como a reforma da Previdência.

“Viemos aqui, ouvimos a presidenta, discutimos, fizemos várias sugestões e, a partir daí, vamos ver como vai ser o procedimento da questão política. Vivemos uma crise muito grande, política, econômica e inclusive moral. O pedido que a presidenta faz é que tenhamos comprometimento e compromisso de analisar as questões que ela vai mandar [para o Congresso] de recuperação econômica e do mercado de trabalho, além da questão da previdência”, disse Jovair Arantes.

Segundo o líder do PTB, a prisão do publicitário João Santana, que coordenou as campanhas presidenciais da presidenta Dilma e a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2006, não foi discutida na reunião entre Dilma e 19 deputados petebistas.

A presidente Dilma Rousseff (PT) se reune, na tarde desta terça-feira (23), com os deputados federais do PTB. A ideia é, a partir desta semana, fazer reuniões com as bancadas da base aliada para pedir apoio para a votação de matérias de interesse do governo no Congresso, como a reforma da Previdência e a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Estão presentes no encontro o líder petebista na Câmara, Jovair Arantes (GO), e os deputados Alex Canziani (PR), Antonio Brito (BA), Arnon Bezerra (CE), Deley (RJ), Jorge Côrte Real (PE), Jozi Araújo (AP), Luiz Carlos Busato (RS), Nelson Marquezelli (SP), Nilton Capixaba (RO), Paes Landim (PI), Pedro Fernandes (MA), Ronaldo Nogueira (RS), Sérgio Moraes (RS), Wilson Filho (PB), Zeca Cavalcanti (PE) e Walney Rocha (RJ).

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Na semana passada, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que a base aliada na Casa decidiu fechar um acordo para impedir a votação de matérias que causem aumento de despesas públicas. Ele deu a declaração após reunião de 24 deputados entre líderes e vice-líderes das bancadas de 14 partidos com a presidenta Dilma no Palácio do Planalto.

José Guimarães informou que seria iniciado um ciclo de reuniões da presidenta com as bancadas sobre a retomada do crescimento. “A presidenta quer dar ritmo acelerado ao diálogo com sua base no Congresso”, disse o deputado, na ocasião.

 

 

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